Professional Documents
Culture Documents
4 — Entende-se por «óleo alimentar» a mistura de com solvente, de acordo com as condições pre-
dois ou mais óleos, refinados isoladamente ou em con- vistas na presente portaria;
junto, com excepção do azeite, de acordo com as carac- b) Gorduras ou óleos virgens — os produtos obti-
terísticas definidas em anexo. dos por extracção mecânica, ou por outras ope-
rações físicas, excluída a dissolução com sol-
3.o vente, em condições, sobretudo térmicas, que
não impliquem alterações do óleo ou da gordura
Matérias-primas e que não tenham sofrido outro tratamento para
1 — As gorduras e os óleos vegetais comestíveis além da lavagem, depuração por decantação,
devem ser provenientes de frutos ou sementes em con- filtração, centrifugação e desmucilaginação;
dições que facultem um produto bromatologicamente c) Gorduras ou óleos refinados — os produtos
aceitável e apresentarem-se em conveniente estado de obtidos pela refinação das gorduras ou óleos
conservação, isentos de substâncias ou matérias estra- brutos ou virgens;
nhas à sua normal composição, de microrganismos pato- d) Gorduras ou óleos parcialmente refinados — os
génicos ou de substâncias destes derivados em níveis produtos obtidos pela neutralização e branquea-
susceptíveis de prejudicarem a saúde do consumidor. mento das gorduras ou óleos brutos.
2 — As gorduras e os óleos vegetais recuperados de
subprodutos obtidos no processo de refinação não 2 — Apenas podem ser destinados ao consumidor
podem servir como gorduras ou óleos comestíveis, quais- final:
quer que sejam os tratamentos a que sejam submetidos a) As gorduras e óleos tal como definidos no
ulteriormente. n.o 2.o, n.os 2 e 3, quando refinados, excepto
4.o o óleo de bagaço de azeitona estreme;
b) O óleo alimentar tal como definido no n.o 2.o,
Obtenção e tratamento n.o 4;
1 — Na obtenção e tratamento das gorduras e óleos c) Os óleos virgens obtidos de acordo com a alí-
vegetais a partir de sementes ou frutos oleaginosos são nea b) do n.o 1 do n.o 5.o
apenas admitidas as seguintes operações:
3 — As gorduras e óleos brutos referidos no n.o 2.o,
a) Extracção por processos físicos, mediante acção n.os 2 e 3, e o óleo de bagaço de azeitona refinado
mecânica, ou dissolução com solventes; só podem ser transaccionados entre industriais, arma-
b) Depuração mediante operações de decantação, zenistas, embaladores e exportadores.
filtração, centrifugação e desmucilaginação;
c) Fraccionamento por operações de arrefecimento
ou aquecimento a determinadas temperaturas 6.o
e ou por cristalização fraccionada em dissol- Óleos para conservas de peixe
vente apropriado;
d) Refinação mediante operações de neutralização Os óleos comestíveis destinados à indústria de con-
dos ácidos gordos livres com soluções alcalinas servas de peixe não podem apresentar temperatura de
ou de separação desses ácidos por destilação congelação superior a 5oC, sem reversão do aroma e
em ambiente rarefeito, bem como de descolo- do sabor, mesmo depois de submetidos a 120oC durante
ração com adsorventes inócuos ou membranas duas horas em ambiente fechado.
e de desodorização pela passagem do vapor de
água ou azoto em ambiente rarefeito;
7.o
e) Modificação molecular e de estrutura glicerí-
dica, com subsequente eliminação do catalisa- Aditivos
dor utilizado, mediante hidrogenação, interes-
terificação ou transesterificação, sendo proibida Os aditivos admissíveis no fabrico das gorduras e óleos
a esterificação em que haja adição de glicerol vegetais são os fixados na legislação específica dos adi-
ou de outros alcoóis, sem prejuízo do disposto tivos alimentares.
no n.o 9.o, n.o 6.2. 8.o
Contaminantes
2 — Todas as operações devem decorrer a tempe-
raturas que não alterem a gordura ou o óleo, utilizan- Nas gorduras e óleos vegetais comestíveis é admitida
do-se, quando necessário, pressão reduzida, e não deve- a presença das seguintes substâncias contaminantes:
rão produzir trocas prejudiciais na estrutura natural dos a) Matéria volátil a 105oC:
componentes.
3 — É proibida a obtenção e tratamento das gorduras Gorduras e óleos virgens — máx. 0,5% m/m;
e óleos vegetais simultaneamente com outros não Gorduras e óleos refinados — máx. 0,2% m/m;
comestíveis.
b) Impurezas insolúveis no éter de petróleo:
5.o
Gorduras e óleos virgens — máx. 0,1% m/m;
Classificação
Gorduras e óleos refinados — máx. 0,05% m/m;
1 — As gorduras e óleos vegetais classificam-se,
quanto ao modo de obtenção, em: c) Resíduo de solvente:
a) Gorduras ou óleos brutos — os produtos obti- Gorduras e óleos virgens — nenhum;
dos por extracção mecânica ou por dissolução Gorduras e óleos refinados — máx. 0,005% m/m;
N.o 245 — 23-10-1998 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 5521
Óleo Óleo
de de
Óleo Óleo
colza colza Óleo Óleo
Gordura Gordura Gordura Óleo Óleo Óleo Óleo Óleo Óleo Óleo de Óleo Óleo de Óleo
Ácidos Palmaes- (alto (baixo de de Palmo-
de de de de de de de de de de grainha de de semente de
gordos tearina teor teor gergelim girassol leína
coco palmiste palma algodão amendoim arroz babassu bolota cártamo girassol de milho mostarda de soja
de de (sésamo) oleico
uva tomate
ácido ácido
erúcico) erúcico)
5523
Índice de refracção (ND 40oC) 1,448 – 1,450 1,448 – 1,452 1,454 – 1,456 1,447 – 1,452 1,458 – 1,466 1,460 – 1,465 1,470 – 1,476 1,448 – 1,451 1,468 – 1,475 1,467 – 1,470 1,465 – 1,469
(a 50oC) (a 60oC) (a 20oC) (a 20oC)
5524 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.o 245 — 23-10-1998
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
0,910 – 0,927
1,465 – 1,478
de ácido erúcico)
Óleo alimentar
(x=20oC)
Óleo de colza
168 – 181
174 – 208
(a 20oC)
75 – 150
94 – 120
(alto teor
« 30
« 20
Portaria n.o 929/98
de 23 de Outubro
Óleo de cártamo
0,899 – 0,920
1,458 – 1,460
(x=40oC)
186 – 198
194 – 202
136 – 148
« 13
« 15
»56
Universidade Lusíada, C. R. L., entidade instituidora
da Universidade Lusíada no Porto, reconhecida oficial-
mente, ao abrigo do disposto no Estatuto do Ensino
0,919 – 0,925 Superior Particular e Cooperativo (Decreto-Lei n.o 271/89,
1,466 – 1,470
Óleo de bolota
(x – 20oC)
de 19 de Agosto), pela Portaria n.o 1132/91, de 31 de
Óleo de soja
184 – 200
189 – 195
124 – 139
80 – 107
« 15
« 20
Outubro;
Considerando o disposto na Portaria n.o 1132/91;
Instruído, organizado e apreciado o processo nos ter-
mos do artigo 67.o do Estatuto do Ensino Superior Par-
Óleo de semente
Óleo de babassu
0,916 – 0,923
1,472 – 1,476
182 – 184
106 – 125
(a 20oC)
de tomate
10 – 18
1,465 – 1,468
Óleo de milho
Óleo de arroz
(x=20oC)
180 – 195
187 – 195
107 – 135
90 – 110
Estatuto:
« 28
« 50
0,923 – 0,926
1,473 – 1,477
Óleo de grainha
(x=20oC)
187 – 196
188 – 194
130 – 138
80 – 107
de uva
« 20
« 10
Ramos
0,915 – 0,920
1,467 – 1,469
Óleo de girassol
188 – 194
75 – 90
« 20
« 15
a) De Cooperação e Desenvolvimento;
b) Político-Económico.
0,918 – 0,923
1,461 – 1,468
Óleo de girassol
Palmaestearina
(x=20oC)
193 – 205
188 – 194
118 – 141
« 48
« 15
2.o
«9
Óleo de mostarda
0,910 – 0,921
1,461 – 1,469
(x=20oC)
109 – 209
170 – 184
92 – 125
3.o
Óleo de gergelim
0,915 – 0,923
1,465 – 1,469
14,1 – 21,0
(x=20oC)
230 – 254
187 – 195
104 – 120
Aplicação
(sésamo)
Gordura
palmiste
« 20
« 10
de
0,914 – 0,920
1,465 – 1,467
de ácido erúcico
Óleo de colza
(x=20oC)
248 – 265
182 – 193
110 – 126
6,3 – 10,6
(baixo teor
4.o
« 20
« 15
Transição
a 20oC) . . . . . . . . . . . . . . . .
KOH/g) . . . . . . . . . . . . . . .