O capítulo de introdução “Sentido e evolução dos Direitos Humanos” do livro “A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos”, de Fabio Konder Comparato contextualiza a evolução da concepção de direitos do homem e dos princípios relacionados a dignidade humana ao longo do tempo.
O capítulo de introdução “Sentido e evolução dos Direitos Humanos” do livro “A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos”, de Fabio Konder Comparato contextualiza a evolução da concepção de direitos do homem e dos princípios relacionados a dignidade humana ao longo do tempo.
O capítulo de introdução “Sentido e evolução dos Direitos Humanos” do livro “A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos”, de Fabio Konder Comparato contextualiza a evolução da concepção de direitos do homem e dos princípios relacionados a dignidade humana ao longo do tempo.
O captulo de introduo Sentido e evoluo dos Direitos Humanos do livro A Afirmao Histrica dos Direitos Humanos, de Fabio Konder Comparato contextualiza a evoluo da concepo de direitos do homem e dos princpios relacionados a dignidade humana ao longo do tempo. O captulo Os direitos humanos na histria primeiramente questiona o estudo das fases percursoras e segue fazendo um breve relato sobre cada fase. O autor do segundo texto enfatiza que no pode-se medir pocas distantes da histria da humanidade com a rgua do presente. Para ele indispensvel estudar tempos anteriores para compreender o processo de evoluo dos direito humanos, ainda hoje inacabado. Comparato inicia o processo no sculo VI A.C, em Atenas, onde houve a criao de instituies democrticas. Esse fato acarretou a limitao do poder do governo e, dessa forma, grande parte do populao pode participar nas funes governamentais. Nesse momento, o povo se torna ator na tomada de decises polticas, elegendo a soberania, julgando dirigentes polticos e rus e vetando propostas de leis. Podemos dizer, com base no texto, que o surgimento da conscincia histrica dos direitos humanos, ento, ocorreu nesse perodo de possibilidades, com o estabelecimento das primeiras instituies democrticas. Por
sua
vez,
Repblica
Romana governava
sob
as
determinaes de um conjunto rgos polticos com controles
recprocos. Para alguns historiadores, foi com esse mecanismo que Roma dominou rapidamente territrios habitados, contando com um composto monrquico, aristocrtico e democrtico. Assim sendo,
limitou-se a atuao do poder unificando essas trs formas de
governo: os cnsules ficariam com a monarquia, o senado seria tipicamente aristocrtico e o povo, democrtico. Tanto o senado, quanto o povo tinham poderes de vetar decises tomadas pelo consulado. Do do sculo IV A.C at a Idade Mdia, ocorreram diversas transformaes, principiando-se uma nova civilizao e uma nova era. A instalao de regimes monrquicos e imperiais aniquilaram a democracia ateniense e, sculo mais tarde, tambm, o regime romano. O perodo medieval foi marcado pela disputa entre o clero e a nobreza pelo poder e por privilgios, pelo feudalismo e pela disputa popular por liberdade. Ocorre, nessa poca o surgimento da burguesia e das cidades comerciais, que geraram desigualdades sociais determinadas pela alta concentrao de renda na mo dos mercantis e no mais determinadas pelo direito. Essa era trouxe com ela avanos tecnolgicos no campo, nas indstrias e na arte da navegao, o que exigia limitao do arbtrio do poder poltico. Foi nesse perodo que se formaram os feudos e o poder da Igreja Catlica esteve em seu apogeu. Nesse contexto da Idade Mdia, surgiram as primeiras manifestaes expostas na Declarao das Cortes de Leo de 1188 e a Carta Magna de 1215. Entretanto, os privilgios conquistados com essas manifestaes destinavam-se queles pertencentes a extratos sociais superiores, o clero e a nobreza. Tais privilgios, portanto, que representam a origem dos direitos humanos, foram benefcios dirigidos somente a essa camada da populao. Apesar de excludos desses direitos, os comerciantes adquiriam prestgio devido gerao de riquezas. Ao mesmo tempo, comeam a as desigualdades sociais
atreladas
este
fato, pois
estabelece-se
condies
financeiras e econmica de uma minoria que passa a explorar.
O sculo XVIII foi caracterizado pela crise da conscincia
europeia, centralizao absoluta do poder na mo da monarquia, desigualdade social, benefcios nicos nobreza e ao clero, liberdades civis. Sculos mais tarde, a Revoluo Francesa e a independncia dos EUA caracterizaram-se
pelas reivindicaes por liberdade,
igualdade, felicidade e fraternidade nessa poca. Conceitos de
igualdade entre os homem toraram-se populares no plano terico, ainda que tal concepo estivesse muito distante da realidade. Essas revolues significaram o fim do sistema absolutista e dos privilgios da nobreza, em que a burguesia conduziu um processo de forma a garantir seu domnio social. A Revoluo Americana caracterizou a ideia independncia do povo enquanto a Revoluo Francesa foi marcada pelo
conceito
universalidade e busca de libertao do absolutismo e do regime
feudal. De um lado, observava-se um considervel progresso na histria da afirmao dos valores fundamentais da pessoa humana; de outro, a igualdade obtida com as mudanas de governo trouxe uma forma de igualdade desfavorvel maioria, evidenciando-se uma sociedade a excludente em relao queles despossudos de riqueza. Na prtica, portanto, no houve equiparao dos indivduos. Mesmo com reconhecimento de alguns direitos na Constituio Federal de 1848, foi, somente, no sculo XX, por intermdio da Constituio Mexicana e da Constituio de Weimar,
que foram
positivados os direitos humanos.
A internacionalizao dos direitos humanos ocorreu apenas aps a segunda Guerra Mundial, quando, de fato ocorreu um esforo no sentido do estabelecimento de um direito humanitrio que fosse universal, da regulao dos direitos do trabalhador assalariado e da luta contra escravido. nesse contexto prs inmeros massacres
humanos que o sofrimento volta a ser matriz da compreenso do
mundo e dos homens, seguindo, novamente, a sabedoria grega. Na atualidade reconhece-se a que todos os indivduos, sejam eles de direito privado ou pblico devem respeitar os direitos humanos de qualquer espcie como valor universal. Entretanto, surge como desafio atual o processo de unificao da humanidade quanto a consolidao de valores de cidadania mundial, respeito integral aos direitos humanos conquistados, seguindo o princpio da solidariedade tica.