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XI Eletrônica Digital
Os circuitos eletrônicos podem ser classificados em dois grupos básicos: Circuitos Analógicos e
Circuitos Digitais.
Os circuitos analógicos processam informações na forma analógica. Entende-se como
informação analógica àquela que nos é apresentada na forma de uma variação contínua no tempo como
no caso da Tensão Alternada.
Os circuitos digitais processam informação na forma digital. A informação digital é aquela que
nos chega como uma variação que se dá através de acréscimos discretos em função do tempo, ou seja,
de Pulsos. Uma onda quadrada na freqüência de 1 Hz pode ser tomada como informação digital. Neste
capítulo pretende-se fazer uma introdução básica aos circuitos e sistemas digitais.
Os circuitos digitais são alternadamente denominados de circuitos lógicos devido ao fato de que
a álgebra utilizada para seu estudo (álgebra de Boole conforme será apresentado mais à frente) tem
seus fundamentos na lógica formal, uma área da filosofia. Este capítulo será apresentado em três partes:
Sistemas de Numeração, Álgebra de Boole e Circuitos Combinacionais.
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Alfabeto = {0, 1, 2, 4, 5, 6, 7}
Exemplo 4: Sistema Posicional Hexadecimal – R = 16
Alfabeto = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E, F}
Como sistemas de numeração não posicional pode-se citar o sistema de numeração romano,
onde o valor dos símbolos não guarda nenhuma relação com a posição destes em um número.
1
( )R ð lê-se como o número entre parênteses expresso na base R.
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deve ser interrompida quando o quociente inteiro for reduzido a zero. Os restos de
cada divisão tomados no sentido do último para o primeiro expressarão o número
transformado para a base R;
b-) Transformação da Parte Fracionária: Deve-se multiplicar o número fracionário pela
base R para a qual se deseja a transformação. A cada produto deve-se guardar a
parte inteira e transportar apenas a parte fracionária para a próxima multiplicação por
R. As partes inteiras de cada produto correspondem aos dígitos correspondentes no
alfabeto da base R. Os produtos devem ser feitos até que a parte fracionária se anule
(quando se tem uma transformação exata) ou até que se considere a aproximação
suficiente. As partes inteiras lidas da primeira para a última correspondem aos dígitos
do número transformado.
Exemplos 8: Transformar (342)10 para a base 5.
342 5
2 68 5
3 13 5
3 2 5
2 0
Pode-se observar que cada divisão é interrompida no instante em que se obtém o quociente
inteiro. Na última divisão (2÷5) não há quociente inteiro a não ser o zero. Neste instante todo o
processo é interrompido. Lendo no sentido do último quociente para o primeiro tem-se 2332 e
então ð (342)10 = (2332)5.
A leitura deve ser feita do primeiro produto para o último. Assim tem-se ð
(0,4375)10 = (0,0111)2.
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1 2 2
1 02
1 0
Para a parte fracionária deve-se fazer a multiplicação repetida apresentada a seguir.
0,3 x 2 = 0,6
0,6 x 2 = 1,2
0,2 x 2 = 0,4
0,4 x 2 = 0,8
0,8 x 2 = 1,6
A parte inteira do número equivale a “10100” e a parte fracionária a “010011...”. Assim tem-se
ð (20,3)10 = (10100,010011...)2.
XI.1.3.1 Adição
Regra: “A adição em um sistema posicional de base R é feita alinhando-se inicialmente os dígitos de
igual valor posicional de ambos os números. Feito isso deve-se começar a somar os dígitos de
valor posicional correspondentes, a partir dos dois dígitos mais à direita. Quando a adição de
dois dígitos não ultrapassar o valor do maior dígito do alfabeto não há problema e o resultado
pode ser expresso pelo dígito correspondente a soma. Se a adição dos dígitos for maior que
o maior dígito da base deve-se verificar em quantas vezes a base é ultrapassada. Este valor
deve ser propagado para a próxima coluna (à esquerda) onde será adicionado ao resultado
da adição correspondente. Na coluna anterior deve ficar apenas o resto da operação”.
Exemplo 12: Adicionar (1382)10 e (2496)10.
1 3 8 2
2 4 9 6 Os dígitos de mesmo valor posicional estão alinhados. O peso do 2 de 1382 é
100 e o do 6 de 2496 também é 100.
1 3 8 2
2 4 9 6
8 A soma dos dígitos de mesmo valor posicional pode ser expressa com um
dígito da base 10 que é o dígito oito. Deve-se então passar a próxima coluna à
esquerda.
1
1 3 8 2
2 4 9 6
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XI.1.3.2 Subtração
Embora a subtração em uma base R genérica possa ser efetuada da mesma maneira utilizada
para a base 10, neste texto este processo não será utilizado, pois na prática, em sistemas digitais, as
operações de subtração são feitas eletronicamente por processos aditivos. Ao invés de realizar, por
exemplo, a subtração 8 – 5, uma máquina digital irá procurar a quantidade que deve ser adicionada ao
subtraendo (5) para obter o minuendo (8). Esta quantidade logicamente é 3.
Este processo é denominado de Subtração por Complementos. No sistema binário, objeto de
estudo deste capítulo, pode-se definir dois tipos de complementos e conseqüentemente dois processos
de subtração por complemento. Os dois tipos de complementos são o Complemento de 1 e o
Complemento de 2. A seguir cada um destes procedimentos é especificado.
Complemento de 1: o complemento de 1 de um número binário é obtido trocando-se cada dígito 1
por zero e vice-versa.
Exemplo 14: Obter o complemento de 1 de (10111)2.
C1(10111)2 = (01000)2 (notação para complemento de 1)
Complemento de 2: o complemento de 2 de um número binário é obtido trocando-se inicialmente
todos os zeros por uns e vice-versa. A seguir, deve-se adicionar 1 ao número
obtido. O resultado desta soma será o complemento de 2 do número dado.
Exemplo 15: Obter o complemento de 2 de (10110)2.
C2(10110)2 = (01001)2 + 1 = (01010)2 (notação para complemento de 2)
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f ( A, B ) = A . B
Abaixo se apresenta a tabela verdade da função E para duas variáveis de entrada. A tabela
verdade é uma tabela que mostra a resposta da função a todas as possíveis combinações das variáveis
de entrada.
A B f ( A, B ) = A . B
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
A. B . C ≡ ABC
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f ( A, B) = A + B
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A B f ( A, B) = A + B
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
f ( A, B) = A ⊕ B
A B f ( A, B) = A ⊕ B
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0
f ( A) = A
A f ( A) = A
0 1
1 0
XI.2.3 Postulados da Álgebra de Boole
Ao se considerar as relações entre as variáveis booleanas pode-se estabelecer para a álgebra
de Boole os nove postulados apresentados abaixo. O significado dos postulados pode ser entendido
facilmente ao se fazer uma associação com a Teoria dos Conjuntos.
Variável ð conjunto
Operador (.) ð intercessão
Operador (+) ð união
Complementação ð complementação do conjunto
1 ð conjunto universo
0 ð conjunto vazio
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P.9 ð 0= 1
Exemplo 18: No postulado P.3 tem-se 1.0 = 0, ou seja, o conjunto universo interceptado com o vazio
dá o vazio.
Exemplo 19: No postulado P.7 tem-se 1 + 1 = 1, ou seja, o conjunto universo unido com ele mesmo
dá o próprio conjunto universo.
A . 1 = A A + 0 = A
T. 1.a - T. 1.b -
A.0 = 0 A + 1 = 1
T . 2 - Propriedade da Tautologia
T . 2 . a - {A . A = A T . 2 . b - {A + A = A
T . 3 - Propriedade dos Complementos
T . 3 . a - {A . A = 0 T . 3 . b - {A + A = 1
T . 4 - Propriedade da Dupla Negação
T.4 - A = A
T . 5 - Propriedade Comutativa
T . 5 . a - {A . B = B . A T . 5 . b - {A + B = B + A
T . 6 - Propriedade associativa
T . 6 . a - { A B C = A (BC) = (A B )C
T . 6 . b - { A + B + C = A + (B + C) = (A + B ) + C
T . 7 - Propriedade Distributiva
T . 7 . a - { AB + AC = A(B + C) , como na álgebra clássica
A + AB = A A (A + B) = A
A + AB = A + B A(A + B) = AB
T. 8.a - T. 8.b -
(A + B) (B) = AB AB + B = A + B
(A + B) (B) = AB AB + B = A + B
{
T . 9 . a - AB = A + B {
T. 9. b - A+B=A B
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sempre esta divisão fica claramente definida. Tanto os circuitos combinacionais como os circuitos
seqüenciais aceitam entradas binárias e tem saídas binárias.
Os Circuitos Combinacionais são aqueles nos quais o estado de uma saída depende única e
exclusivamente do estado lógico das entradas naquele instante.
Os Circuitos Seqüenciais são aqueles nos quais o estado lógico de uma saída é função não
somente do estado lógico das entradas naquele instante mas também dos estados lógicos anteriores.
Isto quer dizer que os circuitos seqüenciais apresentam a capacidade de memória já que armazenam
eventos anteriores que influirão nas respostas presentes. A diferença entre os dois tipos de circuitos
está justamente neste detalhe: os circuitos combinacionais não armazenam informação, apenas tomam
decisões enquanto que os circuitos seqüenciais são estruturas capacitadas a memorizar eventos e usá-
los para influir nas respostas a excitações de entradas. Neste texto apenas os circuitos combinacionais
serão abordados.
Em termos de blocos pode-se representar cada um dos circuitos da seguinte maneira:
Entradas Saídas
Binárias Circuito Binárias
Sequencial
Realimentação Binária
Um circuito lógico de um modo geral pode ser representado através de uma função booleana
na qual as variáveis estão associadas às entradas binárias. Esta função por outro lado descreve a saída
deste circuito. Foi apresentado anteriormente que é possível, através do uso dos Postulados e
Teoremas da Álgebra de Boole, simplificar uma expressão lógica. Isto implica em dizer também que
quando se tem um circuito lógico é possível a obter-se outros mais simples que realizam a mesma
função. Em suma: a simplificação de uma expressão booleana está relacionada com a simplificação do
circuito lógico associado.
Os circuitos lógicos são construídos pela interconexão de cinco blocos lógicos básicos que
efetuam as funções: AND, OR, NOT (complemento), NAND (a ser definida) e NOR (a ser definida).
Estes blocos lógicos (também chamados de portas lógicas) são obtidos através da integração de
circuitos eletrônicos analógicos.
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A
B
Função:
.
.
f ( A, B, C ,K, Z ) = ABC K Z
.
Z
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A B f ( A, B ) = AB
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
XI.3.1.2 Bloco OR
O bloco lógico OR é aquele que realiza a função OU ou seja tem saída no nível lógico 0 apenas
quando alguma das entradas também estiver neste nível lógico (lembrar que se trata da função OU-
Inclusivo).
Símbolo: Função:
f ( A, B, C ,K, Z ) = A + B + C + K + Z
A
B .
.
.
Z
A B f ( A, B) = A + B
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
A f ( A) = A
Tabela Verdade:
A f ( A) = A
0 1
1 0
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Símbolo: Função:
A
f ( A, B, C ,K, Z ) = ABC K Z = A + B + C + K + Z
B .
.
.
Z
A B f ( A, B ) = AB
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0
f ( A, B, C ,K , Z ) = A + B + C + K + Z = A B C K Z
B .
.
.
Z
A B f ( A, B) = A + B
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0
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Tabela Verdade:
A B f ( A, B ) = A ⊕ B
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0
Exemplo 22: Um sistema eletrônico deve controlar a operação de três máquinas em uma indústria de
acordo com condições pré-estabelecidas. Se as condições falharem um alarme deve
soar em uma sala de controle. As condições são:
1. As três máquinas não podem operar ao mesmo tempo sob risco de sobrecarga do
sistema;
2. As três máquinas não podem parar ao mesmo tempo;
3. A máquina A não pode operar ao mesmo tempo em que a máquina B;
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f(0,0,0) = 1 ð ABC
f(0,0,1) = 0 ð ABC
f(0,1,0) = 0 ð A BC
f(0,1,1) = 1 ð A BC
f(1,0,0) = 0 ð AB C
f(1,0,1) = 0 ð AB C
f(1,1,0) = 1 ð ABC
f(1,1,1) = 1 ð ABC
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A fórmula de Lagrange é a soma dos produtos de cada termo produto com sua resposta
correspondente, ou seja:
f ( A, B, C ) = 1. ( A B C ) + 0 . ( A B C ) + 0 . ( A B C ) + 1 . ( A BC ) + 0 . ( AB C ) +
0 . ( AB C ) + 1 . ( ABC ) + 1 . ( ABC )
∴ f ( A, B, C ) = A B C + A BC + ABC + ABC
Na prática basta fazer o seguinte: identificar os “1´s” da tabela verdade e montar para esta linha
um produto das variáveis de entrada de tal modo que o resultado seja 1. Depois basta somar estes
termos produto para montar a função.
2ª Versão da Fórmula de Lagrange: deve-se localizar os “0´s” da tabela verdade e montar nesta linha
uma soma das variáveis de entrada de tal modo que o resultado seja 0. Depois basta
multiplicar estes termos soma para obter a função.
Neste exercício, a segunda linha da tabela verdade apresenta uma resposta f=0. O estado
lógico das variáveis nesta linha é 001. Logo a soma das variáveis que leva ao estado 0 nesta
linha é A + B + C pois ao se substituir A=0, B=0 e C=1, tem-se
A + B + C = 0 + 0 + 1 = 0 . Adotando o mesmo procedimento nas outras linhas com saída 0
tem-se:
f ( A, B, C ) = ( A + B + C ) . ( A + B + C) . ( A + B + C ) . ( A + B + C )
Para a implementação do circuito lógico associado à função, basta seguir a hierarquia lógica da
própria função, usando os símbolos correspondentes. Assim para a primeira função,
f ( A, B, C ) = A B C + A BC + ABC + ABC o circuito equivalente é dado por:
A B C
f (A,B,C)
Tem-se para a figura acima uma soma de quatro termos (Bloco OR de quatro entradas), sendo
que cada termo é o produto de três variáveis (4 blocos AND de três entradas) com alguns blocos
AND tendo entradas negadas (Blocos Inversor).
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A segunda função f ( A, B, C ) = ( A + B + C ) . ( A + B + C ) . ( A + B + C ) . ( A + B + C ) é
implementada da seguinte maneira:
A B C
f (A,B,C)
Tem-se para a figura acima um produto de quatro termos (Bloco AND de quatro entradas),
sendo que cada termo é dado por uma soma de três variáveis (Bloco OR de três entradas) com alguns
blocos OR tendo algumas entradas negadas (Blocos Inversor).
Exemplo 23: Dada a função lógica abaixo, implemente um circuito lógico que a realize.
f ( A, B ) = A B + AB
Esta função é composta de um bloco OR de duas entradas. Cada uma destas entradas
é a saída de um bloco AND que tem também duas entradas (algumas negadas). A
implementação, portanto é dada por:
A B
f (A,B)
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A segunda função também é de três variáveis e cada termo soma contém as mesmas três
variáveis. Ela é uma Forma Canônica de Produto de Somas.
É claro que a extração da função da tabela verdade é sempre feita em sua forma canônica (veja
fórmulas de Lagrange). Logo as formas canônicas são uma expressão direta da tabela verdade. Tendo
uma função na forma canônica é sempre possível escrever a tabela verdade correspondente.
Os termos produtos de uma função na forma canônica de soma de produtos são também
denominadas mintermos. Esta denominação se deve ao fato de o produto lógico ser análogo à
intercessão e a intercessão de vários conjuntos é um conjunto menor (min) ou igual ao menor dos
conjuntos envolvidos na operação.
Os termos soma de uma função na forma canônica de produto de somas são denominados
maxitermos. A soma lógica é análoga a união da teoria dos conjuntos e a união de vários conjuntos é
um conjunto maior (maxi) ou igual ao maior dos conjuntos envolvidos na operação.
Em termos gerais pode-se dizer que:
• “Minitermo é produto lógico de variáveis feito de tal modo que a combinação de estados
correspondente leve ao estado lógico 1”.
• “Maxitermo é uma soma lógica de variáveis feita de tal modo que a combinação de
estados correspondentes leve ao estado lógico 0”.
Uma combinação de estados lógicos de um determinado universo de variáveis tem sempre um
mintermo ou um maxitermo associado. Como existem 2n possíveis combinações de estados para “n”
variáveis existem 2n mintermos e também 2n maxitermos. Para 3 variáveis existem 23 = 8 combinações
de estados lógicos e pode-se portanto escrever 8 mintermos e 8 maxitermos.
Como exemplo pode-se analisar o problema para três variáveis. Este caso apresenta 8
possíveis combinações de estados e portanto 8 possíveis mintermos e maxitermos. A tabela abaixo
apresenta estes mintermos e maxitermos.
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d) maxitermo M4 é uma soma lógica que, com as variáveis A=1, B=0 e C=0 (4 em binário)
sendo substituídas fornece como resultado 0: A + B + C ≡ ( 1 ) + (0) + (0) = 0
Deve-se observar também o fato de que o complemento de um mintermo gera o maxitermo
correspondente e vice-versa:
m4 = A B C = A + B + C = M4
logo: m i = M i e M i = m i
De posse das definições de mintermo e maxitermo pode-se estabelecer uma notação concisa
para as funções booleanas. Basta indicá-las como um somatório (Σ) de mintermos ou um produtório
(Π) de maxitermos. Deve-se lembrar que a função é extraída da tabela verdade fazendo-se ou a soma
dos mintermos correspondentes a cada resposta de saída igual a 1 ou o produto dos maxitermos
correspondentes a cada resposta de saída igual a 0.
Exemplo 24: Obter as funções booleanas nas duas formas canônicas que representam a tabela
verdade abaixo. Utilize a notação concisa.
A B C D
0 0 0 0 0
1 0 0 1 0
2 0 1 0 1
3 0 1 1 1
4 1 0 0 0
5 1 0 1 1
6 1 1 0 0
7 1 1 1 0
f ( A, B, C ) = m2 + m3 + m5 = ∑ 2,3,5
ou
f ( A, B, C ) = M 0 . M 1 .M 4 .M 6 .M 7 = ∏ 0,1,4,6,7
As funções lógicas que não se apresentam na forma canônica são ditas estar em uma Forma
Reduzida.
Exemplo 26: f ( A, B, C ) = ( A + B) . ( C ) é uma forma reduzida porque no primeiro termo soma falta
a variável C e no segundo termo faltam as variáveis A e B.
Uma função pode ser levada da forma reduzida à forma canônica através de dois artifícios que
são apresentados nos dois exemplos que seguem.
Exemplo 27 – Artifício 1: Dada a função abaixo se pede que se encontre sua forma canônica e que se
recomponha a partir desta forma canônica sua tabela verdade.
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f ( A, B, C ) = ( A) + ( B C )
Sabe-se que o produto de qualquer variável ou função por 1 não a altera. Então:
A.1 = A e
( B C). 1 = ( B C )
Sabe-se também que a soma de qualquer variável com seu complemento é igual a 1.
Então:
f ( A, B, C ) = A.1.1 + 1.B C = A.( B + B ).( C + C ) + ( A + A) B C
Aplicando a distributividade da soma em relação ao produto (T.7.a) tem-se:
f ( A, B, C ) = ABC + ABC + AB C + AB C + AB C + A B C que é uma forma
canônica. Esta forma canônica pode ser expressa também em função de seus
mintermos, ou seja:
f ( A, B, C ) = m7 + m6 + m5 + m4 + m1 = ∑ 7,6,5,4,1
A B C f
0 0 0 0
0 0 1 1
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1
De uma forma análoga poder-se-ia ter obtido a tabela verdade através dos maxitermos,
pois f ( A, B, C) = M 3 .M 2 .M 0 = ∏ 3, 2,0 .
Exemplo 28 – Artifício 2: Dada a função abaixo se pede que se encontre sua forma canônica e que se
recomponha a partir desta forma canônica sua tabela verdade.
f ( A, B, C ) = ( A + B ).C
Sabe-se que a soma de qualquer variável ou função com zero não a altera. Então:
A+ B + 0 = A+ B
C+0=C
Sabe-se também que a intercessão de qualquer variável ou função com o seu
complemento dá zero. Então:
A. A = 0 B .B = 0 C .C = 0
Assim tem-se que:
f ( A, B, C ) = ( A + B ).C = ( A + B + 0).( 0 + 0 + C ) = ( A + B + C.C ).( A. A + B.B + C )
Aplicando a distributividade do produto em relação à soma (teorema T.7.b) obtém-se:
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A B C F
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 1
0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 0
1 1 0 1
1 1 1 0
De uma forma análoga poder-se-ia ter obtido a tabela verdade através dos mintermos,
pois f ( A, B, C ) = m6 + m4 + m2 = ∑ 6,4,2 .
PROJETO: Deseja-se construir um circuito lógico para controlar os movimentos de uma ponte
rolante, que se restringem em movimento para a esquerda e movimento para a direita.
Variáveis de saída:
M e ð Motor ligado para a esquerda
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M e = 0 ð Motor desligado
M d = 1 ð Motor ligado, tracionando para a direita
M d = 0 ð Motor desligado
Pede-se determinar a tabela verdade e as expressões lógicas das duas saídas,
M d e M e assim como o circuito equivalente que deve ser montado com os
seguintes dispositivos 7404 (6 inversores) e 7411 (3 portas AND de 3
entradas).
7404 7411
1 1A VCC 14 1 1A VCC 14
2 1Y 6A 13 2 1B 1C 13
3 2A 6Y 12 3 2A 1Y 12
4 2Y 5A 11 4 2B 3C 11
5 3A 5Y 10 5 2C 3B 10
6 3Y 4A 9 6 2Y 3A 9
7 GND 4Y 8 7 GND 3Y 8
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Entradas Saídas
E D Se Sd Me Md
0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 1 0 0
2 0 0 1 0 0 0
3 0 0 1 1 0 0
4 0 1 0 0 0 1
5 0 1 0 1 0 0
6 0 1 1 0 0 1
7 0 1 1 1 0 0
8 1 0 0 0 1 0
9 1 0 0 1 1 0
10 1 0 1 0 0 0
11 1 0 1 1 0 0
12 1 1 0 0 0 0
13 1 1 0 1 0 0
14 1 1 1 0 0 0
15 1 1 1 1 0 0
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