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1 Introduo
Tema: relao entre tica e subjetividade com (e no) exerccio da tcnica, isto , como
parte da ao em sade.
Recorte: cuidados mdico-sanitrios produzidos em sua forma individual.
H espao para julgamentos subjetivos no interior da tcnica em medicina ou em
sade coletiva e tambm no interior de seus atos de trabalho?
Se h tal espao, quais so suas caractersticas e limites, sobretudo na sociedade
industrial moderna?
Se h liberdade de atuao do profissional no ato, em que parte da realidade tcnica
ela se funda e quais as possibilidades ou implicaes ticas resultantes?
Todo ato mdico singular, pois envolve deciso pessoal do mdico na aplicao do
conhecimento cientfico. O ato oscila entre a independncia (singularidade do
indivduo) e a subordinao ( cincia, tcnica). Nesta sntese, h subjetividade.
A ao envolve a formulao de conhecimento novo. O acmulo dessa produo gera
a experincia clnica pessoal de cada profissional.
Na modernidade, a medicina torna-se prtica tcnico-cientfica e estabelece o
monoplio do saber. Ainda assim, a prtica continua valendo de seu lado emprico. Por
isso mantida a prtica baseada na consulta privada e particular.
A interveno no sofrimento envolve vrios passos. Move-se da normatividade social
e normalidade biossocial para o plano patolgico do corpo alterado, e vice-versa.
Outros planos: a origem e a finalidade da ao curadora; a base til da ao e os meios
de se atingir o pretendido fim.
Estas mediaes entre biolgico e social exigem que a tcnica adquira liberdades
relativas, um trabalho autnomo (com alguma subjetividade). a autonomia tcnica
(no lidar com o saber cientfico e no lidar com a realidade social).
Autonomia tcnica requer escolhas dentro de dois domnios: autoridades tcnica (no
diagnstico, a capacidade de acumular e usar o saber cientfico para a reflexo); e
moral (na Teraputica, a capacidade de bem discernir e julgar para a deciso).