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La volont de limpossible. Revista Vrille, 1945, nmero dedicado a A pintura e a literatura livres. Sob
o ttulo tre Oreste [Ser Oreste], outra verso deste artigo foi publicada, em 1947, como parte final do
livro de fico Haine de la posie [dio pela poesia], reeditado em 1962 como Limpossible.
SCHEIBE, Fernando (Tradutor). A vontade do impossvel, de Georges Bataille. Crtica Cultural Critic,
Palhoa, SC, v. 9, n. 2, p. 335-338, jul./dez. 2014.
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SCHEIBE, Fernando (Tradutor). A vontade do impossvel, de Georges Bataille. Crtica Cultural Critic,
Palhoa, SC, v. 9, n. 2, p. 335-338, jul./dez. 2014.
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A poesia no mais que um desvio: escapo por ela ao mundo do discurso, ou seja,
ao mundo natural (dos objetos): entro por ela numa sorte de tmulo onde, da morte do
mundo lgico, nasce a infinidade dos possveis.
O mundo lgico morre parindo as riquezas da poesia, mas os possveis evocados
so irreais, a morte do mundo real irreal; tudo suspeito e fugidio nesta obscuridade
relativa: nela posso zombar de mim-mesmo e dos outros. Todo o real sem valor, e
todo valor irreal. Da essa fatalidade e essa facilidade de deslizamentos em que ignoro
se minto ou se estou louco. Dessa situao pegajosa procede a necessidade da noite.
A noite no podia evitar esse desvio. A colocao em questo nasceu do desejo,
que no podia incidir sobre o vazio.
SCHEIBE, Fernando (Tradutor). A vontade do impossvel, de Georges Bataille. Crtica Cultural Critic,
Palhoa, SC, v. 9, n. 2, p. 335-338, jul./dez. 2014.
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O desejo no pode de antemo saber que tinha por objeto sua prpria negao. A
noite em que soobram como vazios no somente as figuras do desejo mas todo e
qualquer objeto de saber penosa. Todo valor nela anulado.
SCHEIBE, Fernando (Tradutor). A vontade do impossvel, de Georges Bataille. Crtica Cultural Critic,
Palhoa, SC, v. 9, n. 2, p. 335-338, jul./dez. 2014.