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comCENTRO
31 MAR 2010
MAIS CENTRO
Milhões de euros
DB - Luís Carregã
Projectos
para o eixo
tecnológico
Coimbra - Leira
de qualidade
pág. 8
garantem
progresso
da região
Alfredo Marques, presidente da Comissão Directiva do Mais Centro, garante que os agentes
económicos do Centro do país têm sabido aproveitar os incentivos comunitários . págs. 4 e 5
Guarda apoia
jovens e adultos
sobredotados
Produtos
Made in Centro
pág. 12
Coimbra
promove veículos à conquista
eléctricos pág. \1
pág. 6
do Mundo
opinião
J. Norberto Pires
3.ideias.pt
pág. 2
Encarnação
Maria Emília Martins
Da cultura
assinala sucesso
da investigação
vem a riqueza
pág. 3
Reflexões
Os parques tecnológicos
e as práticas internacionais pág. 3 universitária pág. 12
10/0481
O GOVERNADOR CIVIL
DE COIMBRA APOIA O
EMPREENDEDORISMO
E A INOVAÇÃO NAS
EMPRESAS DO DISTRITO.
2
comCENTRO
Ponto de vista
inovação & desenvolvimento
A
trair empresas e mundo e teve contacto com tecnologia nas universida- do para mestres e douto- com locais onde possamos
investimento de projectos de I&D. des e centros de I&D; apoio res, com efeitos a médio e entrar com os nossos pro-
fora do país deve ser O estado só deve incen- a incubadoras de ideias e longo prazo. Os objectivos dutos. Por exemplo, o estado
um objectivo nacional nos tivar o investimento directo empresas; apoio a acelerado- são muito claros: a aposta poderia reduzir impostos a
próximos tempos. Portugal estrangeiro (IDE) que tenha res de empresas; apoio a par- em I&D, em novas formas empresas que aumentaram
tem de dar um salto com- uma forte componente de ques de ciência e tecnologia; de gerir e se relacionar com a sua facturação em mais de
petitivo muito substancial e inovação e transferência de foco na criação de sinergias a economia, exige pesso- 1 milhão de euros, relativa-
isso significa aprender com tecnologia. Isso significa e redes entre as várias insti- as criativas com formação mente ao ano anterior, em
aqueles que fazem bem, que avaliar as áreas de interesse tuições, procurando a coope- avançada. Isso será facili- que pelo menos 50% des-
estão habituados a merca- estratégico, verificar aque- ração estratégica; tado se as empresas forem se aumento de facturação
dos exigentes, que preci- las em que Portugal pode 2. Premiar a criação incentivadas a dar emprego seja feito com o exterior do
sam de recursos humanos ter vantagens competitivas de emprego qualificado. a pessoas com essa forma- país. Imaginem que 5% ou
de qualidade e que vivem da e incentivar empresas des- Empresas que criam empre- ção. Esta medida faz parte 10% desse valor de aumen-
capacidade de gerar conhe- sas áreas a instalarem-se go para licenciados, mestres de uma estratégia de médio to de facturação, ou seja,
cimento em sinergia com em Portugal. Os incentivos e doutores deveriam ser e longo prazo para incorpo- algo entre os 50.000€ e os
centros de saber reconheci- devem ser reais, tendo por premiadas por isso, como ração inovação e empreen- 100.000 por milhão de euros
dos. Isso permitirá acelerar base preços de instalação, forma de incentivo. Por dedorismo na matriz das de aumento de facturação,
a mudança de mentalidades acompanhamento persona- exemplo, a iniciativa plug- empresas. era convertido em reduções
que é necessário promo- lizado, ligação a centros de and-play nos EUA, uma 3. Premiar a actividade de impostos (nacionais e
ver em Portugal. E coloca- I&D, programas de incen- incubadora do silicon-valley económica e a exportação. O locais) pagos pela empre-
rá o foco na necessidade de tivo ao estabelecimento de que pretende atrair empre- apoio à exportação é crucial. sa. Não era isso um forte
gerar emprego qualificado projectos de I&D com par- sas (também estrangeiras), Isso significa reforçar o incentivo ao investimento
que permita tirar partido da ceiros nacionais, etc. premeia com um valor fixo apoio à internacionalização, e à exportação? E não é isso
uma geração com forma- Na verdade, só interes- (10.000 USD) cada empre- à diplomacia económica, ao que urgentemente precisa-
ção superior, que conhece o sa o IDE que nos veja como go qualificado criado no reforço da imagem de Por- mos de aumentar?
Panorama
Plug-and-play: Acelerar a insta- ras. A mensagem é bem simples: tornem-se Eco-eficiência da CWJ em
lação de empresas estrangeiras empresas globais connosco. destaque no Diário Económico
Link: http://www.plugandplaytechcenter.com/interna-
tional/index.php
A CWJ é uma empresa que nasceu em Coimbra,
por iniciativa do empreendedor João Carvalho
A FCTUC desenvolve 10 a 20 (licenciado em Engenharia Electrotécnica e ex-
projectos por ano com aplicação docente do DEEC da FCTUC), e que se dedica
Director
António Abrantes industrial ao desenvolvimento de soluções de electrónica
eco-eficientes, isto é, que promovam o uso sus-
Sub-Directora executiva O director da Faculdades de Ciências e Tecnologia tentado e racional da energia. Neste momento,
Eduarda Macário da Universidade de Coimbra (FCTUC), João Gabriel os produtos da CWJ inserem-se em três verten-
coorDenaDor científico
e Silva, declarou à LUSA que a FCTUC desenvolve tes principais: Cozinhar Eco-eficiente, Conforto
J. Norberto Pires por ano entre 10 e 20 projectos com aplicabilidade Eco-eficiente e Iluminação Eco-eficiente. A tec-
industrial, envolvendo a participação de alunos de nologia e estratégia da CWJ esteve em destaque
Director comercial mestrado e doutoramento. Isso significa uma forte no suplemento de 26 de Março de 2010 do Diário
Luís Filipe Figueiredo dedicação a projectos com aplicabilidade prática, Económico. Vale a pena ler.
ProjectoS eSPeciaiS
mas também, e até principalmente, uma preocupa-
ção crescente em envolver alunos nas actividades Link: http://www.cwj.pt
Soares Rebelo
Link: http://robotics.dem.uc.pt/DE_CWJ.pdf
Quem diria que nos EUA isso também é relacionadas com a resolução de problemas reais e
DePartamento Gráfico um assunto urgente e importante. E quem com a transferência de tecnologia para as empresas.
Carla Fonseca diria que o famoso Silicon-Valley, talvez o É critico que as escolas se apercebam da necessidade
ProDução
Parque de Ciência e Tecnologia mais conhe- de incentivar a actividade empreendedora dos alu-
cido do mundo, está muito interessado em nos, procurando que a passagem pelo ensino supe-
ProPrieDaDe
Sojormedia Beiras, SA
promover a instalação de empresas de fora rior seja uma mais-valia nessa área.
Contribuinte n.º 508535115 do seu país, abrindo-lhes o mercado ameri-
Sede, Redacção e Administração
Rua 25 de Abril, n.º 7 cano e tentando acelerar empresas inovado- Link: http://www.fct.uc.pt
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comCENTRO
Boca de cena Reflexões
C
omeça nesta edição do comCENTRO de Ciência e Tecnológico estimula e gere o
uma série de cinco artigos sobre Par- fluxo de conhecimento e tecnologia entre
ques de Ciência e Tecnologia, nos universidades e politécnicos, instituições de
quais abordaremos as características destas I&D, empresas e mercados; facilita a criação
infra-estruturas, as suas potencialidade e o e o crescimento de empresas inovadoras
tipo de equipamentos e serviços que ofere- através de processos de incubação e spin‐off;
cem. Daremos também uma perspectiva fornece outros serviços de valor acrescenta-
Emília Cabral Martins internacional, procurando mostrar em que do, juntamente com espaços e infra-estrutu-
Presidente da Associação da
Orquestra Clássica do Centro medida as estratégias seguidas em Portugal ras de elevada qualidade.”
se alinham com as melhores práticas inter-
“D
a riqueza não dero um projecto que com- nacionais. De acordo com Luis Sanz, Director‐
vem a cultu- bina a vertente cultural, de Um Parque Tecnológico é, de acordo Geral da IASP, “um Parque de Ciência e
ra, mas da cul- empreendedorismo, criação com a definição da Associação Internacio- Tecnologia é um espaço, físico ou ciberné-
tura vem a riqueza”, disse de riqueza (material e espiri- nal de Ciência (IASP), o habitat perfeito para tico, gerido por uma equipa profissional
Sócrates. Partindo destas pala- tual)? Isto digo, porque a OCC empresas e instituições da economia global especializada, que fornece serviços de valor
vras tão sábias, naturalmente é uma orquestra profissional, do conhecimento (aqui se justifica o concei- acrescentado, e cujo principal objectivo é
se diz que a chave da econo- sediada na cidade de Coimbra to de ecossistema de empresas, universida- fazer aumentar a competitividade da região
mia contemporânea é cultural. e que conta já, em 2010, des e centros de I&D, as quais desenvolvem ou território de influência, através do estí-
Eu própria o afirmo, pois con- com nove anos de actividade em consórcio actividades de I&D e transfe- mulo da cultura de qualidade e inovação
sidero que o desenvolvimento ininterrupta. rência de tecnologia, mantendo um equilí- entre as empresas e instituições do siste-
tem de coexistir com a criativi- Como pessoa ligada desde brio que justifica e suporta a estrutura). Um ma científico e tecnológico que lhe estão
dade, que é naturalmente uma a primeira hora à actividade da Parque de Ciência e Tecnologia, e a sua rede associadas, organizando as transferências
acção cultural. Na verdade, a OCC, posso dizer que pensa- de parcerias, promove o desenvolvimento de conhecimento e tecnologia, das fontes
perspectiva económica possi- mos estar a conseguir a reali- económico e a competitividade de cidades e para as empresas e para o mercado, e através
bilita-nos ter a noção e o conhe- zação dos objectivos, podendo regiões através: do acolhimento activo da criação de novas
cimento da dimensão quan- dizer-se que o nosso sucesso é Da criação de novas oportunidades de empresas inovadoras sustentáveis, através
titativa do desenvolvimento, evidente e reconhecido e fun- negócio e de mais-valias para empresas de processos de incubação e spin‐off.”
mas é sem dúvida a perspec- damenta-se essencialmente “maduras”; De acordo com a Associação de Parques
tiva cultural que nos dá acesso em determinação, entusias- Do acolhimento do empreendedorismo e de Ciência do Reino Unido (UKSPA), “um
à dimensão qualitativa. Cul- mo e confiança – elementos da incubação de novas empresas inovadoras; Parque de Ciência é uma iniciativa de apoio
turas milenares tiveram este indispensáveis para qualquer Da criação de empregos qualificados a empresas cujo principal objectivo é enco-
olhar sobre as coisas da cultu- empreendimento ser vitorioso. baseados em conhecimento; rajar e apoiar o start‐up e a incubação de
ra, o que deu origem a níveis O nosso objecto de acção, Da construção de espaços atractivos para empresas inovadoras, baseadas no conheci-
de desenvolvimento conside- como todos sabem, é a músi- trabalhadores de elevado potencial e conhe- mento e de elevado crescimento através do
ráveis, implementando não só ca, em especial a música eru- cimento; fornecimento de: infra‐estruturas e serviços
a curiosidade e a busca cientí- dita. E nove anos são, embo- Da promoção de sinergias entre Univer- de apoio incluindo ligações de colaboração
fica e criando bem-estar para ra poucos, já suficientes para sidades e empresas, incentivando o I&D com Agências de Desenvolvimento Regio-
os povos. podermos concluir que valeu a em consórcio como forma mais efectiva de nal; ligações formais e operacionais com
Hoje, com mais evidên- pena começar e que não deve- transferência de tecnologia. centros de excelência como Universidades,
cia, olhamos o mundo como mos desistir. Isto porque sabe- Mas o que é um Parque de Ciência e instituições de ensino superior e de investi-
um espaço global, em que as mos que não estamos a traba- Tecnologia? gação; apoio à gestão e empenho activo na
fronteiras materiais foram lhar no vazio, sabemos que o Segundo a IASP (uma associação inter- transferência de tecnologia e competências
substituídas por pontes de nosso trabalho está gerando nacional de parques de ciência e tecnologia, empresariais para PMEs.”
conhecimento assentes em esperança não só nos músi- www.iasp.com), “um Parque de Ciência e Do cruzamento destas definições obte-
pilares de tolerância, solidarie- cos que integram a orquestra, Tecnologia é uma organização gerida por mos com facilidade os elementos caracteriza-
dade e mais partilha. Pontes mas em muitos outros jovens profissionais especializados, cujo principal dores de um Parque de Ciência e Tecnologia:
que atravessamos juntos por que estamos a despertar para objectivo é fazer aumentar a riqueza da sua infra-estruturas, serviços de apoio, inovação,
sabermos ser diferentes, mas a música e que vêem na OCC comunidade, através da promoção da cultu- tecnologia, incubação, transferência de tec-
aprendendo a nunca poder um espaço de trabalho que os ra de inovação e competitividade das empre- nologia, empresas e ligação a instituições de
ou dever ser indiferente, o que realiza. sas e instituições do sistema científico e tec- ensino e investigação.
decorrerá necessariamente do Não é falta de modéstia nológico que lhe estão associadas”.
nível cultural dos agentes eco- dizer que com o nosso traba- Para atingir estes objectivos, um Parque J. Norberto Pires
nómicos e culturais. A cultura lho tem ganho a cultura, mas
permite-nos ser mais capazes, também temos dado o nosso
mais sensíveis, mais livres e, contributo a outras empre-
consequentemente, abre as sas no domínio do design, da
portas da criatividade. E a cria- publicidade, das artes plásti-
tividade, gerando o novo, está cas, etc. Empreender, criar, é
sendo um acto eminentemen- essencialmente um acto de
te cultural. Por isso, considero cultura porque depende da
que a cultura faz parte indis- vontade e inteligência que nos
sociável do desenvolvimento. comanda.
Hipótese, antítese e tese. Cultura é a acção para o
Mas as minhas palavras são bem, de preferência para o
justificadas só por estar ligada bem comum, e com esta ideia,
a um projecto que é a Orques- estou convencida de que, tal
tra Clássica do Centro (OCC), como Sócrates dizia, da cultu-
que, sem modéstia, consi- ra virá a riqueza.
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comCENTRO
inovação & desenvolvimento
“Moderniz
lhões de euros para parques de ciência e tecnologia e
incubadoras de empresas, 50 milhões para infra-estrutu-
ras científicas e tecnológicas e sete milhões para a pro-
moção da cultura científica. Segundo Alfredo Marques,
empresaria
presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvi-
mento Regional do Centro e responsável pelo programa,
têm surgido, mercê destes incentivos, vários projectos
de qualidade, decisivos para impulsionar o desenvolvi-
mento regional.
ultrapassa
Soares Rebelo
DIÁRIO AS BEIRAS - Está
satisfeito com os resultados do
Mais Centro?
ALFREDO MARQUES - O
tes da melhoria da envolvente
institucional, nomeadamente
a modernização de toda a rede
de apoio científico e tecnológi-
nacional, ou seja 1212 projec-
tos, com um investimento ele-
gível de mais de 1.600 milhões
de euros e um incentivo total de
expectativa
Mais Centro está a ter um co. Ao mesmo tempo, o Mais mais de 600 milhões de euros.
bom desempenho. Até ao Centro está a fazer um esfor- Estes números são similares e
momento, já aprovámos 1370 ço considerável na melhoria até um pouco melhores do que
candidaturas, que represen- do parque educativo e na os registados na região Norte,
tam um investimento total modernização da administra- o que significa, se considerar-
de cerca de 1.700 milhões de ção pública de âmbito regional mos o peso relativo no PIB de
euros e a que atribuímos uma e local, através do co-financia- ambas as regiões, que a Região
comparticipação do Fundo mento de investimentos que Centro tem apresentado uma
Europeu de Desenvolvimen- a médio e longo prazo trarão maior apetência para a moder-
to Regional (FEDER) de 871 benefícios importantes à eco- nização e internacionalização
milhões de euros. Tem havido nomia regional. das empresas.
um forte dinamismo por parte
dos agentes da região, com a Os empresários já estão cons- A região Centro é então uma
apresentação de projectos de cientes da necessidade de ino- região atractiva para o investi-
qualidade, que serão decisivos var permanentemente? mento?
para impulsionar o desenvolvi- A competitividade do tecido Estes resultados mostram
mento regional. económico da região passa pela precisamente que há uma
valorização dos bens e serviços grande atractividade para o “A existência de uma rede de universidades e politécnicos, bem co
O apoio às empresas continua produzidos, afastando-se pro- investimento empresarial na para o mundo empresarial de conhecimentos científicos e tecnol
a ser uma prioridade do progra- gressivamente da competitivi- região Centro. Os empresários
ma Mais Centro? dade assente em mão-de-obra da região têm feito uma gran-
O Mais Centro tem feito e barata. No caso dos projectos de aposta na modernização e lidade deste tipo de empresas, imprescindíveis à competitivi-
continuará a fazer uma grande apoiados pelo Mais Centro, dos internacionalização, ultrapas- sobretudo em cenários menos dade global das empresas. Esta
aposta nos incentivos às peque- 200 milhões de euros de incen- sando todas as expectativas. favoráveis, torna-se numa van- rede proporciona igualmente a
nas e micro-empresas. Até ao tivos atribuídos, 70 % dizem Temos, por isso, um peso da tagem comparativa. Depois, a disponibilidade de quadros téc-
momento, o programa já apro- respeito a projectos de inova- região nos sistemas de incen- aposta no mercado global de nicos superiores, quer ao nível
vou 798 projectos no âmbito ção, 13% a projectos de inves- tivos de cerca de 15 pontos alguns sectores de forte espe- da investigação, quer para a
dos sistemas de incentivos às tigação e desenvolvimento tec- percentuais acima do peso cialização tem proporcionado introdução de novos processos
empresas, representando um nológico e 17% a projectos de da região no PIB (o qual é de a realização de investimentos produtivos ou de novos produ-
investimento total de cerca de qualificação e internacionaliza- 19,5%). em sectores de elevada inten- tos, que são o grande capital
430 milhões de euros e um ção de PME. Se considerarmos sidade tecnológica ou o upgra- para a mudança do paradigma
incentivo FEDER que ascende todo o tecido empresarial, ou Quais as razões de tão bom ding tecnológico de sectores do tecido empresarial.
a 200 milhões de euros. seja se adicionarmos às micro e desempenho? tradicionais. Por outro lado, a
pequenas, as médias e grandes Desde logo, e apesar da concretização na região Centro Quais os sectores de actividade
Que mecanismos estão a ser empresas apoiadas pelo Pro- região se caracterizar por uma de alguns investimentos-ânco- que mais têm beneficiado com
disponibilizados pelo QREN grama Operacional Factores estrutura produtiva muito ra, estratégicos e de interesse o QREN?
para a modernização empresa- de Competitividade, constata- diversificada, territorialmente nacional, nomeadamente nos Os Sistemas de Incentivos
rial na região Centro? mos que as empresas sediadas heterogénea e com elevada per- sectores do papel, da química às empresas foram desenha-
O contributo do Mais Cen- na região Centro representam centagem de PME, constata-se industrial, do sector automóvel dos para apoiar a competitivi-
tro para a modernização do teci- 34% do total apoiado a nível que a versatilidade e a adaptabi- e da energia, tem induzido, por dade das empresas no mercado
do económico da região passa arrasto, a realização de outros global. Assim, a aposta foi pri-
essencialmente por dois tipos investimentos. Finalmente, a vilegiar os sectores de produ-
de intervenção: a directa e de “O Mais Centro tem feito existência de uma rede de uni- tos transaccionáveis, ou inter-
iniciativa dos empresários na e continuará a fazer uma versidades e politécnicos, bem nacionalizáveis, potenciando
utilização dos apoios previstos como de centros tecnológicos, as exportações de bens e ser-
grande aposta nos incenti-
nos Sistemas de Incentivos às disseminada por toda a região viços. Neste contexto, o sector
Empresas do QREN, aquando vos às pequenas e micro- Centro, tem assegurado a industrial é aquele que mais
da concretização de projectos empresas” transferência para o mundo tem beneficiado, representan-
de investimento, ou através de empresarial de conhecimen- do 74% do total dos incentivos
benefícios indirectos resultan- tos científicos e tecnológicos aprovados. Os serviços e o turis-
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comCENTRO
inovação & desenvolvimento
de que, matéria de intenções mo tempo que se reforçam os
de investimentos por parte dos equipamentos dos centros de
zação
municípios e de aprovações ou conhecimento existentes e se
compromissos por parte do criam novos centros.
programa, o balanço até aqui
é muito positivo, os níveis de Podemos então estar perante
al
execução dos projectos finan- uma verdadeira política regio-
ciados são claramente insatis- nal de ciência e tecnologia?
fatórios para ambas as partes. Estamos, sem dúvida,
perante uma política de ciên-
Como acelerar, então, a cia e tecnologia concebida
as
concretização dos investimen- e realizada, em algumas das
tos? suas componentes essenciais,
Para impulsionar a a nível regional e que espera-
concretização destes investi- mos que contribua fortemente
mentos, o Governo adoptou para a melhoria do padrão de
as”
recentemente um conjunto de especialização da região.
medidas, concertadas com a
ANMP (que tem sido um par- Além das áreas já referidas,
ceiro muito activo e cooperante que outros domínios têm tido
na gestão do QREN), entre as mais forte apoio do Mais Cen-
quais se destacam o aumen- tro?
to da taxa de co-financiamento A educação é outra das áreas
do FEDER para 80% durante centrais do Mais Centro. Já apro-
o ano de 2010 e a agilização da vámos 189 projectos de centros
gestão do pacote contratualiza- escolares, representando um
do. Apesar das restrições finan- investimento de 354 milhões de
ceiras com que os municípios euros. Estes novos centros esco-
se debatem e de outros tipos de lares, que abrangem cerca de 28
dificuldades, pode esperar-se mil alunos, têm um impacto sig-
deste conjunto de medidas a nificativo na organização da rede
aceleração da execução e, com escolar e, consequentemente, na
ela, um efeito de reanima- qualificação dos recursos huma-
ção da economia, através do nos da região Centro. Outra das
aumento da procura de bens e principais frentes de intervenção
serviços dirigida em particular do programa é a da regeneração
às PME. Paralelamente, pode e do desenvolvimento urbano,
esperar-se igualmente um onde os investimentos apoiados
impacto positivo no empre- se elevam a quase 370 milhões
omo de centros tecnológicos, disseminada por toda a região Centro, tem assegurado a transferência go. Fica, deste modo, patente o de euros. Além da recuperação
lógicos imprescindíveis à competitividade global das empresas” importante papel que os muni- de um património degradado,
cípios podem desempenhar na em particular nos centros his-
superação da crise económica tóricos, os investimentos na
mo, respectivamente com 14% cular através dos Programas Como é praticada agora essa actual. regeneração têm uma grande
e 7%, situam-se em segundo Operacionais Regionais. Nes- contratualização na região Cen- importância nesta conjuntura
e terceiro lugar, mas muito tes programas, beneficiam de tro? No Programa Operacional económica, pois criam oportu-
afastados da indústria. Em ter- financiamento para investi- Na região Centro, onde esta Mais Centro existe uma forte nidades de negócio para as PME
mos de actividades económi- mentos em centros escolares, modalidade já tinha sido prati- concentração de apoios para ligadas directa ou indirectamen-
cas e por ordem decrescente, em saneamento básico e abas- cada no Médio Tejo e no Oeste, os municípios e para as empre- te à construção.
saliento as mais importantes: tecimento de água, na regene- a contratualização aplica-se hoje sas. Que respostas tem o pro-
produtos químicos (excluin- ração urbana, na modernização às 12 NUT III da região. Atra- grama para as universidades, E no sector da saúde?
do farmacêuticos) com 14%, administrativa, na protecção ou vés dela, o Mais Centro afectou institutos politécnicos e outras A saúde é também um
construção metálica com 11%, valorização ambiental e ainda aos municípios mais de 30% da entidades ligadas à ciência e sector estratégico. Além
pasta e papel com 9%, cerâmi- em equipamentos ou infra- dotação total do programa, não tecnologia? do importante projecto do
cas também com 9%, máqui- estruturas em muitas outras se incluindo aqui os quase 200 O Mais Centro levou a cabo novo Hospital Pediátrico
nas e equipamentos com 7%, áreas (acolhimento ou apoio a milhões de euros já aprovados em 2009 uma acção na área de Coimbra, o Mais Centro
madeira, cortiça e mobiliário empresas, saúde, cultura, des- para projectos de desenvolvi- da ciência e tecnologia sem aprovou recentemente mais
igualmente com 7%, aloja- porto, mobilidade, etc.). No mento urbano em 56 municí- paralelo no âmbito das políti- 24 projectos nesta área, que
mento, restauração e similares período do QREN, generalizou- pios. cas públicas na região Centro. vão permitir uma maior equi-
com 6 %, consultoria de gestão, se uma forma de acesso dos Foram disponibilizados mais dade no acesso aos cuidados
engenharia e outras com 5%, municípios aos Fundos Estru- A adesão tem sido, portanto, de 40 milhões de euros para de saúde e uma melhoria nas
comércio também com 5% e turais que, no período anterior, significativa. parques de ciência e tecnolo- condições de vida das pesso-
indústria têxtil, vestuário e cou- já tinha sido utilizada, mas ape- A adesão dos municípios gia e incubadoras de empre- as. Entre os projectos apro-
ro com 4,4%. nas numa parte reduzida do da região ao QREN, atra- sas, 50 milhões de euros para vados recentemente, está a
País: a da contratualização, que vés dos projectos para rege- infra-estruturas científicas e ampliação do Hospital de Sousa
Como estão os municípios a consiste na atribuição de um neração ou enquadrados na tecnológicas e sete milhões de Martins, na Guarda, que tem
comportar-se na gestão dos pacote financeiro para diversos contratualização (para os euros para a promoção da cultu- ainda como objectivo a aquisi-
fundos oriundos do PO Cen- anos ao conjunto dos municí- outros tipos de investimentos), ra científica. Com estes apoios ção de novos equipamentos, de
tro? pios de uma dada sub-região é realmente muito forte e visí- são criados novos espaços para modo a aumentar e melhorar a
Os municípios encontram- NUTE III, a gerir pela associa- vel. Tal não significa, porém, acolhimento ou lançamento de capacidade de resposta na pres-
se entre os principais desti- ção de municípios respec - ausência de problemas e de empresas e actividades intensi- tação destes serviços à popula-
natários do QREN, em parti- tiva. preocupações, pois se é verda- vas em conhecimento, ao mes- ção da região.
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comCENTRO
inovação & desenvolvimento
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
csXCEPTION iMeter
De Coimbra para Marte Solução de eficiência energética
iLogger ERP-RSOFT
Tecnologias avançadas Sofware com aceitação mundial
para os combustíveis
Fundada em 1992, a RCSOFT – Desen-
A ISA tem vindo a desenvol- volvimento de Software, Lda., iniciou a sua
ver, ao longo dos últimos 10 anos, actividade limitada ao desenvolvimento
uma estratégia de criação de tec- de soluções para o controlo de produção
nologias avançadas de hardware e e comercialização de equipamentos infor-
software para as maiores empre- máticos. Devido, contudo, ao sucesso do
sas de combustíveis e gás do software desenvolvido em 1996, alargou a
mundo (BP, Shell, Galp, Repsol, sua esfera de actuação criando um depar-
SHVGas/Primagaz e Butagás, tamento de desenvolvimento de ERP (Enterprise Rsource Planning),
entre outras), proporcionando- que ao longo dos anos soube ocupar uma posição sólida e forte nos
lhes poupanças de milhões de euros em custos logísticos. Sur- segmentos de mercado em que actua – designadamente, a contabili-
giu, neste contexto, o iLogger, sistema de gestão remota autó- dade geral, analítica e orçamental, a gestão comercial, o aprovisiona-
nomo e multifacetado, que possibilita data logging, leitura mento, a logística, o imobilizado e os recursos humanos. Em 2000,
automática de contadores e a emissão de alarmes. Com recurso devido a inúmeras solicitações dos clientes para interligação dos sis-
à telemetria de alta qualidade, o iLogger armazena os dados e temas de produção com a gestão global da empresa, foi lançada uma
transmite-os depois, por SMS, para o sistema de informação nova área de negócio, a automação industrial, tendo como primeiro
das respectivas empresas. Assim, é possível optimizar todo trabalho o desenvolvimento em cooperação com empresas italianas
o procedimento logístico, antecipando ou adiando os abaste- e alemãs de um sistema de controlo e monitorização da fábrica mais
cimentos e gerir, simultaneamente, o stock. Evitam-se, desta moderna e automatizada da Europa na área da cerâmica. Em
forma, as rupturas no fornecimento aos clientes e reduzem-se 2001, um produto para gestão global de empresas (software para
as intervenções no terreno, isto é, as deslocações para verificar comunicações) de telecomunicações abriu-lhe as portas para a
se os depósitos estão cheios ou vazios. internacionalização.
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comCENTRO
inovação & desenvolvimento
SAÚDE
Norberto Pires, do Coimbra iParque, e Henrique Amaral Dias, da Sanfil, assinaram compra do lote rá atingir os 200 a 300 par-
tos/ano. Prevê-se, por outro
lado, o tratamento diário de
mil doentes na Unidade de
Medicina Física e de Reabi-
litação e de 200 insuficientes
renais crónicos na Unidade
de Hemodiálise.
Com a construção de oito
salas de bloco operatório são
esperadas 20 mil cirurgias/
ano, disse o director-geral
da SANFIL, instituição que,
sublinhou, “foi, em 2009,
pelo terceiro ano consecu-
tivo, a unidade privada que
mais cirurgias realizou a
nível nacional”, no âmbito
das convenções para redução
das listas de espera no sector
público.
O
Hospital de Santa que é a mais importante ções da SANFIL, áreas
Filomena, que substi- infra-estrutura de serviços e de investigação que terão
tuirá, a parir de 2013, tecnologia realizada na região atenção redobrada no iPar-
a actual Casa de Saúde Santa Centro na última década” e, que.
Filomena (SANFIL), começa- por isso mesmo, a SANFIL O novo hospital, que terá
rá a ser construído ainda este quis “abraçar o desafio estra- também um sistema dedi-
ano no Coimbra iParque - Par- tégico de construir e desen- cado de transporte de doen-
que de Inovação em Ciência, volver, neste empreendi- tes, creche e “health club”,
Tecnologia e Saúde, em Anta- mento, um hospital, cuja para servir os trabalhadores,
nhol. principal característica dife- quer “vir a tornar-se um pólo
“Trata-se de um investi- renciadora é vir a tornar-se de investigação e desenvolvi-
mento muito interessante, um pólo de I&D (Investi- mento nas áreas das ciências
porque alavanca a área da gação & Desenvolvimento) da vida e da saúde”.
saúde do parque, que é uma nas áreas das Ciências da A aposta na investigação
das áreas estratégicas do pro- Vida e Saúde”, sublinhou o justifica, de resto, pelo menos
jecto”, reconheceu o professor director-geral da SANFIL. em parte, segundo o director-
Norberto Pires, presidente do “O iParque tem um conjun- geral da SANFIL, Henrique
Conselho de Administração to de condições que facilitam Amaral Dias, o local escolhido
do iParque, na cerimónia de a aposta na investigação, por para a construção.
assinatura da compra do lote isso, apesar de já existir essa O complexo, cujo investi-
em que o complexo vai ser aposta na SANFIL, o pro- mento ronda os 15 milhões
implantado. jecto que vamos desenvol- de euros, terá 130 camas,
“A SANFIL comprou um ver no iParque intensificará um serviço de urgência pre-
dos maiores lotes do parque e essa aposta”, garantiu ainda parado para atender 250
é a primeira empresa a assi- Henrique Amaral Dias. utentes por dia, as prin-
nar a escritura connosco, o A obesidade mórbida, a cipais valências médicas,
que significa que será prova- reprodução humana e enge- unidades de imagiologia,
velmente a primeira a estar nharia genética, a urologia medicina física e reabilita-
em condições de começar a oncológica e transplanta- ção, urgência e hemodiálise,
construir”, acrescentou o res- ção, a cirurgia laparoscópi- bem como centros especia-
ponsável pelo parque tecno- ca, endo-urologia, terapia lizados em diversas áreas,
lógico. prostática e litiásica com incluindo pediatria, fertilida-
O espaço adquirido tem laser, a cirurgia de incon- de, tratamento de obesidade
uma área total de 19.252,5 tinência urinária, a cirur- e estética.
metros quadrados, uma gia assistida por computa- O projecto, que garanti-
área máxima de constru- dor, as técnicas de limpeza rá 350 postos de trabalho,
ção de 12.000 metros qua- de hemorragias do vítreo”, incluirá também um centro
drados e uma área de máxi- entre outras, são, por outro de partos e neonatologia,
ma implementação de 8.000 lado, segundo Manuel Car- que, de acordo com Hen-
metros quadrados. “O iPar- valho, director de opera- rique Amaral Dias, pode-
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inovação & desenvolvimento
tecnológico Coimbra/Leiria
so internacional que existe
desde 2005, organizado pelo
British Council e cuja final
decorrerá, em Junho, no
Reino Unido, no decorrer
O Coimbra iParque foi contemplado pelo FEDER com quase metade do investimento do Festival de Ciências de
Cheltenham, organizado
pelo jornal The Times.
Em Portugal, a primei-
ra triagem das inscrições
através de vídeos enviados
para o site da Ciência Viva
(www.cienciaviva.pt) está
a decorrer até 31 de Março
e também há já um grupo
constituído na Internet, na
rede social Facebook. Os
seleccionados nesta primei-
ra triagem terão depois de
fazer uma apresentação de
três minutos sobre um tópi-
co científico em frente a um
júri, sem qualquer tipo de
apoio. “Têm de ser eles mes-
mos: carismáticos, claros,
informativos e rigorosos”,
segundo o responsável do
Ciência Viva, Carlos Catalão.
O vencedor da final
nacional, escolhido peran-
te uma audiência de públi-
António Rosado co, irá representar o nosso
A
transferência de Energia, Obitec - Associação la (acelerador de empresas), de administração do iPar- país no Reino Unido. Neste
conhecimento que Óbidos Ciência e Tecnologia o sistema de mobilidade do que, Norberto Pires, não tem momento, estão a ser feitos
for possível promo- e Óbidos Requalifica – E. E. parque e as infra-estruturas dúvidas em dizer que o “pro- os contactos para constituir
ver entre investigadores da M. No caso do Coimbra de comunicação. O investi- cesso foi mais longo e mais o painel de avaliadores, que
Universidade de Coimbra iParque, a candidatura con- mento total, neste caso con- difícil do que julgamos que prometem ser rigorosos. “O
e dos politécnicos das duas templou as suas duas fases creto, é de 24,3 milhões de poderia ter sido, mas esta- júri será constituído por pes-
capitais de distrito, bem de construção, incluindo, euros, financiado em quase mos muito contentes com soas de referência quer do
como o apoio que as peque- entre outros, o business metade pelo FEDER. este desfecho que viabiliza o ponto de vista da comuni-
nas empresas tecnológicas center, o edifício Nicola Tes- O presidente do conselho projecto do iParque”. cação científica em Portu-
venham a obter através das gal, quer do ponto de vista
incubadoras instaladas, são do jornalismo científico e
condições fundamentais Incubadoras e aceleradoras de empresas dos media, e será implacá-
para o sucesso do designa- vel do ponto de vista do rigor
do Inov-C, programa estraté- O Instituto Pedro ro, o terceiro edifício do seu imprensa onde refere que científico”, garante Carlos
gico contemplado com 23,5 Nu n e s , c o m s e d e e m parque tecnológico. se pretende “consolidar a Catalão. Baseando-se no
milhões de euros de fundos Coimbra, também terá um A rede tecnológica Inov- região Centro”, mas ape- “entusiasmo pela ciência”
comunitários para um total papel fundamental neste C foi apresentada em Can- nas “posicionando-a entre demonstrado pelas comuni-
de investimento a rondar os ecossistema de inovação, tanhede, na presença do as 100 mais inovadoras dades educativa e científica,
73 milhões de euros. com a construção de uma primeiro-ministro, com da Europa”. Ou seja, não o responsável acredita que
São 11 as entidades dos “aceleradora de empresas” toda a pompa e circuns- será dos clusters de ciên- a “adesão vai ser bastante
distritos de Coimbra e Lei- orçada em seis milhões de tância e com o objectivo de cia mais exclusivos do grande”. Noutros países, a
ria envolvidas. Para além euros, vocacionada para se tornar uma “referência velho continente. Permi- competição tem sido dispu-
das instituições de ensino apoiar estruturas empresa- internacional na criação de tirá, todavia, uma aposta tada por professores, cientis-
superior já referidas, tam- riais viradas para a interna- conhecimento, inovação e forte em quatro áreas cien- tas ou estudantes, que esco-
bém participam as incuba- cionalização. empreendedorismo”. Toda- tíficas bem identificadas: lhem os tópicos.
doras do Instituto Pedro O Biocant, incubadora via, a própria Comissão de ciências da vida (saúde e Lançado em Julho de
Nunes (Coimbra), D. Dinis de Cantanhede, assumirá Coordenação e Desenvol- tecnologia), tecnologias da 1996, o Ciência Viva tem
(Leiria), Biocant (Cantanhe- outra das posições de lide- vimento Regional do Cen- informação, comunicação como missão a promo-
de), Coimbra Inovação (iPar- rança, principalmente após tro (CCDRC) faz baixar as e electrónica, energia e ção da cultura científica e
que), Mor-Energy - Asso- ter inaugurado, em Feverei- expectativas numa nota de indústrias criativas. tecnológica junto da popu-
ciação de Investigação em lação portuguesa.
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inovação & desenvolvimento
INVESTIGAÇÃO
TECNOLOGIA
“A
té 2017, vamos em 2012 os primei-
tentar que a ros robôs vigilan-
r e g i ã o Ce n t r o tes “inteligentes” do
seja uma das mais inovado- Mundo, anunciou o
ras da Europa, onde estamos Instituto de Enge-
hoje em 153.º lugar entre nharia de Sistemas
300 regiões”, sublinhou Jor- e Computadores do
ge Ferreira, da Universida- Porto (Inesc Porto).
de de Coimbra, que, com “Robvigil é o nome
outras entidades, integra os do projecto que
órgãos sociais da OBITEC, arrancou em Feve-
entidade gestora do Parque reiro pela mão de
Tecnológico de Óbidos. um consórcio de 1,2
Trata-se de uma meta milhões euros com-
que conta, à partida, com posto inteiramente
total apoio do presiden- por empresas portu-
te da Câmara Municipal guesas, mas dirigido
de Óbidos, Telmo Faria, ao mercado interna-
empenhado em “dar um cional e cujo objecti-
contributo muito forte, em vo é criar os primei-
conjunto com outros par- rá ser posta a concurso no Incentivar o empreen- ros robôs vigilantes
ques, incubadoras de empre- até final do ano”. dedorismo, promovendo e Critérios de prioridade “inteligentes’” do
sas e universidades”. A obra, que deverá estar apoiando o surgimento de Mundo”.
O projecto integra nos concluída, no máximo, até empresas de base tecnológica; Para além dos promoto-
órgãos sociais várias univer- início de 2012, permitirá ao fornecer serviços de apoio às res, terão prioridade para
sidades, politécnicos e insti- parque, segundo o presiden- empresas instaladas no par- a instalação no Parque Tec-
iPad da Apple
tuições de formação na ges- te da câmara, “entrar em que; fixar quadros altamen- nológico “Óbidos Terra Digi- a 370 euros
tão de um parque de ciência velocidade cruzeiro, criando te qualificados e atrair novos tal”, desde que se enquadrem
e tecnologia”. espaços para apoio a muitas talentos; contribuir para o nas actividades referidas e nas
Os órgãos sociais da OBI- empresas e aumentando sig- desenvolvimento sustentado áreas científico-tecnológicas
TEC integram, para além do nificativamente o número da região; colaborar na forma- descritas, empresas, departa-
município (que preside à de trabalhadores”. ção de empresários dinâmi- mentos de empresas, agru-
direcção), as universidades A par com este dossiê, a cos e inovadores, com uma pamentos de empresas, insti-
de Coimbra e Técnica de Lis- OBITEC apostará também, visão global do mercado; pro- tuições públicas ou privadas,
boa, o Instituto Politécnico a partir de agora, na apre- mover actividades de ensi- que exerçam actividades de OiPad, o novo PC
de Leiria, a Escola Técnica sentação do projecto do Par- no e formação em ambiente investigação e desenvolvimen- táctil da Apple,
de Imagem e Comunicação que Tecnológico de Óbidos empresarial real e activida- to ou de inovação tecnológica; uma espécie de
(ETIC), empresas e associa- a cerca de 3.000 empresas des no âmbito da investiga- empresas de serviços de base iPhone “gigante”,
ções empresariais. da Área Metropolitana de ção tecnológica; criar redes científica e/ou tecnológica, vai começar a ser
O lançamento do concur- Lisboa. A gestão do ABC - de interacção, intercâmbio e de apoio ao tecido produtivo; comercializado nos
so público de ideias para os Apoio de Base à Criatividade investigação entre as empre- entidades vocacionadas para o Estados Unidos a 3
edifícios centrais do Parque (uma incubadora de empre- sas instaladas e instituições ensino e formação de recursos de Abril, anunciou
Tecnológico de Óbidos, num sas a funcionar no Conven- do mundo académico – eis humanos nas áreas científicas a empresa liderada
investimento de 3,6 milhões to de S. Miguel das Gaeiras) alguns dos objectivos a atin- e tecnológicas privilegiadas; por Steve Jobs. De
de euros, será um dos pri- será outra das tarefas cen- gir. empresas que prestem servi- acordo com a Apple,
meiros projectos da associa- trais da Obitec. O parque funcionará ços para o Parque Tecnológico as reservas podem
ção. como infra-estrutura para “Óbidos Terra Digital” e seus ser feitas na pági-
“Queremos uma respos- Interligação dinâmica o acolhimento de múltiplas utentes. na electrónica da
ta arquitectónica que espe- actividades, entre elas, a ino- Será dada preferência a tecnológica e o pre-
lhe a inovação e a criativida- Os principais objectivos vação, investigação e desen- empresas que tenham uma ço base é de 499 dó-
de”, explicou Telmo Faria, do Parque Tecnológico de volvimento tecnológico; o acentuada componente de ino- lares (cerca de 370
durante a apresentação do Óbidos passam por criar as ensino e formação de recur- vação e desenvolvimento tecno- euros), uma vez que
programa de concurso a condições para o desenvolvi- sos humanos; a difusão e lógico, nomeadamente aquelas começará a ser ven-
que arquitectos nacionais e mento de actividades de base utilização de tecnologias que se enquadrem nas áreas dida a versão mais
estrangeiros se poderão can- tecnológica, essencialmente avançadas; a divulgação das das tecnologias da informação barata. O início da
didatar durante 60 dias. na área das indústrias criati- actividades científico-tecno- e comunicação, telecomunica- comercialização do
O autarca estima que a vas, assegurando uma inter- lógicas; consultoria e servi- ções, energias renováveis, efi- novo computador
construção dos edifícios cen- ligação dinâmica entre as ços de engenharia e gestão; ciência energética, ciência da Apple na Europa
trais, onde serão instaladas empresas, o mercado e a acti- concepção, projecto e pro- e tecnologia do ambiente, está previsto para
todas as áreas de apoio às vidade académica e de inves- dução com base em conhe- tecnologias da produção e finais de Abril.
empresas do parque, “pode- tigação. cimento avançado. electrónica.
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Vida empresarial ASSESSORIA JURÍDICA
ao nível da inovação
agrícolas, comerciais ou outras tentação no mercado. Mais uma
(contratos, obrigações de juros). A vez, a organização é essencial ao
ordemjurídicaé,desdeháséculos, sucesso de qualquer empresa.
um dos pilares civilizacionais, a
par com a ordem religiosa. Que problemas podem
ocorrer no início do desen-
Em tempo de crise, a empresa pode orgulhar-se de, nos Significa isso que coube ao volvimento da actividade da
últimos anos, ter visto a sua facturação aumentar. O direito um papel importante empresa?
sucesso deve-se, em grande parte, ao facto de ter apos- na forma como a humanida- Eu não diria problemas, mas
de evoluiu …. simdesafios.Definiráreasdeactu-
tado em tecnologia de ponta.
Sim, sem dúvida, ainda que ação e definir a estrutura ao nível
possa parecer tendenciosa a res- dos recursos humanos e das suas
Patrícia Cruz Almeida posta vinda de um advogado. valências técnicas são fulcrais para
Desde sempre, o nosso dia-a-dia qualquer empresa.
A
Ciclo Fapril, com a especialização, explica Nuno peças. E trabalhamos desde baseia-se em actos com relevância
sede em Vale de Grou Santos, acrescentando que a a indústria automóvel à hos- ou consequências jurídicas. Pen- A existência de um gabinete
(Águeda), foi a primei- Ciclo Fapril trabalha na área pitalar, passando por compo- se-se na primeira troca comer- jurídico pode contribuir para
ra empresa nacional a adquirir da indústria metalomecânica nentes para energias reno- cial ou na autorização concedida o sucesso de uma empresa?
uma máquina de corte e tubo ligeira em geral. “Os clientes váveis. Somos, em suma, a alguém para cultivar determi- Um gabinete jurídico ou um
por laser. Hoje, quase 45 anos enviam-nos uma modelo e uma indústria ao serviço nado terreno com a obrigação de apoio jurídico regular certamente
após ter sido fundada, pode nós procedemos à indus- da indústria”, considera o pagar ao proprietário do terreno que contribuirão para que uma
orgulhar-se de ser uma empre- trialização e à execução das administrador. com parte da colheita. empresa e a sua estrutura accio-
sa moderna. nista tomem decisões mais ade-
“O nosso crescimento acen- Mas desde esses tempos as quadas e, acima de tudo, para que
tuou-se à medida que fomos
investindo em tecnologia de
Quase meio século de história necessidades alteraram-se,
tornaram-se mais complexas.
corram menos riscos nos contra-
tos que celebram e nas obriga-
ponta. Isso tornou-nos uma É verdade e o direito tem ções que assumem. Pense-se, por
referência ao nível de inovação A Ciclo Fapril nasceu em 1965, a fazer pequenos com- acompanhado essa evolução, ain- exemplo, nas implicações fiscais
de processos no trabalho de ponentes para bicicletas e ciclomotores, nomeadamente na da que por vezes de forma aparen- que pode ter a celebração de um
tubo, soldadura e fabrico de tornearia. Mais tarde, durante a década de 80, afirmou-se temente lenta. Pense-se no direi- contrato. Caberá à assessoria jurí-
peças em alumínio”, revela também no fornecimento da indústria automóvel nacio- to da informática, nos direitos da dica da empresa avaliar se aquele
Nuno Santos, um dos admi- nal. Ainda nos anos 70, parte da produção era vendida para personalidade, nomeadamente contrato, à partida lucrativo, não
nistradores da empresa. as ex-colónias portuguesas em África e ainda para Holanda naquilo que era o direito à ima- sairá prejudicado pela tributação
A atenção constante à evolu- e França. Depois, com a produção de componentes para a gem ou à reserva da vida privada em percentagem não antecipada
ção da tecnologia garantiu-lhe indústria automóvel, a empresa começou alargar os seus antes de existirem os meios actu- de mais valias.
“diferenciação face à concor- horizontes. Aliás, a Ciclo Fapril, como adianta Nuno San- ais de comunicação e de difusão.
rência”. A pesquisa de novos tos, “teve sempre um carácter exportador”. Devido à crise Os ordenamentos jurídicos sou- Mas o recurso ao advogado
caminhos, soluções inovado- no sector das duas rodas a nível nacional e os problemas beram adaptar-se e criar um con- ainda é o último dos expe-
ras e conceitos alternativos para que daí surgiram, a respectiva estratégia comercial passou junto de normas reguladoras e dientes.
benefício dos clientes foi “a a desenvolver-se noutros mercados que não o português. A de protecção dos indivíduos face Essa é uma realidade que está
locomotiva do desenvolvimen- aposta foi ganha e, actualmente, a Ciclo Fapril dedica-se ao a estas novas e complexas realida- a mudar. Antecipar problemas é
to da empresa”, que está pres- fabrico de componentes soldados metálicos, baseados em des. evitá-los e a advocacia preventiva
tes a concluir a reestruturação estampagem/quinagem de chapa, corte/dobragem de tubo/ e de aconselhamento influente
de todo o seu layout, de toda a arame e tornearia/mecanização. “Não temos produto pró- Centremo-nos nas empresas é, a par de outras, uma valência
fábrica. “Adoptámos algumas prio nem final. São novos projectos, novos negócios que nos e na actividade empresarial… indispensável nas empresas e na
políticas de gestão ligeiramen- continuarão a fazer crescer”, conclui Nuno Santos. Sim, acabei por não responder forma como as mesmas actuam
te diferentes, nomeadamente à pergunta. Também ao nível da no mercado.
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inovação & desenvolvimento
Números
39
é o número de empresas de base
429.253
trabalhadores nacionais colectaram-
7%
foi a quebra registada em 2009,
tecnológica portuguesas que já benefi- se como independentes em 2008, o relativamente a 2008, na venda de
ciam, no âmbito do programa america- que representava 7,6 por cento dos telemóveis em Portugal, que se cifrou
no Carnegie Mellon, do acesso a jovens 5,6 milhões de empregados regista- em apenas cerca de 5,5 milhões de
talentos e do contacto com as redes glo- dos pelo INE e que não podem usu- aparelhos. Os “smartphones” regista-
bais de conhecimento. A Critical é uma fruir legalmente da intervenção sindi- ram, por seu turno, uma quebra recor-
delas. cal. de de 28%.