You are on page 1of 4

896 Diário da República, 1.ª série — N.

º 28 — 10 de Fevereiro de 2009

[...] grande parte da sua aplicabilidade prática, e a revogação


da legislação que vem substituir, para seis meses após a
Parte D publicação do último dos regulamentos que vieram esta-
belecer os seus anexos II, III e IV.
[...] Assim, a partir de 1 de Setembro de 2008, passam a ser
aplicáveis as alterações significativas que o Regulamento
Parte E
(CE) n.º 396/2005 introduziu no regime legal comunitário
[...]»
até então aplicável e, consequentemente, no ordenamento
jurídico nacional, em grande parte, pela harmonização
legislativa realizada ao longo de quase três décadas, por
Decreto-Lei n.º 39/2009 força da transposição de directivas comunitárias sobre
a matéria.
de 10 de Fevereiro Com efeito, a nova regulamentação comunitária, ao
O Regulamento (CE) n.º 396/2005, do Parlamento Eu- revogar as Directivas n.os 76/895/CEE, do Conselho, de 23
ropeu e do Conselho, de 23 de Fevereiro, veio estabelecer de Novembro, 86/362/CEE, do Conselho, de 24 de Julho,
o novo enquadramento legal comunitário aplicável ao 86/363/CEE, do Conselho, de 24 de Julho, e 90/642/CEE,
estabelecimento de limites máximos de resíduos de pesti- do Conselho, de 27 de Novembro, e todas as suas altera-
cidas no interior e à superfície dos géneros alimentícios e ções, implica que se proceda à revogação de toda a legisla-
dos alimentos para animais, de origem vegetal ou animal. ção nacional que actualmente consagra a sua transposição
Na acepção do artigo 3.º do Regulamento (CE) no ordenamento jurídico interno.
n.º 396/2005, limites máximos de resíduos são os limi- A principal inovação introduzida pelo Regulamento
tes legais de concentração de resíduos de pesticidas no (CE) n.º 396/2005 traduz-se no facto de os limites máxi-
interior e à superfície dos géneros alimentícios e dos mos de resíduos de pesticidas nos géneros alimentícios e
alimentos para animais, de origem vegetal ou animal, nos alimentos para animais, de origem vegetal ou animal,
fixados com base na utilização segura de produtos fitofar- passarem a ser fixados unicamente a nível comunitário,
macêuticos, nas boas práticas agrícolas (BPA) e na menor deixando de vigorar a prerrogativa facultada aos Estados
exposição possível dos consumidores necessária para
membros de poderem fixar limites máximos de resíduos
proteger os consumidores vulneráveis, entendendo-se por
resíduos de pesticidas os resíduos, incluindo, substâncias de pesticidas aplicáveis no seu território, desde que não se
activas, metabolitos e ou produtos de degradação ou de encontrassem estabelecidos a nível comunitário.
reacção de substâncias activas, presentes no interior ou à Não obstante a obrigatoriedade da aplicação directa
superfície dos produtos agrícolas, utilizados actualmente do Regulamento (CE) n.º 396/2005 torna-se necessário
ou anteriormente em produtos fitofarmacêuticos tal como identificar as entidades nacionais competentes que asse-
definidos na Directiva n.º 91/414/CEE, do Conselho, guram a sua implementação no País, identificar procedi-
de 15 de Julho, presentes nos produtos enumerados no mentos, prever o regime de taxas aplicável e tipificar as
anexo I do Regulamento (CE) n.º 396/2005, incluindo, infracções e respectivas sanções, em caso de violação das
nomeadamente, os que possam surgir como resultado de suas normas.
uma utilização fitossanitária, em medicamentos veteri- Por fim, importa realçar que o estabelecimento de limites
nários ou como biocidas. máximos de resíduos de pesticidas no interior e à superfície
Refira-se, que a Directiva n.º 91/414/CEE, do Con- dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais, de
selho, de 15 de Julho, relativa à colocação dos produtos origem vegetal ou animal, a nível comunitário, possibilita
fitofarmacêuticos no mercado, se encontra transposta para que a agricultura propicie o acesso a produtos mais seguros
o direito nacional pelo Decreto-Lei n.º 284/94, de 11 de para o consumidor, contribuindo, deste modo, para uma
Novembro, e pelo Decreto-Lei n.º 94/98, de 15 de Abril, mais eficaz política de saúde e segurança alimentar.
que aprova as normas técnicas de execução do regime Foram ouvidos os órgãos de governo próprios da Re-
aplicável à colocação dos produtos fitofarmacêuticos giões Autónomas.
no mercado. Foi promovida a audição do Conselho Nacional do
O Regulamento (CE) n.º 396/2005 diferiu a publicação Consumo.
dos seus sete anexos para momentos posteriores distintos, Assim:
sendo que o anexo I foi estabelecido pelo Regulamento
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Cons-
(CE) n.º 178/2006, da Comissão, de 1 de Fevereiro, os
anexos II, III e IV estabelecidos pelo Regulamento (CE) tituição, o Governo decreta o seguinte:
n.º 149/2008, da Comissão, de 29 de Janeiro, alterado pelo
Regulamento (CE) n.º 839/2008, da Comissão, de 31 de Artigo 1.º
Julho, e o anexo VII estabelecido pelo Regulamento (CE) Objecto
n.º 260/2008, da Comissão, de 18 de Março.
Posteriormente, o Regulamento (CE) n.º 396/2005 so- O presente decreto-lei assegura a execução e garante o
freu várias alterações ao seu articulado através do Regu- cumprimento, na ordem jurídica interna, das obrigações
lamento (CE) n.º 299/2008, do Parlamento Europeu e do decorrentes do Regulamento (CE) n.º 396/2005, do Parla-
Conselho, de 11 de Março, com o objectivo de actualizar mento Europeu e do Conselho, de 23 de Fevereiro, relativo
disposições relativas às competências de execução atri- aos limites máximos de resíduos de pesticidas no interior e
buídas à Comissão Europeia. à superfície dos géneros alimentícios e dos alimentos para
Pese embora não estejam ainda publicados todos os animais, de origem vegetal ou animal, a seguir designado
seus anexos, o Regulamento (CE) n.º 396/2005 diferiu por Regulamento (CE) n.º 396/2005.
Diário da República, 1.ª série — N.º 28 — 10 de Fevereiro de 2009 897

Artigo 2.º ordem jurídica interna pelo Decreto-Lei n.º 144/2003, de


Autoridades competentes
2 de Julho, na parte respeitante aos produtos agrícolas de
origem vegetal, e pelo Decreto-Lei n.º 288/2003, de 14 de
1 — A Direcção-Geral de Agricultura e Desenvolvi- Novembro, na parte respeitante aos géneros alimentícios
mento Rural (DGADR) é a autoridade competente para a de origem animal;
recepção, avaliação, transmissão e coordenação no âmbito b) Directiva n.º 76/371/CEE, da Comissão, de 1 de
dos pedidos de fixação, alteração ou supressão dos limites Março, que fixa as formas de recolha comunitárias de
máximos de resíduos, nos termos previstos, respectiva- amostras para o controlo oficial de alimentos para animais,
mente, nos artigos 6.º a 25.º e 38.º a 42.º do Regulamento harmonizada pela «NP 3256 — Alimentos para Animais:
(CE) n.º 396/2005. Colheita de Amostras».
2 — No âmbito dos controlos oficiais de resíduos de
pesticidas, relatórios e sanções, nos termos dos artigos 26.º
Artigo 5.º
a 34.º do Regulamento (CE) n.º 396/2005, são entidades
competentes: Pedidos relativos a LMR
a) O Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP), en- Os pedidos relativos a limites máximos de resíduos,
quanto serviço responsável pela coordenação do Plano previstos nos artigos 6.º e 7.º do Regulamento (CE)
Nacional de Controlo Plurianual Integrado e, em particular, n.º 396/2005, são efectuados à DGADR mediante en-
do controlo oficial dos géneros alimentícios destinados a trega dos respectivos processos técnicos, de acordo com
uma alimentação especial; as formalidades e os requisitos técnicos por ela definidos,
b) A DGADR, enquanto serviço responsável por elabo- e ficam sujeitos ao pagamento de taxas em conformidade
rar e promover a execução do Programa Oficial de Controlo com o regime estabelecido pelo artigo 7.º
de Resíduos de Pesticidas em Produtos de Origem Vegetal,
nas suas componentes nacional e comunitária, bem como Artigo 6.º
por promover a elaboração do relatório anual do controlo
de resíduos de pesticidas em produtos de origem vegetal; Autorizações especiais
c) A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica As autorizações especiais previstas nos n.os 3 e 4 do
(ASAE), enquanto serviço responsável pela execução, artigo 18.º do Regulamento (CE) n.º 396/2005 são con-
em articulação com a DGADR, do Programa Oficial de cedidas por despacho dos directores-gerais de Agricultura
Controlo de Resíduos de Pesticidas em Produtos de Origem
e Desenvolvimento Rural e de Veterinária, no quadro das
Vegetal, bem como pelas respectivas acções de fiscalização
suas competências.
e instrução de processos contra-ordenacionais;
d) A ASAE, na execução, em articulação com a
Artigo 7.º
Direcção-Geral de Veterinária (DGV), do Plano Nacio-
nal de Controlo de Resíduos; Taxas
e) A DGV, enquanto serviço responsável pelo controlo
Pelos serviços prestados inerentes aos pedidos relativos
dos produtos de origem animal e dos alimentos para ani-
a limites máximos de resíduos, previstos no artigo 42.º
mais, incluindo o controlo de resíduos de pesticidas nos
produtos de origem animal e nos alimentos para animais, do Regulamento (CE) n.º 396/2005, são devidas taxas de
estes últimos na acepção do n.º 4 do artigo 3.º do Regu- montante e regime a fixar por portaria do Ministro da
lamento (CE) n.º 178/2002, do Parlamento Europeu e do Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.
Conselho, de 28 de Janeiro.
Artigo 8.º
Artigo 3.º Contra-ordenações
Laboratórios nacionais de referência 1 — Constitui contra-ordenação a colocação no mer-
Os laboratórios nacionais de referência no domínio das cado, a circulação de qualquer remessa, a título oneroso
análises de resíduos de pesticidas em produtos de origem ou gratuito, dos géneros alimentícios e dos alimentos
vegetal e em produtos de origem animal são, respectiva- para animais, de origem vegetal ou animal, que con-
mente, o Laboratório de Resíduos de Pesticidas (LRP) e o tenham níveis de resíduos de substâncias activas de
Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV) produtos fitofarmacêuticos superiores aos estabeleci-
do Instituto Nacional de Recursos Biológicos, I. P. dos nos termos do artigo 18.º do Regulamento (CE)
n.º 396/2005.
Artigo 4.º 2 — Constitui igualmente contra-ordenação a transfor-
Métodos de amostragem e de análise mação e ou a mistura para efeitos de diluição dos géne-
ros alimentícios e dos alimentos para animais, de origem
Os métodos de colheita de amostras e os métodos de vegetal ou animal, que contenham níveis de resíduos de
análise necessários ao controlo dos géneros alimentícios substâncias activas de produtos fitofarmacêuticos superio-
e dos alimentos para animais, de origem vegetal ou ani- res aos estabelecidos nos termos do n.º 1 do artigo 18.º,
mal, são os fixados a nível comunitário, nomeadamente em violação do artigo 19.º, ambos do Regulamento (CE)
através da: n.º 396/2005.
a) Directiva n.º 2002/63/CE, da Comissão, de 11 de Ju- 3 — As contra-ordenações previstas nos números an-
lho, que estabelece métodos de amostragem para o controlo teriores são puníveis com coima entre € 500 e € 3740, no
oficial de resíduos de pesticidas no interior e à superfície caso de o agente da infracção ser pessoa singular, e entre
de produtos de origem vegetal e animal, transposta para a € 500 e € 44 890, no caso de ser pessoa colectiva.
898 Diário da República, 1.ª série — N.º 28 — 10 de Fevereiro de 2009

4 — A tentativa e a negligência são puníveis, sendo Artigo 11.º


nesse caso reduzidos para metade os limites mínimos e Regiões Autónomas
máximos referidos no número anterior.
1 — O presente decreto-lei aplica-se às Regiões Autó-
Artigo 9.º nomas dos Açores e da Madeira, sendo as competências
por ele cometidas exercidas nas Regiões Autónomas pelos
Sanções acessórias respectivos órgãos de governo próprio, sem prejuízo das
Em função da gravidade da infracção e da culpa do adaptações que venham a ser introduzidas através de di-
agente, podem ser aplicadas, simultaneamente com as ploma regional adequado.
coimas, as seguintes sanções acessórias: 2 — O disposto no número anterior, não prejudica o
exercício das competências atribuídas a nível nacional aos
a) Perda de objectos pertencentes ao agente; organismos oficiais referidos no artigo 2.º
b) Interdição do exercício de profissões ou actividades 3 — O produto das coimas cobradas nas Regiões Au-
cujo exercício dependa de título público ou de autorização tónomas constitui receita própria destas.
ou homologação de autoridade pública;
c) Privação do direito a subsídio ou benefício outorgado Artigo 12.º
por entidades ou serviços públicos; Norma revogatória
d) Privação do direito de participar em feiras ou mer-
cados; Sem prejuízo do disposto no artigo seguinte, são revo-
e) Encerramento de estabelecimento cujo funciona- gados os seguintes diplomas:
mento esteja sujeito a autorização ou licença de autoridade a) Decreto-Lei n.º 27/2000, de 3 de Março;
administrativa; b) Decreto-Lei n.º 21/2001, de 30 de Janeiro;
f) Suspensão de autorizações, licenças e alvarás. c) Decreto-Lei n.º 215/2001, de 2 de Agosto;
d) Decreto-Lei n.º 256/2001, de 22 de Setembro;
Artigo 10.º e) Decreto-Lei n.º 31/2002, de 19 de Fevereiro;
Fiscalização, instrução e decisão
f) Decreto-Lei n.º 245/2002, de 8 de Novembro;
g) Decreto-Lei n.º 68/2003, de 8 de Abril;
1 — Sem prejuízo das competências atribuídas por lei h) Decreto-Lei n.º 156/2003, de 18 de Julho;
a outras entidades, compete à DGV e à ASAE assegurar i) Decreto-Lei n.º 144/2003, de 2 de Julho;
a fiscalização do cumprimento no disposto no presente j) Decreto-Lei n.º 300/2003, de 4 de Dezembro;
decreto-lei. l) Decreto-Lei n.º 51/2004, de 10 de Março;
2 — No que respeita aos limites máximos de resíduos m) Decreto-Lei n.º 116/2004, de 18 de Maio;
de pesticidas no interior e à superfície dos géneros ali- n) Decreto-Lei n.º 182/2004, de 29 de Julho;
mentícios de origem animal e dos alimentos para ani- o) Decreto-Lei n.º 205/2004, de 19 de Agosto;
mais, compete à DGV fiscalizar e instruir os processos p) Decreto-Lei n.º 196/2005, de 7 de Novembro;
de contra-ordenação, competindo ao director-geral de q) Decreto-Lei n.º 32/2006, de 15 de Fevereiro;
r) Decreto-Lei n.º 86/2006, de 23 de Maio;
Veterinária a aplicação das respectivas coimas e sanções
s) Decreto-Lei n.º 123/2006, de 28 de Junho;
acessórias. t) Decreto-Lei n.º 233/2006, de 29 de Novembro;
3 — No que respeita aos limites máximos de resíduos u) Decreto-Lei n.º 189/2007, de 11 de Maio;
de pesticidas no interior e à superfície dos géneros ali- v) Decreto-Lei n.º 235/2007, de 19 de Junho;
mentícios de origem vegetal, compete à ASAE fiscalizar x) Decreto-Lei n.º 337/2007, de 11 de Outubro;
e instruir os processos de contra-ordenação, competindo à z) Decreto-Lei n.º 373/2007, de 6 de Novembro;
Comissão de Aplicação de Coimas em Matéria Económica aa) Decreto-Lei n.º 98/2008, de 12 de Junho;
e de Publicidade (CACMEP) a aplicação das respectivas bb) Decreto-Lei n.º 202/2008, de 9 de Outubro;
coimas e sanções acessórias. cc) Portaria n.º 488/90, de 29 de Junho;
4 — Os autos de notícia levantados por outras entidades dd) Portaria n.º 491/90, de 30 de Junho;
são remetidos para os serviços com competência instrutória ee) Portaria n.º 492/90, de 30 de Junho;
referidos nos n.os 2 e 3. ff) Portaria n.º 360/93, de 30 de Março;
5 — No que respeita ao n.º 2, o produto das coimas gg) Portaria n.º 48/94, de 18 de Janeiro;
cobradas é distribuído da seguinte forma: hh) Portaria n.º 127/94, de 1 de Março;
ii) Portaria n.º 625/96, de 4 de Novembro;
a) 60 % para o Estado; jj) Portaria n.º 649/96, de 12 de Novembro;
b) 20 % para a DGV; ll) Portaria n.º 49/97, de 18 de Janeiro;
c) 10 % para a entidade que instruiu o processo; mm) Portaria n.º 102/97, de 14 de Fevereiro;
d) 10 % para a autoridade autuante. nn) Portaria n.º 1101/99, de 21 de Dezembro;
oo) Portaria n.º 1077/2000, de 8 de Novembro.
6 — No que respeita ao n.º 3, o produto das coimas
cobradas é distribuído da seguinte forma: Artigo 13.º
Norma transitória
a) 60 % para o Estado;
b) 30 % para a ASAE; 1 — Em cumprimento do disposto no artigo 49.º do
c) 10 % para a CACMEP. Regulamento (CE) n.º 396/2005, a legislação referida no
Diário da República, 1.ª série — N.º 28 — 10 de Fevereiro de 2009 899

artigo anterior permanece aplicável aos produtos agríco- lho, a saber, o Decreto-Lei n.º 176/2006, de 30 de Agosto,
las legalmente produzidos, importados ou transformados, que aprova o novo regime jurídico dos medicamentos de
desde que tratados com produtos fitofarmacêuticos antes uso humano, e o Decreto-Lei n.º 269/2007, de 26 de Ju-
de 1 de Setembro de 2008 e desde que salvaguardada a lho, que aprova a orgânica do INFARMED — Autoridade
segurança para o consumidor. Nacional de Produtos de Saúde, I. P.
2 — Até que seja alterada a Directiva n.º 2002/63/CE, Deste modo, importa conformar o referido Regulamento
da Comissão, de 11 de Julho, a que se refere o artigo 4.º, com estes novos diplomas, que prevêem a aprovação por
e se proceda à respectiva transposição: portaria do Ministério da Saúde da composição e funcio-
namento do Conselho Nacional da Publicidade de Medica-
a) Mantém-se em vigor o disposto nos artigos 10.º e 11.º mentos, introduzindo apenas os ajustamentos estritamente
do Decreto-Lei n.º 144/2003, de 2 de Julho, relativos aos necessários decorrentes daqueles diplomas e da experiência
métodos de colheita de amostras e aos métodos de aná- entretanto adquirida.
lise para controlo de resíduos de pesticidas nos produtos Esses ajustamentos foram, por um lado, do reconheci-
agrícolas de origem vegetal; mento do papel cada vez mais importante que a indústria
b) Mantém-se em vigor o Decreto-Lei n.º 288/2003, de produtora de genéricos tem na publicidade a medicamentos
14 de Novembro, que estabelece métodos de amostragem e do papel que as farmácias passarão a ter com a possibi-
de produtos de origem animal com vista à determinação lidade de dispensa de medicamentos solicitados através
de teores de resíduos de pesticidas. da Internet.
Por outro, a necessidade de reforçar a representação
Artigo 14.º dos consumidores, nos quais se incluem os doentes, face
à dificuldade na obtenção de um consenso por parte das
Remissões associações de doentes quanto ao seu representante.
Todas as referências feitas para os diplomas que agora Por último, a necessidade de dinamizar o CNPM, que,
se revogam consideram-se efectuadas para o Regulamento desde a entrada em vigor da Portaria n.º 257/2006, nunca
(CE) n.º 396/2005 e para o presente decreto-lei. reuniu, face à impossibilidade de obtenção de consensos
quanto a alguns dos representantes.
Artigo 15.º Assim:
Ao abrigo do n.º 3 do artigo 163.º do Decreto-Lei
Entrada em vigor n.º 176/2006, de 30 de Agosto, e do n.º 2 do artigo 8.º do
O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte Decreto-Lei n.º 269/2007, de 26 de Julho:
ao da sua publicação. Manda o Governo, pela Ministra da Saúde, o seguinte:
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 11 de Artigo 1.º
Dezembro de 2008. — Luís Filipe Marques Amado — Luís
Filipe Marques Amado — José Manuel Vieira Conde Aprovação
Rodrigues — Francisco Carlos da Graça Nunes Cor-
reia — António José de Castro Guerra — Ascenso Luís É aprovado o Regulamento do Conselho Nacional da
Seixas Simões — Ana Maria Teodoro Jorge. Publicidade de Medicamentos, que consta do anexo do
presente diploma e dele faz parte integrante.
Promulgado em 15 de Janeiro de 2009.
Publique-se. Artigo 2.º
O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Revogação

Referendado em 16 de Janeiro de 2009. É revogada a Portaria n.º 257/2006, de 10 de Março.


O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto Artigo 3.º
de Sousa.
Entrada em vigor
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
da sua publicação.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Pela Ministra da Saúde, Francisco Ventura Ramos, Se-
Portaria n.º 157/2009 cretário de Estado Adjunto e da Saúde, em 2 de Fevereiro
de 2009.
de 10 de Fevereiro
ANEXO
O Regulamento do Conselho Nacional de Publicidade
de Medicamentos foi aprovado pela Portaria n.º 257/2006,
REGULAMENTO DO CONSELHO NACIONAL
de 10 de Março, na sequência de ampla análise e discussão DA PUBLICIDADE DE MEDICAMENTOS
no seio do Conselho, e tendo em vista fazer face às cres-
centes exigências ao nível da racionalidade da utilização de Artigo 1.º
medicamentos de uso humano, bem como dar satisfação às
preocupações de rigor na informação sobre medicamentos Natureza
dirigida aos profissionais de saúde e ao público em geral, O Conselho Nacional da Publicidade de Medicamentos,
e agilizar a sua intervenção. a seguir designado por CNPM, é um órgão de consulta e
Entretanto, foram publicados e entraram em vigor dois estudo no domínio da publicidade relativa a medicamentos
diplomas que alteram o enquadramento jurídico do Conse- de uso humano.

You might also like