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o 162 — 14-7-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 4391

Artigo 33.o ANEXO

Entrada em vigor Estatutos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes


o
A presente lei entra em vigor no 60. dia posterior Artigo 1.o
ao da sua publicação.
Denominações protegidas
Aprovada em 27 de Maio de 1999.
1 — É confirmada como denominação de origem con-
O Presidente da Assembleia da República, António trolada (DOC) para a produção de vinhos a integrar
de Almeida Santos. na categoria dos vinhos de qualidade produzidos em
regiões determinadas (VQPRD) a denominação «Vinho
Promulgada em 29 de Junho de 1999. Verde», de que poderão usufruir os vinhos brancos e
Publique-se. tintos produzidos na Região Demarcada, que a tradição
consagrou e que satisfaçam as exigências estabelecidas
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. neste diploma e demais legislação aplicável aos vinhos
em geral e, em particular, aos VQPRD.
Referendada em 1 de Julho de 1999. 2 — É reconhecida como DOC para a produção de
O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira vinhos a integrar na categoria dos VQPRD a denomi-
Guterres. nação «Vinho Verde», de que poderão usufruir os vinhos
rosados e os vinhos espumantes de qualidade produzidos
em regiões determinadas (VEQPRD), produzidos na
Região Demarcada, que a tradição consagrou e que
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, satisfaçam as exigências estabelecidas neste diploma e
DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS demais legislação aplicável aos vinhos em geral e, em
particular, aos VQPRD e VEQPRD.
Decreto-Lei n.o 263/99 3 — São confirmadas como DOC as denominações
de 14 de Julho «Aguardente de Vinho da Região dos Vinhos Verdes»
e «Aguardente Bagaceira da Região dos Vinhos Ver-
O Decreto-Lei n.o 10/92, de 3 de Fevereiro, aprovou des», que apenas poderão ser utilizadas para a iden-
os Estatutos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes. tificação das aguardentes de vinho e aguardentes baga-
A denominação «Vinho Verde» remonta à Carta de ceiras produzidas na Região Demarcada e que satis-
Lei de 18 de Setembro de 1908, tendo vindo a afirmar-se façam as exigências estabelecidas no presente diploma
nos mercados nacionais e internacionais como um dos e demais legislação aplicável.
mais importantes e típicos vinhos portugueses, fruto das
4 — É reconhecida a denominação de origem «Vina-
características particulares do solo e do clima do
Noroeste de Portugal, sendo hoje uma das denomina- gre de vinho verde», de que poderão usufruir os vinagres
ções de origem com maior notoriedade. obtidos a partir de vinho verde e que satisfaçam as exi-
Considerando a aptidão que esta zona vitivinícola vem gências estabelecidas no presente diploma e demais
evidenciando relativamente à produção de vinhos rosa- legislação aplicável.
dos, vinhos espumantes e vinagres de alta qualidade, 5 — São protegidas as denominações das sub-regiões
justifica-se o alargamento da denominação de origem que venham a ser reconhecidas em conformidade com
a estes produtos produzidos na Região, actualizando-se o estipulado no artigo 3.o, as quais podem ser utilizadas
diversas disposições relativas à produção e ao comércio em complemento das denominações de origem previstas
da denominação de origem «Vinho Verde». nos n.os 1, 2 e 3 do presente artigo, quando os respectivos
Assim: vinhos forem obtidos com a utilização exclusiva de uvas
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da produzidas e vinificadas naquelas áreas.
Constituição, o Governo decreta o seguinte: 6 — Não é permitida a utilização em outros produtos
vitivinícolas de nomes, marcas, termos, expressões ou
Artigo único símbolos susceptíveis de, pela sua similitude gráfica ou
fonética com os protegidos no presente Estatuto, indu-
O anexo do Decreto-Lei n.o 10/92, de 3 de Fevereiro, zirem o consumidor em erro, mesmo que precedidos
passa a ter a redacção do anexo ao presente diploma, dos termos tipo, estilo ou outros análogos.
que dele faz parte integrante.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 2 Artigo 2.o
de Junho de 1999. — António Manuel de Oliveira Guter-
res — Vítor Manuel Sampaio Caetano Ramalho — Luís Delimitação da Região
Manuel Capoulas Santos.
A área geográfica de produção das denominações de
Promulgado em 29 de Junho de 1999. origem a que se refere o presente diploma abrange os
seguintes concelhos, conforme representação cartográ-
Publique-se. fica constante em anexo:
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. a) Os concelhos de Melgaço, Monção, Caminha,
Paredes de Coura, Valença, Vila Nova de Cer-
Referendado em 1 de Julho de 1999. veira, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte
O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira de Lima, Viana do Castelo, Amares, Barcelos,
Guterres. Braga, Esposende, Fafe, Guimarães, Póvoa de
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Lanhoso, Santo Tirso, Trofa, Vieira do Minho, Esganoso-de-Lima, Fernão-Pires, Folga-


Vila Nova de Famalicão, Vila Verde, Terras de são, Godelho, Lameiro, Malvasia-Fina,
Bouro, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Malvasia-Rei, São-Mamede, Semilão e
Mondim de Basto, Ribeira de Pena, Gondomar, Tália;
Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Valongo, ii) Tintas — Alicante-Bouschet, Baga, Doçal,
Vila do Conde, Felgueiras, Lousada, Paços de Doce, Espadeiro-Mole, Grand-Noir,
Ferreira, Paredes, Penafiel, Vizela, Amarante, Labrusco, Mourisco, Pical, Sousão, Tou-
Marco de Canaveses, Baião e Cinfães; riga-Nacional, Trincadeira-Preta, Verde-
b) Do concelho de Resende, as freguesias de lho Tinto e Verdial.
Anreade, Cárquere, Feirão, Felgueiras, Freigil,
Miomães, Ovadas, Panchorra, Paus, Resende,
São Cipriano, São João de Fontoura, São Mar- 2 — As castas a utilizar na produção de aguardente
tinho de Mouros e São Romão de Aregos; de vinho da Região dos Vinhos Verdes e a aguardente
c) Os concelhos de Arouca, Castelo de Paiva e bagaceira da Região dos Vinhos Verdes são as seguintes:
Vale de Cambra; a) Castas recomendadas:
d) Do concelho de Oliveira de Azeméis, a freguesia
de Ossela. i) Brancas — Alvarinho, Arinto, Avesso, Azal-
Artigo 3.o -Branco, Batoca, Loureiro e Trajadura;
Sub-regiões produtoras
ii) Tintas — Azal-Tinto, Borraçal, Brance-
lho, Espadeiro, Padeiro-de-Basto,
1 — Por portaria do Ministro da Agricultura, do Pedral, Rabo-de-Ovelha e Vinhão;
Desenvolvimento Rural e das Pescas, poderão ser reco-
nhecidas sub-regiões no interior da Região Demarcada b) Castas autorizadas:
sempre que se justifiquem designações próprias em face
das particularidades das respectivas áreas. i) Brancas — Branco-Escola, Cainho, Cas-
2 — Na portaria de reconhecimento de cada sub- cal, Chardonnay, Chenin-Blanc, Diagal-
-região deverão constar os seguintes elementos: ves, Esgana-Cão, Esganinho, Esganoso-
a) Delimitação geográfica da área; -de-Lima, Fernão-Pires, Folgasão, Gode-
b) Natureza do solo; lho, Lameiro, Malvasia-Fina, Malvasia-
c) Encepamento; -Rei, Pinot-Branco, Riesling, São-Ma-
d) Práticas culturais, designadamente formas de mede, Sauvignon, Semilão, Tália e Vio-
condução; gnier;
e) Métodos de vinificação; ii) Tintas — Alicante-Bouschet, Baga, Caber-
f) Título alcoométrico volúmico natural mínimo; net-Sauvignon, Doçal, Doce, Espadeiro-
g) Teor de acidez fixa; -Mole, Grand-Noir, Labrusco, Merlot,
h) Rendimento por hectare; Mourisco, Pical, Pinot-Tinto, Sousão,
i) Práticas enológicas; Touriga-Francesa, Touriga-Nacional,
j) Características analíticas, físico-químicas e orga- Trincadeira-Preta, Verdelho-Tinto e
nolépticas. Verdial.
Artigo 4.o
Solos Artigo 6.o
As vinhas destinadas à produção dos vinhos e aguar- Práticas culturais
dentes com direito às denominações previstas no pre-
sente diploma devem estar, ou ser instaladas, em solos 1 — As práticas culturais devem ser as tradicionais
litólicos húmicos provenientes de rochas eruptivas (gra- ou as recomendadas pela Comissão de Viticultura da
nitos) ou metamórficos (xistos e gneisses) ou em depó- Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), tendo em vista
sitos areno-pelíticos, bem como em regossolos no litoral a obtenção de produtos de qualidade.
da Região, ou litossolos quando na sua fronteira interior. 2 — As vinhas serão contínuas ou em bordadura, em
forma média ou alta, conduzidas em cordões com diver-
Artigo 5.o sas unidades de frutificação, sendo a poda longa e assen-
Castas tando em vara e talão.
3 — A rega da vinha só pode ser efectuada em con-
1 — As castas a utilizar na elaboração dos vinhos com dições excepcionais, reconhecidas pelo Instituto da
direito à denominação «Vinho Verde» são as seguintes: Vinha e do Vinho (IVV) e sob autorização prévia, caso
a) Castas recomendadas: a caso, da CVRVV, à qual incumbe velar pelo cum-
primento das normas que para o efeito vierem a ser
i) Brancas — Alvarinho, Arinto, Avesso, Azal- definidas.
-Branco, Batoca, Loureiro e Trajadura;
ii) Tintas — Azal-Tinto, Borraçal, Brance- Artigo 7.o
lho, Espadeiro, Padeiro-de-Basto,
Inscrição e caracterização das vinhas
Pedral, Rabo-de-Ovelha e Vinhão;
1 — As vinhas destinadas à produção dos vinhos e
b) Castas autorizadas: produtos vitivinícolas abrangidos por este diploma
i) Brancas — Branco-Escola, Cainho, Cas- devem ser inscritas na CVRVV, que verificará se satis-
cal, Diagalves, Esgana-Cão, Esganinho, fazem os necessários requisitos, elaborará o cadastro
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das mesmas e efectuará no decurso do ano as verifi- lidade da colheita, sendo o excedente destinado à pro-
cações que entender necessárias. dução de vinho de mesa, desde que apresente as carac-
2 — Sempre que se verifiquem alterações na titula- terísticas definidas para esse vinho.
ridade ou na constituição das vinhas cadastradas e apro-
vadas, será do facto dado conhecimento pelos respec-
Artigo 11.o
tivos viticultores à CVRVV, sem o que os seus vinhos
e aguardentes deixarão de ter direito a denominação. Características dos vinhos produzidos

1 — Sem prejuízo do disposto na legislação em vigor


Artigo 8.o e do que vier a ser definido nos termos do artigo 3.o
do presente diploma, o vinho verde deve apresentar as
Vinificação
seguintes características:
1 — Os métodos e práticas de vinificação deverão ser a) Título alcoométrico volúmico total, igual ou
os mais adequados à obtenção de vinhos de qualidade. superior a 8,5 % vol. para os vinhos brancos que
2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, não tenham sido objecto de enriquecimento,
só é permitida a elaboração de vinho verde branco com sendo de 9 % vol. para os restantes casos;
uvas brancas e de vinho verde tinto com uvas tintas, b) Título alcoométrico volúmico adquirido, mínimo
ou tintas e brancas desde que estas últimas não ultra- de 8 % vol.;
passem 15 % do total, podendo, neste caso, o vinho em c) Título alcoométrico volúmico total, igual ou
causa ostentar o designativo «palhete» ou «palheto.» inferior a 13 % vol., apenas podendo ser superior
3 — É permitida a elaboração de vinho branco a partir a 11,5 % vol. nos vinhos:
de uvas tintas tendo em vista a obtenção de vinho base
para vinhos espumantes que pretendam beneficiar da i) Da casta Alvarinho;
denominação «Vinho Verde — Espumante». ii) Abrangidos pelas portarias previstas no
4 — O rendimento em mosto que resulta da separação artigo 3o do presente diploma; e
dos bagaços não poderá ser superior a 75 l por 100 kg iii) Que usufruam de designativos de qua-
de uvas, rendimento máximo que é fixado em 60 l por lidade;
100 kg de uvas para o caso dos mostos destinados à
produção dos vinhos da casta Alvarinho. d) Acidez fixa, expressa em ácido tartárico, igual
ou superior a 6 g/l.
Artigo 9.o 2 — Para os vinhos da casta Alvarinho são ainda de
Título alcoométrico volúmico natural mínimo considerar:

Sem prejuízo de outros valores a publicar nos termos a) Título alcoométrico volúmico adquirido, a 20o C,
do artigo 3.o do presente diploma, para vinhos com indi- igual ou superior a 11,5 % vol.;
cações sub-regionais, os mostos destinados à elaboração b) Acidez fixa, expressa em ácido tartárico, igual
de vinho verde devem possuir um título alcoométrico ou superior a 4,5 g/l.
volúmico natural mínimo de 7,5 % vol., com excepção
dos vinhos da casta Alvarinho, cujo título alcoométrico 3 — Do ponto de vista organoléptico, os vinhos devem
volúmico natural mínimo dos mostos destinados à sua satisfazer os requisitos apropriados quanto à cor, à lim-
produção será de 10 % vol. pidez, ao aroma e ao sabor, a definir em regulamento
interno da CVRVV.

Artigo 10.o Artigo 12.o


Vinho verde espumante
Rendimento por hectare
Os espumantes que sejam produzidos dentro da
1 — O rendimento máximo por hectare das vinhas Região Demarcada dos Vinhos Verdes podem bene-
destinadas à produção de vinho verde é fixado em 80 hl, ficiar da denominação de origem controlada «Vinho
sendo de 60 hl para os vinhos da casta Alvarinho. Verde — Espumante», desde que:
2 — A CVRVV poderá, por regulamento interno,
definir rendimentos inferiores ao estipulado no n.o 1, a) Cumpram os requisitos legalmente estabeleci-
que serão aplicados caso a caso, após ter sido efectuada dos e satisfaçam as exigências relativas aos
a competente vistoria técnica decorrente da inscrição vinhos com direito à denominação de origem
das vinhas ou da actualização do respectivo cadastro. «Vinho Verde»;
3 — De acordo com as condições climatéricas e a qua- b) Tenha sido obtido, na sua preparação, pelo
lidade dos mostos, o IVV, sob proposta da CVRVV, método clássico, de fermentação em garrafa;
poderá proceder a ajustamentos anuais do limite c) Possuam um estágio mínimo de nove meses nas
máximo do rendimento por hectare, o qual não excederá instalações do preparador, após a data do engar-
em caso algum 25 % do rendimento previsto no número rafamento, para poderem ser comercializados;
anterior. d) O título alcoométrico volúmico mínimo adqui-
4 — No caso em que seja excedido o rendimento por rido seja igual ou superior a 10 % vol.;
hectare mencionado no número anterior, não haverá e) A acidez fixa, expressa em ácido tartárico, seja
lugar à interdição de utilizar a denominação para a tota- igual ou superior a 4,5 g/l;
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f) Obedeçam às disposições que vierem a ser esta- mais adequados à obtenção de produtos destinados a
belecidas sobre a matéria em regulamento produzir aguardentes de vinho e bagaceiras com carac-
interno da CVRVV. terísticas tradicionais.
4 — As instalações de fabrico e preparação do vinagre
Artigo 13.o de vinho verde serão distintas das dos outros produtos
e exclusivas dos da Região Demarcada dos Vinhos Ver-
Destilação des, tendo de estar localizadas dentro da respectiva
1 — A destilação dos vinhos destinados a aguardente Região e ser submetidas à prévia apreciação da
de vinho com direito a denominação de origem «Aguar- CVRVV, a qual procederá a vistorias periódicas.
dente de Vinho da Região dos Vinhos Verdes» não 5 — As instalações de armazenagem a granel e pré-
deve ser efectuada para além do mês de Março imediato -embalagem dos vinhos e produtos vitivinícolas a que
à vinificação. se refere este diploma ficam sujeitas à prévia aprovação
2 — A destilação dos bagaços destinados a aguar- da CVRVV, a qual poderá proceder a vistorias perió-
dente bagaceira com direito à denominação de origem dicas, devendo, no caso do vinagre, tais instalações ser
«Aguardente Bagaceira da Região dos Vinhos Verdes» distintas das dos outros produtos.
não deve ser efectuada para além do mês de Janeiro 6 — No caso de as instalações a que se refere o
imediato à colheita. número anterior estarem localizadas fora da Região,
os custos inerentes ao controlo e fiscalização dos pro-
Artigo 14.o dutos com direito à denominação de origem serão supor-
Aguardentes da Região dos Vinhos Verdes tados pelo agente económico em causa.

1 — A aguardente de vinho da Região dos Vinhos


Verdes e a aguardente bagaceira da Região dos Vinhos Artigo 17.o
Verdes devem observar as disposições legais em vigor Inscrição
e satisfazer os requisitos que, quanto a cor, a limpidez,
ao aroma e ao sabor, venham a ser definidos em regu- 1 — Sem prejuízo de outras exigências de âmbito
lamento interno da CVRVV. geral, todas as pessoas, singulares ou colectivas, que se
2 — A aguardente bagaceira da Região dos Vinhos dediquem à produção e comercialização dos vinhos e
Verdes deve ter um título alcoométrico volúmico igual produtos vitivinícolas abrangidos pelo presente diploma,
ou superior a 40 % vol. excluída a distribuição e a venda a retalho dos produtos
Artigo 15.o engarrafados, são obrigadas a fazer a sua inscrição, bem
como das respectivas instalações, na CVRVV, em
Vinagre de vinho verde registo apropriado.
2 — Os vinhos com indicações sub-regionais ficam
Os vinagres que sejam fabricados dentro da Região sujeitos a conta corrente específica.
Demarcada dos Vinhos Verdes podem beneficiar da
denominação de origem «Vinagre de Vinho Verde»,
desde que sejam obtidos a partir de vinhos com direito Artigo 18.o
à denominação de origem controlada «Vinho Verde»
e obedeçam às normas nacionais e comunitárias em Circulação e comercialização
vigor, bem como às disposições que vierem a ser esta-
belecidas sobre a matéria em regulamento interno da 1 — O vinho apto à denominação de origem «Vinho
CVRVV. Verde» só pode ser posto em circulação e comercia-
lizado a granel desde que, à saída das instalações de
Artigo 16.o elaboração, seja acompanhado da necessária documen-
tação oficial, onde conste essa mesma aptidão e sejam
Instalações de vinificação, destilação, armazenagem e pré-embalagem
cumpridas as restantes exigências estabelecidas por
1 — Os vinhos a que se refere este diploma devem diploma legal ou regulamento interno da CVRVV.
ser elaborados dentro da Região, em adegas que obser- 2 — Sem prejuízo do estabelecido na legislação em
vem as disposições legais aplicáveis e se encontrem ins- vigor, os produtos a que se refere este diploma só podem
critas na CVRVV. ser postos em circulação e comercializados desde que
2 — As instalações de vinificação são exclusivas dos nos respectivos recipientes, à saída das instalações de
produtos vitivinícolas oriundos da Região Demarcada elaboração, figure a denominação de origem, seja acom-
dos Vinhos Verdes, tendo de estar localizadas dentro panhado da necessária documentação oficial onde
da respectiva Região e ser submetidas à prévia apro- conste essa mesma denominação e sejam cumpridas as
vação da CVRVV, a qual procederá a vistorias perió- restantes exigências estabelecidas pela legislação nacio-
dicas. nal ou regulamento interno da CVRVV.
3 — As instalações de destilação da aguardente de 3 — O vinho com direito à denominação «Vinho
vinho e da aguardente bagaceira da Região dos Vinhos Verde» só pode ser introduzido no consumo em vasi-
Verdes serão distintas das de outros produtos e exclu- lhame de vidro, munido de dispositivo de fecho irre-
sivas para os produtos da Região Demarcada dos Vinhos cuperável, rotulado e com a certificação do produto
Verdes, devendo estar localizadas dentro da respectiva documentada através do selo de garantia.
Região e ser submetidas à prévia aprovação da CVRVV, 4 — O limite do volume nominal do vasilhame de
a qual procederá a vistorias periódicas, devendo o equi- vidro é fixado por regulamento interno, não podendo
pamento e os processos utilizados na destilação ser os este volume ser superior a 5 l.
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5 — A aguardente de vinho da Região dos Vinhos áreas de produção, o disposto no n.o 2 do artigo 4.o,
Verdes e a aguardente bagaceira da Região dos Vinhos no artigo 5.o, no n.o 3 do artigo 16.o e no anexo III
Verdes, aqui previstas, só podem ser comercializadas dos Estatutos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes,
após certificação pela CVRVV, devidamente documen- aprovados pelo Decreto-Lei n.o 10/92, de 3 de Fevereiro.
tada através de selo de garantia, no caso do produto
pré-embalado, ou do respectivo documento de acom-
panhamento, no caso do produto a granel.
6 — A aguardente de vinho e a aguardente bagaceira
da Região dos Vinhos Verdes só podem ser introduzidas
no consumo desde que pré-embaladas em vasilhame
com capacidade igual ou inferior a 1 l e devidamente
rotuladas.
7 — O vinagre de vinho verde só pode ser introduzido
no consumo em vasilhame de vidro com volume de 0,50 l,
de modelo a definir pela CVRVV, hermeticamente
vedado com dispositivo de fecho irrecuperável, rotulado
e com a certificação do produto documentada através
de selo de garantia.
Artigo 19.o
Rotulagem

1 — Os projectos de rótulos a utilizar devem respeitar


as normas legais aplicáveis e as definidas pela CVRVV,
a quem são previamente apresentados para aprovação.
2 — Os vinhos com indicações sub-regionais apenas
podem ser comercializados com indicação do respectivo
ano de colheita.
Artigo 20.o
Fiscalização

1 — Sem prejuízo das competências atribuídas a


outras entidades, compete à CVRVV a disciplina e con-
trolo da produção, circulação e comercialização das
uvas, vinhos e produtos vitivinícolas que podem, res-
pectivamente, estar na origem ou auferirem das DOC
referidas nestes Estatutos.
2 — É da competência da CVRVV a realização de
vistorias e colheita de amostras nas instalações de vini-
ficação, destilação, armazenamento, pré-embalagem,
distribuição e venda a retalho dos produtos sob a sua
tutela de acordo com estes Estatutos, assistindo-lhe o MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
direito de selagem e o acesso a toda a documentação
que permita verificar a obediência ao estipulado neste
diploma e relativamente aos produtos vitivinícolas da Decreto-Lei n.o 264/99
região com direito à denominação de origem. de 14 de Julho

O Programa do Governo inclui entre os seus objec-


Artigo 21.o tivos a expansão da capacidade do ensino superior, a
Sancionamento das infracções diversificação das opções e a diminuição progressiva do
Em caso de infracção ao disposto nos presentes Esta- numerus clausus.
tutos, demais legislação aplicável, regulamentos internos Estes objectivos vêm sendo concretizados através de
ou outras directivas dimanadas pela CVRVV, pode esta um conjunto de medidas visando a melhoria de aco-
Comissão proceder disciplinarmente em relação aos lhimento da rede pública, de entre as quais se realçam:
agentes económicos infractores de acordo com o regu- a) A reorganização e expansão da rede de esta-
lamento interno a elaborar e aprovar nos 180 dias belecimentos de ensino superior politécnico
seguintes à publicação deste diploma, sem prejuízo do públicos;
direito de participação e cooperação que lhe assiste rela-
b) O crescimento do número de vagas que, entre
tivamente às autoridades competentes caso a infracção
se configure como crime ou contra-ordenação. 1995 e 1998, se cifrou em cerca de 26 %.

No âmbito destas medidas e no quadro dos planos


Artigo 22.o de desenvolvimento dos institutos superiores politécni-
Disposições transitórias cos integra-se:
Até à publicação da portaria referida no artigo 3.o a) A criação de novas escolas, cobrindo áreas geo-
do presente diploma, mantém-se em vigor, para aquelas gráficas e de formação ainda não abrangidas;

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