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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CAMPUS DE TRÊS LAGOAS

ALTERNATIVAS DE USO DO TERRITÓRIO: O CASO DO CEPPEC NO


ASSENTAMENTO ANDALUCIA EM NIOAQUE-MS

Ivan de Sousa Soares

Três Lagoas-MS
2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CAMPUS DE TRÊS LAGOAS

ALTERNATIVAS DE USO DO TERRITÓRIO: O CASO DO CEPPEC NO


ASSENTAMENTO ANDALUCIA EM NIOAQUE-MS

Trabalho apresentado ao Departamento de


Ciências Humanas/CPTL/UFMS como
atividade da disciplina Trabalho Orientado,
para obtenção do título de Bacharel em
Geografia sob a orientação da Profª. Drª
Rosemeire Aparecida de Almeida.

Três Lagoas-MS
2009
Ivan de Sousa Soares

ALTERNATIVAS DE USO DO TERRITÓRIO: O CASO DO CEPPEC NO


ASSENTAMENTO ANDALUCIA EM NIOAQUE-MS

Monografia apresentada à Banca Examinadora em:


______de________________de 2009 e foi considerada____________________.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________
Profª. Drª. Rosemeire Aparecida de Almeida.
Orientador

_______________________________________________
Profº Drº. Francisco José Avelino Júnior
Membro da banca

_______________________________________________
Ms. Rodrigo Simão Camacho
Membro da banca
DEDICATÓRIA

E ste trabalho é dedicado a


minha família, namorada e
amigos, os quais tiveram
grande importância para minha
construção como pessoa, nesse
sentido, me servindo de alicerce para
enfrentar as pelejas cotidianas. É
dedicado, apesar da sua delimitação
“espacial”, a todos os camponeses,
que lutam cotidianamente para
preservar o seu modo de vida frente
à enfermidade personificada pelo
agronegócio.
AGRADECIMENTOS

A os professores do curso de Geografia, os quais muito contribuíram na


minha formação acadêmica, me mostrando os “vários sabores da
geografia”, mesmo que em muitos momentos, alguns desses sabores e
preparos me remetessem ao fel.
Em especial a professora Rosemeire Aparecida de Almeida, por me
apresentar o “sabor agradável” de uma geografia comprometida com
sociedade, e acima de tudo com os sujeitos expropriados do chão,
contribuindo e muito na formação desse ”urbanóide”.
Ao professor Vicentão, pelos primeiros sabores da geografia, ainda na
época da condição dúplice de operário e estudante.
Aos assentados entrevistados, pois entendemos que a pesquisa não se
dá com uma simples coleta de dados com o “objeto”, mas, sim, como
aprendizado do pesquisador, tendo esses sujeitos papel de “doutores” desse
saber que não se aprende na universidade, pois é o saber da luta cotidiana.
Portanto, agradeço a cada homem, mulher e filhos do assentamento Andalúcia.
A Rosana, ou “Preta” como prefere os próximos, e Altair por contribuírem
para o bom andamento da pesquisa de campo, e por traduzir em alguns
momentos a alma do cerrado em suas vidas.
Aos meus pais, pois sem eles nada faria sentido. O velho “Chico
Maranhão” e Dona Helena, os quais com suas vidas difíceis, desde quando eu
ainda nem existia, enfrentam a luta cotidiana na metrópole voraz, onde só
quem migrou, deixando para trás um modo de vida alicerçado na identidade
com a terra dos babaçuais, sabe o que significa a natureza expropriatória, em
que grande parcela da população da grande São Paulo está relegada.
Aos Irmãos em grande número, Eva, Flávio, Fernanda e Elizângela.
Aos amigos de república, Maicon, Zé, Tiago e Roberto, pela força e
também pelos momentos de risos. Ao Tayrone, pelas discussões e
inquietações entorno da geografia. Ao amigo Miê, por socializar sua sabedoria
e conhecimento. Aos amigos de sala, Patrícia, Wilson entre outros. Eduardo
Parro pelo companheirismo dos vários momentos da iniciação cientifica.
A Namorada, Ottilie Carolina Forster, pelas interlocuções acerca da
discussão ambiental e pelo amor tão confortante nos momentos de medo.
SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS........................................................................................viii
LISTA DE MAPAS...........................................................................................viii
LISTA DE SIGLAS.............................................................................................ix
LISTA DE GRÁFICOS........................................................................................x
LISTA DE QUADROS........................................................................................xi
LISTA DE ANEXOS...........................................................................................xi
RESUMO...........................................................................................................xii
RESUMEN.......................................................................................................xiii

CAPÍTULO 1

1- INTRODUÇÃO .............................................................................................14
1.1- Objetivo...........................................................................................19
1.2- Metodologia.................................................................................... 19

CAPÍTULO 2

2-QUESTÃO AGRÁRIA/AGRICOLA EM MATO GROSSO DO SUL - O


REINAR DO LATIFÚNDIO................................................................................21

2.1-A Essência do latifúndio até a emancipação em (Mato Grosso) do


Sul......................................................................................................................21

2.2-Autonomia da federação, preservação do latifúndio e “mais do


mesmo”..............................................................................................................24

CAPÍTULO 3

3-ESPACIALIZAÇÃO E TERRITORIALIZAÇÃO CAMPONESA EM MATO


GROSSO DO SUL: POR UMA GEOGRAFICIDADE CAMPONESA...............26

3.1- A difícil abertura da brecha camponesa em Mato Grosso do


Sul......................................................................................................................26

3.2- A luta pelo chão camponês..............................................................27

CAPÍTULO 4

4-QUESTÃO AMBIENTAL PARA ALÉM DE UMA LEITURA


CARTESIANA...................................................................................................36
4.1-Relação Homem e (com) Natureza, ou Homem x
Natureza?..........................................................................................................38

4.2-A Atual territorialização do agro(hidro)negócio: uma leitura a partir da


perspectiva sócio-ambiental..............................................................................41

CAPÍTULO 5

5-RESULTADOS E DISCUSSÃO.....................................................................49

5.1- Nioaque e assentamentos rurais: Uma via para desenvolvimento


local....................................................................................................................49

5.2- Pesquisa e famílias entrevistadas....................................................54

5.3-Uso do solo no assentamento: por uma territorialidade


camponesa........................................................................................................58

6-CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................73

7-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................75
LISTA DE FIGURAS

Figura 01- Localização do Assentamento em Nioaque-MS..............................16

Figura 02- Planta do Assentamento Andalucia.................................................60

Figura 03- Sistema Agroflorestal no Assentamento Andalucia.........................67

Figura 04- Etapas do barú ( Dipteryx alata)......................................................69

LISTA DE MAPAS

Mapas 01- Mato Grosso do Sul- Geografia das ocupações de terra-1988-


2007...................................................................................................................34

Mapas 02- Microrregião da Bodoquena- Geografia das Ocupações de terra-


1988-2007..........................................................................................................50
LISTA DE SIGLAS

ABRAF- Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas.


CAND- Colônia Nacional de Dourados.
CEPPEC- Centro de Produção, Pesquisa e Capacitação do Cerrado.
CPT- Comissão Pastoral da Terra.
CUT- Central única dos trabalhadores.
EMBRAPA- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
FETAGRI- Federação dos Trabalhadores da Agricultura.
FHC- Fernando Henrique Cardoso.
IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
INCRA- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
INPE- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
IP- Internacional Paper.
MDA- Ministério do Desenvolvimento Agrário.
MMX- Mineração e Metálicos
MP- Medida Provisória.
MST- Movimento dos trabalhadores rurais sem terra.
POLOCENTRO- Programa de Desenvolvimento do Cerrado.
PT- Partido dos Trabalhadores.
SAFS- Sistemas Agroflorestais.
SEPROTUR- Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário da Produção
da indústria e do turismo.
SOMECO- Sociedade Melhoramentos de Colonização.
UFMS- Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
UNICA- União da Indústria da cana.
VCP- Votoratim Celulose e Papel.
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico01- Naturalidade dos Entrevistados no Assentamento Andalucia........28

Gráfico02- Mato Grosso do Sul- Número de Ocupações, 1988-2007..............30

Gráfico03- Mato Grosso do Sul- Número de Assentamentos Rurais, 1984-


2007...................................................................................................................31

Gráfico04- Organização de origem da luta pela terra dos Entrevistados no


Assentamento Andalucia...................................................................................33

Gráfico05- Área (ha) de plantio de eucalipto e pinus em MS (2004-2008)......45

Gráfico06- Área (ha) de plantio de cana-de-açúcar em MS (2005-2009)........46

Gráfico07- O que o Sr. Fazia Antes da entrada no assentamento...................54

Gráfico08- Total de filhos..................................................................................55

Gráfico09- Filhos divididos entre os que moram no lote e fora....................... 55

Gráfico10- Local de estabelecimento dos filhos que moram fora.....................56

Gráfico11- Pessoas da família extensa que moram no lote.............................58

Gráfico12-Recebimento de assistência e orientação sobre formas de


conservação do solo, antes de entrar no assentamento...................................61

Gráfico13-Recebimento de assistência e orientação sobre formas de


conservação do solo, depois de entrar no assentamento.................................61

Gráfico14- Usa defensivos agrícolas químicos ( veneno)?..............................62

Gráfico15- Conhece alguma forma alternativa de uso na agricultura..............63

Gráfico16- Costuma fazer queimada para limpeza da área


agricultável?.......................................................................................................64

Gráfico17- Já obteve informações sobre sistema


agroecológico?...................................................................................................65

Gráfico18- Utilização de frutos do cerrado para venda ao


CEPPEC............................................................................................................68

Gráfico19- Plantou mandioca na última safra (2007-


2008)?................................................................................................................70

Gráfico 20- Na percepção do Sr.(a) da situação de conservação dos recursos


naturais no assentamento em relação ao período de entrada..........................71
LISTA DE QUADROS

Quadro01-Número de Títulos e Concessão de Terra Expedida pelo


Estado................................................................................................................25

Quadro02- Lâmina de água necessária durante o ciclo das culturas...............45

Quadro03- Plantel do Município de Nioaque segundo IBGE (1996)................47

Quadro04- Cultivares do Município de Nioaque segundo IBGE-(1996)...........50

Quadro05- Pessoal ocupado em estabelecimentos rurais-1996......................51

ANEXOS

QUESTIONÁRIO CEPPEC...............................................................................80
Resumo
O referido trabalho de monografia tem por finalidade realizar uma abordagem
acerca das alternativas de usos do território, sobretudo tendo como ponto de
partida a analise das atividades realizadas no projeto Centro de Produção,
Pesquisa e Capacitação do Cerrado - CEPPEC, localizado no assentamento
Andalúcia em Nioaque-MS . A leitura da relação desses sujeitos com essa
porção do território conquistado nos guiou para uma discussão mais ampla, a
qual apontou para o debate a respeito da constante busca da ciência
geográfica pelo projeto unitário, no sentido da polêmica abordagem “sociedade
& natureza”. Portanto, o estudo do CEPPEC buscou uma teia de possibilidades
para o encontro da dita “geografia humana” com a “geografia física” na
interpretação dos territórios em tensão na região de Nioaque. Pudemos
verificar que as atividades do CEPPEC simbolizam, não somente um caminho
para a preservação do cerrado, mas sobretudo um grande contraponto frente a
expansão do modelo insustentável do agrohidronegócio. Logo, foi possível
apreender que o projeto do CEPPEC pode constituir uma via para a geração
de renda para as famílias assentadas, bem como o desenvolvimento local
sustentável. Nessa investigação, foi possível compreender ainda que há uma
conciliação e/ou complementaridade das atividades tradicionais (como plantio
de mandioca, feijão e milho) com o paradigma em construção, qual seja, das
atividades ecoprodutivas representadas pelo CEPPEC.

PALAVRAS CHAVE: CEPPEC, Agrohidronegócio, Campesinato, Cerrado


Resumen

El trabajo de tesis tiene por la finalidad realizar un enfoque acerca de las


alternativas de usos del territorio, sobretodo teniendo cómo punto de partida la
analisis de las actividad ejecutadas em Centro de Producción, Pesquisa y
Capacitación del Cerrado- CEPPEC, con la localización en el asentamiento
Andalucia en Nioaque-MS. La lectura de la relación de estos sujetos, con esa
porción del territorio logrado llevó nos hacia una discusión más amplia, la cual
apuntó hacia el debate la respeto de la constante búsqueda de la ciencia
geografica por el proyecto de unidad, en sentido de la polémica abordaje
“sociedad & naturaleza. Así, el estudio del CEPPEC buscó una red de
posibilidad para el encuentro de la dicha “ geografia humana” con la geografia
fisica” en la interpretación de los territorios en tensión en la región de Nioaque.
Puedemos examinar qué las actividades del CEPPEC simbolizam, no
solamente un camino para la preservación del cerrado, pero sobretodo un
grande contrapunto frente a la expansión del modelo insostenible del
agrohidronegocio. Sin embargo, ha sido posible comprender qué el proyecto
del CEPPEC puede constituirse una vía hacia generación de renta a las
familias asentadas, bien cómo el desarrollo local sustentable. En esta
investigación, ha sido posible comprender aún, que ha una conciliación y/o
complementariedad de las actividades tradicionales ( cómo plantío de yuca,
frijoles y maíz) con el paradigma em construcción, cuál sea, de las actividades
ecoproductivas representadas por el CEPPEC.

PALABRAS CLAVE: CEPPEC, Agrohidronegocio, Campesinado , Cerrado.

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