1) As transformações sociais da pós-modernidade impactaram os métodos educacionais, enfatizando a auto-orientação do aluno e criticidade em vez de rigor e ordem.
2) Tanto professores quanto alunos experienciam essa realidade pós-moderna, questionando lugares de autoridade e objetivos da educação.
3) Na universidade, futuros professores são expostos a muitas teorias pedagógicas sem sempre saber organizá-las, sentindo-se desorientados.
1) As transformações sociais da pós-modernidade impactaram os métodos educacionais, enfatizando a auto-orientação do aluno e criticidade em vez de rigor e ordem.
2) Tanto professores quanto alunos experienciam essa realidade pós-moderna, questionando lugares de autoridade e objetivos da educação.
3) Na universidade, futuros professores são expostos a muitas teorias pedagógicas sem sempre saber organizá-las, sentindo-se desorientados.
1) As transformações sociais da pós-modernidade impactaram os métodos educacionais, enfatizando a auto-orientação do aluno e criticidade em vez de rigor e ordem.
2) Tanto professores quanto alunos experienciam essa realidade pós-moderna, questionando lugares de autoridade e objetivos da educação.
3) Na universidade, futuros professores são expostos a muitas teorias pedagógicas sem sempre saber organizá-las, sentindo-se desorientados.
As transformaes educacionais vivenciadas entre a modernidade e a ps-modernidade
ocorrem conjuntamente com as transformaes sociais que transpareceram na reinveno de seus valores. As implicaes nos mtodos educacionais se materializam de vrias maneiras; uma delas a no-busca de rigor e ordem no processo educacional - a repetio e a excelncia no so mais objetivos, mas a criticidade e a relatividade de toda gama terica recebida. Hoje fala-se na auto-orientao do educando em seu prprio processo formativo, quebrando com currculos fechados, procedimento este inimaginvel em tempos da educao moderna. O impacto disso nos orientandos estimul-los e doutrin-los na adoo de comportamentos individualistas e narcsicos. O eu enquanto autor de tudo que possa estar relacionado minha existncia. O sistema social e as ideologias que vagam institucionalmente se servem muitas vezes desse mascaramento da realidade, afinal: tudo que lhe ocorre consequncia de sua prpria autoria. Um exemplo oposto dessa realidade social e no menos excludos (outsiders) so grupos que vivem em regime de tribos e comunidades. Essas realidades paralelas costumam ser desejadas ou atrair indivduos no-adaptados ao que se convencionou chamar de ordem social vigente. Todo esse processo vivenciado na sociedade atual se reflete nas famlias e instituies e repassado s novas geraes. Assim, na escola, tanto os professores quanto os alunos vivenciam essa realidade produto da ps-modernidade. O lugar de autoridade do professor rediscutido teoricamente e socialmente, bem como o lugar da aprendizagem para as pessoas. Qual o objetivo da educao da escola? O que deve ser ensinado? De que forma? Como avaliar o processo de aprendizagem? Todo o processo educacional e seus autores so reinventados luz de um espectro multiterico que, se por um lado avana discusses, por outro confunde seus autores diretos e indiretos. Na academia, as renomadas e as novas teses pedaggicas so diariamente lanadas aos universitrios da licenciatura. Discursos que tentam dar conta dos processos educacionais e de orient-los. Algumas delas repassam protocolos a serem executados, outras levantam questes crticas, mas igualmente tentam nortear as aes educacionais. J os universitrios em questo so expostos a uma bagagem enorme de influncias e pensamentos de vrias correntes pedaggicas, muitas vezes no sabendo organizar seu prprio processo de apropriao terica e epistemolgica. comum a sensao de impotncia e de desorientao diante da miscelnea terica a que se exposto. Na atuao, os mesmos problemas avanam e so somados a um espectro de problemas sociais, que se antes se problematizava o processo de aprendizagem, agora a prpria convivncia entre os indivduos autores o primeiro dos problemas na escola. Na destituio de orientaes mais unas, seja em sociedade, seja na universidade ou na escola, de mestres ou teorias que orientem as atuaes, a sensao da instabilidade a nica
segurana do homem ps-moderno e suas instituies - e seu contrrio enquanto a ordem
comum, a saber: ser exposto a infinitas referncias, que a cada dia se reinventam. Diante da falta de ligao entre os indivduos, entre os estudantes e um mestre, entre um sujeito e uma ideologia, mas antes sempre o exagero dessas ligaes marcando a brevidade dos momentos, veio luz a expresso bastante feliz de modernidade lquida, na qual Bauman conseguiu encontrar um signo que pudesse dar conta desses atuais fenmenos de fluidez e instabilidade social. Pensar em encontrar solues para outras pessoas no me parece um caminho possvel. Diante da minha trajetria entre experincias pessoais e de formao acadmica, concordo com Herclito acerca sobre no nos banharmos nas mesmas guas de outrora. A extenso dessa concordncia com este tema est em crer que na vivncia e convivncia com as manifestaes da modernidade lquida, cada indivduo ser marcado de uma forma e ter livre escolha de refletir ou no sobre isso. De se adaptar ou no. De se posicionar em concordncia ou no. E se incomodado, de buscar uma soluo baseada em sua experincia e/ou na de outrem. No deixa de ser uma opinio ps-moderna essa minha, mas consigo situar e compreender esse meu posicionamento. Uma vez que se passa pela experincia de um zeitgeist, que em alguma medida nos marca, no h como se pensar em opinio hbrida e isenta de influncias ou determinaes. Para mim, a pureza do pensamento e comportamento utpica. Mas ciente do que pode ter me determinado em alguma medida, acredito na busca daquilo que ainda possa me satisfazer mais numa experincia existencial e social, tentar vivenci-la a despeito de qualquer ordem externa e sempre reavaliar tais posicionamento e decises. Pois, se ainda existe alguma lei natural que ainda creio que seja possvel ser estendida para o social, : para toda escolha existe uma conseqncia. Saber escolher posicionamentos e saber lidar com o preo acarretado por eles bastante significativo. Assim, minhas inquietaes ainda so maiores que qualquer sugesto ou soluo para a educao. Talvez h que se pensar que para cada problema pontual, uma estrada a ser perseguida, com sucesso ou no da suposta soluo que acreditvamos ter que atingir, dada a falibilidade que a relao vertical de doutrinao entre pessoas, muito comum nas escolas. Mas antes aceitar a experincia da convivncia, por mais difcil que ela se apresente. Se pudesse resumir o que me alcanou o pensamento sobre os atuais dilemas contemporneos da sociedade em relao educao e direcionar o pensamento, seria explorar o problema da convivncia. Talvez aes nesse sentido gerassem mais apropriao dos sujeitos para a convivncia, acima de quaisquer solues e objetivos que se esperam para a educao. A convivncia um dos calcanhares de Aquiles da sociedade ps-moderna, como nos sintetizou Sartre sobre o inferno serem os outros. Talvez seja uma direo.