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Irradiação de Alimentos

Título apresentação
Maria João de Almeida Pessoa Trigo
NomeEscola
autorSuperior Agrária de Coimbra
26 de Fevereiro de 2010

Evento
Data / Local

Instituto Nacional de Recursos Biológicos, L-


L-INIA UTA
Maria João Trigo Escola Superior Agrária de Coimbra 25 Fevereiro de 2010
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas mjptrigo@gmail.com
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HISTÓRIA DA IRRADIAÇÃO
Factos mais relevantes

1905 - USA e UK patentes para utilização


de radiação ionisante para destruir
bactérias nos alimentos

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HISTÓRIA DA IRRADIAÇÃO
Factos mais relevantes

 Anos 50 - o exército do USA iniciou experiências para


verificar a inocuidade da irradiação em vários alimentos.

 FAO/IAEA/WHO - 1980 concluiu que: “a irradiação até


10 kGy não provoca problemas nutricionais ou
microbiológicos...”

 WHO – 1999 determina que a dose limite é a preservação


das características organolépticas dos alimentos.

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HISTÓRIA DA IRRADIAÇÃO
Factos mais relevantes

Os astronautas e cosmonautas consomem, desde o


início do programa espacial até aos nossos dias,
alimentos irradiados quando estão em missões.

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O que é a irradiação?

A irradiação é, como o aquecimento


e a congelação, um processo físico
de tratamento em que diferença
está no tipo de energia utilizada.

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Irradiação de alimentos?
O que é?

A irradiação de alimentos é um
processo de estabilização que envolve a
exposição do alimento, embalado ou a
granel, a uma quantidade de irradiação
ionizante, cuidadosamente controlada,
por um tempo prefixado com objectivos
bem determinados.
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Fontes de raios gama

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Acelerador de electrões

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Tipo de radiações

No tratamento de alimentos utilizam-se:


 raios gama de alta energia [eg.Co60 (1,17
e 1,33 MeV), Cs137 (0,66MeV)]

 raios X com energias inferiores a 5 MeV


 electrões acelerados com uma energia
máxima de 10 MeV

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Unidades de Radiação / Radioactividade

Dose Absorvida Radioactividade


Unidade Gray (Gy) Bequerel (Bq)
Definição 1 Gy = 1 J/kg 1 Bq = 1 desintegração/s

Unidade rad = 100 ergs/g Curie (Ci) =3,7x1010 desintegração/s


Conversão rad = 0,01 Gy 1 Ci= 3,7x1010Bq = 37 GBq
1 krad = 10 Gy 1 kCi = 37 TBq
1 Mrad = 10 kGy 1 mCi = 37 PBq

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BENEFÍCIOS DA IRRADIAÇÃO

Dose baixas de irradiação – até 1 kGy (inibição da


germinação, atraso na maturação, desinfestação
de insectos, inactivação de parasitas)

Inibição da germinação 0,05 - 0,5 kGy Batatas, cebolas, alhos, etc.


Desinfestação – insectos e 0,15 - 0,5kGy Cereais, legumes, frutas, peixe,
parasitas carnes, etc.
Diminuição dos processos 0,25 - 1,0kGy Frutas frescas e vegetais
fisiológicos

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Inibição do abrolhamento

Irradiado Não irradiado


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Trichinella spiralis

• Carne de suíno contaminada


– Dose absorvida mínima: 0,3 kGy*
– Dose absorvida máxima: 1 kGy*

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BENEFÍCIOS DA IRRADIAÇÃO

Doses média de irradiação – 1 a 10 kGy (redução do


número de organismos que produzem deterioração, redução
ou eliminação de patogénicos não esporulados)
Aumento da vida útil 1,0 - 3,0 kGy Peixe fresco, fruta,
cogumelos, etc.
Eliminação de microrganismos 1,0 - 7,0 kGy Produtos animais frescos e
patogénicos não esporulados congelados
Melhoramento das propriedades 2,0 -7,0 kGy Uva (aumenta a produção de
tecnológicas dos alimentos sumo), vegetais desidratados
(reduz o tempo de cozedura),
etc.

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Efeito da radiação em Pimenta
preta

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Efeito da radiação nos mesófilos
do nabo

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BENEFÍCIOS DA IRRADIAÇÃO

Dose altas de irradiação – superior a 10 kGy


(redução dos microrganismos até produzir a
esterilização do produto)

Esterilização industrial 30 – 50 kGy Carnes, peixes, alimentos preparados,


(Combinação com o calor) dietas hospitalares esterilizadas

Descontaminação de certos aditivos 10 – 50 kGy Especiarias, preparações enzimáticas,


alimentares e ingredientes etc

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Efeito da radiação em esporos Cl. sporogenes
inoculados em carne estufada (D10=5,58 kGy=)

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Dosimetria

•Métodos Físicos
•Métodos Químicos

•Sistemas dosimétricos de rotina:


- Polimetil metacrilato (leitura em espectrofotómetro UV
– “Perspex”, “Lucite” e “Plexiglas” (0,2 a 50 kGy)
- Papeis tratados com materiais apropriados - alteração da
cor quando irradiados “go/no-go”

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Métodos de detecção

Termoluminescência Detritos minerais aderentes às


especiarias e ervas aromáticas os
responsáveis pelo sinal
Espectroscopia de ressonância Alimentos contendo ossos
paramagnética electrónica (RPE) Frutos
Crustáceos
Compostos voláteis de lípidos Hidrocarbonetos de cadeia longa
alimentares 2-Alquilciclobutanonas
Métodos microbiológicos DEFT
Métodos DNA “Comet assay”

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Detecção por EPR

- Espectros de RPE de pimenta preta não irradiada(A) e irradiada


com 10 kGy (B):  t0  após 8 meses de armazenamento

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Situação mundial em 2005

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Alimentos irradiados em 2005

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Podem os alimentos irradiados tornarem-se
radioactivos?

Não
A irradiação não torna os alimentos
radioactivos. Todo o meio ambiente, incluindo
os alimentos, contém radioactividade –
radioactividade natural. A energia absorvida
pelo alimento, quando irradiado, não é
suficiente para o tornar radioactivo.

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Qual a diferença entre alimento irradiado e
alimento radioactivo?

Alimentos irradiados são aqueles que foram deliberadamente


tratados com determinados tipos de energia de radiação
para se atingir um fim conveniente.

Alimentos radioactivos ou contaminados radioactivamente são aqueles


que foram acidentalmente contaminados por substâncias radioactivas
procedentes de testes com armas atómicas ou de acidentes com reactores
nucleares.

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