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Escola Básica José Ferreira Pinto Basto | Biblioteca Escolar

Semana da Leitura
10 minutos… Uma história por dia

2º e 3º
ciclos

Disse-me a Onda de Chapéu Branco, ao cair da tarde, na praia da Costa Nova:


— Nunca fales em maravilhas sem primeiro veres a maravilha que nós temos no
fundo do mar. Só podes falar de maravilhas depois de veres aquela. Depois de veres
aquela, nunca mais poderás falar de maravilhas.
— Olha lá, e como é que eu vou ao fundo do mar? Não conheço lá ninguém, não
tenho ninguém que me leve…
História do fundo do mar de Mário Castrim

— Ai tens sim senhor! — respondeu a onda, cheia de certeza.


— Sim?! Então como? — perguntou a menina curiosa.
— É que, na verdade, era uma menina que não tinha muitos amigos, nem na
Terra nem no Mar. Aquela menina só tinha um amigo, o seu gatinho peludo e
acinzentado.
5.º C

— Olha em teu redor! — exclamou a onda com um olhar sábio. — Não te lembras
de ninguém?
Os olhos da pequena Mariana iluminaram-se…
— O golfinho que me salvou a vida quando me estava a afogar!
— À meia-noite do dia 1 de Agosto, o farol irá apontar para os rochedos onde
vive o golfinho. A essa hora a maré estará vazia e poderás ir lá! Mas não te atrases pois
só acontece uma vez por ano.
5.º A

A menina seguiu o conselho da onda sábia e nessa data, exactamente à meia-


noite, ela avistou a luz do farol que iluminava a gruta do golfinho.
Então, Mariana ansiosa caminhou até à gruta e chamou:
— Golfinho, onde estás? — perguntou a menina espreitando para o interior da
gruta.
— Espera um bocadinho! Estou a cozinhar! — exclamou o golfinho atarantado. —
Vais provar a minha especialidade :“sushi de algas” servida num tabuleiro de corais.
5.º F

— Entra, Mariana!
Entretanto na gruta, com grande entusiasmo, Mariana verificou que o golfinho
tinha uma enorme cozinha.
— Então, vamos comer? — perguntou o golfinho esfomeado.
— Sim, estou ansiosa por provar a tua especialidade!
6.º A
Mais tarde, de barriga cheia e já consolados com aquele banquete; Mariana
perguntou ao golfinho se ele a podia ajudar a ir ao fundo do mar.
— Não sei se te posso levar, pois o fundo do mar tem muitos perigos escondidos.
— afirmou o golfinho hesitante.
— Vá lá, leva-me contigo! — implorou a Mariana — A onda disse-me que a maior
maravilha está no fundo do mar.
— Está bem! Eu levo-te, mas temos de ter muito cuidado, pois existe lá um
dragão furioso que está sempre esfomeado.
5.º B

— Não tenho medo de nada, desde que esteja contigo! — exclamou convicta.
— Temos um problema, Mariana! — explicou preocupado. Os humanos não
respiram debaixo de água. Terei de te apresentar à Bruxa do Mar e ela fará uma poção
mágica que permitirá que respires como os peixes.
— Óptima ideia! Finalmente vou saber exactamente o que é sentir-se como tu,
meu amigo!
5.º D

Lá se dirigiram, então, para o palácio daquela bruxa do mar, mais conhecida por
Alga Louca. Tinha esse nome porque se deslocava sempre aos ziguezagues; ia contra
os corais; chocava contra tudo e contra todos. Até contra os portões do Marim de
Infância, durante a madrugada, acordando todos os peixinhos bebés! Era uma péssima
condutora. Ela, simplesmente, não conseguia dominar a sua viatura particular: uma
esfregona cor-de-rosa choque, muito potente e veloz.
Estavam mesmo a chegar à zona onde se situava o palácio da Alga Louca quando
apanharam um enorme susto.
6.º E

Vinha alguém na sua direcção, a grande velocidade e sem respeitar as regras


marítimas de circulação. Quase embatiam! Se o golfinho não se tivesse desviado,
mesmo à última da hora…
A bruxa, muito descontrolada, gritou:
— VÊ LÁ SE PRECISAS DE UNS ÓCULOS PARA VERES MELHOR POR ONDE ANDAS!
Quem são vocês; o que fazem aqui?!
— Calma, Alga Louca! Estamos aqui apenas para conversar consigo. Pode ser? —
perguntou o golfinho, com o melhor dos seus sorrisos.
— Tudo bem, vamos até ao meu palácio. Ofereço-vos um chá.
— Mas… e eu? O seu palácio… não fica no fundo do mar? Se for convosco,
morrerei afogada… — queixou-se a menina, quase a chorar.
6.º H

— Ah! É verdade! É precisamente por isso que estamos aqui.


— Mas, o que é que se passa?! — perguntou a bruxa, algo impaciente com tanta
conversa.
— Eu sou a Mariana e estou aqui porque gostaria de ir até ao fundo do mar sem
me afogar. Pode ajudar-me?
— É só isso?! Coisa mais fácil! É para já!
Nesse momento, a bruxa estalou os dedos e gritou:
— Zavarum! Zavarão! Conseguirás nadar como um tubarão!
A menina, com o susto, desmaiou, caiu à água e afundou-se. Desceu, desceu,
desceu… mesmo até ao fundo do mar. O golfinho foi logo atrás dela para a salvar mas
não chegou a ser necessário. A Mariana, ao bater nas rochas escuras, acordou e
6.º D

viu que tinha atingido o seu objectivo, já que estava no fundo do mar e conseguia
respirar como os peixes. Queria tanto que o Boneco, o seu gatinho peludo e
acinzentado, lá estivesse também! Contudo, só lá estava o golfinho a quem abraçou,
juntando os seus braços às fortes barbatanas.
- Que bom! Estou no fundo do mar! - gritava a menina.
- É bom estar aqui, não é?! Agora, já podemos ir à procura da maravilha
maravilhosa de que falaram! – exclamou o golfinho.
Enquanto percorriam o fundo do mar, foram vendo belíssimos corais, peixes
exóticos, algas desconhecidas, anémonas flutuantes, conchas coloridas… Tudo era
extraordinariamente belo!
Contudo, “o que é bom, não dura para sempre”, como diz o ditado e eis que,
perto do sítio da maravilha, apareceu o dragão.
7ºC

- O que fazem aqui nestes meus domínios? Quem são vocês?


A Mariana e o golfinho, já esquecidos dos perigos do mar e, obviamente, sem se
recordarem da existência daquele dragão horrendo, não se conseguiam mexer. Então,
o golfinho, tendo em consideração o seu porte atlético, achou que deveria tomar uma
posição e, protegendo a menina com o seu corpo, disse:
8ºD

- Afasta-te dragão malvado! O mar não é todo teu. Por que motivo nos queres
tanto mal? – Interrogou o golfinho.
O dragão, furioso e prepotente, respondeu:
- Eu já habito aqui há muitos anos. Este mar pertence-me. Por isso, é melhor
fugirem antes que se arrependam, pois eu não quero aqui ninguém.
7ºA

Perante a ameaça, o golfinho resolve chamar todos os seres marinhos em seu


auxílio. Num instante, animais de todos os oceanos como baleias, peixes, focas,
alforrecas e tubarões juntaram-se ao golfinho e à Mariana para enfrentar o forte e feio
dragão. Todos estavam preparados para combatê-lo, cerrando fileiras à sua volta,
quando…
7ºB

O golfinho deu ordens de ataque. Prontamente os ferozes tubarões e as gigantes


baleias atacaram com as suas caudas o destemido dragão. Uma verdadeira “batalha
campal” estava instalada. Golpes de barbatanas, dentes afiados que tentavam rasgar a
dura carapaça do dragão. Polvos, lulas e chocos lançavam as suas tintas contra os seus
olhos na tentativa de o cegar… A confusão estava instalada e quando a batalha parecia
não ter fim, eis que surge a mãe do dragão.
7ºD

- O que se passa aqui? Por que estão a bater no meu filhinho? – interrogou os
presentes, muito preocupada.
- O que é que acha? – perguntou o polvo, indignado. – O seu querido filho tem a mania
que o mar é dele…
8.º A

A mãe do dragão muito atrapalhada e incrédula com tamanha confusão perguntou o


verdadeiro motivo de tamanha algazarra. Ninguém lhe quis dar resposta apenas
cruzaram um olhar misterioso e cúmplice entre eles, o que a deixou bastante
indignada.
6.º G

Ela perante isto, qual mãe galinha, puxou repentinamente o dragão para junto da sua
cauda e com uma pata poisada por cima da sua como que para o proteger, ordenou
com uma voz autoritária e sem sinal de fraqueza que todos se fossem embora e
deixassem o seu filho em paz.
6.ªB

Mariana e o Golfinho ainda tentaram retorquir no sentido de lhe explicar que apenas
queriam chegar mais perto da “maravilha maravilhosa” que a Onda de Chapéu Branco
lhe tinha falado. Mariana explicou ainda que não tinha tempo a perder pois a sua poção
mágica estava a ficar enfraquecida e teria de regressar à superfície o mais brevemente
possível se não morreria e o pior de tudo… sem conhecer a “maravilha maravilhosa”.
6ºC

A mãe dragão, ainda indignada, manda o filho para casa e diz:


- Como atacaram o meu filho, não vos vou deixar encontrar a “maravilha maravilhosa!”
Vinda do nada, a bruxa Alga Louca, na sua viatura, atropela a mãe dragão mandando-a
para o outro lado do Oceano.
Depois disto, passaram novamente entre corais, peixes – palhaços, diversas algas de
divertidíssimas cores, até encontrarem uma ostra gigante que lhes diz que só podem
atravessar o portal que ela guardava se respondessem bem a uma pergunta. Esta
pergunta era “Quantos peixes existem no oceano?”.
Devido às pistas encontradas pelo caminho, a Mariana e o golfinho acertaram a
resposta. Passaram o portal e este ia dar a um belíssimo barco afundado que continha
um riquíssimo tesouro. Mariana desmaia devido a falta de ar e quando acorda, pensa
que tudo tinha sido um sonho. Entretanto, sente o desejo de olhar para o mar…e vê o
seu amigo golfinho ao longe!
8º E

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