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Identificao
A espcie Helicoverpa gelotopoeon, foi
descrita por Dyar, em 1921 e citada como nativa no Sul da Amrica do Sul, especialmente
Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Sul do
Brasil.
No Brasil foi coletada por Ceslau Biezanko, em Pelotas, 1952 e Dionsio Link, em
Santa Maria, 1972. Foi constatada como lagarta espordica em soja, desde a dcada de
1970, e citada como praga na cultura desde a
safra de 2007, no RS (DNGassen).
Na Argentina, a praga foi identificada
como Helicoverpa gelotopoeon, por taxonomistas, e conhecida como bolillera pela
posio caracterstica da lagarta quando perturbada.
H dvidas e confuses na identificao da praga no Brasil, onde est sendo mencionada como lagarta-da-ma. O nome
Heliothis virescens
Helicoverpa zea
Plantas hospedeiras
As plantas hospedeiras de H. gelotopoeon, citadas na bibliografia do Brasil e da
Argentina, incluem soja, algodo, ervilha, girassol, tomate, fumo, linho, cebola e milho.
Na Argentina foram constatados surtos
espordicos, em soja, desde 1988, porm
com maior severidade a partir de 2008, continuando nas safras seguintes.
Danos
Os danos so diferentes de outras lagartas em soja, que causam injrias caractersticas em partes distintas da planta ou em diferentes fases de desenvolvimento da cultua.
A H. gelotopoeon causa danos em todas as fases da planta, confundindo com as
caractersticas de outras espcies.
- Cortadora de plntulas.
Os danos ocorrem desde a fase de plntula, indicando que a postura pode ser realizada em plantas daninhas ou no ambiente,
antes da emergncia da soja.
As lagartas cortam o colo da plntula,
confundindo com o dano de lagarta-rosca.
- Folhas
Na fase vegetativa da soja, o consumo
de folhas semelhante ao da lagarta comum
da soja, Anticarsia gemmatalis.
- Legumes e gros
A H. gelotopoeon se diferencia por
consumir flores, legumes, o racemos das flores e tambm gros dentro dos legumes.
Estudos realizados na Argentina indicam que o consumo mdio de 10 gros por
lagarta, podendo chegar a 18 gros. A perda
de 37 gros/m2, corresponde a 60 kg/ha. Porm, a anlise no deve ser feita, apenas pela
capacidade de consumo de gros, pois a planta compensa perdas, aumentando o peso de
outros gros no mesmo n.
De qualquer maneira, a capacidade de
consumir o broto, as folhas e os gros em
formao, caracteriza uma praga diferenciada