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Rua Martins Fontes, n792 Vila Tupi Praia Grande SP (13) 3596-2347
RAZES DO AGRAVANTE
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*EGRGIO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DE SO PAULO SP
**COLENDA CMARA
***NOBRES JULGADORES.
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veculo, e nem se vislumbra plausvel afirmar que o dono concorreu para o fim
atingido pelo condutor.
E acresa-se que, mesmo para configurao de
eventual responsabilidade objetiva, seria imprescindvel a prvia
regulamentao legal. Como diz Caio Mrio da Silva Pereira, "No ser sempre
que a reparao do dano se abstrair do conceito de culpa, porm quando o
autorizar a ordem jurdica positiva." ("Instituies", vol. III, Ed. Forense, 3
edio, p. 396).
Por outro lado, a utilizao do veculo por quem no
lhe seja o dono pressupe precisamente um anterior emprstimo da coisa - ou
comodato verbal na expresso jurdica, regulado pelos arts. 1.248 a 1.255 do
Cdigo Civil.
Tendo o comodatrio/condutor a obrigao de zelar
pela coisa mais do que se fosse sua, deve ele responder pelos danos nela e
por ela advindos, mormente quando ocasionados em decorrncia unicamente
de ato comissivo seu.
Ora, no fosse assim e ningum mais poderia
emprestar, sob o temor da imputao da responsabilidade obscura e imprevista
que, escondida nas teias-de-aranha da arbitrariedade, ressurgiria cega e
impetuosamente no caso concreto para pisar os Cdigos e atordoar os havidos
como previdentes.
A doutrina ptria ainda prega, segundo Wilson Melo
da Silva, in "Da Responsabilidade Civil Automobilstica", que de forma clara
refora sobremaneira os argumentos at aqui expendidos, in verbis:
"Duas figuras jurdicas poderiam a surgir: a do comodato e a da preposio
propriamente dita. (...) Na hiptese do comodato, vale dizer, da utilizao
gratuita do veculo pelo amigo ou parente, pura e simplesmente, sem a
obrigatoriedade de um determinado destino ou para a realizao de um
determinado encargo, o dono no se tornaria o responsvel pela reparao
dos danos conseqentes de um desastre pelo s fato de ser dono (...). O ser,
algum, dono de um automvel, s por si, no implicaria dever,
necessariamente, erigir-se, ele, no responsvel obrigatrio pela reparao dos
danos ocorridos com seu veculo." (Ed. Saraiva, 2 edio, 1975, p. 254)
DO REQUERIMENTO
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