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Do Reunionismo ao Discipulado - História de alguém que adotou o “Fazer Discípulos”

como estilo de vida


Adaptado de Ivan Baker

O antigo sistema

Os métodos de trabalho que vínhamos usando na obra do Senhor sempre produziram frutos
débeis e fracos, em sua maioria. Observamos que os métodos que desenvolvíamos para a
evangelização, edificação e conservação dos frutos, mesmo que tenham produzido alguns frutos,
não eram os mais corretos, nem os mais bíblicos.

Se observarmos bem, a finalidade de todas as campanhas é que as pessoas assistam às


reuniões. Para a edificação delas contamos com: a) escola dominical; b) pregação do Pastor; e
nisto descansa toda a edificação delas.

Os pontos débeis são:


a) o trabalho é demasiadamente impessoal;
b) depende de homens muito hábeis;
c) é pouco eficaz na formação de novos lideres;
d) não promove a participação de todo o corpo de Cristo.

Notamos que os apóstolos, sem campanhas de evangelização programadas, sem construir


templos, sem criar seminários, obtinham resultados muito melhores que os nossos, tanto em
qualidade quanto em quantidade.

Não existia a imprensa, não podiam distribuir bíblias, não haviam meios massivos de
comunicação, não tinham veículos, gravadores, não contavam com uma missão estrangeira para
sustentá-los, não tinham lugares para acampamentos e retiros espirituais, etc.

Que segredo eles tinham para ter semelhante êxito? Qual era sua forma ou modo de trabalhar?

Devemos voltar a nossa origem, devemos deixar nossos métodos e voltar à prática apostólica.

Gostaria que a obra fosse atrasada em 2000 anos!

Do reunionismo ao discipulado

O Senhor não disse: “Ide e fazei reuniões em todas as nações”, mas sim “fazei discípulos em
todas as nações”. Tínhamos todo o tipo de reunião: de evangelismo, de oração, de estudo bíblico,
de escola dominical, de senhoras, de senhores, de jovens, de adolescentes, de comissões, etc.
Mas não tínhamos discípulos. Gastávamos nossas energias num sem número de atividades e
não estávamos fazendo o essencial, formar discípulos.

Afinal tínhamos tantas reuniões que não tínhamos tempo para fazer outra coisa. Mas a mudança
veio!

Custou muito caro, porém mudamos! O ministério pastoral púlpito/congregação se modificou para
um relacionamento discipulador/discípulo.

Isto significa entender que o nosso ministério principal consiste em concentrar-nos em poucos
(Jesus tinha doze). Conhecê-los, amá-los, dar-lhes nossa vida, nosso lar, conviver com eles, ser
exemplos, abençoá-los, repreendê-los, instruí-los, compartilhar suas cargas, chorar com eles, rir
com eles, assumir autoridade, velar e ensinar sobre todas as áreas da vida, tais como: família,
trabalho, sexo, caráter, negócios, estudos, oração, testemunho, etc.

“Fazer discípulos” significa formá-los, guiá-los à maturidade e comissioná-los para que eles façam
o mesmo com outros.
Reconheço que é mais fácil fazer 100 reuniões que formar um discípulo. Isto não significa que não
fazemos mais reuniões, mas sim que fazemos menos reuniões com o fim de dedicar-nos a esta
tarefa absorvente.

Quanto menor o número, maior a benção. Alguém com problemas na fala poderia ser pastor na
igreja do primeiro século.

Observação: o ministério não se desenvolve através de reuniões, mas sim de relacionamentos.


Jesus nunca foi homem de púlpito, era homem de relacionamentos, de convivência (Mc 3.14).

A igreja é formada por discípulos

Quero insistir sobre o evangelho que pregamos, pois é ele que irá produzir a classe de discípulos
que queremos, ou seja, frutos permanentes. A porta deve ser estreita, pois quem entrar não
quererá sair pelos fundos.

Discípulos são aqueles que amam a Cristo acima de qualquer coisa, são mansos e dóceis ao
ensino da palavra. Não são como cabritos, mas sim como ovelhas. É gente que frutifica, não é
gente que se senta nos bancos para ouvir boas mensagens.

Jesus nunca apontou os sinais de poder e maravilhas como característica de seus discípulos, mas
sim o amor. Há diferença entre sinal acompanhante e evidência que caracteriza. Embora Jesus
tenha dito que os sinais acompanham os que crêem nele, não disse que a característica de um
discípulo é que seja acompanhado por sinais, isto porque ele sabia que estes sinais de poder
também seguiriam os que não eram seus discípulos (Mt 7.22-23; 1 Ts 2.9).

Quero que o poder carismático acompanhe o meu ministério, mas isto nunca será para mim, uma
evidência que me caracteriza como discípulo de Cristo.

Somente o amor é uma característica definitiva.

O diabo pode imitar os sinais e prodígios, o esforço e a dedicação, o zelo e muitas outras coisas.
Só não pode imitar o amor!

O discipulado está baseado nisto: um coração entregue ao Senhor.

Fonte: http://www.danielsouza.com.br/noticia.asp?codigo=1419&COD_MENU=242

O relacionamento é a chave para a proclamação do Evangelho, para o pastoreamento e


para o discipulado de êxito.

Não olhe para seus discípulos com seus próprios olhos, mas com o olhar de Jesus.
Não importa o que eles são hoje, mas sim o que Deus quer fazer deles.
Não desanime se eles não parecem ser de Deus agora.
Se você é de Deus hoje, eles também o serão.
Deus o abençoe nesta incrível jornada de fazer discípulos.

No amor de Jesus,

Mahatma

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