You are on page 1of 2

19 782 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE N.

o 279 — 3 de Dezembro de 2002

d) Definir as especificações técnicas das aplicações infor- e Controlo da Qualidade Alimentar, com conhecimento à DGV
máticas a implementar; e às DRA, as medidas necessárias, especialmente as destinadas
e) Propor à tutela as modalidades de financiamento defi- à correcção de desvios que possam pôr em causa a realização
nidas na alínea i) do n.o 7, que entrarão em vigor a dos controlos definidos na legislação comunitária e nacional;
partir de 1 de Janeiro de 2003; e) Estabelecer o plano de formação dos agentes de controlo;
f) Aprovar os procedimentos de controlo a observar e os res-
2) As DRA deverão operacionalizar os procedimentos que, com pectivos modelos de relatório de controlo;
celeridade e de uma forma eficaz, permitam a correcta ins- g) Definir e gerir a informação, relativa aos resultados de con-
trução dos processos de contra-ordenação. trolo, que deve ser recolhida numa base de dados informá-
tica (BDD) centralizada, a constituir pela DGFCQA para
Até 31 de Dezembro de 2002 a DGV deverá proceder ao desen- este efeito;
volvimento das aplicações informáticas necessárias ao funcionamento h) Analisar periodicamente os resultados de controlo, proce-
do SINS, tendo por base o princípio definido no n.o 13, que deverão dendo, na sequência dessa análise, aos ajustamentos que se
estar plenamente operacionais no final do 1.o semestre de 2003. justifiquem introduzir no plano anual de controlos;
20 de Novembro de 2002. — O Ministro da Agricultura, Desen- i) Elaborar um relatório trimestral contendo todas as informa-
volvimento Rural e Pescas, Armando José Cordeiro Sevinate Pinto. ções relevantes relativas à execução do plano de controlos;
j) Aprovar os relatórios anuais elaborados pela DGFCQA e
Despacho n.o 25 679/2002 (2.a série). — O leite e os produtos pela DGV, relativos aos resultados dos controlos de qualidade
à base de leite constituem uma importante fonte de alimentação para sobre o trabalho desenvolvido pelas equipas de controlo das
a população em geral, o que determinou que a União Europeia esta- DRA;
belecesse normas tendentes a assegurar um nível elevado de protecção l) Aprovar o seu regulamento interno.
da saúde pública neste domínio, designadamente através da Directiva
n.o 92/46/CEE, do Conselho, de 16 de Junho, e suas alterações. 5 — A CESCC deverá reunir, obrigatoriamente, uma vez por mês,
em sessão ordinária, podendo, no entanto, reunir-se extraordinaria-
Havendo necessidade de tomar em consideração as recomendações
mente sempre que convocada pelo seu presidente, sendo elaboradas
constantes dos relatórios das missões da União Europeia, designa- actas de todas as reuniões, devidamente assinadas pelos seus membros,
damente quanto à necessidade de Portugal fazer um esforço urgente que serão remetidas, para conhecimento, aos directores-gerais da
e sustentado no sentido de melhorar a cooperação entre os vários DGFCQA e da DGV e aos directores regionais das DRA.
organismos do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e 6 — À DGFCQA, no âmbito das operações de controlo dos esta-
Pescas envolvidos nos controlos da produção de leite aos níveis central belecimentos de tratamento do leite, de transformação de produtos
e regional, bem como no que se refere ao estabelecimento de pro- à base do leite e de produtos acabados, compete:
cedimentos de monitorização do desempenho desses serviços regio-
nais; a) Elaborar e submeter à aprovação da CESCC os procedimen-
Não sendo estas situações compatíveis com a importância que o tos a observar nas acções de controlo e os modelos de relatório
Governo atribui ao controlo da qualidade dos produtos alimentares, a preencher pelos agentes controladores;
é essencial que, para melhorar quer a articulação entre os organismos b) Assegurar a realização das acções de formação, de acordo
envolvidos quer a eficiência da cadeia de comando, seja criada uma com o plano estabelecido pela CESCC;
estrutura única, responsável pela gestão corrente do sistema de con- c) Seleccionar as entidades a controlar e remeter os respectivos
trolo do leite e produtos à base do leite; processos às DRA;
Atendendo a que, nesta matéria, a Direcção-Geral de Veteriná- d) Aplicar, na sequência das acções de controlo, as sanções defi-
ria (DGV) detém a competência de zelar pela segurança dos produtos nidas na legislação em vigor, tendo em conta a infracção
de origem animal na cadeia alimentar e que à Direcção-Geral de detectada;
Fiscalização e Controlo da Qualidade Alimentar (DGFCQA) com- e) Assegurar a realização de controlos de qualidade ao trabalho
pete, entre outras, a coordenação das actividades das direcções de desenvolvido pelos agentes de controlo, dos quais resultarão
serviço, fiscalização e controlo da qualidade alimentar das direcções relatórios anuais que, depois de aprovados pela CESCC, deve-
rão ser entregues aos directores regionais de agricultura para
regionais da agricultura (DRA), no âmbito da fiscalização hígio-sa-
que estes possam agir em conformidade com as respectivas
nitárias e da qualidade dos produtos agro-alimentares, determina-se
recomendações;
o seguinte: f) Criar e manter operacional, sobre a orientação técnica da
1 — É criado o sistema centralizado de controlo do leite e produtos CESCC, uma BDD centralizada com os resultados de con-
à base do leite, adiante designado por SCC, que, sob coordenação trolo;
da DGFCQA, assegurará a execução de todas as acções de controlo g) Habilitar, sem restrições e em tempo oportuno, o seu repre-
das normas sanitárias aplicáveis ao leite cru, leite de consumo tratado sentante na CESCC com a informação que aquela comissão
termicamente, leite destinado à transformação e produtos à base do entender relevante para o cumprimento cabal das suas
leite destinados ao consumo humano, desde a fase de recolha, atribuições;
inclusive. h) Propor ao Secretário de Estado Adjunto e das Pescas todas
2 — As acções de controlo consistem numa ou em várias das seguin- as medidas que considere convenientes para o aperfeiçoa-
tes operações: mento do SCC.
a) Inspecção às instalações, equipamentos, matérias-primas, pro-
dutos intermédios e produtos finais; 7 — À DGV, no âmbito das operações de controlo do leite cru
b) Controlo de higiene do pessoal; nas explorações, nos centros de recolha e no transporte até às unidades
c) Análise de registos obrigatórios e documentos comerciais; industriais, compete:
d) Colheitas de amostras e respectivas análises com avaliação a) Elaborar e submeter à aprovação da CESCC os procedimen-
de resultados; tos a observar nas acções de controlo e os modelos de relatório
e) Análise dos sistemas de verificação aplicados pelas empresas a preencher pelos agentes controladores;
e dos respectivos resultados. b) Assegurar a realização das acções de formação, de acordo
com o plano estabelecido pela CESCC;
3 — O SCC será gerido por uma comissão executiva, na directa c) Seleccionar as entidades a controlar e remeter os respectivos
dependência do director-geral de Fiscalização e Controlo da Qua- processos às DRA;
lidade Alimentar, cuja constituição é a seguinte: d) Aplicar, na sequência das acções de controlo, as sanções defi-
nidas na legislação em vigor, tendo em conta a infracção
a) O director de serviços de Fiscalização da Qualidade Alimentar detectada;
da DGFCQA, que presidirá; e) Assegurar a realização de controlos de qualidade ao trabalho
b) O director de serviços de Higiene Pública Veterinária da desenvolvido pelos agentes de controlo, dos quais resultarão
DGV; relatórios anuais que, depois de aprovados pela CESCC, deve-
c) Os directores de serviços da Fiscalização e Controlo da Qua- rão ser entregues aos directores regionais de agricultura para
lidade Alimentar de cada uma das DRA. que estes possam agir em conformidade com as respectivas
recomendações;
4 — À comissão executiva do SCC (CESCC) compete: f) Habilitar, sem restrições e em tempo oportuno, o seu repre-
a) Emitir directivas e orientações relativas à execução das acções sentante na CESCC com a informação que aquela comissão
de controlo referidas no n.o 1; entender relevante para o cumprimento cabal das suas
b) Estabelecer o plano anual de realização dos controlos; atribuições.
c) Definir, por DRA, o número de agentes de controlo neces-
sários ao cumprimento do referido plano; 8 — Às DRA compete:
d) Proceder ao acompanhamento da execução do plano de rea- a) Garantir, dentro dos meios disponíveis, a afectação ao SCC
lização de controlos, propondo ao director-geral de Fiscalização dos agentes de controlo de que disponham e que a CESCC
N.o 279 — 3 de Dezembro de 2002 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE 19 783

identifique como necessários à execução rigorosa de todas trolo das normas aplicáveis relativas à protecção e ao bem-estar dos
as acções de controlo previstas neste sistema; animais.
b) Assegurar que os agentes de controlo do SCC ficarão afectos 2 — São atribuições do SIPA:
em exclusividade a esta função, sendo-lhes ainda consignados
a) Fiscalizar o cumprimento da legislação aplicável à protecção
os meios necessários para a boa execução destes controlos;
dos animais nas explorações pecuárias, em especial das gali-
c) Assegurar numa base regular a produção de informação de nhas poedeiras em bateria, dos vitelos e dos suínos;
controlo, nos termos estabelecidos pela DGFCQA e pela b) Fiscalizar as condições em que se processam as deslocações
DGV, por forma a permitir o correcto acompanhamento da dos animais, devendo os controlos abranger o carregamento
execução dos controlos por parte da CESCC; dos animais na origem, as condições de transporte dos animais
d) Elaborar relatórios trimestrais de avaliação dos trabalhos de e o respectivo meio de transporte, bem como o descarre-
controlo efectuados, por forma que a DGFCQA, a DGV e gamento dos animais no destino final ou nos centros de con-
a CESCC possam agir em conformidade; centração de gado;
e) Recolher os resultados de controlo na BDD centralizada; c) Fiscalizar o cumprimento das normas do bem-estar animal
f) Assegurar uma articulação efectiva entre os serviços da DRA na descarga dos animais nos estabelecimentos de abate, nas
com competências nesta matéria — núcleos técnicos de licen- abegoarias, na insensibilização e na sangria.
ciamento, Direcção de Serviços de Veterinária e Direcção
de Serviços de Fiscalização e Controlo da Qualidade Ali- 3 — O SIPA será gerido por uma comissão permanente, adiante
mentar — por forma a, nomeadamente, habilitar, sem res- designada por CPSIPA, na dependência directa do director-geral de
trições e em tempo oportuno, o seu representante na CESCC Veterinária, cuja constituição é a seguinte:
com a informação que aquela comissão entender relevante
para o cumprimento cabal das suas atribuições. O director de serviços de Meios de Defesa da Saúde, Bem-Estar
e Alimentação Animal da DGV, que presidirá;
O director de serviços de Saúde Animal da DGV;
9 — Os controladores a afectar ao SCC, sob proposta dos directores
Os directores de serviços de Veterinária das direcções regionais
regionais de agricultura, terão obrigatoriamente de se encontrar habi- de agricultura (DRA).
litados com adequado curso de formação, a ministrar pela DGFCQA
e pela DGV.
4 — Compete à CPSIPA:
10 — Para a realização das análises laboratoriais são designados
o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV), o Labo- a) Emitir directivas e orientações relativas à execução das acções
ratório de Controlo da Qualidade Alimentar (LCQA), da DGFCQA, de controlo referidas no n.o 1;
e os laboratórios das DRA habilitados para o efeito, devendo os seus b) Estabelecer o plano anual de realização dos controlos,
responsáveis garantir as condições mínimas para a execução atempada incluindo os critérios de selecção, e proceder ao acompa-
das análises e disponibilização dos respectivos resultados à DGFCQA nhamento da sua execução;
e à DGV. c) Definir, relativamente a cada DRA, os agentes de controlo
11 — Os custos de funcionamento do SCC, incluindo os das análises necessários à execução do plano a que se refere a alínea
laboratoriais, serão suportados pelos serviços que realizam as res- anterior;
pectivas acções. d) Avaliar as necessidades de formação dos agentes de controlo;
12 — Compete ao director-geral da DGFCQA coordenar quer o e) Proceder a acções de informação, sensibilização e formação
acompanhamento das missões comunitárias quer as respostas das auto- junto dos diferentes operadores, ao nível das explorações,
ridades portuguesas aos relatórios elaborados pelos auditores comu- do transporte e do abate, para o cumprimento das regras
nitários na sequência dessa missões, ficando os restantes organismos do bem-estar animal;
envolvidos obrigados a prestar toda a colaboração que lhes for f) Aprovar os manuais de procedimentos de controlo e os res-
solicitada. pectivos modelos de relatório;
13 — Nas suas faltas e impedimentos, o director-geral da DGFCQA g) Emitir parecer sobre as especificações técnicas elaboradas
será substituído pelo subdirector-geral. pela DGV e acompanhar o desenvolvimento das aplicações
informáticas necessárias para garantir o correcto funciona-
14 — Caso haja necessidade, os organismos envolvidos no sistema
mento do SIPA;
ora criado, celebrarão entre si os protocolos adequados à boa execução
h) Analisar periodicamente os resultados do controlo, proce-
do presente despacho. dendo, na sequência dessa análise, aos ajustamentos que se
justifique introduzir no plano anual de controlos;
20 de Novembro de 2002. — O Ministro da Agricultura, Desen- i) Emitir parecer, até ao final do mês seguinte ao trimestre
volvimento Rural e Pescas, Armando José Cordeiro Sevinate Pinto. a que dizem respeito, sobre os relatórios trimestrais elabo-
rados pela DGV;
Despacho n.o 25 680/2002 (2.a série). — A protecção e o bem- j) Aprovar o seu regulamento interno.
-estar dos animais estão hoje devidamente salvaguardados na legis-
lação comunitária e nacional, que fixa um conjunto de regras mínimas 5 — A CPSIPA deverá reunir-se obrigatoriamente, uma vez por
que devem ser respeitadas pelos agentes económicos, nomeadamente mês, em sessão ordinária, podendo, no entanto, reunir-se extraor-
ao nível das explorações, do transporte e do abate. dinariamente sempre que convocada pelo seu presidente, sendo ela-
Tem vindo a constatar-se, porém, uma deficiente aplicação daquela boradas actas de todas as reuniões, devidamente assinadas pelos seus
legislação, como consequência de uma ausência de programação e membros, que serão remetidas, para conhecimento, ao director-geral
objectivos e de uma situação institucional pouco clara em termos de Veterinária e aos directores regionais de Agricultura.
de funções e responsabilidades dos serviços e agentes envolvidos. 6 — À DGV compete, nomeadamente:
Bem reveladoras da actual situação foram as conclusões a que che-
garam os inspectores do serviço alimentar veterinário da Comissão a) Elaborar e submeter à aprovação do CPSIPA os manuais
Europeia constantes do relatório da sua última missão realizada em de procedimentos de controlo e os respectivos modelos de
relatório;
Portugal relativa ao bem-estar dos animais, designadamente quanto
b) Elaborar e submeter à apreciação da CPSIPA os relatórios
ao sistema de supervisão, que foi considerado fraco, à não aplicação
trimestrais relativos à execução do plano de controlos apro-
de sanções significativas aos casos de infracção detectados e à ausência vado;
de formação, orientações, instruções detalhadas e directrizes aos c) Proceder à realização das acções de formação dos agentes
inspectores. de controlo, com vista à sua credenciação, de acordo com
Não sendo estas situações compatíveis com a importância que o a avaliação prévia da CPSIPA;
Governo atribui ao controlo rigoroso da observância por parte dos d) Seleccionar as explorações e os estabelecimentos a controlar,
agentes económicos intervenientes das regras relativas ao bem-estar remetendo os respectivos processos às DRA com vista à sua
animal, é essencial que, para melhorar quer a articulação entre os execução;
organismos envolvidos quer a eficiência da cadeia de comando seja e) Definir as especificações técnicas e assegurar o desenvolvi-
criada uma estrutura única, responsável pela gestão corrente do sis- mento das aplicações informáticas necessárias para garantir
tema de controlo do bem-estar animal, de forma a harmonizar os o correcto funcionamento do SIPA;
procedimentos e a responsabilizar todos os intervenientes naquela f) Aplicar, na sequência das acções de controlo, as sanções legal-
área. mente previstas;
Assim, determino: g) Notificar, na sequência das informações emitidas pelos agen-
1 — É criado o Sistema Integrado de Protecção Animal, adiante tes de controlo, os proprietários das explorações, dos centros
designado por SIPA, que, sob coordenação da Direcção-Geral de de concentração de gado e dos estabelecimentos de abate
Veterinária (DGV), assegurará a execução de todas as acções de con- sobre as medidas que estes deverão adoptar para colmatar

You might also like