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Paulo Martins
correiodopaulo@gmail.com
micaelamontezuma@gmail.com
ENQUADRAMENTO
Em 2014, atingimos o final da Década da Educação das Nações Unidas para o Desenvolvimento
Sustentável, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, e, como tal, urge integrar
os valores inerentes à sustentabilidade nas diferentes formas de aprendizagem e auxiliar os
nossos alunos na aquisição de valores que fomentem práticas sociais, ambientais e de cidadania
que contribuam para um futuro que compatibilize as necessidades humanas com o uso
sustentável dos recursos.
O Projecto Esmiuçar Copenhaga surge, assim, como uma oportunidade para cooperar na
criação de uma consciência crítica em torno das questões ambientais, a fim de promover uma
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mudança efectiva de atitudes e de estilos de vida nos nossos alunos e, consequentemente, nas
suas famílias.
1. OBJECTIVOS
Promover a interdisciplinaridade;
Reconhecer que a Natureza constitui um património comum de todos os cidadãos que
tem de ser preservada;
Promover e alentar a consciência ambiental nos alunos;
Incentivar a aprendizagem de saberes e conceitos sobre Ambiente e estimular a
criatividade e a elaboração de materiais de apoio à divulgação da informação;
Incentivar os valores, o comportamento e os estilos de vida necessários para um futuro
sustentável.
Compreender a importância de contribuir para a sustentabilidade da Terra;
Perceber o impacto das alterações climáticas na saúde e qualidade de vida das
populações.
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3. METODOLOGIA
Durante todo o ano lectivo, e apesar de não fazer parte dos programas curriculares das
disciplinas de Ciências Naturais e de Educação Musical, os alunos dinamizam um blogue,
inserido no Projecto de Educação Ambiental Climántica, onde são abordadas diferentes
temáticas nomeadamente na perspectiva das Alterações Climáticas, Ambiente e Saúde,
Biodiversidade e Recursos Naturais.
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Foi elaborado um documento1 sobre os pontos mais preeminentes da Conferência que foi
analisado e debatido com os alunos em contexto de sala de aula.
3.3.1 Videoclip 1
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Em anexo
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Imagine no pollution
Imagine there's no garbage
It is so hard to stand
It is so hard to do
No acids above us No need to separate
Below us a clean land
a need to preserve earth too
Imagine all the people Imagine all the people
Living for all days
Living life in peace
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3.3.2 Videoclip 2
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Há uma nova atitude no ar Sente esta onda que veio para ficar
Há uma nova força que se pressente. Sente este clima que está à tua espera!
Uma mudança que começa a chegar Deixa que a música te possa tocar
Respira-se já um novo ambiente Deixa-te envolver por esta nova atmosfera
Dizem que tudo na vida tem um preço, Se houvesse tempo, o tempo que já passou
Se assim é então está tudo em aberto Por isso agora há apenas uma vontade em nós
Será que queremos pagar pelos nossos erros, em
vez… Gritar bem alto “A mudança já começou!”
Em vez de escolhermos o preço certo
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Não esperes que sejam apenas os outros. Agora sabes que depende de nós,
Porque há quem finja não estar a perceber. Algo que vai sair de ti e de mim
Dizem que “não, isto não é bem assim…” E se juntares aqui a tua voz
Dizem que assim isto não pode ser! Outros virão, acredita, é assim!
A realização deste projecto veio confirmar que os recursos multimédia são uma ferramenta
criativa e inovadora que se adequa perfeitamente a actividades de carácter interdisciplinar e
que podem conduzir à integração de saberes de primordial importância para uma actuação
eficaz na sociedade onde nos inserimos.
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Anexo
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Os gases com efeito de estufa não são um problema tradicional de poluição atmosférica mas um
problema de utilização de energia – o que faz toda a diferença. A poluição atmosférica é um
subproduto indesejado e reduzi-la não exige limitações ao uso de combustíveis fósseis. Nas
últimas décadas, duplicámos o consumo de alguns desses combustíveis, ao mesmo tempo que
reduzíamos enormemente a poluição atmosférica.
Contudo, o dióxido de carbono (CO 2) resulta da combustão completa dos combustíveis. Tirando
algumas tecnologias ainda por testar, a única maneira de reduzir a sua emissão é queimar
menos combustível, o que significa produzir menos energia!
Para cumprir a meta fixada pelos defensores do clima, os EUA, a Europa e o Japão teriam de
substituir, praticamente, toda a sua infra-estrutura energética.
Pretendia-se em Copenhaga uma meta de redução de 80 por cento para as emissões de gases
com efeito de estufa dos países ricos até 2050. Nos EUA, por exemplo, a meta de 80 por cento
de redução de emissões de gases com efeitos de estufa resultantes dos combustíveis fósseis
significaria o regresso ao nível de emissões de 1910!
A energia não é como outros bens: não podemos substitui-la nem ficar sem ela. Chamam-lhe
recurso chave, por nele assentar toda a economia. Não há nação que tenha enriquecido usando
energia cara.
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O Protocolo de Quioto incide nas emissões de seis gases com efeito de estufa:
Constitui um passo em frente importante na luta contra o aquecimento global, pois contém
objectivos vinculativos e quantificados de limitação e redução dos gases com efeito de estufa.
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Desde então, os diversos países reunem-se anualmente para analisar os aspectos relacionados
com as alterações climáticas e negociar os termos do Protocolo de Quioto, assinado durante a
COP3 realizada em Dezembro de 1997.
A grande meta desta conferência era encontrar um substituto para o Protocolo de Quioto, que
termina em 2012. Neste sentido, seria muito importante ter chegado a um acordo internacional e
legalmente vinculativo que estabelecesse metas de redução de emissões nos países
industrializados e limites ao crescimento das emissões nos países em desenvolvimento, mas
também que prevê-se financiamento para as acções de mitigação dos efeitos das alterações
climáticas e para os esforços de adaptação dos países mais pobres.
Os países em desenvolvimento, como a China e a Índia, defendem que países ricos como os
Estados Unidos e o Reino Unido devem dar um "claro exemplo" na redução de emissões de
gases como efeito de estufa.
Os Estados Unidos não ratificaram o Protocolo de Quioto. O presidente dos Estados Unidos, na
altura, George W. Bush, argumentou que a redução exigida por Quioto (menos 5% de emissões)
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iria "arruinar a economia dos Estados Unidos", além de não exigir reduções aos países
emergentes.
O "ponto mais quente" da cimeira é a chamada "partilha de encargos". Ou seja, que países
devem reduzir emissões e em que montante? Por exemplo, a China já superou os Estados
Unidos como maior poluidor do mundo. No entanto, historicamente, os Estados Unidos são
maiores emissores do que a China e as emissões per capita chinesas são cerca de um quarto
das dos Estados Unidos.
Nos próximos 40 anos, os países em desenvolvimento vão precisar de consumir ainda mais
energia. Será realista pensar que vão querer pagá-la ao preço dos países ricos?
Por conseguinte, os compromissos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa
(GEE) que os vários países apresentaram às Nações Unidas, no âmbito do Acordo de
Copenhaga, são insuficientes para limitar o aumento da temperatura a 2ºC.
Os Estados Unidos confirmaram a intenção de reduzir em dez anos as suas emissões em "cerca
de 17 por cento" em relação aos níveis de 2005, o que representa uma redução de três por
cento em relação aos níveis de 1990. O Canadá alinhou os seus objectivos pelos norte-
americanos: 17 por cento em relação aos níveis de 2005, ou seja, três por cento em relação a
1990.A União Europeia comprometeu-se a reduzir as suas emissões em 20 por cento até 2020,
em relação aos níveis de 1990, e abre a porta a uma redução de 30 por cento "na condição de
outros países desenvolvidos se comprometerem com reduções comparáveis".
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A verdade é que nenhum país, tendo em conta as declarações dos altos responsáveis dos
Estados representados, saiu de Copenhaga satisfeito com os resultados conseguidos. A Europa,
que tinha assumido uma posição clara, uníssona e generosa, não foi ouvida. O Presidente
Barack Obama, visivelmente decepcionado, não deixou de responsabilizar a China.
Não foi celebrado um acordo vinculativo de redução das emissões de dióxido de carbono a curto
prazo;
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Não foi celebrado um acordo vinculativo de redução de 50% das emissões a longo prazo;
6. CURIOSIDADES
O número significa 350 partes por milhão (ppm) em volume de dióxido de carbono (CO2) no ar.
Este valor da concentração de partículas de CO2 na atmosfera é o limite máximo estabelecido
pelos cientistas para travar o aquecimento global. Mas o nível já vai em 385 ppm!
A ONU adoptou a canção “A Hard Rain‟s A Gonna Fall” („Uma chuva forte vai cair‟), de Bob
Dylan, como hino não-oficial para as negociações de Copenhaga sobre alterações climáticas. A
música lançada em 1962, em plena Guerra Fria, reflecte os temores de uma geração que vivia
sob a ameaça de uma guerra nuclear.
Não penses no que o teu planeta pode fazer por ti, pensa antes no que tu podes fazer pelo teu planeta.
Adaptada da famosa frase de John F. Kennedy “Don´t ask what the country can do for you, ask what you can do
for your country”.
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