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Ediç ão n º 97 – an o 2 – 16/07/2009

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NESTA EDIÇÃO:

Ganhava até mais do que precisava Conheça seus clientes Briga de cachorro grande

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CONCORRÊNCIA
Briga de cachorro grande
Recentemente, a Microsoft lançou seu mecanismo de busca (Bing) para concorrer com o Google, que não esperou e lançou seu
sistema operacional Chrome OS a fim de superar a Microsoft (apesar de seus criadores afirmarem que os dois sistemas foram
desenvolvidos para públicos diferentes). A mais nova jogada da Microsoft foi alterar o Hotmail, adicionando um botão “atache
rápido”, que permite que as pessoas incluam vídeos, fotos, entre outras coisas em seus e-mails sem passar pelo Google, usando
apenas o Bing.

Imagem: Divulgação
X
P R OPOSTA DE VALOR

Virtual
Em 2008, foram gastos US$200 milhões para comprar itens virtuais em jogos nos Estados Unidos. São roupas, armas, territórios,
entre outros objetos que só existem no computador e são utilizados em determinados jogos.

P R ODUTO
Algumas vezes não funciona
Em vez de lançar o vinho da safra do ano, a vinícola Smith-Madrone preferiu relançar seu Riesling 2002. Segundo o sócio da
empresa, “nós adoramos como o Riesling envelhece e se desenvolve e queremos dar às pessoas uma chance de passarem por essa
experiência”. De acordo com ele, esse vinho envelhece tão bem quanto um Cabernet Sauvignon. O Riesling 2002 custa R$120,00 e
cada indivíduo pode comprar, no máximo, três garrafas ou pagar R$50,00 em um Smith-Madrone 2008 e esperar alguns anos.

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PRO SPECÇÃO

A ajuda do show
Olhe para as outras empresas a sua volta. Certamente, você poderá pegar carona em alguma delas. Há pouco tempo, foi inaugurada
em Londres uma companhia que tem como objetivo ajudar as pessoas que participam de grandes festivais de músicas e outras ati-
vidades ao ar livre. Ela oferece produtos que vão de chapéus a marmitas e tendas, tudo para elas curtirem seus shows com conforto.
E você, onde pode pegar carona?

E MPRE S A
Nova imagem
A General Motors (GM) precisa mostrar aos consumidores que é uma nova empresa,
mais ágil, comprometida com combustíveis alternativos e que busca novas soluções
automotivas. Para passar essa mensagem, ela pensa em simplesmente mudar a cor de
sua logo, abandonando o azul em favor do verde. Isso é um bom começo, pois as mu-
danças em sua comunicação visual podem trazer resultados satisfatórios. Entretanto,
Foto: Divulgação

não pode ficar apenas nisso.

MERCADO
Expansão
Você está vendendo tudo o que seu cliente deseja? Está prestando todos
os serviços úteis a ele? Pense de novo. Um barbeiro de Londres acaba de
criar um curso que ensina as pessoas a fazerem a barba. “Barbear-se é uma
técnica, não é algo instintivo.
Todos os homens precisam
aprender essa arte e, infe-
lizmente, poucos aprendem
bem”, explica ele. Nas aulas,
dadas individualmente, os
homens conhecem a maneira
de evitar pelos encravados e
o vermelhidão na pele, além
de várias dicas específicas
para cada tipo de pele. Por
enquanto, há dois tipos de
curso: um destinado àqueles
que usam Mach 3 e outro
mais longo para os adeptos
da velha lâmina.

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CL IENTES
Conheça seus clientes
Confira algumas características das gerações que são, ou serão
em breve, donas do dinheiro:
iGeração – Aqueles que já nasceram com a internet, de pais
que, em geral, aceitam bem essa e outras tecnologias similares.
A iGeração ainda não está trabalhando e ganhando seu próprio
dinheiro, mas já se nota uma maior descrença nos métodos
tradicionais de publicidade e marketing. Eles preferem confiar
mais em conhecidos e redes sociais na web que no que as em-
presas falam.

Geração Y – Devido ao alto custo de vida (e ao fato de que seus


pais têm poucos filhos, querendo-os sempre por perto), essa ge-
ração é a que mais tarde deixa a casa dos pais, por isso também
é chamada de “canguru”. Isso lhes dá dinheiro de sobra para
gastar com supérfluos. Via de regra, respondem melhor a ações
de marketing surpreendentes, que deem a eles uma experiência
nova. Também gostam de ações na internet, e quem oferece isso
é recompensado com uma alta lealdade.

Geração X – Nascida entre 1965 e 1975, essa geração cresceu em


um verdadeiro furacão econômico – com hiperinflação, mudança Foto: Divulgação
de moeda, abertura de mercado, o sumiço das marcas as quais estavam acostumados e a súbita aceleração das novidades à disposição.
Por isso, tendem a ter uma baixa lealdade a marcas, a valorizar muito o valor de cada uma e a poupar mais que outras gerações.

3
Grandes 1,5 milhão é o

2
número de

Números pedidos efetivados para


a troca de operadoras
de telefonias após rea-
22%

1
das
firmada a portabilidade
vendas no
numérica.
Brasil da maior rede de

70 %
pizzarias do mundo, a
éa
Domino’s, deve-se ao Fonte: InfoMoney
porcen-
fato de ela ter apostado
tagem que a Pepsi está
em um outro merca-
tentando abranger com a
do: em abril de 2009,
compra da Água de Co-
estreou nas lojas do Rio
co da Amazônia (Ama-
de Janeiro a venda de
coco), dona das marcas
sanduíches.
Kero Coco e Trop Coco
e responsável por uma Fonte: Portal da Propaganda
grande fatia do mercado
nacional da bebida.

Fonte: Valor Econômico

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Uma

criativa
experiência
Ganhava até mais do que precisava
No livro A fantástica história de Silvio Santos, há uma interessante uma aglomeração a sua volta, falava das canetas, explicava
passagem do vendedor Silvio Santos que vale a pena confe- como funcionavam e, após comentar bastante, dava o preço.
rir. Ele contou a Arlindo seu início na profissão da seguinte
maneira: Em pouquíssimo tempo esgotava seu estoque. Foi quando
pensei: ‘Aí tem coisa’ e, a partir disso, comecei a espionar
“Eu estava passando pela avenida Rio Branco, RJ, quando seu trabalho. Ele vendia 100, 200 em apenas uma hora. Seu
avistei um homem gritando, ele estava vendendo capinhas de Augusto era considerado o melhor camelô do Rio de Janeiro.
plástico para colocar títulos de eleitor. Ele vendia com muita Então, tomei aquilo como um desafio. Todos os dias, eu ia ver
facilidade e todas as pessoas compravam aqueles porta-títulos o ‘bicho-de-sete-cabeças’ trabalhando. Ele me via, sabia que eu
por cinco cruzeiros. No momento em que o camelô terminou estava ali aprendendo com ele, mas não se incomodava, porque
de vender uma remessa de carteirinhas, saí atrás dele, de muitos já haviam feito a mesma coisa e ninguém conseguia
mansinho, para ver aonde ele ia buscar mais. O vendedor vender como ele.
comprava as carteiras em um atacado e ganhava mais de 50%
com a venda aos transeuntes na avenida. Após alguns dias, comprei diversas canetas, mandei fazer uma
banqueta igual à do alemão e me postei na esquina da avenida
Assim que ele se afastou da loja, entrei e comprei uma cartei- Rio Branco com a Sete de Setembro. Como achei que conquistar o
rinha por apenas dois cruzeiros. Vendi-a na avenida dizendo público somente na fala seria um pouco difícil, aprendi algumas
que era a última e, depois, fui buscar mais duas. Coloquei uma manipulações com moedas e baralhos. Quando eu começava
no bolso e sacudi a outra falando a mesma coisa. Vendi rapi- com aquelas mágicas, primeiro, paravam algumas crianças e
damente e, em seguida, dei alguns passos, disfarcei, demorei ficavam olhando, depois, iam chegando os desocupados. Por
um pouco e tirei a outra do bolso. E foi assim que me tornei fim, todos paravam.
um camelô. Dizem até que aquela moeda de dois cruzeiros
com a qual comprei a primeira carteirinha foi a moeda do Eu, um garoto bem-falante, começava a falar sobre a qualidade
Tio Patinhas. das canetas. Nos primeiros dias, eu vendia de 50 a 60, mas, em
pouco tempo, passei a vender mais que seu Augusto. E, por
Naquela época, fiquei sabendo que havia apenas 12 ou 13 pessoas diversas vezes, os jornais publicaram reportagens sobre o garoto
vendendo na rua. Mas vendiam mercadorias de má qualidade: que conseguia prender, diante de si, um grande público.
‘Olha a bola de gude, o tecido, o anel’. Eu acreditava que, por
ser estudante, não ficava bem vender usando aquele método Trabalhava das 11 às 12 horas, horário em que o guarda saía
tão primitivo, sem classe. Foi quando descobri seu Augusto, o para almoçar. Eu realmente tinha o poder de comunicação e,
‘alemão das canetas’. Ele ficava parado na avenida Rio Branco, com isso, ganhava por dia o equivalente a quase cinco salários
próximo da Getúlio Vargas. Chegava, armava sua banca, essas mínimos, que, naquela época, era correspondente a 200 cru-
de abrir e fechar, e começava a falar com o público. Trabalhava zeiros antigos. Daí em diante, nunca mais me faltou dinheiro,
apenas uma hora por dia. E, quando menos se esperava, havia pois ganhava até mais que precisava.”

Arlindo Silva é jornalista e autor do livro A fantástica história de Silvio Santos.

Frase da semana:

“A curiosidade sobre a vida, em todos os aspectos, é o segredo das pessoas muito criativas.”
Leo Burnett

Diretor: Raúl Candeloro | Equipe editorial: Brasílio Andrade Neto, Cione dos Santos, Cleverson Uliana, Francisco Tramujas e Karen Jardzwski
Direção de arte: Bruna C. Montenegro | Diagramação: Daniel Keller | Revisão: Tania Cheremeta

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