You are on page 1of 5

Não adianta fugir .

Deus vai trazê-lo de volta


Jonas 1:1-17
20 de fevereiro de 2010
Pr. Alcenir

A síndrome de Jonas: Fugir do plano de Deus

Costumo refletir sobre as voltas que a vida dá e chego a algumas conclusões meio assustadoras.
Vejo que algumas pessoas às vezes têm tudo para ter grande sucesso, seja nos negócios, seja em
ministérios, seja em algum projeto extraordinário, entretanto o tempo passa e fazemos um balanço do
que vimos antes comparado ao que vemos depois e não vemos resultado.
Ao centrar nossa atenção em algumas vertentes da vida dessas pessoas percebemos que parece
que estão caminhando em direção errada. Indo para o norte, enquando teriam muito melhor resultado se
fossem para o sul.
Isso acontece por exemplo no Brasil com médicos. Os estudantes fazem medicina e não
conseguem se firmar na profissão durante anos em grandes cidades. Porém, há cidades no interior do
Brasil com carência grande de médicos e esses médicos desempregados das grandes cidades não
ficariam sem trabalho. Da mesma forma acontece com pastores e outros líderes da igreja.
Há milhares de pequenas cidades do interior carentes de líderes espirituais, pastores,
missionários, evangelístas, ministros de música, ministros de jovens, etc. Apesar disso, há milhares de
pastores que foram chamados para o ministério mas estão sem campo, sem igrejas para os receber nas
grandes cidades. Assim, vão trabalhar na área privada até que surja uma igreja que os receba. Muitos
vão fazer mestrado para se habilitarem para educação superior.
Eu costumo chamar isto de síndrome de Jonas. Aqueles que foram chamados para fazer um
ministério nas “Nínives” da vida para o Senhor. No entanto, não lhes agrada ir para o interior humilde,
pobre, sujo, de poucos recursos em todas as áreas no interior do Brasil. Assim, preferem ir para a área
privada.
Àqueles que tem essa sídrome de Jonas eu gostaria de deixar um recado aqui. Fiquem atentos,
pois vocês podem ser engolidos por um “peixe qualquer da vida” e serem vomitados nas Nínives
interioranas do Brasil de qualquer jeito. Só então se darem conta de que é para lá que Deus os havia
chamado.
A segunda síndrome de Jonas: Hã pecadores que não merecem salvação
Hitler é considerado por alguns como o maior criminoso e assassino da história da humanidade
por seus crimes contra os judeus que viviam na Alemanha. Considera-se esse episódio histórico da
segunda guerra mundial, o levante de um pais e um lider contra a humnidade, uma mancha de trevas na
história. Ja ouvi pessoas dizerem que, se Deus na sua misericórdia desse a salvação a Hitler elas ele
prefeririam ir para o outro lado.
Acredito que muitos pensam dessa forma com relação a serial killers, a estupradores, terroristas
e outros psicopatas que passam pela vida.
É difícil para muitos aceitar que algumas pessoas sejam salvas, que haja qualquer possibilidade
de perdão para certas atrocidades que soã cometidas contra a pessoa humana. Isto é uma característica
natural da pessoa humana normal que acredita que as pessoas foram feitas para viver em paz umas com
os outras, expressar o amor, a misericordia, e que a vida humana é sagrada.
Deus fez a humanidade a sua imagem se semelhança e, por isso, não se concebe que pessoas
com as características ímpias que relacionamos façam parte desse conceito da criação, pois não
refletem a imagem de Deus.
Essa atitude, essa maneira de entender a vida, nao é privilégio de nossa sociedade moderna. O
Profeta Jonas expressa exatamente esse sentimento. Ele tinha a mesma visão de mundo, por isso ele
discordou de Deus. Os relatos não dizem se houve um diálogo de Jonas com Deus, mas poderiamos
imaginar que houve e que foi mais ou menos assim:
Toca o celular … ring, ring, ring …Jonas não sabe onde deixou, até que o encontra na cozinha.
Imagina que é o Rei o chamando para avaliar profeticamente seu planos de desenvolvimento e saber se
Senhor tem uma palavra de aprovação. Quando chega, já parou de tocar. Aproveita para pegar um
cafezinho, afinal estava precisando mesmo, já estava há duas horas no Laptop trabalhando na
organização do trabalho profético do Reino. Pega o celular e vê que o número não tem origem.
Ihhhhhh. Eu acho que é o Senhor. Ele é que não coloca o nome pra gente não saber que é ele e
deixar cair na mensagem com medo do que vem por aí.
Imdiatamente começa a tocar de novo. “Profeta Jonas falando!”.
− “Shallom Jonas, aqui é o Senhor, como está o planejamento do trabalho profético? A
faculdade de profetas vai ter quantos alunos esse ano?
− Shallom Senhor. Ainda não tenho resultado conclusivo, Senhor!
− Jonas, eu estou te ligando para dizer que quero que você vá pregar em Nínive para que se
arrependam e sejam salvos do castigo que tenho preparado para eles”, diz o Senhor.
− Depois de alguns momentos de silêncio, “Jonas! Você está aí?”.
− “Sim, sim, Senhor!”
− “Ah! Achei que tinha caído a ligação. Entendeu o que eu disse?”.
− “Sim. Mas não vou nem morto, Senhor! Pode me mandar para o Egito, Persia, qualquer
outro lugar ou cidade eu irei, menos para o meio daquela corja de assassinos sanguinários.
Tem outros profetas por aí, manda outro. Não gastar saliva com essa gente. Além do mais,
Senhor, estou por aqui de trabalho com esse projeto de organização do trabalho profético”,
responde Jonas.
− “Pera aí, Jonas. Quem é Jeová aqui, eu ou você? Quem é o Profeta? Até agora eu achava
que eu, o Senhor, manda e o servo ouve e obedece, eu envio e o profeta vai”, diz o Senhor.
− “É assim mesmo Senhor, mas não vou não. Para essa missao o Senhor pode escolher outro
porque eu to fora. Eu conheço o Senhor e sei que tem algum plano para aquela gente que
não vou concordar. Eu sei que o Senhor tem um tal ser misericordioso com quem não presta
– porque que não destrói logo aquela cidade nojenta, cheia de prostitutos, assissinos,
ladrões, ao invés de ficar aí com essa coisa de arrependimento …”.
O Senhor começa a responder e espera a reação dele que não vem. Olha a tela do Iphone divino
e a ligação tinha sido cortada. Olha lá embaixo e vê Jonas entrando em um barco.
Jonas volta aqui, ainda não acabei … E lá se foi Jonas!

Nínive, uma cidade ímpia

Arqueologia mostra que Nínive existia desde 5 mil anos A.C., mas tornou-se capital da Assíria
no século 7 A.C. (800 a 700 anos), sob o Reinado de Senacheribe.
A população da cidade era em torno de 120 mil habitantes, lembrando que as estatísticas da
época contava apenas os homens.
O povo de Nínive era conhecido pelas sua impiedade, era um povo excessivamente ruim. Um
povo pagão e violento.
Conta-se que o povo de Israel e Judá tinham um grande repúdio pelos ninivitas pela crueldade
de suas incursões militares. As ocupações eram impiedosas. Eles tinham prazer em torturar os
prisioneiras até a morte.
Uma das práticas era pedurar o indivíduo de cabeça para baixo, retirar a pele das costas e
colocar sal. Depois disso deixá-lo pendurado até ficar totalmente sem vida.
Diz-que se orgulhavam do número de cabeças humanas que traziam de suas conquistas para
empilhar como troféus da batalha.
Não me causa surpresa a revolta de Jonas quando se dá conta de que, apesar de tão despresível,
Deus ainda acabaria por oferecer oportundade de arrependimento.

Jonas, o Profeta

Não há uma conclusão exata de quando o livro foi escrito, mas o profeta Jonas viveu no
Reinado de Jeroboão II, no século 7 a.c.
Jonas é de nacionalismo extremo, contra estrangeiros, que é o projeto de trabalho do goveno de
buscar o fortalecimento da nação Israelita ou casa de Jacó. E uma da políticas mais rígidas é a da defesa
nacional contra predadores militares. Isso explica a ira e revolta no coração de Jonas contra Nínive.
Ele demonstra ser uma pessoa muito dedicada, disciplinada, e acima de tudo legalista. O
legalista é inflexível na sua posição. Discordou de Deus e se mandou para outros cantos. Preferiu
mesmo morrer do que voltar atrás. No barco ele poderia orar ao Senhor e dizer que aceitaria o desafio e
iria para Nínive.
Eu prefiro morrer a me render à vontade do Senhor. Joguei me no mar. Ele era profeta e
conhecia Deus. Mas ele achou que sendo jogado na água Deus desisitiria dele. Mas Deus não desistiu.
Nós temos grande lição aqui. O plano que Deus tem para nossa vida ele vai fazer acontecer. Se
você pular em um abismo ou for lançado no mar vai haver um peixe para engolir você e trazê-lo de
volta para Ele.

Não há opção senão fazer a vontade de Deus

Não adianta fugir. Jonas vai pregar em Nínive. No seu coração endurecido ele esperava que o
povo não desse ouvidos e Deus assim traria a punição que o povo merecia.
O inesperado aconteceu. O povo se converteu. Até o Rei. Um decreto foi feito convocando o
povo ao arrependimento.
Agora sim Jonas decidiu se matar de vez. Eu sabia que tu és Deus clemente e misericoridoso, e
tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal.
Deus põe Jonas à prova
Deus seca uma árvore que dava conforto a Jonas e ele briga com Deus por matar a planta.
O Senhor então questiona. Que tipo de homem é você. Tem misericórdia de uma árvore e
repreende-me quando tenho compaixão de 120 mil que não sabem discernir entre a mão direita e mão
esquerda.

Lições que nos ensina o episódio de Nínive

A missão de Deus através do profeta Jonas em Nínive nos ensina que:


1) Deus nos envia ao mundo para pregar a sua vontade, a sua compaixão, a sua misericórdia e
a sua salvação;
2) Deus nos envia para fazer a vontade dEle não a nossa vontade;
3) A graça, a compaixão e misericódia de Deus não têm limite.
A maldade dos ninivitas era tanta que Jonas preferia morrer do que pregar.
4) O nosso preconceito contra qualquer povo pode ser uma afronta à graça e à compaixão de
Deus.
Há um grupo de crentes que acreditam que os palestinos que vivem ao lado de Israel hoje é um
povo amaldiçoado por não concordar com Israel e que por isso eles estão na lista negra de Deus.
Esse pensamento é contrário à graça de Deus que, em Jesus Cristo, faz todos os povos iguais e
sujeitos à graça de Deus.
5) Quando a palavra de Deus é proclamada, ela é também ouvida e aceita.
Ouvimos a Palavra do Pr. João Carlos sobre seu trabalho entre os índios. Houve resistência, mas
hoje há uma igreja lá.
6) Irmãos, onde a palavra de Deus chega, chega a salvação, porque a palavra de Deus é amor,
compaixão, misericórdia e perdão.
Quando ela é pregada só uma coisa vai acontecer: arrependimento. E quando há
arrependimento há salvação.
Neste dia 27 vamos proclamar em alto e bom som, através dos nossos louvores, de nossos
cânticos a palavra de Deus que está em nós. E este lugar vai tremer, porque a palavra de Deus tem
poder.

You might also like