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COLE, Artur
Dr. FIAM/FAAM
R. São Daniel 262, São Paulo, SP, Brasil, CEP 04288 110
F: +55 11 5062 1726 arturcole@gmail.com
Resumo
A pesquisa, em estágio inicial, buscará realizar uma aproximação com a poética do artista e
gravador Evandro Carlos Jardim, reconhecido pela sua notória qualidade e importância no
panorama das artes plásticas do Brasil. Neste trabalho abordaremos três enfoques
principais. O primeiro observará a importância da percepção, seja do espaço ou do tempo
no seu processo de criação. Ressaltar as complexas relações que se estabelecem em sua
obra através da linguagem audiovisual de um modo poético é um desafio e outra questão
que se apresenta. A terceira abordagem tratará de sua atuação como artista-professor
formador de uma geração de artistas paulistas.
Abstract
The present research will look through audio visual language, to realise an approach to the
poetic, visual and engraver Evandro Carlos Jardim renown by his notorious quality and
importance in the panorama of plastic art of Brazil. This research will broach the art of this
engraver in three principal points. The first will observe the importance of perception
during its process of creation. In the second part we will look to reflect on representation
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cria focado no presente imediato, sem ver o tempo passar, perdendo a noção da hora,
num transe criativo. Mas tempo não definido não significa inconsciência total, como a
expressão transe criativo poderia sugerir; é mais um deixar-se levar, naquele momento
esquecer-se de tudo a sua volta, pensando apenas em solucionar a questão estética à
frente da qual se colocou. Ao contrário, o artista pode usar o tempo com absoluta clareza
mental, consciente do que é preciso fazer e de como isto pode ser feito.
O processo criativo é um estado de profunda concentração, quando a
consciência está extraordinariamente bem ordenada. Os pensamentos, as intenções, os
sentimentos e todos os sentidos enfocam a mesma meta geral. Quando elabora a teoria
do fluir, Csikzentmihalyi (1996) propõe formas de estimular este estado, de eliminar
barreiras para permitir que este aconteça. O artista-professor é o mentor do processo de
criação do artista-aprendiz, é quem facilita o fluir, apresenta elementos, sugere observações,
e revela por sua própria obra, os caminhos do seu percurso artístico pessoal e a
concretização de seu projeto poético.
Evandro Carlos Jardim começou sua carreira como professor, com sua
participação em uma experiência pioneira e inovadora, protagonizada pelo Ginásio
Estadual Vocacional Oswaldo Aranha entre 1964 e 1969 (Macambira, 1998). Sua atividade
como professor revela a sua importância pela intensa atuação envolvendo um número
expressivo de alunos. Suas orientações se imprimiram na formação de diversos artistas e
professores de arte, ao longo dos anos, através de sua atuação, como professor das
Faculdades de Artes Plásticas da FAAP e da ECAUSP, na graduação e na Pós Graduação,
além de inúmeros workshops e cursos em Museus e Centros Culturais por todo o país.
O estudo do processo criativo terá a função de substanciar a aproximação com a
poética de Evandro Carlos Jardim. O conceito de flow, o fluir de idéias correntes, elaborado
por Csikzentmihalyi(1996) nos permitirá compreender o envolvimento do professor
Evandro Carlos Jardim na formação de uma geração de artistas visuais paulistas, hoje
reconhecidos.
A Antropologia Visual e a Crítica de Processos, constituem fundamentos
metodológicos para esta pesquisa, numa cooperação interdisciplinar que parte do
entrecruzamento da arte, dos estudos sobre a construção da poética em arte, e da sua
exposição e difusão através da linguagem audiovisual.
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objetos, espaços e tempos, através de percursos que faremos pela cidade, em lugares caros
ao artista, que revisitaremos.
Metodologia
Como já dissemos a pesquisa se desdobra em três eixos, e cada abordagem exigirá
uma metodologia mesmo que ao final as três se integrem em uma unidade. As questões
da percepção, da representação tanto do espaço como do tempo partem tanto da análise
dos objetos referenciais para seu trabalho, as paisagens, seres, objetos e lugares
representados em suas gravuras, e de como estes se articulam na constituição de sentidos.
Os três eixos descritos anteriormente vão estabelecer uma estrutura de roteiro que nos
orientará tanto para a realização da captação em vídeo, como para a edição deste
material. Estes eixos também nos ajudarão a estruturar as visitas aos lugares referenciais de
sua obra, levantando as questões pertinentes de cada lugar. As tomadas destas visitas
pontuarão todo o vídeo apresentando-se em forma de trajetória narrativa. Assim, o vídeo
se organizará em três eixos principais: no primeiro apresentaremos os ateliers do artista, o
antigo, sede e centro da origem de toda a sua produção. O segundo eixo volta-se para a
sua própria obra, a construção de sua poética, e as relações com a sua cidade, com a
percepção, a expressão, a memória, a cultura, as relações da técnica com o conhecimento.
Finalmente, o terceiro eixo dedica-se ao ensino da gravura e da sua presença na
constituição da cultura em nossa cidade, através das relações com seus ex- alunos e artistas
que com ele se formaram.
A observação repetida do material captado e sua minutagem atende também a
requisitos necessários, no sentido de identificar e selecionar as imagens, as falas, os sons
mais significativos. Realizadas as reflexões e selecionadas as tomadas, daremos início à
montagem, na busca de apresentar a poética de Evandro Carlos Jardim. A montagem é
outro momento importante na produção audiovisual, nasce com o projeto e ao mesmo
tempo concretiza-o, confere-lhe uma forma, expõe um dado olhar sobre a realidade,
expressa, comunica.
“Eu monto quando escolho um tema (ao escolher um dentre os milhares de
temas possíveis), eu monto quando faço observações para o meu tema (realizar a escolha
útil dentre as mil observações sobre o tema), eu monto quando estabeleço a ordem de
sucessão do material filmado sobre o tema (fixar-se, entre as mil associações de imagens
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possíveis, sobre a mais racional, levando em conta tanto as propriedades dos documentos
filmados, quanto os imperativos do tema a tratar).” (Vertov, 1924, in Xavier 1983, p. 264).
Esperamos enfim, realizar uma aproximação com o processo de criação do artista
Evandro Carlos Jardim trazendo ao investigador e ao espectador a possibilidade de
experimentar esta aproximação através da linguagem audiovisual. Esperamos enfim que o
próprio audiovisual, resultante desta pesquisa, seja capaz de explicitar o processo de
criação do artista em questão, sendo capaz de agregar conhecimento e criatividade.
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