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AMOFÁTIMA Associação de Moradores Nossa Sra de Fátima

Taquara, RS, março de 2010.

Esclarecimentos acerca dos acessos à Faccat


A AMOFÁTIMA não possui qualquer ingerência no horário de abertura e fechamento dos portões
da Faccat e não ajuizou qualquer medida contra ela e muito menos contra seus alunos.
Durante a construção dos primeiros prédios do campus, em 1999, a Faccat adquiriu um terreno na
rua Pedro José Muller, com 12 x 35m, pertencente a um loteamento residencial que faz divisa com a
área do campus (matrícula 25.956 no Registro de Imóveis de Taquara). A seguir removeu a cerca
dos fundos do terreno e começou a usar como acesso para a obra, fazendo uso além dos limites do
lote. Imediatamente os moradores questionaram o Sr Delmar Backes, diretor da Faccat, a respeito
da finalidade da passagem. O diretor assegurou que o acesso era provisório e que o acesso
definitivo seria efetuado pela rua Fridolino Freiberger, que faz divisa com a área da Faccat. A
promessa tranqüilizou os moradores que confiaram na palavra do Sr Delmar Backes.

O terreno faz parte de um loteamento residencial e deveria ser utilizado para residência ou outra
atividade que não gera tráfego intenso de veículos, respeitando as características da zona
residencial, conforme determina atualmente Plano Diretor de Taquara para a zona onde está o
terreno. E o uso do terreno deveria ser confinado aos limites do lote e não contínuo a outra área
muito maior em ligação com a RS-115.
No ano de 2001, iniciou um tráfego de veículos na rua Pedro José Muller jamais presenciado por
seus moradores, causando ruído, poluição, riscos de atropelamento e outros inconvenientes. No
mesmo ano os moradores realizaram um abaixo-assinado com 28 assinaturas, protocolado na
Faccat, solicitando providências para que fosse utilizado o acesso definitivo conforme havia
prometido o diretor da Faccat.
O Sr Delmar Backes alegou que deveriam ser feitas melhorias no encontro da rua Fridolino
Freiberger com Edmundo Saft para que o acesso da Pedro Muller fosse fechado. Nos anos seguintes
os moradores colaboraram duplamente a Faccat; suportaram o tráfego de veículos em frente suas
residências e dedicaram seu tempo encaminhando pedidos e solicitações junto aos órgãos públicos e
privados (CRT, RGE, prefeitura) a fim de finalizar as obras de melhorias.
Com o passar dos anos, surgiu a AMOFÁTIMA, como entidade coletiva de representação dos
interesses dos moradores do bairro, interesses que não se esgotam na questão do acesso à Faccat,
mas que, devido à exagerada repercussão somos obrigados a enfatizar e esclarecer. Esse assunto
nunca foi conduzido pela AMOFÁTIMA como uma exigência perante a faculdade, mas sim como
um problema a ser resolvido pela Prefeitura, a partir do diálogo e trabalho em conjunto com os
envolvidos. Nessa linha, o diretor da faculdade compareceu a uma Assembléia Geral, ocorrida em
01/05/2006 e o assunto foi discutido com os moradores e com Sr Delmar Backes, onde foi decidido
solicitar providências junto a Prefeitura Municipal para efetuar melhorias no acesso pela Fridolino
Freiberger. Em 10/05/2006 ocorreu uma reunião com a Sec. Planejamento, Faccat e AMOFÁTIMA,
firmando um acordo que após realizar as melhorias, o portão de acesso pela rua Pedro José Muller
seria fechado (anexo 1).

Meses depois houve a troca do secretário de planejamento e uma nova reunião em 27/06/2006 para
verificar as pendências de protocolos da AMOFÁTIMA na Prefeitura sem qualquer andamento,
dentre os quais estava o assunto da Faccat, mas também havia outros, envolvendo delimitação das
áreas verdes no bairro, problemas de esgoto, calçamento, trânsito, etc... Na questão da Faccat, ficou
definido o fechamento do acesso (anexo 2 e 3).

Foram apresentadas as pendências aos associados, e estes deliberaram por dar mais um prazo e,
caso permanecesse a omissão DE TODOS OS ITENS, encaminhar a representação DA OMISSÃO
DO PODER PÚBLICO, tanto prefeitura como câmara (pois também havíamos noticiado a omissão
ao legislativo, fiscal constitucional do executivo) ao Ministério Público, que é o Órgão a ser
acionado quanto todos os outros falham e a quem deve ser atribuída a responsabilidade pela
condução do expediente desde 2006 (anexos 4, 5 e 6).
A AMOFÁTIMA conta com mais de 100 inscritos e está sofrendo sérios problemas por conta da
especulação e omissão de alguns a partir da distorção de atos e fatos. Desde a sua criação, a
AMOFÁTIMA vem realizando um trabalho social e comunitário, proporcionando eventos
beneficentes e de integração comunitária, encaminhando aos órgãos públicos as demandas dos
associados, participando dos Conselhos Municipais, contribuindo, enfim, para o legítimo exercício
da cidadania e para o desenvolvimento de nossa cidade. Todo este trabalho merece reconhecimento
pois foi feito por associados que se dedicaram intensamente em benefício da comunidade.
Os usuários da Faccat e os vereadores que condenam a iniciativa da AMOFÁTIMA devem
reconhecer que os acessos à Faccat são precários e graças a AMOFÁTIMA que Ministério Público
está mobilizando a Prefeitura e a direção da Faccat para planejar o trânsito no entorno da faculdade,
ainda que com dez anos de atraso. Vamos confiar na experiência do MP e na capacidade dos
envolvidos para implementar uma solução que seja um exemplo de organização e planejamento,
preparando a Faccat e nossa cidade para o crescimento futuro.

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