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CMYK AS-16

Tecnologia
16 • CORREIO BRAZILIENSE • Brasília, segunda-feira, 20 de julho de 2009
Editora: Ana Paula Macedo //
anapaula.df@diariosassociados.com.br
3214-1195 • 3214-1172 / fax: 3214-1155

Com os
programas
certos e um pouco
de dedicação, é
possível dar fim à
bagunça dos
arquivos de áudio
que estão no
computador
Cadu Gomes/CB/D.A Press

Autor de um blog que disponibiliza discos raros,


Cacai tem cerca de 120GB de músicas arquivados

Ordem
na coleção
de MP3
» FERNANDO BRAGA novo padrão. “Com a música
digital, eu consigo encontrar
ma pequena sigla que mudou radi- qualquer artista ou tema com

U calmente a forma como as pessoas


escutam música. Desde que o for-
mato MP3 se popularizou, em mea-
dos dos anos 1990, o consumidor viu sua
coleção de canções favoritas se multiplicar
muita facilidade”, acentua.
A organização por níveis é uma
das melhores alternativas para man-
ter coerência no mar de arquivos em
que pode se transformar um disco rígi-
na velocidade da internet e passar a ocupar do. Um dos padrões mais utilizados se-
cada vez mais espaço nos discos rígidos dos gue a ordem: Nome do artista / Nome do
computadores. Mas, ao contrário do que álbum / Número da faixa / Nome da can-
ocorre com os CDs, que podem ficar dispos- ção. Vale lembrar que essa estrutura pode
tos em uma prateleira, as canções no PC ser alterada de acordo com a preferência
nem sempre seguem a mesma organização. de cada pessoa. O importante é ter um ca-
É arquivo gravado de um lado, imagem da minho coerente para salvar o material.
capa do disco em outro, resultando em uma
verdadeira mistura digital. Porém, dar um Edição
fim a essa bagunça é mais fácil do que se
imagina. Basta um pouco de paciência e de- No entanto, a criação das pastas é apenas
dicação — e é claro, alguns programinhas o primeiro passo na paciente rotina de man-
para ajudar na tarefa. ter tudo organizado. Feito isso, o usuário de-
Quem sabe bem que manter a discoteca ve partir para um ponto fundamental: a edi-
do micro em ordem é um desafio que pode ção das tags (etiquetas, em inglês). “Elas ser-
ser recompensado com a facilidade de achar vem para que eu possa me localizar entre os
o que se busca de forma rápida é o músico meus arquivos e para que, no futuro, não es-
Cacai Nunes. Dono do blog Acervo Origens queça nenhuma informação a respeito de
(http://acervoorigens.blogspot.com), que dis- determinada música ou álbum” , explica o
ponibiliza álbuns antigos e desconhecidos estudante João Henrique Assunção, dono de
de música brasileira, ele tem em casa uma um disco rígido com aproximadamente
enorme coleção de discos de vinil que é, aos 300GB de conteúdo musical.
poucos, digitalizada e disponibilizada na As tags são metadados que guardam
web. Para isso, ele gasta, além de inúmeras informações embutidas nos arqui-
horas fazendo a transferência dos LPs para o vos de áudio e que servem como
PC, uma boa parte de seu disco rígido com o guias para que programas de
conteúdo gerado. “Acredito que tenho uns reprodução como iTunes e
120GB só de música no computador, além de Winamp toquem as mú-
outros HDs que uso como backup”, conta. sicas e informem
Para manter a ordem no meio de tantos ar- uma série de da-
quivos, Nunes segue uma lógica. “Primeiro, dos sobres as fai-
abro uma pasta com o gênero, depois com o xas, como o nome
nome do artista, depois com o título do ál- do artista, o título do
bum e por aí vai”, explica. “Daqui a 10 ou 20 álbum e o ano de lança-
anos, quero olhar para esse material e saber mento. Por isso, além de
como encontrar cada canção”, justifica. organizar a localização dos
Para o diretor de música da Nokia Brasil, temas dentro do HD, é funda-
Adrian Harley, o crescimento do formato di- mental editar as tags, porque é
gital tende a acelerar a extinção de outras mí- a partir delas que os softwares
dias. “Falando especificamente de vinil e CD, agrupam as músicas em listas. “O
acredito que a comercialização desses for- legal das tags é que elas guardam al-
matos vai diminuir ainda mais nos próximos guns dados que vão além do título do
anos”, opina, justificando as vantagens do arquivo”, resume João Henrique.

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