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o 257 — 4-11-1999 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 7593

soas ou entidades com formação jurídica adequada em e o n.o 4 do artigo 18.o dos Estatutos da Região Demar-
direito português. cada dos Vinhos Verdes, anexo ao Decreto-Lei
7 — O tribunal arbitral julgará segundo o direito cons- n.o 263/99, de 14 de Julho, passam a ter a seguinte
tituído e das suas decisões não cabe recurso, sem pre- redacção:
juízo do disposto na lei em matéria de anulação da deci- «Artigo 8.o
são arbitral.
Vinificação
8 — As decisões do tribunal arbitral devem ser pro-
feridas no prazo máximo de seis meses a contar da data 1—..........................................
de constituição do tribunal determinada nos termos do 2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
n.o 5, configurarão a decisão final do processo de reso- só é permitida a elaboração de vinho verde branco com
lução de diferendos e incluirão a fixação das custas do uvas brancas e de vinho verde tinto com uvas tintas,
processo e a forma da sua repartição pelas partes. ou tintas e brancas desde que estas últimas não ultra-
9 — Nos casos omissos observar-se-ão as disposições passem 15 % do total, devendo, neste caso, o vinho em
constantes da lei aplicável à arbitragem voluntária. causa ostentar o designativo ‘palhete’ ou ‘palheto’.
3—..........................................
4—..........................................
SECÇÃO VIII
Disposições transitórias Artigo 10.o
Rendimento por hectare
Base XXXIX
Inventário de bens 1—..........................................
2—..........................................
No prazo de dois anos, contado a partir da data da 3 — De acordo com as condições climatéricas e a qua-
celebração do contrato, fica a concessionária obrigada lidade dos mostos, o IVV, sob proposta da CVRVV,
a apresentar ao ICP um inventário donde constem os poderá proceder a ajustamentos anuais do limite
bens afectos à concessão, nos termos da base XIV. máximo do rendimento por hectare, o qual não excederá
em caso algum a banda de 25 % dos rendimentos pre-
Base XL vistos no n.o 1.
4 — No caso em que sejam excedidos os rendimentos
Relações com terceiros por hectare mencionados nos números anteriores, não
A celebração do contrato de concessão não prejudica haverá lugar à interdição de utilizar a denominação para
a vigência de todos os direitos e obrigações resultantes a totalidade da colheita, sendo o excedente destinado
de contratos já celebrados, ou a celebrar, entre a con- à produção de vinho de mesa, desde que apresente as
cessionária e outras administrações postais ou organis- características definidas para esse vinho.
mos estrangeiros.
Artigo 11.o
Características dos vinhos produzidos

1—..........................................
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,
DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Decreto-Lei n.o 449/99 i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
de 4 de Novembro ii) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
iii) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
O Decreto-Lei n.o 263/99, de 14 de Julho, aprovou
os Estatutos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, d) Acidez fixa, expressa em ácido tartárico, igual
actualizando diversas disposições relativas à produção ou superior a 6 g/l, podendo, todavia, a CVRVV
e ao comércio da denominação de origem «Vinho permitir, nos casos a definir em regulamento
Verde». interno, que a acidez fixa mínima seja de 4,5 g/l.
Correspondendo às solicitações da organização inter-
profissional responsável pelo controlo e a certificação 2—..........................................
desta importante denominação de origem vitivinícola,
considera o Governo ser adequado clarificar a redacção a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
de algumas das disposições daquele diploma legal, por b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
forma que, de modo claro e inequívoco, sejam expressos
alguns dos objectivos técnicos subjacentes aos novos 3—..........................................
Estatutos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes.
Assim: Artigo 16.o
Nos termos das alíneas a) e c) do n.o 1 do artigo 198.o
Instalações de vinificação, destilação, armazenagem e pré-embalagem
da Constituição da República, o Governo decreta o
seguinte: 1—..........................................
Artigo 1. o 2—..........................................
3—..........................................
O n. 2 do artigo 8.o, os n.os 3 e 4 do artigo 10.o,
o
4 — As instalações de fabrico e preparação do vinagre
a alínea d) do n.o 1 do artigo 11.o, o n.o 4 do artigo 16.o de vinho verde serão distintas das dos outros produtos
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e exclusivas dos da Região Demarcada dos Vinhos Ver- demais legislação aplicável aos vinhos em geral e, em
des, tendo de estar localizadas dentro da respectiva particular, aos VPQRD e VEPQRD.
Região ou nos concelhos do Porto e Vila Nova de Gaia 3 — São confirmadas como DOC as denominações
e ser submetidas à prévia apreciação da CVRVV, a «Aguardente de Vinho da Região dos Vinhos Verdes»
qual procederá a vistorias periódicas. e «Aguardente Bagaceira da Região dos Vinhos Verdes»,
5—.......................................... que apenas poderão ser utilizadas para a identificação
6—.......................................... das aguardentes de vinho e aguardentes bagaceiras pro-
duzidas na Região Demarcada e que satisfaçam as exi-
Artigo 18.o gências estabelecidas no presente diploma e demais legis-
lação aplicável.
Circulação e comercialização 4 — É reconhecida a denominação de origem «Vina-
1—.......................................... gre de vinho verde», de que poderão usufruir os vinagres
2—.......................................... obtidos a partir de vinho verde e que satisfaçam as exi-
3—.......................................... gências estabelecidas no presente diploma e demais
4 — O limite do volume nominal do vasilhame de legislação aplicável.
vidro é fixado por regulamento interno, com decisão 5 — São protegidas as denominações das sub-regiões
favorável de quatro quintos dos votos dos membros do que venham a ser reconhecidas em conformidade com
conselho geral, não podendo este volume ser superior o estipulado no artigo 3.o, as quais podem ser utilizadas
a 5 l. em complemento das denominações de origem previstas
5—.......................................... nos n.os 1, 2 e 3 do presente artigo, quando os respectivos
6—.......................................... vinhos forem obtidos com a utilização exclusiva de uvas
7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .» produzidas e vinificadas naquelas áreas.
6 — Não é permitida a utilização em outros produtos
vitivinícolas de nomes, marcas, termos, expressões ou
Artigo 2.o símbolos susceptíveis de, pela sua similitude gráfica ou
São publicados em anexo ao presente diploma, com fonética com os protegidos no presente Estatuto, indu-
as alterações por ele introduzidas e dele fazendo parte zirem o consumidor em erro, mesmo que precedidos
integrante, os Estatutos da Região Demarcada dos dos termos tipo, estilo ou outros análogos.
Vinhos Verdes, constantes do anexo ao Decreto-Lei
n.o 263/99, de 14 de Julho. Artigo 2.o
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 23 de Delimitação da região
Setembro de 1999. — António Manuel de Oliveira Guter- A área geográfica de produção das denominações de
res — Joaquim Augusto Nunes de Pina Moura — Victor origem a que se refere o presente diploma abrange os
Manuel Coelho Barros. seguintes concelhos, conforme representação cartográ-
fica constante em anexo:
Promulgado em 15 de Outubro de 1999.
a) Os concelhos de Melgaço, Monção, Caminha,
Publique-se. Paredes de Coura, Valença, Vila Nova de Cer-
O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. veira, Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte
de Lima, Viana do Castelo, Amares, Barcelos,
Referendado em 21 de Outubro de 1999. Braga, Esposende, Fafe, Guimarães, Póvoa de
Lanhoso, Santo Tirso, Trofa, Vieira do Minho,
O Primeiro-Ministro, António Manuel de Oliveira Vila Nova de Famalicão, Vila Verde, Terras de
Guterres. Bouro, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto,
ANEXO Mondim de Basto, Ribeira de Pena, Gondomar,
Estatutos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Valongo,
Vila do Conde, Felgueiras, Lousada, Paços de
Artigo 1.o Ferreira, Paredes, Penafiel, Vizela, Amarante,
Marco de Canaveses, Baião e Cinfães;
Denominação de origem b) Do concelho de Resende, as freguesias de
1 — É confirmada como denominação de origem con- Anreade, Cárquere, Feirão, Felgueiras, Freigil,
trolada (DOC) para a produção de vinhos a integrar Miomães, Ovadas, Panchorra, Paus, Resende,
na categoria dos vinhos de qualidade produzidos em São Cipriano, São João de Fontoura, São Mar-
regiões determinadas (VQPRD) a denominação «Vinho tinho de Mouros e São Romão de Aregos;
Verde», de que poderão usufruir os vinhos brancos e c) Os concelhos de Arouca, Castelo de Paiva e
tintos produzidos na Região Demarcada, que a tradição Vale de Cambra;
consagrou e que satisfaçam as exigências estabelecidas d) Do concelho de Oliveira de Azeméis, a freguesia
neste diploma e demais legislação aplicável aos vinhos de Ossela.
em geral e, em particular, aos VQPRD. Artigo 3.o
2 — É reconhecida como DOC para a produção de Sub-regiões produtoras
vinhos a integrar na categoria dos VQPRD a denomi-
nação «Vinho Verde», de que poderão usufruir os vinhos 1 — Por portaria do Ministro da Agricultura, do
rosados e os vinhos espumantes de qualidade produzidos Desenvolvimento Rural e das Pescas, poderão ser reco-
em regiões determinadas (VEQPRD), produzidos na nhecidas sub-regiões no interior da Região Demarcada
Região Demarcada, que a tradição consagrou e que sempre que se justifiquem designações próprias em face
satisfaçam as exigências estabelecidas neste diploma e das particularidades das respectivas áreas.
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2 — Na portaria de reconhecimento de cada sub-re- -de-Lima, Fernão-Pires, Folgasão, Gode-


gião deverão constar os seguintes elementos: lho, Lameiro, Malvasia-Fina, Malvasia-
a) Delimitação geográfica da área; -Rei, Pinot Branco, Riesling, São-Ma-
b) Natureza do solo; mede, Sauvignon, Semilão, Tália e Vio-
c) Encepamento; gnier;
d) Práticas culturais, designadamente formas de ii) Tintas — Alicante-Bouschet, Baga, Caber-
condução; net-Sauvignon, Doçal, Doce, Espadeiro-
e) Métodos de vinificação; -Mole, Grand-Noir, Labrusco, Merlot,
f) Título alcoométrico volúmico natural mínimo; Mourisco, Pical, Pinot-Tinto, Sousão, Tou-
g) Teor de acidez fixa; riga-Francesa, Touriga-Nacional, Trinca-
h) Rendimento por hectare; deira-Preta, Verdelho-Tinto e Verdial.
i) Práticas enológicas;
j) Características analíticas, físico-químicas e orga-
nolépticas. Artigo 6.o
Artigo 4.o Práticas culturais
Solos
1 — As práticas culturais devem ser as tradicionais
As vinhas destinadas à produção dos vinhos e aguar- ou as recomendadas pela Comissão de Viticultura da
dentes com direito às denominações previstas no pre- Região dos Vinhos Verdes (CVRVV), tendo em vista
sente diploma devem estar, ou ser instaladas, em solos a obtenção de produtos de qualidade.
litólicos húmicos provenientes de rochas eruptivas (gra- 2 — As vinhas serão contínuas ou em bordadura, em
nitos) ou metamórficos (xistos e gneisses) ou em depó- forma média ou alta, conduzidas em cordões com diver-
sitos areno-pelíticos, bem como regossolos no litoral da sas unidades de frutificação, sendo a poda longa e assen-
Região, ou litossolos quando na sua fronteira interior.
tando em vara e talão.
3 — A rega da vinha só pode ser efectuada em con-
Artigo 5.o
dições excepcionais, reconhecidas pelo Instituto da
Castas Vinha e do Vinho (IVV) e sob autorização prévia, caso
1 — As castas a utilizar na elaboração dos vinhos com a caso, da CVRVV, à qual incumbe velar pelo cum-
direito à denominação «Vinho Verde» são as seguintes: primento das normas que para o efeito vierem a ser
definidas.
a) Castas recomendadas:
Artigo 7.o
i) Brancas — Alvarinho, Arinto, Avesso,
Azal-Branco, Batoca, Loureiro e Tra- Inscrição e caracterização das vinhas
jadura;
ii) Tintas — Azal-Tinto, Borraçal, Brance- 1 — As vinhas destinadas à produção dos vinhos e
lho, Espadeiro, Padeiro-de-Basto, produtos vitivinícolas abrangidos por este diploma
Pedral, Rabo-de-Ovelha e Vinhão; devem ser inscritas na CVRVV, que verificará se satis-
fazem os necessários requisitos, elaborará o cadastro
b) Castas autorizadas: das mesmas e efectuará no decurso do ano as verifi-
cações que entender necessárias.
i) Brancas — Branco-Escola, Cainho, Cas- 2 — Sempre que se verifiquem alterações na titula-
cal, Diagalves, Esgana-Cão, Esganinho,
ridade ou na constituição das vinhas cadastradas e apro-
Esganoso-de-Lima, Fernão-Pires, Folga-
são, Godelho, Lameiro, Malvasia-Fina, vadas, será do facto dado conhecimento pelos respec-
Malvasia-Rei, São-Mamede, Semilão e tivos viticultores à CVRVV, sem o que os seus vinhos
Tália; e aguardentes deixarão de ter direito a denominação.
ii) Tintas — Alicante-Bouschet, Baga, Doçal,
Doce, Espadeiro-Mole, Grand-Noir,
Labrusco, Mourisco, Pical, Sousão, Tou- Artigo 8.o
riga-Nacional, Trincadeira-Preta, Verde- Vinificação
lho-Tinto e Verdial.
1 — Os métodos e práticas de vinificação deverão ser
2 — As castas a utilizar na produção de aguardente os mais adequados à obtenção de vinhos de qualidade.
de vinho da Região dos Vinhos Verdes e de aguardente 2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte,
bagaceira da Região dos Vinhos Verdes são as seguintes: só é permitida a elaboração de vinho verde branco com
uvas brancas e de vinho verde tinto com uvas tintas,
a) Castas recomendadas:
ou tintas e brancas desde que estas últimas não ultra-
i) Brancas — Alvarinho, Arinto, Avesso, passem 15 % do total, devendo, neste caso, o vinho em
Azal-Branco, Batoca, Loureiro e Tra- causa ostentar o designativo «palhete» ou «palheto».
jadura; 3 — É permitida a elaboração de vinho branco a partir
ii) Tintas — Azal-Tinto, Borraçal, Brance- de uvas tintas, tendo em vista a obtenção de vinho base
lho, Espadeiro, Padeiro-de-Basto, para vinhos espumantes que pretendam beneficiar da
Pedral, Rabo-de-Ovelha e Vinhão; denominação «Vinho Verde — Espumante».
4 — O rendimento em mosto que resulta da separação
b) Castas autorizadas: dos bagaços não poderá ser superior a 75 l por 100 kg
i) Brancas — Branco-Escola, Cainho, Cas- de uvas, rendimento máximo que é fixado em 60 l por
cal, Chardonnay, Chenin-Blanc, Diagal- 100 kg de uvas para o caso dos mostos destinados à
ves, Esgana-Cão, Esganinho, Esganoso- produção dos vinhos da casta Alvarinho.
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Artigo 9.o b) Acidez fixa, expressa em ácido tartárico, igual


Título alcoométrico volúmico natural mínimo ou superior a 4,5 g/l.

Sem prejuízo de outros valores a publicar nos termos 3 — Do ponto de vista organoléptico, os vinhos devem
do artigo 3.o do presente diploma, para vinhos com indi- satisfazer os requisitos apropriados quanto à cor, à lim-
cações sub-regionais, os mostos destinados à elaboração pidez, ao aroma e ao sabor, a definir em regulamento
de vinho verde devem possuir um título alcoométrico interno da CVRVV.
volúmico natural mínimo de 7,5 % vol., com excepção
dos vinhos de casta Alvarinho, cujo título alcoométrico Artigo 12.o
volúmico natural mínimo dos mostos destinados à sua Vinho verde espumante
produção será de 10 % vol.
Os espumantes que sejam produzidos dentro da
o Região Demarcada dos Vinhos Verdes podem bene-
Artigo 10.
ficiar da denominação de origem controlada «Vinho
Rendimento por hectare Verde — Espumante», desde que:
1 — O rendimento máximo por hectare das vinhas a) Cumpram os requisitos legalmente estabeleci-
destinadas à produção de vinho verde é fixado em 80 hl, dos e satisfaçam as exigências relativas aos
sendo de 60 hl para vinhos da casta Alvarinho. vinhos com direito à denominação de origem
2 — A CVRVV poderá, por regulamento interno, «Vinho Verde»;
definir rendimentos inferiores ao estipulado no n.o 1, b) Tenha sido obtido, na sua preparação, pelo
que serão aplicados caso a caso, após ter sido efectuada método clássico, de fermentação em garrafa;
a competente vistoria técnica decorrente da inscrição c) Possuam um estágio mínimo de nove meses nas
das vinhas ou da actualização do respectivo cadastro. instalações do preparador, após a data do engar-
3 — De acordo com as condições climatéricas e a qua- rafamento, para poderem ser comercializados;
lidade dos mostos, o IVV, sob proposta da CVRVV, d) O título alcoométrico volúmico mínimo adqui-
poderá proceder a ajustamentos anuais do limite rido seja igual ou superior a 10 % vol.;
máximo do rendimento por hectare, o qual não excederá e) A acidez fixa, expressa em ácido tartárico, seja
em caso algum a banda de 25 % dos rendimentos pre- igual ou superior a 4,5 g/l;
vistos no n.o 1. f) Obedeçam à disposições que vierem a ser esta-
4 — No caso em que sejam excedidos os rendimentos belecidas sobre a matéria em regulamento
por hectare mencionados nos números anteriores, não
interno da CVRVV.
haverá lugar à interdição de utilizar a denominação para
a totalidade da colheita, sendo o excedente destinado
à produção de vinho de mesa, desde que apresente as Artigo 13.o
características definidas para esse vinho. Destilação

Artigo 11.o 1 — A destilação dos vinhos destinados a aguardente


de vinho com direito a denominação de origem «Aguar-
Características dos vinhos produzidos
dente de Vinho da Região dos Vinhos Verdes» não
1 — Sem prejuízo do disposto na legislação em vigor deve ser efectuada para além do mês de Março imediato
e do que vier a ser definido nos termos do artigo 3.o à vinificação.
do presente diploma, o vinho verde deve apresentar as 2 — A destilação dos bagaços destinados a aguar-
seguintes características: dente bagaceira com direito à denominação de origem
«Aguardente Bagaceira da Região dos Vinhos Verdes»
a) Título alcoométrico volúmico total, igual ou
superior a 8,5 % vol., para os vinhos brancos não deve ser efectuada para além do mês de Janeiro
que não tenham sido objecto de enriqueci- imediato à colheita.
mento, sendo de 9 % vol. para os restantes casos; Artigo 14.o
b) Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo
Aguardente da Região dos Vinhos Verdes
de 8 % vol.;
c) Título alcoométrico volúmico total, igual ou 1 — A aguardente de vinho da Região dos Vinhos
inferior a 13 % vol., apenas podendo ser superior Verdes e a aguardente bagaceira da Região dos Vinhos
a 11,5 % vol. nos vinhos: Verdes devem observar as disposições legais em vigor
i) Da casta Alvarinho; e satisfazer os requisitos que, quanto a cor, a limpidez,
ii) Abrangidos pelas portarias previstas no ao aroma e ao sabor, venham a ser definidos em regu-
artigo 3.o do presente diploma; e lamento interno da CVRVV.
iii) Que usufruam de designativos de qua- 2 — A aguardente bagaceira da Região dos Vinhos
lidade; Verdes deve ter um título alcoométrico volúmico igual
ou superior a 40% vol.
d) Acidez fixa, expressa em ácido tartárico, igual
ou superior a 6 g/l, podendo, todavia, a CVRVV Artigo 15.o
permitir, nos casos a definir em regulamento
interno, que a acidez fixa mínima seja de 4,5 g/l. Vinagre de vinho verde

Os vinagres que sejam fabricados dentro da Região


2 — Para os vinhos da casta Alvarinho são ainda de Demarcada dos Vinhos Verdes podem beneficiar da
considerar: denominação de origem «Vinagre de Vinho Verde»,
a) Título alcoométrico volúmico adquirido, a 20oC, desde que sejam obtidos a partir de vinhos com direito
igual ou superior a 11,5 % vol.; à denominação de origem controlada «Vinho Verde»
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e obedeçam às normas nacionais e comunitárias em lizado a granel desde que, à saída das instalações de
vigor, bem como às disposições que vierem a ser esta- elaboração, seja acompanhado da necessária documen-
belecidas sobre a matéria em regulamento interno da tação oficial, onde conste essa mesma aptidão e sejam
CVRVV. cumpridas as restantes exigências estabelecidas por
Artigo 16.o diploma legal ou regulamento interno da CVRVV.
2 — Sem prejuízo do estabelecido na legislação em
Instalações de vinificação, destilação, armazenagem e pré-embalagem vigor, os produtos a que se refere este diploma só podem
1 — Os vinhos a que se refere este diploma devem ser postos em circulação e comercializados desde que
ser elaborados dentro da Região, em adegas que obser- nos respectivos recipientes, à saída das instalações de
vem as disposições legais aplicáveis e se encontrem ins- elaboração, figure a denominação de origem, sejam
critas na CVRVV. acompanhados da necessária documentação oficial onde
2 — As instalações de vinificação são exclusivas dos conste essa mesma denominação e sejam cumpridas as
produtos vitivinícolas oriundos da Região Demarcada restantes exigências estabelecidas pela legislação nacio-
dos Vinhos Verdes, tendo de estar localizadas dentro nal ou regulamento interno da CVRVV.
da respectiva Região e ser submetidas à prévia apro- 3 — O vinho com direito à denominação «Vinho
vação da CVRVV, a qual procederá a vistorias perió- Verde» só pode ser introduzido no consumo em vasi-
dicas. lhame de vidro, munido de dispositivo de fecho irre-
3 — As instalações de destilação da aguardente de cuperável, rotulado e com a certificação do produto
vinho e da aguardente bagaceira da Região dos Vinhos documentada através do selo de garantia.
Verdes serão distintas das de outros produtos e exclu- 4 — O limite nominal do vasilhame de vidro é fixado
sivas para os produtos da Região Demarcada dos Vinhos por regulamento interno, com decisão favorável de qua-
Verdes, devendo estar localizadas dentro da respectiva tro quintos dos votos dos membros do conselho geral,
Região e ser submetidas à prévia autorização da não podendo este volume ser superior a 5 l.
CVRVV, a qual procederá a vistorias periódicas, 5 — A aguardente de vinho da Região dos Vinhos
devendo o equipamento e os processos utilizados na Verdes e a aguardente bagaceira da Região dos Vinhos
destilação ser os mais adequados à obtenção de produtos Verdes, aqui previstas, só podem ser comercializadas
destinados a produzir aguardentes de vinho e bagaceiras após certificação pela CVRVV, devidamente documen-
com características tradicionais. tada através de selo de garantia, no caso do produto
4 — As instalações de fabrico e preparação do vinagre pré-embalado, ou do respectivo documento de acom-
de vinho verde serão distintas das dos outros produtos panhamento, no caso do produto a granel.
e exclusivas dos da Região Demarcada dos Vinhos Ver- 6 — A aguardente de vinho e a aguardente bagaceira
des, tendo de estar localizadas dentro da respectiva da Região dos Vinhos Verdes só podem ser introduzidas
Região ou nos concelhos do Porto e Vila Nova de Gaia no consumo desde que pré-embaladas em vasilhame
e ser submetidas à prévia apreciação da CVRVV, a com capacidade igual ou inferior a 1 l e devidamente
qual procederá a vistorias periódicas. rotuladas.
5 — As instalações de armazenagem a granel e pré- 7 — O vinagre de vinho verde só pode ser introduzido
-embalagem dos vinhos e produtos vitivinícolas a que no consumo em vasilhame de vidro com volume de 0,50 l,
se refere este diploma ficam sujeitas à prévia aprovação de modelo a definir pela CVRVV, hermeticamente
da CVRVV, a qual poderá proceder a vistorias perió- vedado com dispositivo de fecho irrecuperável, rotulado
dicas, devendo, no caso do vinagre, tais instalações ser e com certificação do produto documentada através de
distintas das dos outros produtos. selo de garantia.
6 — No caso de as instalações a que se refere o
número anterior estarem localizadas fora da Região, Artigo 19.o
os custos inerentes ao controlo e fiscalização dos pro-
dutos com direito à denominação de origem serão supor- Rotulagem
tados pelo agente económico em causa.
1 — Os projectos de rótulos a utilizar devem respeitar
Artigo 17.o as normas legais aplicáveis e as definidas pela CVRVV,
a quem são previamente apresentados para aprovação.
Inscrição 2 — Os vinhos com indicações sub-regionais apenas
1 — Sem prejuízo de outras exigências de âmbito podem ser comercializados com indicação do respectivo
geral, todas as pessoas, singulares ou colectivas, que se ano de colheita.
dediquem à produção e comercialização dos vinhos e
Artigo 20.o
produtos vitivinícolas abrangidos pelo presente diploma,
excluída a distribuição e a venda a retalho dos produtos Fiscalização
engarrafados, são obrigadas a fazer a sua inscrição, bem
como das respectivas instalações, na CVRVV, em 1 — Sem prejuízo das competências atribuídas a
registo apropriado. outras entidades, compete à CVRVV a disciplina e con-
2 — Os vinhos com indicações sub-regionais ficam trolo da produção, circulação e comercialização das
sujeitos a conta corrente específica. uvas, vinhos e produtos vitivinícolas que podem, res-
pectivamente, estar na origem ou auferirem das DOC
Artigo 18.o referidas nestes Estatutos.
Circulação e comercialização
2 — É da competência da CVRVV a realização de
vistorias e colheita de amostras nas instalações de vini-
1 — O vinho apto à denominação de origem «Vinho ficação, destilação, armazenamento, pré-embalagem,
Verde» só pode ser posto em circulação e comercia- distribuição e venda a retalho dos produtos sob a sua
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tutela, de acordo com estes Estatutos, assistindo-lhe o


direito de selagem e o acesso a toda a documentação
que permita verificar a obediência ao estipulado neste
diploma e relativamente aos produtos vitivinícolas da
região com direito à denominação de origem.

Artigo 21.o
Sancionamento das infracções

Em caso de infracção ao disposto nos presentes Esta-


tutos, demais legislação aplicável, regulamentos internos
ou outras directivas dimanadas pela CVRVV, pode esta
Comissão proceder disciplinarmente em relação aos
agentes económicos infractores de acordo com o regu-
lamento interno a elaborar e a aprovar nos 180 dias
seguintes à publicação deste diploma, sem prejuízo do
direito de participação e cooperação que lhe assiste rela-
tivamente às autoridades competentes, caso a infracção
se configure como crime ou contra-ordenação.

Artigo 22.o
Disposições transitórias

Até à publicação da portaria referida no artigo 3.o


do presente diploma, mantém-se em vigor, para aquelas
áreas de produção, o disposto no n.o 2 do artigo 4.o,
no artigo 5.o, no n.o 3 do artigo 16.o e no anexo III
dos Estatutos da Região Demarcada dos Vinhos Verdes,
aprovados pelo Decreto-Lei n.o 10/92, de 3 de Fevereiro.

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