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O antigo sistema
Os métodos de trabalho que vínhamos usando na obra do Senhor sempre produziram frutos
débeis e fracos, em sua maioria. Observamos que os métodos que desenvolvíamos para a
evangelização, edificação e conservação dos frutos, mesmo que tenham produzido alguns frutos,
não eram os mais corretos, nem os mais bíblicos.
Não existia a imprensa, não podiam distribuir bíblias, não haviam meios massivos de
comunicação, não tinham veículos, gravadores, não contavam com uma missão estrangeira para
sustentá-los, não tinham lugares para acampamentos e retiros espirituais, etc.
Que segredo eles tinham para ter semelhante êxito? Qual era sua forma ou modo de trabalhar?
Devemos voltar a nossa origem, devemos deixar nossos métodos e voltar à prática apostólica.
Do reunionismo ao discipulado
O Senhor não disse: “Ide e fazei reuniões em todas as nações”, mas sim “fazei discípulos em
todas as nações”. Tínhamos todo o tipo de reunião: de evangelismo, de oração, de estudo bíblico,
de escola dominical, de senhoras, de senhores, de jovens, de adolescentes, de comissões, etc.
Mas não tínhamos discípulos. Gastávamos nossas energias num sem número de atividades e
não estávamos fazendo o essencial, formar discípulos.
Afinal tínhamos tantas reuniões que não tínhamos tempo para fazer outra coisa. Mas a mudança
veio!
Custou muito caro, porém mudamos! O ministério pastoral púlpito/congregação se modificou para
um relacionamento discipulador/discípulo.
Isto significa entender que o nosso ministério principal consiste em concentrar-nos em poucos
(Jesus tinha doze). Conhecê-los, amá-los, dar-lhes nossa vida, nosso lar, conviver com eles, ser
exemplos, abençoá-los, repreendê-los, instruí-los, compartilhar suas cargas, chorar com eles, rir
com eles, assumir autoridade, velar e ensinar sobre todas as áreas da vida, tais como: família,
trabalho, sexo, caráter, negócios, estudos, oração, testemunho, etc.
“Fazer discípulos” significa formá-los, guiá-los à maturidade e comissioná-los para que eles façam
o mesmo com outros.
Reconheço que é mais fácil fazer 100 reuniões que formar um discípulo. Isto não significa que não
fazemos mais reuniões, mas sim que fazemos menos reuniões com o fim de dedicar-nos a esta
tarefa absorvente.
Quanto menor o número, maior a benção. Alguém com problemas na fala poderia ser pastor na
igreja do primeiro século.
Quero insistir sobre o evangelho que pregamos, pois é ele que irá produzir a classe de discípulos
que queremos, ou seja, frutos permanentes. A porta deve ser estreita, pois quem entrar não
quererá sair pelos fundos.
Discípulos são aqueles que amam a Cristo acima de qualquer coisa, são mansos e dóceis ao
ensino da palavra. Não são como cabritos, mas sim como ovelhas. É gente que frutifica, não é
gente que se senta nos bancos para ouvir boas mensagens.
Jesus nunca apontou os sinais de poder e maravilhas como característica de seus discípulos, mas
sim o amor. Há diferença entre sinal acompanhante e evidência que caracteriza. Embora Jesus
tenha dito que os sinais acompanham os que crêem nele, não disse que a característica de um
discípulo é que seja acompanhado por sinais, isto porque ele sabia que estes sinais de poder
também seguiriam os que não eram seus discípulos (Mt 7.22-23; 1 Ts 2.9).
Quero que o poder carismático acompanhe o meu ministério, mas isto nunca será para mim, uma
evidência que me caracteriza como discípulo de Cristo.
O diabo pode imitar os sinais e prodígios, o esforço e a dedicação, o zelo e muitas outras coisas.
Só não pode imitar o amor!
Fonte: http://www.danielsouza.com.br/noticia.asp?codigo=1419&COD_MENU=242
Não olhe para seus discípulos com seus próprios olhos, mas com o olhar de Jesus.
Não importa o que eles são hoje, mas sim o que Deus quer fazer deles.
Não desanime se eles não parecem ser de Deus agora.
Se você é de Deus hoje, eles também o serão.
Deus o abençoe nesta incrível jornada de fazer discípulos.
No amor de Jesus,
Mahatma