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O CTN como lei complementar que estabelece normas gerais, não define o fato
gerador dos tributos, não veiculando a hipótese de incidência tributária. Assim, a lei
4502 de 1964, definiu as hipótese de incidência do imposto de consumo, estabelecendo
que constitui seu fato gerador, quanto aos produtos de procedência estrangeira, o
respectivo desembaraço aduaneiro e quanto aos de produção nacional, a saída do
respectivo estabelecimento produtor. Quando a industrialização se der no próprio local
de consumo ou de utilização do produto, o fato gerador será o ocorrido no momento em
que ficar concluída a operação industrial.
O IPI amplia a definição de produto industrializado, incluindo nele operações
como o simples acondicionamento, ou embalagem, que na verdade não lhe modificam a
natureza nem a finalidade.
Dispensa da Reserva legal para cobrança e aumento do imposto – art. 150, §1º, a
lei que institui ou aumenta o imposto pode entrar em vigor imediatamente
Contribuinte do IPI:
a) o importador e o arrematante de produtos de procedência estrangeira. O
primeiro paga o imposto por ocasião da saída do produto da aduana; o
segundo, quando de sua arrematação. Mas a lei ainda exige de ambos, o
imposto quando o produto é revendido no mercado interno, abatendo-se
naturalmente, o que já foi pago na operação anterior, atendendo ao princípio
da não-cumulatividade;
b) As filiais atacadistas de estabelecimentos industriais ou equiparados. Em
princípio, comerciante não é contribuinte do IPI, mas a lei por motivo de
cautela, a fim de evitar a evasão do imposto, equipara a industrial alguns
comerciantes, como neste caso, em que o tributo é exigido, também das
filiais atacadistas, alem do que já foi cobrado por ocasião da saída dos
produtos do estabelecimento remetente;
c) Os comerciantes de produtos que os mande industrializar por intermédio de
terceiros, ou mesmo por outro estabelecimento da mesma firma;
d) Os comerciantes atacadistas de jóias, pérolas e metais preciosos. A
equiparação é dada por motivos de cautela, tendo em vista que esta atividade
é das mais propícias para a prática de sonegação;
e) Os vendedores ambulantes, mandatários e comissionários de
estabelecimento industrial.
Suspensão do imposto:
Em diversas situações que menciona o art. 19 a 24, o RIPI permite que os
produtos saiam do estabelecimento industrial ou equiparado com suspensão do imposto,
transferindo o cumprimento da obrigação para época posterior, quando do implemento
de certas condições estabelecidas. Ex: transferência de estabelecimentos da mesma
firma, saídas para exposições, feiras de amostra, industrialização fora do
estabelecimento.
Isenção do imposto:
O contribuinte fica liberado do pagamento do tributo. A relação se encontra no
Capítulo V do regulamento do IPI.
Cálculo do imposto:
Documentos fiscais:
A nota fiscal constitui um documento básico para o controle do imposto, tendo
em vista que é nela que o contribuinte faz o lançamento. Sua emissão é obrigatória em
todas as saídas de produtos, sejam tributados, isentos ou não-tributados.
Os contribuintes deverão possuir e escriturar os seguintes livros fiscais: registro
de entrada, registro de saída e registro de controle da produção e do estoque.
ICMS
A concessão de isenção do ICMS para atrair novos investimentos tem sido denominada
guerra fiscal.
A principal dessas operações é o contrato de compra e venda, porem por si sói não gera
o dever de pagar o ICMS. Não é fato gerador desse imposto enquanto não implique
circulação de mercadorias.
Da mesma forma que o imposto sobre IPI, o ICMS, é, por expressa determinação
constitucional,um imposto não cumulativo, “compensando-se o que for devido em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal (art. 155,
§2º, inc I). Diversamente do que acontece com o IPI em relação ao ICMS essa não
cumulatividade está sujeita ao disposto em lei complementar, pois a CF diz caber a esta
disciplinar o regime do imposto (art. 155, §2º, inciso XII, alínea ‘c’ da CF)
A Lei Complementar nº 87/96 alterou significativamente a regra da não cumulatividade,
na medida em que admitiu a utilização de créditos relativos a entrada de bens destinados
ao consumo e ao ativo fixo do adquirente, fixando, embora, regras de direito
intertemporal proteladoras dessa utilização.
O imposto é lançado por meio de homologação, nos termos do art. 150 do CTN. Cada
contribuinte registra suas operações, escritura seus livros de entradas e de saídas e de
apuração do imposto, recolhendo o montante respectivo em cada mês,
independentemente de exame de seus cálculos pela autoridade administrativa.