You are on page 1of 3
MINISTERIOS DO PLANEAMENTO E DA ADMINISTRA: GAO DO TERRITORIO, DA AGRICULTURA, PESCAS E ALIMENTACAO E DO COMERCIO E TURISMO. Portaria n.° 66/88 0 2 de Fevereiro Ao abrigo do disposto no artigo 1.° do Decreto-Lei n.° 205/87, de 16 de Maio: Manda 0 Governo da Republica Portuguesa, pelos Ministros do Planeamento e da Administracdo do Ter- ritério, da Agricultura, Pescas e Alimentagdo ¢ do Comércio e Turismo, o seguinte: i Ambite do diploma As caracteristicas, 0 acondicionamento ¢ a rotulagem das natas para fins alimentares definidas no n.° 2.° assam a reger-se pelo presente diploma. Pe Detinigdes 1 ~~ Considera-se nata 0 produto obtido do leite pela concentragao da sua matéria gorda e que apresenta um teor de matéria gorda superior a 12 % (m/m). 2—A nata para fins alimentares € a destinada a0 consumo humano de forma directa ou indirecta, 3° Nata de consumo directo A nata destinada ao consumo humano de forma directa s6 pode ser fabricada ¢ comercializada nos seguintes tipos: @) Nata ndo maturada — a nata no acidificada, espessada ou nfo, pode, de acordo com 0 tra- tamento térmico, ser classificada em: 1) Nata pasteurizada — a nata néo matu- rada, convenientemente tratada por aque- cimento, de modo a desvitalizar a flora patogénica ndo esporulada ¢ a quase tota- lidade da flora banal, sem alteracdo sen- sivel das suas caracteristicas organolépti cas © constituigao fisico-quimica; 2) Nata ultrapasteurizada (UHT) — a nata ‘nao maturada, aquecida em fluxo conti- nuo a alta temperatura (130°C a 150°C) durante um tempo muito curto, para des- truig&o de todas as formas microbianas vegetativas ¢ da quase totalidade das esporuladas, sem alteragio sensivel das suas caracteristicas organolépticas ¢ cons- tituigdo fisico-quimica, e depois embalada assepticamente; 3) Nata esterilizada — a nata nao maturada que, depois de hermeticamente embalada, € tratada por aquecimento, de modo a ficar isenta de todas as formas microbia- nas vegetativas e da quase totalidade das esporuladas, sem alteragio sensivel da constituicdo fisico-quimica; DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE b) Nata maturada — a nata previamente pasteu- rizada, acidificada por bactérias lacticas espe- cificas; ©) Nata para bater ou batida — a nata maturada ou ndo, com um minimo de matéria gorda de 28 % (m/m). 4s de consumo Indirecto 1 — A nata para fins alimentares que se destina fabrico de produtos ldcteos ¢ outros géneros alimenti cios. 2 — S6 so permitidos 0 transporte e a distribuigdo de nata para consumo indirecto depois de submetida & pasteurizacdo. A nata pasteurizada, neste caso, deve ser transportada a temperatura positiva ndo superior a 6°C, em recipientes préprios, devidamente selados, € que deverdo trazer uma etiqueta indicando a natu- reza do produto, data da pasteurizagéo, bem como a indicag&o dos estabelecimemtos de procedéncia ¢ des- tino. se Caracteratens 1 —0 leite cru destinado a obtengdo de nata para fins alimentares deve obedecer ao disposto na Porta- ria n.° 472/87, de 4 de Junho, sobre leite alimentar. 2— As natas maturadas tratadas para consumo pilblico directo ¢ indirecto devem ter as seguintes carac- teristicas e limites: Aspect... Homogtno e com fludes varive, de a ‘acordo com 9 teor dk | Branco-amaretada, na nata pasteuri- Cor | “tada e ultrapasicurizada, ‘Amarelada, na pata esteilizada ‘Aroma Sui generis ow a0 aromatizante adi | sonade. Sabor Sui generis ow a0 aromatizante adi ‘ionado. Inferior @ 18 % (e/m), na eta lige ramente gorda (nata para cafe), Igual ou superior 2 18 6 (m/m) € inferior ou igual a 29% (mim), fa nata meio gorda, Superior a 29 % (m/mi)¢ inferior a 45% (m/m), na nata normal 45% (m/m), na Teor de matéria gorda (NP-639). ‘Acide, expressa em centime- ‘ros cbicos de solucao N por 100g da substincia ‘lo gorda (NP-638), Prova de fosfatase (NP-634) | Negativa, isto &, igual ou inferior a 23 unidades Lovibond, na nata pasteurzada. Pr de turvagdo (NP-639) | Negativa, na nata esterilizada, Provas de estufa (NP-640) . | Negativas, na nata ultrapasteurizada steriizada i827 — 2-2-1988 ee Niimero de microrganismos a | Méximo $0 000, na nata pasteuizada 30°C por centimetro cibico | nfo maturada, (NP-635). Pesquisa de bactérias colifor mes (NP- Negativa em 1 em, na nata pastew 35). ‘irada. Pesquisa de_ Staphylococcus ‘aureus (NP-2260) Negativa em 1 em’. Pesquisa, de Selmonela | Negaivaem 25 om? ‘nb ity) | imero de coliias de hoo: | Méximo 20, na nat paeurizaa, es por centimetro cibico (P1934), Numero de coldnias de leve- ‘duras por _centimetto cibico (NP-1934). Maximo 200, na nata pasteutizada 3 — As natas maturadas devem ter as caracteristicas das natas pasteurizadas, com excep¢io da matéria gorda ¢ da acidez, que serao, no minimo, respectiva- mente, 30 % (m/m) e 4,5 cm’, e no respeitante a0 teor microbiano, que poderd ser superior a 50 000 microrganismos a 30°C por centimetro ciibico, mas s6 no referente & flora lactica especifica. 6° Ingredientes facultativos Na preparagdo das natas para consumo directo pode ser utilizado 0 agticar. 2 ‘Aditivos alimentares ‘Sao permitidos os seguintes aditivos: a) Emulsionantes e outros estabilizadores do equi: brio fisico: E399 — Onofosfatos de iain fost Mixino 2 s/ks, expresio em subs E Me Onostatos de pos | "tania andra, quando ettemes © 2 MSe orostatos de | 2082cia de Fepladores de ack cdi deze 3 g/kg, quando em mistira ‘entre si ou com os reguladores de acidez, E450 c) — Pobiostatos de sBdig © de potas. E471 — Mow e diglctridos de acidos goedos E472 — Puterey Hicticos dos ‘mono e dilicéridos de dci- dos gordos (na nate banda) Maximo 5 g/kg, estremes ou em mis b) Espessantes/gelificantes: E 401 ~ Alginato de sédio E 02 — Alginato de potasio E 404 — Alginato de calcio E 407 — Carragenina ... 466 — Carboximeticeulose EOE Misimo 5 g/kg, estemes ou em mis DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE 365 ) Aromatizantes: Aromatizantes naturais ou seus equivalentes de sintese — b. p. fs 4) Culturas ldcticas especiticas: Streptococcus lactis, Streptococcus cremoris, Streptococcus thermophilus, Leuconostoc citrovorum e Leuconostoc paracitrovorum, na nata maturada; ©) Reguladores de acidez: ‘Nas natas para fabrico de manteiga podem utilizar-se os seguintes: E 339 — Ortofosfato de sddio; 500 — Bicabornato de sédigo ¢ carbo: nato de sédio. 8° Aaaliares tecnolégicos E permitido o uso dos seguintes gases nao téxicos nas natas acondicionadas sob pressio: Didxido de carbono (anidrido carbénico); Azoto (gas inerte). 9° Métodos de andlise Para efeitos de verificacao das caracteristicas das natas a que se refere o presente diploma serao utiliza- dos os métodos de preparagao de amostras ¢ de ana- lise definidos em diploma legal ou nas corresponden- tes normas portuguesas ou, na sua falta, os indicados pelo Instituto de Qualidade Alimentar (IQA). 10.° Conservasio A nata pasteurizada deve ser conservada, tanto nas instalagdes do seu tratamento como no circuito da sua distribuigéo e venda, a temperaturas positivas que ndo excedam os 6°C. ue Periodo de validade 1 — A nata pasteurizada sé poderé ser vendida ao consumidor dentro do prazo de dezoito dias a contar do dia da pasteurizaco. 2— A nata ultrapasteurizada (UHT) s6 poder ser vendida ao consumidor dentro do prazo de 90 dias a contar da data do seu tratamento ¢ embalagem. 3— A nata esterilizada s6 podera ser vendida ao consumidor dentro do prazo de 240 dias a contar da data do seu tratamento e embalagem. 12.8 Acondiclonamento A nata para consumo directo s6 podera ser comer- cializada em embalagens de material inéculo, inerte ¢ impermedvel em relagdo ao conteiido, hermeticamente vedadas, de modo a assegurar proteccdo eficaz contra contaminac#o, nomeadamente de natureza microbiana. 366 A nata para bater ou batida também poder ser ven- dida em embalagens indeformaveis de material adap- tado ao seu uso e que contém um gas apropriado, per- mitindo a distribuigao do produto com a ajuda de uma valvula. 1 Rotulagem A Iegislago em vigor sobre rotulagem ¢ aplicdvel as natas para consumo directo, devendo observar-se 0 seguinte: : ) A denominacdo de venda ser constituida por uma das seguintes expressdes: «Nata ligeiramente gorda» ou «Nata para cafén; «Nata meio gorda «Nata normal» ou simplesmente «Nata»; «Nata gorda»; seguidas das designacdes, conforme 0 caso: «Pasteurizaday; «Ultrapasteurizada» ou «UHT»; «Esterilizaday; @ DIARIO DA REPUBLICA Depésito legal n.° 8814/85 ISSN 0870.9963, AVISO Por ordem superior ¢ para constar, comunica- -se que nao serao aceites quaisquer originais des- tinados ao Didrio da Republica desde que no tra- gam aposta a competente ordem de publicaco, assinada ¢ autenticada com selo branco, i 4 | IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, E. P. i t 4 ' 3 } ' DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE N° 27 ~ 2-2-1988 e ainda, quando for cado disso, das indicacdes: «Maturadan; «Para batero; «Batidan; b) A quantidade liquida sera expressa em litros (1) e seus submiltiplos, cemtilitros (cl) e mililitros (mp; ©) A temperatura de conservagdo seré indicada pela mengdo «Conservar a 0°C», para as natas pasteurizadas, e «Conservar em_frigorifico depois de aberto», para as natas ultrapasteuri- zadas ¢ esterilizadas. Ministérios do Planeamento ¢ da Administragao do Territério, da Agricultura, Pescas e Alimentagdo e do Comércio'e Turismo. Assinada em 14 de Janeiro de 1988. O Ministro do Planeamento e da Administragdo do Territério, Luis Francisco Valente de Oliveira. — O Ministro da Agricultura, Pescas ¢ Alimentacao, Alvaro Roque de Pinko Bissaia Barreto. — Pelo Ministro do Comércio ¢ Turismo, Jorge Manuel Mendes Antas, Secretario de Estado do Comércio Interno. Porre PAGO 1 — Prevo de pagina para venda avulso, 4850; preco por linha de anincio, 938, 2 — Para os novos assinantes do Didrio da Assembleia da = Repiblca, 0 periodo da assinatura serd compreendido de Janeiro a Dezembro de cada ano, Os nimeros publicados em Novembro ¢ Dezembro do ano anterior que completam a legis- Jatura serdo adquiridos 20 preso de capa. 3 — Os prazos de reclamacio de faltas do Didrio da Repu blica para 0 continente ¢regides auténomas ¢ estrangeiro sho, respectivamente, de 30 ¢ 90 dias & data da sua publica. PRECO DESTE NUMERO 36$00

You might also like