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LUIZ CARLOS TRAVAGLIA GRAMATICA Ensino plural SER 4 ASSTEMATIZACAO DO ENSINO DE GRAMATICA® ‘4 nrroougho Em Teavagli (1996) propusemos uma forma de entender o que é sramtca num uso pedaggico deste term pelos professores dei {gua matema, Propusemes também quato toe de afividades de en- Sino de gramatica que denominamos cle gramalca de uso, gramstin reflexiva, gramdtleatedriea e gramitica normativa e Buscames ‘exemplfcar ada um desses ips. Além dss, estes pos de avid «es foram corelaccnaces com milan abjetives de ensing de nga mater, concepges de linguagem e grams, pos de enna de lingua, questoesrelativas bx varedades ingistics,Estruturan, sim, uma proposta pa oensino de gramic, qu einen ver- Mdadlramente cam oensino de prodSo « compreento de fetce © ‘com 0 ensino de levico/vocabulério que ¢ eapas de stu patt 0 eseavovimento da campettncia comunictiva dos alunos, por is ‘mesmo, promaver um ensino de gamtca petite para aida dae passoas. No contato com colegae em cursos, conference, oficinas€| ebotes,e ours stubs, observamos uma ampla acatasso dew roposa.Todava, acrtago da proposta tm sido sempre acorn ‘hata de divas quan pestilidade de we faer um ensino ss nico ilzando os quatotpos de avidades proporton. dda ‘quanto & facidade ou mesmo quanto &possblidede de fazer tm ensin sstendtico sempre cis quaceexcusivamente sobre a "6 Pain pang 0, dds de gramstcaceflesiva, provavelmente poryue ete 0 tipo Jeatividade que presenta maior novidade pasa professor eibora terhamas proposto um deslocamento na concep geral dos outs pos de alividades, e que tido passame » sr trabulhado dentzo ce uma dimansio textual, o que tm divida mada todo oenfoqie dado 08 tpicosgramatiss em sala de aula "ss diculdae (vamos chamar assim) certamente nova em ont aafirmagiofeita om Travagia (1996 257 de que o propia cars ter sstemtico da ign df sstomatcidade ao ensina, mesmo por que tal process de sistematizag, eonbecemas, é um tanto abstr ‘o, para dar seguranga 2 professor no trabalho conereto em sala de aula, Por essa azio o que fazomas nese capil € dar a0 professor uma sugestio mais explita de come canseguir a referida estat _aGio do ensino de gaat, porticlarmente na atvidades de gr snducareflenva, por meio de das formas de estuturago do ra Iho de ensno de gramstics, tendo aes pontosfundamenis da roposta . {a m0P05TA DE FoRHA be SisTEMATAGAD 421 Prins (trabatho com atividades de ensino de grams dos ipo “gra: nation de oso", “gramstin eleva” “gramdtica normative” na proposta de Travaglia (19%) sera stlizado essencialmente past © ‘desenvolvimento da competéncia comuricativa, ou ej, para conse- [gue quec aluno, como usuiro da lingua, sje capaz de usar cca vee tum malor mero de recursos da lingua de maneiraadequad 3 po: dogo do(s) efeitos) de sentido desejado(s) em stages peciticas de interacsocomnieativa, 0 ue inch ous das diferentes varied eslingticas em ermos de dletos eres evaiedades demos (ora escrito} Jo trabalho com atvidades do tipo “gramatica ts ‘gi «incerta aa alas Sain ass se ene Si Setters wo nga, a ie pielentincetal Seana eeearusonntatnenngend socoaa ins pesmesicetren eteatcntne ee etd eniccoansanth ora eee eeaeeiecmerena seein roa ancaeenenemai ewe Oana caaone igea aspen ESR ees os mromnaiom eet ener iene port de lrma nissan potas ect anita norraiaerstrae alana a cae nana a denon pou rete onomeag li ntsc nes oats ige cae open See iar coicseaeats tne arses Srameccesna strana secon oeisatuennnrh ad gin Ss lon el ome Gis cclcmineanade caper treme ier eee nielanciemenitial Seeoeere een een a canny ae evmuneiapany scamming een dcennigeceneaats ey ren enon socea acne spngeae ae Sey tome refrimos sep fala em inadequagio a falar em incor. ‘Ancor tem si tomada sempre etm 0 fto de um determina oso ou emprego de elemento da lingua ndo estar de aconto camo ques preconizado pars a norma cult: enguanto ainadeguagse émai mpi eferese ao uso de qualquer recurs da Kngua que ao sei ‘slequado/ apropriado ou que no ej o mai adequndo/ sproprinds § predugso do eto de sentido pretendido numa stuagso de intrs ‘iu comaniativa especie. to ince tambvmoatendimento Seno" {i nocai d o ae frenior urease git chair {dees da norma cults que, em metas sitagies nfo ami equa ‘a. Ald dss, um uso pode estar de acedo com 4 norma cl 0 ‘outa varledade que se ea como adequada para determinado mo mento, mas nfo €adequaio do pont de vista das instrugSes de sere fio que contém, tendo vista eto de sentido pretendido. Pode ‘amos nest cso flor em inadequagio comnicatva (cf 38 dimen ser da inadequasSo no capitulo 1) Vejen, por exemple, 0 ano a reportagem sobre x constr de hidovias em certa ego do Bras, fm que f(a) A canconsinca feta no singular (poder er rans porta") leva eitura de que regio & que ser eaneportada pelos Fieso que, pelo conhecimento de mundoe dentro do senso comm, € Inacettvel. Na verdade o repérter queria dizer que as mereadoras sariam tansportadas pels ros Paralstooadequado sera dizer (1). ‘Como se vé nose tata apenas de wm “erro” de nowma cla, mas também de inadequacto ao que e queria dizer. (0) 3 = "44 mutes monadoras na gio qe poets aneport- a pelosi ‘b+ Hl mite mercado nario que poder per tspors- dupe i ‘Aindl com telagio aos textos de (1) & preciso observar que, se ‘mereadovas” estivesse no singular, o texto de (a) seria intrpecta- o como dbo, mas, devido a conkeciment de mundo, teria como intespretagio preferencal aguela em que oobjeta de transporte se 1a "mereadoria™. Seno higar de reigo houvesseo nome de algo ‘Que tambézn pode ser objeto de tranepocte (por exempo: A repito tem muita mercadoiae queza que poderd ser transportada pelos 100 a iterpetago preferencial pestara a ser aguela que reersse ‘otansporte do que estivasse no ligar de “egido™, porque aandfora 4a pronome relative “que tenders a elomaro sntaga nominal tals plo, "ota primis forma dl trabalho parce asitematia eles, smastem grande mésto de orentaren anos no uso daqueles ec S062 elamentos da lingua que eto presentesem ce tat com 9 in uae que, por iso mesmo devem ser estudados por sus pertinécia tm fungio de seu uso eftivo plo aluno-asudrio da ling em termes de fregincs,utliagioeftia em situaées de comunicao e a Tham poze ess recurs reprsentar, em algun casos Probl sma para cs alunos, quand estes fazem dos meston usc nade dos, equivocados Paraelamente, dve-se desevolver uma forma de abordagert dos elementos da lingua que é mais satemca eno fe condiciont ‘ds apenas iquilo que ocore no uso que 0 aluno faz da lingua como produto ou reebedor porto em vantagem ce apresentar 40 uno novos recess e posible da lingua de que ele cetamen- te precisad em mais stung de nteragS0comuncativa em qe se veri envolvid durante sa vida. Eta forma de trabalho permite am pla signiicativamente a compottnclacomunlcaiva do aluno em S| lingua materae também ses concent da lingua este «He gun Nesta forma de tabs, see abordadeetas 8) tipos de recursos fats da lingua © como eles funcionam ‘como intrugdes de sentido na consrugio/ cnstitigio dos textos oris fou escitos «que varedade da lingua pete cue qusndo podem c/ou devern ser isos; eterminodasinstrusbes de sentido, a parte das quae se l- vantae discute os recursos de que dispomos na lingua para elu as mesmase a diferente cada um dos reussoe ‘a veiculagio de um determina tipo deirstrasSo de sno » sas das forma de abordagem constituem dis tipos de entra das que se pode fazer no eetdo dos recursos fatos da lingua pars Sisteraliza est eta etrnd-lo mais abrangente, tlizanose 4) um levantaminto feito (programa) da que deve pode ser ‘studada e ') uma seqiencasto dos Pontos a sorem esudados, por meio Ge alvidades de ensin aprendizager, montadas para te fim. aserem desenvolvices na eso em aul ing a= tema (em nosso ea, em alae de Lingua Portugues). [Nos tens seguints vamos detathar um pouco mais elas das formas de entrada no estudo de gramstics da lingua para sistema age do meme, 4.22 Eur pl pe rec Uma das formas de sstematirar 0 ensino de gramtica & fazer ‘um levantamento dos ipos de recurso que sei interessante ctalar ‘fazer um ordenamento dos menmos para su abordagem progress va emuma erie ou nas série diversas da rise cdo ensins fre damental edo ensino méao ou mesmo da Universidade. Pare cada recurso se faz um levantamento dos diferentes epee cee ate dls. Esta forma de entrada, tadiconalmente, tem sido a mais sada pelos professores «pels sugested programas dos diversos Gigs ligados 20 ensino pblico muna esta, federal e/ou do ens 0 particular: Inflizmente, por um rion vsSo do que sa ® gramtca de uma lingua, mits elementos nteressantes tm sce ‘mantis sistematicamentede fora dete pogratnas, Apenas mai recentemente tim surgidoalgumas geste de programa com 03e- undo tipo de entrada que ¢disutido em 42. lo representa um ‘vango porque, para nds, a entrada pol tipo de instruc de sentido um pass para a consoidagso dla perspctva de que um recur it _lstico nada mais do que umn intro dese usa na cone ltuigfo de um texto para corsair determin eeito de ene na interagSo comunict [Na forma de abordagem palo tipo de recurso ques faz €etu- dar tipos de recurs da lingua como, por exemple artigos, promo mes, substantive, verbosadjeivos, prepesigdes, coloagao de pal ‘ms, concordéncarepetiio, Figura de palavras, conection (0 ae Incluieia preposies),topicalzago, tpes de eases e/ onages os de textos ee A escathae nomeagio dos topics evidentemente ‘epee da() eras) que professor estiver usando como suport) ) © grau supetativ rlativo (que faz uma eomparago de un elemento de um conto com os demas elementos do mesmo ‘conju: Jairo methor/ pir aluno da classe: Este menino 60 smals/menos esperto dos irmaos) 0 supelativa absolut (que presenta a qualidace de algo em grat maximo, havendo una comparagio implicita com um padrio normal: Maria ¢ legantissima/muto elegant) exe ee sitio (com o> ‘oe -tsio imo e-rimo) ou alte (geralments com adver- bios: muito, exremaments imensamente extrondinaiamen- ete) ©) 08 gras aumentatvo ¢ dlminativo dos subsantvos pressu- dem ma comparago com um elemento dainesma categoria, Ficceeeeneerneeat an lle Se eeeeeetmemacnmctes ido soro detumunlo normal pate cong ome nn yee ds tends emeainans andl gue é td como de tanho normal pao} sanpelcguteneniaariee ree aratien ns mesndosctonotzmentoem eas s aco om ee eran ae Seek gayelieion sense cepa in a ool mn SanENeeaaeaTN ‘Nop de esata pelt dno pas sistema as avd cin aprendisagen, deve mp mone ok ‘Sane ems es sn tf Te oslo perth quando om sal recone par expel Minin deste qu ctanndo oczdy, quae Serge {atv ovfeurs su talor argumentative Por ea zi neste {pods erada code fndamentalimportnca svn degra ttc else que tam econ aul como 90 pnt deena una forma de cee eteraadse Ito mostra que Ses atvldads pose sr sates a0 contro do que mts evoam, To depend de como o profesor laa eu taal a Bide ol | consoenagbes Faves ee aioe aetna er eeee aca eee pee erro eaten a ee ene en eens seen ee ieee ears ee ean smedltas 2) através de um teabato sstematizad por melo de das abordagens: a) com entradas pelo tipo de recureo eb) com entradas pela instrugio de sonido, Como esta itima forma de tabalhar no ‘istuma ser muito wad pelos professors, gosaramos de enatcat Sua validade e sua necesidade em Fangio do desenvolvimento da ‘ompetincia comuniativa dos alunos, Os proessore: devem into. ur esta forma de trabalho com instugSes de sentido bisiase suas {Serivagbes em c-testos contexts diferentes, porque em siti i nda ¢ om ab intragbes de sondido que twabalhamos quando nos cmuinicamnos por mio doa textos que preduimos ¢reesbemon. E Porta razde que so fundamentais, nesta forma de trabalho, a at ‘idades de gramstin reflex 5) PARA QUE ENSINAR TEORIA GRAMATICAL” 1 mroougho “Tesos parce concordae que a avdads de ensino/ apenas sem que so desenvalvdas no Encino Fundamental e Mo devern dae 20 alunos algum tipo de forma, em termos de conhecimento € habildades. Devoe partir do mesmo presupert quando stata do ensino de lingua matera.O tipo de formagio, en tens lings, ‘que querems dar aoe alunos € a eposta para a pega: "Para que laos aula de Portugués para falantes nativos dessa lingus?” Asim seni, esta pengunta eof) espostys) que dermos ea sf fundamen tai pra configura da ash do profesor em sala de aa, Em outros trabalhos Teavagia, 1996, 19963, 1998 18986199) JM buscamosdiseutic esta questo dos objetiven do ens de lingua ‘materna. Temos ascumido sempre a postura de que, ate ening, € possi 8) ensinara lingua, o que resulta em habldades de wso da ine gone »)ensinarsobrea lingua 0 que resulta em conhecinento teico (@esentive eexpieatve) sobre a Kinguae pode desenvelves a Ihabilidode de anise de fats da ing, sag: A) Ap Pk a ae FR, ‘su Gongs UU em as Ss Cong Se oe Sypottenn his ue apn te ns a ope

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