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Tipos de Cantiga.
Essas eram divididas em temas, que eram: Cantigas de Amor, Amigo e de Escárnio e
Maldizer.
Mas com o surgimento dos textos em prosa e novelas de cavalaria, houve uma nova
“classificação”, que deixou dividido em:
Temas
Cantiga de Amor
Quem fala no poema é um homem, que se dirige a uma mulher da nobreza, geralmente
casada, o amor se torna tema central do texto poético. Esse amor se torna impraticável
pela situação da mulher. Segundo o homem, sua amada seria a perfeição e incomparável
a nenhuma outra. O homem sofre interiormente, coloca-se em posição de servo da
mulher amada. Ele cultiva esse amor em segredo, sem revelar o nome da dama, já que o
homem é proibido de falar diretamente sobre seus sentimentos por ela (de acordo com
as regras do amor cortês), que nem sabe dos sentimentos amorosos do trovador. Nesse
tipo de cantiga há presença de refrão que insiste na idéia central, o enamorado não acha
palavras muito variadas, tão intenso e maciço é o sofrimento que o tortura.
São cantigas que espelham a vida na corte através de forte abstração e linguagem
refinada.
Cantiga de Amigo
O trovador coloca como personagem central uma mulher da classe popular, procurando
expressar o sentimento feminino através de tristes situações da vida amorosa das
donzelas. Pela boca do trovador, ela canta a ausência do amigo (amado ou namorado) e
desabafa o desgosto de amar e ser abandonada, em razão da guerra ou de outra mulher.
Nesse tipo de poema, a moça conversa e desabafa seus sentimentos de amor com a mãe,
as amigas, as árvores, as fontes, o mar, os rios, etc. É de caráter narrativo e descritivo e
constituem um vivo retrato da vida campestre e do cotidiano das aldeias medievais na
região.
Os temas centrais destas cantigas são as disputas políticas, as questões e ironias que os
trovadores se lançam mutuamente.
Autores (Trovadores)
Os mais conhecidos trovadores foram: João Soares de Paiva, Paio Soares de Taveirós, o
rei D. Dinis, João Garcia de Guilhade, Afonso Sanches, João Zorro, Aires Nunes, Nuno
Fernandes Torneol.
Paio Soares Taveiroos (ou Taveirós) era um trovador da primeira metade do século
XIII. De origem nobre, é o autor da Cantiga de Amor A Ribeirinha, considerada a
primeira obra em língua galaico-portuguesa.
D. Dinis
Dom Dinis, o Trovador, foi um rei importante para Portugal, sua lírica foi de
139 cantigas, a maioria de amor, apresentando alto domínio técnico e lirismo, tendo
renovado a cultura numa época em que ela estava em decadência em terras ibéricas.
D. Afonso X
D. Duarte
Fernão Lopes
Fernão Lopes é considerado o maior historiógrafo de língua portuguesa, aliando
a investigação à preocupação pela busca da verdade. D. Duarte concedeu-lhe uma tença
anual para ele se dedicar à investigação da história do reino, devendo redigir uma
Crônica Geral do Reino de Portugal. Correu a província a buscar informações,
informações estas que depois lhe serviram para escrever as várias crônicas (Crônica de
D. Pedro I, Crônica de D. Fernando, Crônica de D. João I, Crônica de Cinco Reis de
Portugal e Crônicas dos Sete Primeiros Reis de Portugal). Foi “guardador das
escrituras” da Torre do Tombo.
Gomes Eanes de Zurara, filho de João Eanes de Zurara. Teve a seu cargo a
guarda da livraria real, obtendo em 1454 o cargo de “cronista-mor” da Torre do Tombo,
sucedendo assim a Fernão Lopes. Das crônicas que escreveu destacam-se: Crônica da
Tomada de Ceuta, Crônica do Conde D. Pedro de Meneses, Crônica do Conde D.
Duarte de Meneses e Crônica do Descobrimento e Conquista de Guiné.
Algumas cantigas:
CANTIGA DE AMOR
CANTIGA DE AMIGO
Ai, Deus, e u é?
Ai, Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo, Aquel que mentiu do que pôs comigo?
Ai, Deus, e u é?
CANTIGA DE ESCÁRNIO