UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Faculdade de Ciências Sociais

Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Mestrado em Sociologia
Prof: Dalva Borges

Adriana Monteiro
lahuara@hotmail.com
Mestranda em Sociologia

RELATÓRIO DE LEITURA

GIDDENS,Anthony. A Constituição da Sociedade.São Paulo: Martins Fontes, 1989.Cap

6- A teoria da estruturação, pesquisa empírica e crítica social p 229-301

O autor inicia uma densa e explicativa identificação sistêmica do que seja todos os
aspectos que definem a Constituição da sociedade, ou seja, do que seja todos os
aspectos que formam uma reprodução de símbolos e mecanismos que geram e auto
regulam, aqui o autor aborda o caráter das instuições exemplificado através do Estado
moderno quer pode configurar, tanto em maior ou menor grau a vida em grupo,ou seja,
a vida em sociedade.Direcionando todos estes aspectos para uma investigação
sociológica possível de ser canalizada empiricamente,como se o corpo social pudesse
ser pesquisado, através das ações sociais “descobertas”, que moldam e geram bases
sólidas para a inferência sociológica.
Rupturas epistemológicas, são retratadas através da importância da dupla
hermenêutica. A propriedade do termo deriva do duplo processo de tradução ou
interpretação que está envolvido. As descrições sociológicas tem a tarefa de medir as
redes de significado dentro das quais os atores orientam sua conduta. Mas essas
descrições são categorias interpretativas que pedem um esforço de tradução dentro e
fora de suas redes de significados. Em segundo lugar, é importante na pesquisa social
ser sensível ás habilidades complexas que os atores possuem para coordenar os
contextos de seus comportamentos cotidianos. Se o estudo de conseqüências
impremeditadas e de condições não reconhecidas de ação constitui uma parte
importante da pesquisa social, cabe-nos sublinhar, não obstante, que tais conseqüências
e condições devem sempre ser interpretadas dentro do fluxo da conduta intencional.
Existe uma necessidade empírica de incluir a relação entre aspectos reflexivamente
monitorados e aspectos impremeditados da reprodução de sistemas sociais, e o aspecto
“longitudinal” de conseqüências impremeditadas de atos contingentes em situações
historicamente significativas de uma espécie ou de outra. O analista social também deve
ser sensível à constituição espaço temporal da vida social. Tal análise é inerente à
explicação do distanciamento tempo-espaço e ao exame da natureza heterogênea e
complexa adquirida por totalidades sociais mais vistas e pelos sistemas intersociais em
geral. Depois de examinar o que o autor considera ser um relatório exemplar de
pesquisa, dada como muitas das principais ênfases empíricas que se relacionam com os
princípios básicos da teoria da estruturação se concentra em três problemas específicos.
Como devemos analisar empiricamente a coerção estrutural? Como poderemos dar
substância empírica à noção de contradição? E que tipo de pesquisa é apropriado ao
estudo da longue durée da mudança institucional?
De acordo com a teoria da estruturação, são possíveis dois tipos de enquadramento
metodológico em pesquisa sociológica. Na análise institucional e na análise de conduta
estratégica. Onde analisando um exemplo de uma pesquisa feita sobre os sistemas
escolares e atores desviantes das condutas esperadas, em que as escolas atuam de
maneira punitiva é utilizado os princípios de Parsons e Merton para dar a ênfase na
interpretação funcional, que são melhores interpretadas através das “leis da
conseqüência” de Cohen. Ao postular as leis da conseqüência estabelecemos
generalizações para o efeito de que, toda vez que um dado item social seja funcional
para um outro, o primeiro item social tem sua existência corroborada. A assunção de
uma instancia particular de atividade social sob uma lei da conseqüência pode ser
considerada uma explicação funcionalista “não-elaborada” que não são absolutamente
explicações e além disso tem a perigosa propriedade colateral de sugerir que existe um
grau de coesão mais elevado do que pode ser de fato o caso nos sistemas sociais a que
referem.