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Géneros textuais da didatica das linguas aos objetos de ensino ORGANIZADORA Lopes Nascimento 12 Edi¢ao So Carlos / 2009 poe demsinn ie Apresentagio NERO PARA ia Lopes Nasciment 7. PERRAMEN suk 225 ait Vieira Gongalves, IS E PRATICAS DEL ira Lopes Nascimento & Apresentagao Os tes & pesquisa académica, & formagio do. professor de lingua portuguesa em servico na educago basica ¢ & formagio de futuros professores nos cursos de Letras e Pedagogia. Um {taco importante dos trabalhos aqui apresentados é 0 de consondncia com a orientagao trans: a0sre particularmente, 0 buscando elementos tor professor, formadoreapren r9s para a continuidade e aprofundamento da reflexdio em fungio de situagdes especificas de ensino da leitura eda escrita -a, vista como lugar de tlocugo, em elaboragao constante pelo s sua relagdo com seus interlocutores. Acreditam que a escola tem uma tarefa no ensino-aprendizagem da lingua que considera, como afirma Moura Neves (2000, p. 52) “a adequagio social do produto ico de sews alunos’, 0 que significa ensinar e aprender a ia para e nas priticas sociais de uso. ‘dos no projeto de pesquisa “Géneros Textuais e 1 lvira Lopes Nascimento é realizado na Un ceconta com apoio financeiro do CNPg - ei © | Sénstos ta dldica dos Inguae as obits de ensino configuram, assim como para a apropriagao de saberes sobre a lingua e seu funcio ssa se alia is necessidades criadas Pelos PCN (1998) e, mais recentemente,pelas Matrizes Currie de Referéncia (MCR), base para os Descritores do conteido a aferivel por meio dos instrumentos de avaliagio «Prova Brasil (BRASIL, 2005), que evocam icagdes do suporte, do género ¢ fou do enunciador na compreensio do texto; Ill - Relagio entre textos; IV ~ Coeréncia © coesto no processamento do texto; V ~ Relacdes entre recursos ido; VI - Variagio ling "mo fundamento para as Matrizes de a0s aspectos igua, No entanto, aqueles Podlem ser determinados dentro de um enquatre que pressupo contextual do texto, Isso significa que um deslocamento do eixo das igua no campo do discursoem seu contexio sociointerativo, Dessaforma,o enunciado setorinea iagem como atividade ® texto como unidade de sentido; a nogio de geneto textual como forma de agio social e nio como entidade | ro, a nocio de género textual & que passa a te eladorado) que media, re em cleum enunciador, © dominio consciente dos géneros de texto implica 0 desenv imento de capacidades que exigem processos formativos soresenagio = lugar da ago de professores e formadores de professores. dro de agaes, motives ¢ intengdes que os autores dest de ensino e o desenvolvimento de gestos profisionais facilitadores «¢ mediadores do processo de aprendizagem. Todos os textos aqui re m a busca de compreensio do letramento las priticas de formagao que pressupdem saberes do proceso de formacio do professor em suas dos; da apropriagdo novos saberes ecapacidades. da esetita, a, 05 trabalhos reunidos apresentam e discutem es instrumentos de que o professor, em qualquer ni rae dos ido de mas situagdes censino a que se referem, dependendo do tipo de articulagao entre eles e as praticas desenvolvidas em sala de aula, a produgio do objeto de las por uma motivacio que leve a0 sucesso da aprendizagem - mas que o gua deve dar a assumida pelos autores ¢ a de que uma para favorecer a aprendizagem da escrtae da leitura € ade criar contextos da produgio escrita do aluno ¢ da leitura inseridos em ings as obece ds enine que reunidos, concentram seu enfogue no planejamento ¢ elaboracio de projetos que os autores afiliados sociodiscursive denominam de nento dos projetos de ensino em sequéncias ia conhecimento, no de-um conjunto dle aspectos pertencentes ao refs con 28 dos géneros, que constituem relativamente estaveis” (BAKH como leragiona qual o género ferenciais, relacionadas pritica social de refe telacionadasao valor agregado aqui a determinada formagio soci 982), os géneros const obrigatérios de qualquer producio verbal. Consequentemente, ‘ualquerandlisedascondigies deprodugdo dostextosdeveconsiderar f05 que intervé que mesmo reconhecendo a problemit ela heterogeneidadle dos subsistemas que cont Para a realizagio da textualidade, os géneros de texto ex oexistem e se acum coneebidos como uso ‘com finalidades comunicativas, mas que devem ser “dimensionados lam historical 108 diante de objetos mais complexos do que 8s tradicionais listas de nomes, receitas de cozinha, quadrinhas ¢ Parlendas podemediaratividadesdidéticas que visemadeterminados objetivos, mas o professor pode ousar por acreditar que o aprendiz iralém, inclusive daquilo que se considera mais complexo, como sio considerados os gneros emergentes em certas priticas de apreseriais | 9 reflexdes que into @ alunos e professores das géneros niio sto considerados apenas artefatos linguisticos, mas Os autores, membros de um grupo de pesquisa ¢ de formagio, ‘0 enfogue dos géneros em uma de formagdo de protessores temos com relatos e descrigdes de priticas docentes que dem variagio de modos de tratamento di Certamente, em cad: observa-se do papel central dos textos como objeto einstrumento de tab istante da complexicade do desdobramento do género mas. aind: : s formas de abordagem como objeto de ensino. Assim, entre temos (te)conhecido as seguintes: ) 0 género visto como processo de codificagio, resultante dos processos de codificagio / decodificacao, visto como 0 de texto” estereotipado pela tradicio esc descrigio, narracio, dissertagio; 10 | Graves txts (i idea dos inguas ae ebjcos de nino to da comunicagao escolar, seradora de géneros de textos. Nesses contextos, o género ‘io € ensinado, nao é descrito como forma pat producio sscrita€ nao se preocupa com a configuracio do género; © sen objetivo de avaliagio & o de higienizar o texto do aluno em seus aspectos ortogréficos e morfossintaticos ©) © género emergindo em meio a uma grande diversidade de géneros. em torno de um tema, uma abordagem na ‘qual a preocupasio do professor recai sobre de temstica Por poemas, » aniincios, anedotas, palavras-cruzadas stC) em que 0 objetivo é a diversificagao de formas de 6, criando situagdes em que o aluno tem razées para falar e escrever, co! as festas escolares, as datas comemo, a chegada do circa a cidade, ssa abordagem, 0 Professor também visa ao uso de um inst func pensa na evolusio de um processo para o dominio de género 'é no centro de uma situagio de leitura e escrita, rem uma si de outro, hé um enfoque espi o escolar (DOLZ; SCHNEUWLY, 1996) cuja abordagem, Pelo professor, prevé um planejamento de atividades que vio Progredindo em complexidade, de acordo com o avango do aluno, Desse modo, visando & formagio do professor com os diversos amesenagte | comp dessa relagio, os autores-pesquisadores formadores apresentam textos em que discutem priticas em contexlos de formacio, esperando contribuir para 0 debate sobre o ensino e rendizagem inserido em uma didtica das linguas, Sobre a composigao do volume ro est dividido em duas Em termos organizacionais, 0 Nop iculacdo de saberes 0 8 perspectiva da sntada para aelaboragio experimentaciode como pelo problema contraditério refer primeiro trabalho éi a das linguas’, cu e colaboradores. Os autores d no que diz. respeito 4 adogio de uma abordagem que enfrente 0 desafio de integrar a realidade do smo dos aprendizes sma didaticaintegrada das éonduzir ao avango, cada vez mas, para uma didi intgrada 1m uma reflexdo sobre um conjunto de conceitos 4s linguas, relacionadas a0 ensino-apre ‘géneros textuais or sPOsicio di ém sala de aula, construsio de objets discursvos gra contextos de formagio nas séries in ‘em fungio dos 8 € expectativas trazidos pelas reorientacies da di ngua portuguesa. Assim, a au tum género oral da at oral, que ado em um contexto de ensino que uumento pelo qual a professora age L que faz parte do grupo de pesquisa "Anilise de Linguagem/Trabalho Educacional e suse Rela. (ALTER), coordenado pela Prof Dr. Anna Rachel Machado, apresanecao da Pontificia Universidade de Sio Paulo (PUC-SP), orienta suas squisas no sentido de compreender a dinamica das ages dos tos no trabalho. Para iss0, tendo como base os procedimentos 1etodaldgicos propostos por CLOT et al (2001), a autora apresenta na autoavaliagio de seu trabalho pedagégico com o género editorial, reforgando que esse género pode ser usado no ‘umm megainstrumento para a formacao do! na vex que leva o aluno a ler sua realidade social, além de uit para a formacio da cidadar ‘A segunda parte deste vol nas praticas di organizadas em sequéncias diddticas vio ids objetos de com base em autores ‘como Bronckart (2003, 2006) ¢ Schneuw! trabalhos jos nessa parte procuram oferecer sugest6es de como trabathar, em sala de aula, géneros textuais de diferentes esferas de comunicagao. imeiro trabalho dessa segunda parte intitulado “O género textual como articulador entre o ensino de lingua e a cultura Eliana Merlin Deganutti de Barros parte do pressuposto uma ferramenta de transposigao didética ‘umental para a progressio radio, internet, cinema, jornalismo impresso, etc. A proposta tem como respaldo os estuds sobre ogénero textual mo objeto de ensino que possam articular o luura das midias. da lingua e a % | Sinemet: a cicadas inguse os ojos de ensino Otrabalho “Ressignificandoa aula deleituraa partir dos géneros, textuais’, de Cliudia Valéria Dona Hila tem como foco deinteresse a ‘ura em contexto de formagio,a partir de varias experiéncias com professores em formagio pré-servigo do curso de Pedagogia e com professores em exercicio nos cursos em ‘que @ autora é formadora, Ancorada nos pressupostos de Bak € no interacionismo sécio-discursivo, a autora ilustra exercicios de leitura elaborados pelos professores em cursos de formacao inicial e continuada, tendo como objeto categorias de a aos géneros textuais, evidenciando a importincia das mediacdes formativas para 0 professor ressignificar conceitos j to da leitura, Por isso analisa novos ej debatidos conceitos no campo da letura, evidenciando que as discussies tedricas no campo da linguagem chegam em ritmo muito lento (quando chegam) nas sétiesiniciais, Por isso mesmo, no intuito de auxiliar o professor de séries nto da aula de letra, a autora apresenta a proposta de trabalho desenvolvida por ela e por professores {em formagao Jem servigo) de séries iniciais na perspectiva textual- discursiva, tendo como objeto de ensino um género textual um género apropriado para levar a um multiletzamento”, @ autora Claudia Lopes Nascimento Saito discute a relevincia de se expandir as fronteiras dos estudos do discurso e generos textuais para incluir a investigacao de outros sistemas semiéticos, além da linguagem verbal. Com atencio especial aos conceitos de multletramento e sincretismo, propae que 0 significado de letramento deva incorporar mio somente habilidades ¢ competéncias referentes a aspecto: também significagdes sineréticas aliadas as novas tecnologias da formasio e comunicagdo, Apresenta uma proposta de sequéncia ica com o género textual telejornal como forma de contribuir para a instrumentalizacao do. professor de linguas no trabalho pedagégico com um género sincrético, © capitulo intitulado “Ferramentas didsticase ensino: da teoria a prdtica de sala de aula” de autoria de Adair Vieira Goncalves, sereonlagse. | 15 apresenta suas concepedes sobre a modelizagao diditica dos géneros textuais como trabalho que antecede a elaboracio do pl dlidatico, Em se tratando das sequéncias didéticas, o autor aponta, a partir de uma producio inicial, as deficiéncias de aprendizagem do género artigo de opiniao e, principalmente, como o docente pode intervir,por meio de uma pesquisa-agao, tum contexto deter (0 autor dé a sua contribuigio para_o ensino de géneros referindo- se a trés ferramentas didaticas: 0 modelo e a sequéncia didatica e, por i strumento de refacgio textual que denomina “lista de constatagoes sobre o género”. Tendo também como foco de interesseas priticas desala de aula, © trabalho intitulado “Géneros textuaise priticas de alfabetizag ¢ letramento”, de Elvira Lopes Nascimento ¢ Maria Ilza Zirondi presenta uma rflexio sobreaimportincia da formagdo do professor e de sua atualizagao constante que provocam transformagies e rupturas, se comparadas com praticas ditas onais. Nesse capitulo, é apresentado 0 relato de uma experiéncia de letramento ada por professoradeumaprimeirasériedoensino fundamental que a obra de Monteiro Lobato tornow-se, ao mesmo tempo, um instramento Kidico para instigar o imagindrio toma forma de preservagio do patriménio cultural e também uma ferramenta mediadora ~ relacionada a diversos géneros textuais ~ no processo de aquisigio e de desenvolvimento da escrita Agrademos a todos os que contribuiram para a realizagio trabalhos aqui apresentados. Encerramos com as Joaquim Dolz, um dos autores mais significativos para as pesquisas «dos autores aqui reunidos: “Uma lingua sem autor, sem destinatari sem desafios nao convém para a aprendi a chave da busca de resposta as questdes que desafiam os autores desta coletinea. Londrina, Margo de 2009. Elvira Lopes Nascimento 18 | Gears tous: 1a diicad55 guns ns objets do onsino Referén BAKHTIN, M. Os géneros do discurso. In: ___. Bstética da criagdo verbal. Trad. Por M. E. Galvio Gomes. 3ed. Sio Paulo: Martins fontes, 1982, p. 277-326. BRASIL. Matrizes Curriculares de Referéncia para o SAEB /Prova Brasil. INEP-Ministério da Edueagio (MEC). Ministério da Educacao. 2005. BRONCKART, J.P. Atividade de linguagem, textos e discursos, Por in interacionismo sociodiscursve. Trad. Anna Rachel Machado, Péicles Cunha. Sao Paulo: EDUC, 2003, BRONCKART, J. P Atividade de linguagem, discurso ¢ desenvolvimento human. Organizagio Anna Rachel Machado ¢ Maria de Lourdes Meirelles Maténcio. Campinas (SP): Mercado de Letras, 2006 BRONCKART, J.P, Oagir nos discursos: das concepgées tedricas ds concepeées dos trabalhadores. Tradugio de Anna Rachel Machado © Maria de Lourdes Mcirelles Maténcio. So Paulo: Mercado de Letras, 2008. DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Genres et progression en expression orale et écrite. Eléments de réflexions & propos d'une expérience romande, Enjeus, 1996. p, 3-49. Claves para enseftar @ escribir Facultad de psicologia y ciencias de la educacién, Universidad de Gincbra (Suiza). Circulagdo restrita DOLZ, J. GAGNON, R. & TOULOU, $. (2008). Production écrite et difficultés diapprentissage. _ Gentve : Carnets des sciences de Féducation, NEVES, M. H. de Moura.A gramética: historia, teoria ¢ ensino.Sao Paulo: UNESP, 2002. PARTEI ARTICULAGAO DE SABERES NAS PRATICAS DIDATICAS COM GENEROS TEXTUAIS UMA DISCIPLINA EMERGENTE: A DIDATICA DAS LINGUAS' Joaquim Dolz, Roxane Gagnon Fabricio R. Decandio Universidade de Genebra (Sulca) 1. A didatica das linguas: definig&o A didetica das linguas & ume disciplina que estuda os fendmeno igo didético: 0 ensino, 0 aluno fou al) nada. Blase interesa 1guas, mais particularmente os processos sle construgao das priticas e dos conhecimentos de i hs termos que a compoem merecem ser explicados e problematizados Questio referente inicial: segundo 0 ponto de vista adotado, las constituidas (Linguistica, psicologia, sociologia, ic) a didética das linguas ancora-se em uma pluralidade EGROS, 2004), Sua eficécia depende tanto de sua capacidade para erae novos saberes quanto para resolver os problemas so % | Sines oats (9 disica dos ings as joes do ening loaquim Dalz Foxane Gagnon & Fabra F Dosing les de linguagem dos im em diferentes unentos e diferentes capacidades devem sere: possivel falar sobre et evoca dois problem: verbais ¢ textua ‘cos determinados, exerce regras sobre as modalidades a da atividade verbal, a qual ‘ucdo dos textos (BRONCKART & CHISS, 20020) ipresentam variagbes segundo as regides do 18s pode ser abordada © compreendida ada. Na escol 22 | Géners totais: | eddies ds ings aoe objet ensino {qual elas gozam nesses diferentes paises marca a diferenca, comoéo Estados Unidos, apesar 1. Uma acentuagao da heterogencidade ica pode ser observada nos sistemas escolar uas sio ensinadas e aprendidas, Algumas orientagées as para ullrapassar essas contradigoes: do objeto dessa did: onde as lis sio neces 1. A adogio de uma perspectiva com e contrastiva a fim de extrair os tragos comuns dessas diferentes linguas edeterminar as questoes que podem se de n dos saberes © das Pres de refecéncia a ser considerada e as relagées a serem estabel mdeconhecerasprincipais reconfiguragées as quais a diddtica das longo de sua historia, Para que isso seja fe adidas nos as origens Uma parte de apoio sobre as pesquisas cientificas da sua evolugio na Europa e no Brasil encerrara o trabalho, 2. Por uma didatica das linguas As condigdes para o emprego do termo “didtica” vartam de acorde com as épocas, com as Hinguas (BRONCKART & CHISS 20028; MARQUILLO LARRUY, 2001), bem como seu campo d aplicagze muda em fangio do « mt ltural (DABEN ua acepglo e fazer dela o unto de problemas relativos aos iagem que acontecem na situacio 0 para aplicagio do rocessos de ensino e de ap) seaquim Dole | 23 Roxane Gagnon & Fabrieo FI. Doct ” (BRONCKART & SCHNEUWLY, 1991, {ronteiras porosas, radeado por dis ica, a sociologia,a psicologia, sendo assi estd sempresendo reconstruido. o abjeto da diditica 2.1 Histérico: da didatica a didatica das linguas juas foi com Como toda didética, 2 didética das mo tempo, como discurso critico frente 29 ensino e como ativa de proposigao e de inovagao, No curso da histéria, correntes diditicas assumiram trés formas: primeiramente, curso de inspiragio filosética e politica; em segundo lugar, clas . transformaram em uma metodologia geral e positiva integrada is cigncias da educagdo e, posteriormente, elas constitulram-se didaticas disciplinares situando-se no cruzamento com as diversas, em busca de uma institucionalizacio e de uma nomizacio (BRONCKART & CHISS, 20022), Com sua Didactica Magna, Comenius (1592-1670) prope wm curso que, por sua Vez, Constitui uma critica ao Estado € & 20s problemas da epoca. Ele ‘io e uma proposigao de solu dica uma educagdo para todos, 0 reconhecimento das linguas , a educagio coletiva como meio e necessidade da didatica, ae fatalista das metodologias ion nenius denuncia a orientagio el 10 em uso e contesta os métodos de ensino dedi sda escolistica medieval. As proposigées reformadoras do filésofo-gramético incitam as les a adotarem um projeto educativo global, implicando is quanto a criagio de uma de uma lingua literdriae artifical As ideias de Comenius no se impiem frent escol 8 pro no ultimo quarto as provenientes da tr 24 | tne trai { disea da inguns nos cbjces de esine ¢ sobre 0$ mecan ce aprendizagem em situagiesescoares,€ segunda inspira tral ideraglo as capacidades 4 A psicopedagogia, dessa maneira, do fracasso escolar no integra novos tipos de saberes produzidos As respostas a esses problemas serio abordadas pelos dtica discipl das interagdes com as di paca que vemos © termo “did aparece a partir dos anos 50, r mais prescritivoe aplicac Sxito ea sua ripida difusio explicam-se por uma explosio na psicologia ¢ na aprendiza te para a divulgagao 2 © pedagogo representante do movimento ra Dewey (1851 seacom as | 25 Foxane Gagnon & Fabri R Decidio e, contudo, a necessidade de uma tametodolégico” (BRONCKART Vygotsky, serio 0s dois novos marcos de referéncia. © al 8 considera a agi mente, supde e exige a elaboragao de um sistema conceitual 1 reflexs relagbes que essa dis igo do empréstimo com um (BRONCKART & SCHNEUWLY, 1991). Desse modo, conjunto de problematicas e de conce ida pelos professores, pelos aprendizes e pelos diferentes 8 que slo mobilizados (os saberes, as habilidades, os oaguim Dale) 27 Foxane Gagnon & Fabra, Dango especificadamente nos planos de estudos, manuais, instrugées, prices codificadas nos discursos pedagégicossatransposicio interna, ‘que parte dos objetos de nas interagies i se as escolhas efetuadas entre os saberes e as priticas de referéncia dlecidem oficialmentee por aqueles que fazem os progran a fim de determinar os contetidos de ensino. Novos objetos chegam & sala de aula, pois as matérias escolares estio ultrapassadas ou porque 1em conjuntos organizados de representagéessocais ecognitivas, tudes, priticas, etc. Eles colaboram em um projeto de ensino- aprendizagem que es de cada um dos trés 986). A tua-se no momento do recorte eda organizagio dos conteidos no ambito da elaboracio do curricuo, definide coma uma construgio intelectual e que visa influenciar os processos de casino-aprendizagem que se desenvolvem concretamente nas salas de aula (CRAHAY, AUDIGIER & DOLZ, 2006). Es «em consideragio o principio de progress, cuja a repousa sobre «ertos critérios. No que concerne & aco do ensino (SCHUBAUER- LEONI & DOLZ, 2004), os conceitos de ‘eavaliagdo apresentam-se como fundamentais, fercimbio entre professor & obst 1s para fazer desaparecer os do objeto de estudio, de ages do professor a fim de promovera autonomiae a responsabilidade do altmno para wadas pelo professor agus Dote | 29 Roxane Gagnon 8 Fabrica FL Decéndo falar, ouvir, er, escrever € interagir (REUTER, 1996; GARCIA: DEBANC, 1990; DOLZ & SCHNEUWLY, 1998 NONNON, 2000; GARCIADEBANC & PLANE, 2004) revelam-se indispenséveis para participacio na vida qu consciente dos comportamentos linguageiros. A terecira finalidade caracteriza-se pelo emprego frequente de texto 808 s05, 4s normaseao patriménio gua, Levar em consideragio os valores do patriménio cul € um fundamento da relagio que estabelece o uno coma as suas diversas manifestagdes (DOLZ & WIRTHNER, 200: a pritica, 0 uso da « sua reflexdo vao diferenciar-se de acordo com o ambiente da ager de uma lingua primeira ou de uma lingua seg desenvolvimento: simplificada francesa foie ¢ associada ago francesa es iis ou as linguas da como uma salvaguarda Na Europa, siio sempre percebidas de ura, os usos de uma ou mais um espaco storia da lingua e a sociologia das 0s a histéria da escola e da ia escolar (BRONCKART & CHISS, 20026) a necessidade de favorecer 0s diferentes paises. OQ) 4s Lingua, publicado polo 4 valorizar a passagem de Wil ‘movimento de globalizago dt ‘conhecimentos das linguas, NO cculta também desigualade indmicas queas inguas man 4) pela presenga e 0 4 intercompreensto, o plur de aprendera orga linguagem, valorizando © en agi Doe Roxane Gagnon & Fabricio, Dscindio segundas) como ferramentas de apren pressio sobre os professores de outras di contribuam para. a maestria das capactdadeslinguageiras dos alunos (CHARTRAND & BLASER, 2006). agem, mas acentuam a inas a fim de que eles 3.2. As linguas como objeto de ensino ‘A delimitagéo dos contetdos de ensino e de aprendizagem das linguas no é uma tarefa fil. Diversos aspectos devem ser levados em consideragao, Os pi ao contexto social, 20 apoio institucional, ao valor social das linguas € 20s seus usos que influenciam sobre o curriculo das Kinguas, Os segundos aspectos sio de ordem interna relacionados & prépria juas. As linguas apresentam uma caracteristica particular, pois sao ferramentas da comunicagdo e, a0 mesmo tempo, sio objeto de ensino-aprendizagem no sistema escolar. As quest6es relativas aos objetos de ensino referem-se a trés dimensdes complementérias:ao repertor pelos curriculos, is capacidades linguageiras a serém desenvolvides pelos alunos e aos saberes que devem construir sobre a lingua. eiros sio de ordem externa relacionados natureza das Lingua materna, lingua primeira, lingua segunda, lingua estrangeira Se a expressio lingua materni pareceu por muito tempo ser evidente, 0 contexto escolar atual, que tende para o intercultural e plurilinguismo, levou a sul 3s termos que integram es diferentes situagdes ling SIMARD, 1997), Na situagao fami que a crianga adquire de modo espontineo no seu meio fai termo tende, cada ver mais, a desaparecer visto que naturaliza @ aquisigio peta crianga, como se o contato com a mae fosse suficiente para desenvolver a linguagem (URBAIN, 1982). Aplicado a terra de origem, perde todo seu sentido no contexto plurilingue (DOLZ, 2000). Preferimos lingua primeira que, além de ligar a aprendizagem soguim Dale | 33 52 | Ganoroe Roxane Gagnon &Fabreeh Devine | edi Quais objetos de ensino? O lugar das normas, dos saberese das capacidades Enquanto disciplinas escolares, as linguas levam as marcas da tradicdo historica. Ferramentas pc de comunicacio, elas sio também fertamentas de ensino; a metalinguagem e a terminologia conferem 0 estatuto particular 8 disciplina. Os conteidos de ensino comumente chamados competéncias ou capacidades linguageiras: falar, ouvir, escrever, ler e interagir. Esses contetidos compreendem jgualmente todas as ques curriculo para oensinodeuma a0 lugar de diferentes contetidos de ensino sio geralmente geradoras de polémicas. Também, a construgao do curriculo das linguas faz-se Airdua adelimitagio dos contetidos e dos proce aprender. O professor de li mas também da expressio oral e escrita, da dos discursos em sua diversida a comunicacio oral, © vocabulério, a gramatica, a leitura, a escrita

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