You are on page 1of 4
3462 DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-B nos antecedentes n.®* 4 e 5, bem como quanto as clas~ ses de capacidade de uso, tipos de solos e sistemas cul- turais utilizados, de acordo com o definido no quadro da regionalizagao constante do n.° 1. 12 — Os candidatos a este regime de apoio aos pro- dutores de oleaginosas devem facultar ao INGA, ou a outras entidades por ele designadas para 0 efeito, 0 li re acesso as suas exploracdes agricolas e a todos quaisquer elementos necessarios & realizacao de accdes de controle. Ministério da Agricultura, 3 de Julho de 1992. — Pelo Ministro da Agricultura, Luis Anténio Damasio Capoulas, Secretario de Estado dos Mercados Agrico- las © Qualidade Alimentar. ANEXO (a que se retere 0 n° 2) [esas Nis eee ad ee feo tai ro |_| | — Produtividades médias regionais que t8m em conta as clas: ses de capacidade de uso, 08 tipos de solos ¢ os sistemas cultura, 4 considerar no céleulo do montante de referencia nacional. 2" Produtividades médias regionais as quais se aplicam os mon- tanies de referéncia nacionais previsonais da ajuda, referidas no n.° 2 do artigo 3." e no artigo §.° do Regulamento (CEE) n.° 3766/91 MINISTERIOS DA AGRICULTURA E DO COMERCIO E TURISMO Portaria n.° 742/92 de 24 de Julho ‘A producdo, comercializagao ¢ consumo de iogurte ¢ de leites fermentados conheceram nestes tltimos anos um forte desenvolvimento, em parte acelerado pela con- corréncia de produtos oriundos do exterior. Neste contexto, torna-se necessério rever 0 quadro legislativo em vigor, tendo como envolvente geral o in- teresse do consumidor e visando em particular a flexi- bilidade da accdo dos agentes econémicos, como ga- rantia de uma reforcada capacidade concorrencial, pautada pela imprescindivel harmonizagdo normativa com os outros paises da Comunidade Econémica Eu- ropeia Assim: Ao abrigo do disposto no artigo 1.° do Decreto-Lei n,° 205/87, de 16 de Maio, com a redaceao dada pelo artigo 1.° do Decreto-Lei n.° 87/91, de 23 de Fevereiro: Manda 0 Governo, pelos Ministros da Agricultura € do Comércio e Turismo, o seguinte: ita Definigdes @) logurte — 0 produto coagulado, obtido por fer- mentacdo léctica devido & acco exclusiva do Lacto- bacillus delbrueckii subsp. bulgaricus e do Streptococ- cus thermophilus sobre ‘0 leite © produtos lacteos indicados no n.° 1 do n.° 6.° e com ou sem os produ- tos indicados no n.° 7.°, devendo a flora especifica es tar viva e abundante no produto final b) logurte aromatizado — 0 produto coagulado ob- tido por fermentacao léctica devido a accao exclusiva do Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus ¢ do Sireptococcus thermophilus sobre o leite e produtos tac- teos indicados no n.° 1 do n.° 6.°, com adi¢ao de pro- dutos indicados no n.° 2 desse numero ¢ no n.° 8.° € com ou sem os ingredientes indicados no n.° 7.°, no podendo a parte ldctea ser inferior a 75% (m/m) do produto final, no qual a flora especifica deve estar viva € ser abundante ©) Leite fermentado — 0 produto coagulado obtido por fermentago devido & acrao de microrganismos es- pecificos sobre o leite e produtos lécteos indicados no n° | do n.° 6.° e com ou sem os produtos indicados no n.° 7.°, devendo a flora estar viva e abundante no produto final. @) Leite fermentado aromatizado — 0 produto coa- gulado obtido por fermentacao devido & acgao de mi- crorganismos especificos sobre o leite e produtos lac- teos indicados no n.° 1 do n.° 6.°, com adigéo de produtos indicados no n.° 2 dese niimero € no n.° 8.° € com ou sem os ingredientes indicados no n.° 7.°, nao podendo a parte ldctea ser inferior a 75% (m/m) do produto final, no qual a flora deve estar viva e ser abundante, 2° Casi sto © iogurte, 0 iogurte aromatizado, os leites fermen: tados e os leites fermentados aromatizados classificam- -se em fungdo da sua composic¢ao, do tipo ¢ da maté. ria gorda. 30 Composicio — Quanto & composigdo, 0 iogurte pode ser: @) Jogurte natural — iogurte sem quaisquer adi- ‘es além das culturas microbianas e dos ingre- dientes previstos no n.° 1 do n.° 6.° e na ali- nea a) do n.° 7. ) Togurte acucarado — iogurte natural ao qual se adicionou sacarose, outros acticares e ou edul- corantes. N.° 169 ~ 24-7-1992 _DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-B 3463 2— Quanto & composicao, 0 iogurte aromatizado pode ser: a) logurte aromatizado; ) logurte aromatizado com pedagos de fruta ou simplesmente iogurte com pedagos de fruta — quando contiver pedagos de fruta. 3 — Quanto composigéo, os leites fermentados po- dem ser: @) Leite fermentado natural — leite fermentado sem quaisquer adigdes além das culturas micro- bianas especificas e dos ingredientes previstos no n.° 1 do n.° 6.° € na alinea a) do n.° 7.9; 6) Leite fermentado acucarado — leite fermentado natural ao qual se adicionou sacarose € ou ou- tros agticares. 4 — Quanto & composigao, os leites fermentados aromatizados podem ser: a) Leite fermentado aromatizado; b) Leite fermentado aromatizado com pedagos de fruta ou simplesmente leite fermentado com pe- dacos de fruta — quanto contiver pedagos de ruta, 42 Tipo Quanto ao tipo, o iogurte, o iogurte aromatizado, 0s Icites fermentados € os leites fermentados aromati zados podem ser @) Sélido — coagulado nas embalagens individuais de venda a retalho; 4) Batido — previamente coagulado e embalado posteriormente; ©) Liquido — liquefeito depois de coagulado e em- balado posteriormente. se Materia gor Quanto & matéria gorda, o iogurte, o iogurte aro- matizado, os leites fermentados e os leites fermenta- dos aromatizados podem ser: 4) Gordo — teor minimo de matéria gorda, na parte ictea de 3,5% (m/m); ) Meio gordo — teor minimo de matéria gorda, na parte léctea de 1,5% (m/m) e maximo de 1,8% (m/m); ©) Magro — teor méximo de matéria gorda de 0,3% (m/m). 6° Ingredientes I — As matérias-primas utilizadas como ingredien- tes no fabrico de iogurte, iogurte aromatizado, leites fermentados e leites fermentados aromatizados so as seguintes: @) Leite pasteurizado ou leite pasteurizado concen- trado; 4) Leite pasteurizado parcialmente desnatado ou leite pasteurizado parcialmente desnatado con- centrado; ©) Leite pasteurizado desnatado ou leite pasteuri- zado desnatado concentrado; d) Nata pasteurizada; @) Mistura de duas ou mais das matérias-primas referidas nas alineas anteriores. 2 — Nos iogurtes aromatizados e nos leites fermen- tados aromatizados, para além das matérias-primas in- dicadas no numero anterior, podem também scr utili- zados os seguintes géneros alimenticios aromaticos: a) Fruta e vegetais (frescos, congelados, em pd, conservados ¢ em compota); 1b) Derivados de fruta © vegetais (sumos, sumos concentrados, polpas, polmes ¢ xaropes); ©) Sementes ou’ parte de sementes comestiveis; @ Mal; e) Café; A) Cacau; '®) Chocolate; 1h) Especiarias. w Ingredientes facultativos Sem prejuizo do disposto no mimero anterior, no fax rico do iogurte, do iogurte aromatizado, dos leites fer- mentados ¢ dos leites fermentados aromatizados podem ainda ser utilizados os seguintes ingredientes: 4@) Leite em pé, leite em pé parcial ou totalmente desnatado, leitelho nao fermentado, soro con: centrado, soro em pé, proteinas de soro, pro- teinas concentradas de soro € protcinas hidros. soliveis de leit b) Acticares (56 no iogurte acucarado, no iogurte aromatizado, nos leites fermentados agucarados, € mos leites fermentados aromatizados); ©) Edulcorantes (s6 no iogurte agucarado, no io- gurte aromatizado, nos leites fermentados agu- carados € nos leites fermentados aromatizados) Be ‘Aditivos alimentares, E aplicdvel a legislagdo em vigor sobre esta matéria 9° Caracteristicas Os iogurtes, os iogurtes aromatizados, 0s leites fer- mentados ¢ 05 leites fermentados aromatizados devem ter as caracteristicas e limites indicados no quadro anexo ao presente diploma. 10." Método de anise Para efeitos de verificagdo das caracteristicas do io- gurte, do iogurte aromatizado, dos leites fermentados € dos leites fermentados aromatizados a que se refere 3464 © presente diploma, serao utilizados os métodos de co- Iheita, de preparacdo da amostra ¢ de andlise defini- dos em diploma legal ou nas correspondentes normas portuguesas ou, na sua falta, os indicados pelo Insti- tuto de Qualidade Alimentar. ne Acondicionamento 1 — Os iogurtes, os iogurtes aromatizados, os leites fermentados € 0s leites fermentados aromatizados sO podem ser comercializados em embalagem de origem com garantia de integridade. 2 — As embalagens referidas no ntimero anterior de- vem obedecer ao disposto na legislagao em vigor. 12° Rotulagem A rotulagem, a apresentagdo ¢ a publicidade dos pro- dutos abrangidos pelo presente diploma regem-se pelo disposto na lei geral em vigor sobre a matéria, com as seguintes especificidades: @) A denominagao de venda «logurte», «logurte aromatizadon, «Leite fermentado» ou «Leite fermentado aromatizado», acrescida das men- yOes relativas a classificagao quanto & compo- sigdo, a0 tipo e A matéria gorda, tendo em conta 0 seguinte: 1) No caso do «logurte com pedacos da fruta» ou «Leite fermentado com pe- dacos de frutan, quando esta for de uma sé espécie, a palavra «frutan deve ser substituida pela designagao da fruta incorporada: 11) Quando se fizer referencia a «fruta», esta deve estar presente em quantidade que influencie 0 aroma € 0 sabo 111) No iogurte aromatizado no leite fer- mentado aromatizado, adicionados de géneros alimenticios, deverd ser feita referéncia ao respectivo ingrediente; No iogurte aromatizado e no leite fer- mentado aromatizado, adicionados de aditivos aromatizados, deverd ser feita referéncia ao respectivo aroma; Quando se trate de iogurte sdlido, leite fermentado sélido, iogurte aromati- zado sblido ou leite fermentado aroma- tizado sélido, dispensa-se a designacao quanto ao tipo; V1) Quando se trate de iogurte gordo, de iogurte aromatizado gordo, de leite fer- mentado gordo ¢ de leite fermentado aromatizado gordo, dispensa-se a de- signacdo quanto & matéria gorda; Vil) © iogurte natural sélido © gordo'e 0 leite fermentado natural sdlido ¢ gordo poderdo ser designados comercialmente por «logurte natural» e «Leite fermen- ado natural», respectivamente; Vv v DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-B N.° 169 — 24-7-1992 VILL) Quando se usar no fabrico do iogurte, do iogurte aromatizado, do leite fer- mentado ou do leite fermentado aro- matizado outro leite que nao seja o de vaca (mesmo que s em parte), deve indicar-se o nome da fémea ou fémeas das quais proveio o leite imediatamente a seguir & denominacao de venda; 1) A lista dos ingredientes, por ordem decrescente da proporsao ponderal no momento da sua in- corporacio, precedida da palavra «ingredien- tes», sendo obrigatério declarar 0 teor de to- dos’ os ingredientes que sejam conservados quimicamente, bem como dos microrganismos especificos presentes; ©) A data limite do consumo indicada pela expres- so «consumir até ...», com a indicagdo do dia e do més, nao podendo o prazo de validade ultrapassar 24 dias; @) A quantidade liquida, expressa em gramas, se © iogurte, 0 iogurte aromatizado, o leite fer- mentado e 0 leite fermentado aromatizado fo- rem sélidos ou batidos, e em centilitros, se fo- rem liquidos; @) A indicacdo de que 0 iogurte, o iogurte aro- matizado, o leite fermentado e o leite fermen- tado aromatizado tém de ser conservados en- tre 0°C € 6°C. Be Conservasio 1 — Os iogurtes ¢ os leites fermentados, aromatiza- dos ou nao, devem ser conservados temperatura am- biental de 0°C a 6°C, devendo durante o transporte observar-se uma temperatura maxima, no produto, de 8°C ou 10°C, conforme se trate de transporte de longo curso ou de transporte a nivel de distribuigdo, respec- tivamente. 2— Para efeitos do presente diploma, considera-se transporte de longo curso 0 transporte entre a fabrica € um tinico local de descarga e transporte a nivel de distribuigdo o realizado entre a fabrica ou entreposto € mais de um local de descarga. 142 Restrigdes 1 — Apés a fermentacao, nao é autorizado qualquer tipo de tratamento térmico por aquecimento aos pro- dutos referidos no n.° 1.° 2— Nao é permitida a utilizacdo da palavra «io- gurte» na denominagdo de qualquer produto, ainda que Citado como ingrediente, desde que 0 produto presente sob aquela designacao ndo obedeca estritamente ao dis- posto nesta portaria 15. Situasdes excepcionsis Em situagdes excepcionais de falta das matérias- -primas indicadas no n.° 1 do n.° 6.°, estas poderdo ser substituidas por leite recombinado ou reconstituido. N° 169 — 24- 1992 16." Salvaguarda de situagies 1 —E permitida a comercializagao de iogurtes ¢ lei- tes fermentados legalmente produzidos e comercializa- dos num Estado membro da Comunidade com especi- fFicagdes técnicas diferentes das previstas no presente diploma, desde que assegurem um nivel de protecsdo das exigéncias essenciais relativas a satide equivalentes apresentem flora especifica viva e abundante no pro- duto final. 2 — Os resultados dos ensaios realizados num outro Estado membro aos produtos referidos no mimero an- terior sdo reconhecidos na medida em que tais resulta- dos sejam postos & disposi¢ao das autoridades portu- guesas e permitam demonstrar que o produto em causa responde de forma conveniente e satisfatdria ao objec- tivo prosseguido no presente diploma. ‘Anexo a que DIARIO DA REPUBLICA — I SERIE-B 3465 Até 31 de Dezembro de 1992, poderdo continuar a ser comercializados iogurtes com a denominacao de meio gordo que apresentem um teor de matéria gorda inferior a 3% (m/m) € superior a 0,5% (m/m). Ministérios da Agricultura e do Comércio e Turismo. Assinada em 30 de Junho de 1992. Pelo Ministro da Agricultura, Luis Anténio Damé- sio Capoulas, Secretério de Estado dos Mercados Agricolas € Qualidade Alimentar. — Pelo Ministro do Comércio e Turismo, Anténio José Fernandes de Sousa, Secretario de Estado Adjunto ¢ do Comércio Externo, Visa te peta lorgune Leite fermentado ‘Teor de flora specifica em tem’ — minimo Leite fermentado exclusivamente com Bifiddus to" Lite fermentado por fermentagdo mista (&ido- 10 rias especificas | aetica'aleodtica. 10" de leveduras expecificas CCotiformes em 1 em? (segundo a NP-699) Negative 0 Bolores em 1 cm! (segundo a NP-100) — maximo Leveduras em 1 cm’ (segundo a NP-700) — maximo (!) 20 (nos aronntizados) 100 2200 (nos aremmatizados) ‘Acidez,expressa em centimetros cibicos da solu- | HoBurte ‘do normal, por 100g (segundo a NP-701) — Lite fermentado Matéria gorda (segundo a NP-702) Residuo seco isento de matéria gorda (segundo a NP-703) — minimo §, De acordo com 0 n.° §.° desta portaria % anim MINISTERIOS DA AGRICULTURA, DO COMERCIO E TURISMO E DO AMBIENTE E RECURSOS NATU- RAIS. Portaria n.° 743/92 de 24 de Julho Considerando as Directivas n.° 71/118/CEE do Con- setho, de 15 de Fevereiro de 1971, e suas actualizagdes en,° 80/879/CEE da Comissio, de 3 de Setembro de 1980, relativas a disciptina aplicével em matéria de sa- nidade nas trocas de carnes frescas de aves, incluindo a marca de salubridade das grandes embalagens de car- nes frescas de aves; Considerando 0 Decreto-Lei n.° 222/90, de 7 de Ju- Iho, que estabelece as normas sanitarias em matéria de trocas de carnes frescas de aves ¢ de funcionamento do respectivo mercado nacional: Manda o Governo, pelos Ministros da Agricultura, do Comércio e Turismo e do Ambiente ¢ Recursos Na~ turais, apos audicao dos dredos de governo proprio das,

You might also like