O documento discute as propriedades e classificação de óleos pesados. Óleos pesados têm alta densidade e viscosidade, tornando o transporte difícil. Várias técnicas são usadas para reduzir a viscosidade e atrito, como diluição, emulsão com água, aquecimento e aditivos. As reservas de óleos pesados são grandes e sua importância está crescendo à medida que as reservas convencionais diminuem.
O documento discute as propriedades e classificação de óleos pesados. Óleos pesados têm alta densidade e viscosidade, tornando o transporte difícil. Várias técnicas são usadas para reduzir a viscosidade e atrito, como diluição, emulsão com água, aquecimento e aditivos. As reservas de óleos pesados são grandes e sua importância está crescendo à medida que as reservas convencionais diminuem.
O documento discute as propriedades e classificação de óleos pesados. Óleos pesados têm alta densidade e viscosidade, tornando o transporte difícil. Várias técnicas são usadas para reduzir a viscosidade e atrito, como diluição, emulsão com água, aquecimento e aditivos. As reservas de óleos pesados são grandes e sua importância está crescendo à medida que as reservas convencionais diminuem.
A produo de petrleo pode ocorrer em campos onshore como em
ambientes offshore, onde esto s grandes reservas de leo, as propriedades do petrleo apresentam variaes em decorrncia da sua localizao geogrfica. Fato que as propriedades termofluidodinmicas tm dependncia na sua formao em decorrncia das condies trmicas e qumicas nas quais o petrleo submetido. O petrleo classificado como um hidrocarboneto, pois sua constituio , em maior parte constituda de tomos de carbono e hidrognio, mas pode conter tambm tomos de oxignio, nitrognio e enxofre nos quais formam grupos funcionais. As propriedades fsicas do petrleo de interesse na indstria petrolfera so a densidade e viscosidade do leo, pois a primeira tem grande utilidade para o refino e a segunda tem interesse no transporte em tubulaes. O setor normatizou um parmetro para classificao de leos, definido pelo American Petroleum Institute que o grau API, este uma relao inversamente proporcional entre a densidade, com isso o leo que apresentar maior grau tem menor densidade, relao mostrada pela Equao 1. 1
O DR a densidade relativa do leo (densidade do leo/densidade da gua)
a 60/60F. A Tabela 1 mostra os tipos de leos existentes para esta classificao segundo a Agncia Nacional do Petrleo (ANP) TABELA 1 Classificao dos leos existentes segundo a Agncia Nacional do Petrleo (ANP) Classificao API (Grau API) leo leve
leo mdio
leo pesado
leo ultra pesado
31,1
22,3 - 31,1
12 22,3
12
Fonte: ANP (Agncia Nacional do Petrleo, Gs e Biocombustiveis) 2007
Esses leos surgiram em formaes rochosas profundas e migraram para a
regio da superfcie onde sofreram ao das bactrias, degradao pela intemprie e mudana de fase dos hidrocarbonetos leves. Eles so ricos em metais pesados e apresentam altos teores de carbono e enxofre, o que encarece seu refino (Santos 2010). Como mostrado na Tabela 1 os leos pesados e ultra pesados tem viscosidades e densidades elevadas, o que faz com que o escoamento e conseqentemente o transporte seja dificultado, em razo do baixo ponto de fluidez mostrado na Figura 1.
Figura 1. leo Pesado Fonte: www.qgdopetroleo.com (2013)
Faz-se necessrio o uso de tcnicas para contornar essa barreira no
transporte, logo dois princpios so utilizados; a reduo da viscosidade ou reduo do atrito, no escoamento de leos pesados. Para a reduo da viscosidade temos os seguintes mtodos:
Diluio com leo leve, essa uma tcnica antiga de reduo da
viscosidade de leos pesados, ela tem como principio o uso de uma porcentagem de leo ou fraes leves, para ser injetado no escoamento, com isso h uma reduo da viscosidade do leo pesado em consequncia o transporte facilitado, pois h uma
menor perda de carga, de 20 a 30%. Mas as principais desvantagens
so o custo adicional com bombeamento e tambm para a utilizao tem que haver uma quantidade de leos e fraes leves disponveis para injeo.
Emulso com gua ocorre naturalmente no transporte de leos,
mas para leos pesados e ultra pesado vantajoso, pois faz com que a viscosidade elevada seja diminuda, logo a mistura de dois lquidos imiscveis forma uma emulso na qual pode ser gua como fase continua leo fase dispersa ou o inverso mostrado na figura xx, logo essa tcnica uma alternativa ao uso de diluentes ou aquecimento de dutos de transporte. Como desvantagens podemos citar a maior incidncia de corroso em dutos e linhas de transporte, como tambm o maior trabalho para desidratar e dessalgar o leo nas refiarias.
Figura xx mistura gua-oleo fonte : Martnez-Palou et. al. 2011
Aquecimento do leo, a segunda tcnica mais utilizada na
reduo de viscosidade (Martnez-Palou et. al. 2011), consiste no principio de aquecer o leo pesado e com isso reduzir a viscosidade e por consequncia facilitar o escoamento, o leo aquecido nas
estaes de bombeamento e transportado em dutos com isolamento
trmico, com a finalidade de minimizar perdas trmicas, que dificultam o escoamento do leo. Como desvantagens principais temos o custo energtico para o aquecimento como tambm o mais custo dos dutos com isolamento trmico, que encarecem as linhas de transporte. Para reduo de atritos temos as seguintes tcnicas principais:
Aditivos de reduo de atrito, no transporte de fluidos em dutos h
uma fora que faz com que o escoamento tenha seu fluxo reduzido, a fora de arraste, logo esse fora se d pelo stress do fluido com a parede do duto, outro efeito negativo a perda de carga do fluido o que faz com que os custos de bombeamento sejam elevados. Para resolver essas barreiras tcnicas, pode-se fazer o uso de aditivos de reduo de atrito, estes diminuem a fora de arraste do leo pesado e com diminuem a perda de carga. Os aditivos podem ser de trs tipos principais; surfactantes, polimricos e fibras, os surfactantes trabalham na tenso superficial do fluido, os polimricos e as fibras orientam o fluxo do fluido diminuindo a perda de carga.
Core annular flow, um mtodo de reduo de atrito, no qual
proposto um escoamento bifsico, de leo pesado e gua, onde a gua forma um anel lubrificando as paredes da tubulao, com isso o atrito gua-leo muito menor do que leo-parede, como consequecia a perda de carga diminuda, podemos observar o mtodo na figura xx.
Figura xx core flow fonte: adaptado de Zagustin et al. (1988b)
Tendo em vista o cenrio que as reservas de leos convencionais (leves)
vo se esgotando, a importncia dos leos pesados tende a crescer rapidamente, como se observa nos dados: os recursos mundiais de leo
pesado e extra-pesado (densidade API inferior a 10) in place somam 6 trilhes
de barris, volume cerca de trs vezes maior que o total de leo convencional, do qual metade j foi produzido. No ano de 2000, do total de 25 bilhes de barris produzidos no mundo, os leos pesados responderam por apenas 3 bilhes (Ferreira, 2011). De acordo com o Programa Tecnolgico de leos Pesados (Propes) do Centro de Pesquisas da Petrobrs Projeto de Expanso (CENPES), os volumes de leo pesado e viscoso descobertos nos ltimos anos nas bacias de Campos e Santos j ultrapassam 15 bilhes de barris. Alm de sua alta densidade e viscosidade, a maior parte deste leo encontra-se sob uma lmina de gua com mais de 1000 m, o que exige tecnologias sofisticadas e caras para sua extrao. Este fato pode conduzir uma menor produtividade do reservatrio de leos pesados se comparado com a produo de leos leves do tipo Brent (Andrade, 2008). Outro parmetro importante e a qualidade do leo cru, logo leos convencionais produzem maior quantidade de produtos de fraes leves, que faz com quer este tenha maior valor agregado, a partir deste cenrio necessrio que se desenvolvas tcnica para extrair maior quantidade de derivados dos leos pesados, na Figura 2 mostra o rendimento de cada tipo de leo.
Figura 2. Qualidade do leo e seus Rendimentos
Fonte: Elaborao de Uller com base em SHORE e HACKWORTH (2007).