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A N O 1 - N Ú M E R O 2 M A R Ç O D E 2 0 1 0
FICHA
TÉCNICA
Coordenação:
Licínio Borges
Redacção:
Isaura Sousa
Clementina Gomes
Colaboradores:
José Antunes
Iolanda Machado
Produção Gráfica:
Francisco Veiga
Propriedade:
Biblioteca do
Agrupamento de Escolas
De Mondim de Basto
Sede:
Rua da Fontela
Pagina online:
http://
becremondimbas-
to.no.sapo.pt
Em@il:
boletim.bib.mondim
@gmail.com
Índice
PROJECTOS E INICIATIVAS DO PNL Pag. 03
A ESCOLA NO PARLAMENTO... DOS JOVENS! Pag. 04
FOI ASSIM… NA NOSSA ESCOLA! Pag. 05
NESTE PERIODO FIZEMOS... Pag. 06
NESTE PERIODO FIZEMOS... Pag. 07
NOTICIAS... Pag. 08
SUGESTÕES LÁ FORA... Pag. 09
FOI ASSIM… NA SEGUND GUERRA MUNDIAL! Pag. 10
“ERRAMOS … MAS NÃO SOMOS UM ERRO” Pag. 11
ÚLTIMAS Pag. 12
DE
PROJECTO PARA AS FAMÍLIAS
Recebeu a nossa Biblioteca, pela mão da coordenadora Adelina Pinto, um LEITURA
Dvd do PNL, contendo o testemunho de gente importante do nosso meio
onde o grande enfoque é o apelo que todos fazem para a promoção da leitu-
ra. Dada a impossibilidade de transcrevermos aqui a opinião de todos, optá-
mos pela do professor Marcelo Rebelo de
Sousa, nome que não precisa de apresenta-
ções: “ A propósito de livros, o fundamental é
o seguinte: nós avós, nós pais, sou pai e
avô, temos uma grande responsabilidade.
Porque temos fugido a essa responsabilida-
de? Lê-se pouquíssimo em Portugal. É uma
vergonha. Contra mim falo. Contra a minha
família falo. Eu leio muito, mas leio pouco
para os meus netos. Leio mais para os meus
filhos. Os meus filhos… o meu filho já tem
quatro filhos, lê pouco aos filhos e até a
minha nora. E é uma responsabilidade nos-
sa. Porque temos de dar o exemplo. Se nós
não lemos para eles, se eles não lêem para
nós, quando é que mais tarde vão ler? Ficam
o quê? Agarrados ao computador, agarrados
à internet… mesmo que seja à televisão. E o que perdem… e o que poderiam imagi-
nar… os livros que poderiam ler!...
A ESCOLA NO
PARLAMENTO...
...dos Jovens!
.
O primeiro centenário da
República portuguesa,
em 2010, merece ser
assinalado por transfor-
mações neste regime político que ainda não conseguiu a adesão massiva da população. Com efeito, este
regime dá sinais de uma certa imaturidade, marcada por um forte absentismo do eleitorado em vários dos
sufrágios a que é chamado a participar, fazendo-nos crer que tem, ainda, diversas fragilidades. Como
jovens e como o futuro do nosso país que pretendemos ser, queremos contribuir para o seu aperfeiçoa-
mento e tornar o regime melhor, propondo medidas que incentivem a participação de todos na vida cívi-
ca/política. Se queremos melhorar a qualidade de vida em comunidade, o primeiro passo que devemos
dar é em direcção a uma República mais sólida, vivida e representativa, o que só é possível com a parti-
cipação da maioria da população. Acreditamos que as gerações adultas não ficarão indiferentes às
sugestões dos jovens e que a República solidificará, mantendo-se jovem e encontrando respostas para
os novos desafios da globalização sabendo acompanhar o progresso da humanidade. Neste âmbito, os
deputados efectivos, Maria João Ribeiro, Ana Sofia Lourenço, Pedro Filipe Peixoto e Daniela Rosa
Pacheco, acompanhados pelo deputado suplente, Emiliano Saldanha, propuseram:
1. - Tornar o voto obrigatório;
2. - Actualização automática dos cadernos eleitorais, no registo civil
3.- Proibição de candidaturas a cargos políticos a quem tenha sido condenado por crime de corrupção ou
não tenha exercido o direito de voto.
Com uma magnífica prestação em Vila Real, a equipa vai cheia de vontade para em Lisboa fazer ouvir a
sua voz. E a escola apoia-os incondicionalmente. Até lá...
A equipa constituída pelos
deputados efectivos, David
Lange Silva e Diogo Marcelo
Fraga e pela deputada
suplente Mafalda Cristiana
Silva, e ainda pela repórter Filipa e pelo repórter fotográfico Ricardo,
apresentaram um conjunto de medidas que mereceu a concordância
absoluta do júri do projecto. Segundo eles, estas medidas vão prepara-los melhor para a adolescência e
para a vida sexual. Desejam ainda que as medidas propostas, permitam desenvolver competências nos
jovens que facilitem escolhas informadas e seguras, valorizem a sexualidade responsável e informada
reduzindo consequências negativas (ex. Gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis).
Esperamos que: melhorem os relacionamentos afectivo-sexuais; habilitem para fazer face a formas de
exploração e abuso sexual; facilitem a compreensão científica da reprodução humana.
Pretendem, ainda, com estas medidas que: na sexualidade seja mais valorizada a
afectividade; seja respeitado o pluralismo de concepções na sociedade; seja aceite a
orientação sexual de cada pessoa. Achamos que, serão eliminados/diminuirão
comportamentos de discriminação sexual ou violência em função do sexo ou orientação.
Por fim, afirmar a importância da participação no processo de Educação Sexual dos pais, alunos, profes-
sores e técnicos de saúde.
BOLET IM DA BIBLIOT ECA
ANO 1 - NÚMERO 2 P ÁGINA 5
Esta proposta de trabalho foi planificada pelo Grupo de Educação Visual e Tec-
nológica e dada a conhecer em reunião de Departamento de Expressões o qual
também assumiu a responsabilidade de participar na sua dinamização e em
todos os conselhos de turma do segundo e terceiro ciclo do ensino básico.
Esta actividade está inserida na planificação da disciplina, através da qual, os
alunos irão aplicar as suas aprendizagens de acordo com as competências
adquiridas. Cada turma irá projectar e criar uma forma tridimensional
(Esculturas).
Assim, os professores de E.V.T., E.V, E.T e os Educadores do Pré-Escolar e
Professores do 1º ciclo, procederão à realização com os alunos /turmas interve-
nientes de um trabalho (Esculturas) reutilizando materiais, que serão colocados
no espaço exterior da Escola e posteriormente em espaços públicos da Vila de
Mondim. Esta actividade ira ser enquadrada no P.C.T.com as articulações possí-
veis, tendo como meta principal, a promoção da aprendizagem e sucesso global
dos alunos.
N E S TE P E R I O D O F I Z E M O S . . .
N E S TE P E R I O D O F I Z E M O S . . .
OS ALUNOS
DA EB1 DE
VILAR DE
FERREIROS
VIERAM À
BECRE DO
AGRUPA-
MENTO…
DESFILE DE CARNAVAL...
Perante um magnífico dia de sol, o Jardim de Infância e algumas escolas do 1º Ciclo desfila-
ram pelas ruas de Mondim comemorando mais uma vez o Carnaval. Os objectivos a atingir
eram:
- Progredir nas competências de percepção sensorial
- Viver a interculturalidade de forma lúdica
- Conhecer símbolos associados
- Estimular a imaginação, a fantasia e o sentido de humor
- Integrar-se na comunidade.
Naturalmente que foi uma óptima oportunidade para se associarem às comemorações do Cen-
tenário da República.
Parabéns a todos os participantes.
SUGESTÕES
Cá também se sabe escrever... LÁ FORA ...
“Atei. Memó-
“Ermelo. Os rias até à sua “Rimas Paro-
jogos da
“Mocidade em extinção como las—M o nd i m
minha infân-
cia” de Manuel V er s o” de concelho” de Outrora” de PU
Franco de Vilas Dr. Eduardo Luis Jales de BL
Marinho
Costa.
da
Teixeira Lopes Oliveira
ICA
Boas ÇÕ
ES
Livro terno e delicioso Primeiro livro de poesia Ao longo de 299 páginas O”Ginho” é um lavrador
que recorda, entre o dada à estampa por este o autor faz-nos um retrato de palavras. Das palavras
sagrado e o profano os autor onde nos dá a fiel da História e Geogra- que todos gostaríamos de Cada colheita é vinta-
jogos da nossa infância conhecer com bastante fia daquele antigo conce- semear mas que ele o faz ge: no encanto, nas
num lugar, Ermelo, onde profundidade os seus lho. Socorre-se de abun- por nós, sem nada pedir sensações, na tonalida-
a vida, até se fazer a idade tempos de juventude. A dantes fontes fidedignas e em troca. Mas como é um de no sentir puro e
de ir para a tropa, corria vida na terra natal, Barce- é com base nelas que poeta, junta a cada pala- cristalino de um mon-
devagar, muito devagar los, a família, os sonhos constrói este trabalho vra uma pitadinha de dinense de “antes que-
entre as reguadas do pro- de jovem, os amores nun- incontornável para os olfacto e de tacto recolhi- brar que torcer”. Por
fessor, reforçadas em ca atingidos porque valo- estudiosos de assuntos dos e sentidos em cada tudo isto vale a pena
casa, e, os afazeres res mais altos se levanta- locais. A não perder. canto da “Bila”, desde a (re)visitar esta e todas
domésticos. Imperdível. vam. A ler com muita Rua das Lajes às margens as outras obras do Luís
atenção. do seu rio de sempre, o Jales.
Tâmega.
FOI ASSIM...
… NA SEGUNDA GERRA MUNDIAL! ANNE FRANK
“ERRÁMOS …
HISTÓRIA DE UM ADICTO... MAS NÃO SOMOS UM ERRO”
1ª PARTE rer do tempo, cada vez mais vinham a acreditar; a confiança que
vinham a depositar em mim (tal e qual como eu, também eles esta-
Se me perguntarem qual a passagem da vam a mudar) Davam-me aquela força que até ali não tinha senti-
minha vida mais marcante, entre algumas do, nem aproveitado; eu sentia isso nas suas atitudes, nas palavras,
outras mais ou menos relevantes que percor- no seu olhar… sentia que devia estar feliz, por mim e por eles, que
reram a minha infância, adolescência ou também me retribuíam aquela tranquilidade que, já nem me lem-
idade já adulta, vem-me imediatamente à brava que alguma vez fizesse parte da minha existência!
memória, neste momento, a minha permanência, relativamente Aquela tranquilidade que ia afastando de mim o medo de enfrentar
recente, num centro clínico de recuperação, durante um período de situações problemáticas graves, mais ou menos graves ou até de
seis meses, onde me confrontei com determinadas regras, adequa- uma importância menor, que se iam acumulando, para mais tarde
damente rigorosas; terapias de grupo, baseando-nos, muito hones- se transformarem em montanhas de problemas cada vez mais com-
tamente, no lema: “arrisca, partilha e confia”; trabalhos escritos, plicados, que ia tentando justificar com desculpas cada vez mais
à medida que íamos evoluindo nos passos do programa terapêuti- esfarrapadas, se me é permitido afirmá-lo, chegando ao ponto de
co, entre diversas tarefas que nos eram sugeridas individualmente já não encontrar álibis para justificar as próprias justificações,
ou em grupo, que deveríamos aceitar, quantas vezes contrariando acabando por, em determinada altura, desistir de o fazer, porque
a nossa vontade através de um esforço suplementar, controlando e tudo isso me cansava, única e simplesmente!
gerindo o tempo e o espaço possível. Verificámos que, com a sere- O medo ia-se instalando no meu subconsciente e quando se evi-
nidade que aos poucos íamos adquirindo, algo se modificava em denciava mais claramente, abandonava-me ao isolamento, num
nós e aquela ansiedade de que não éramos capazes, se transforma- mundo fechado, longe das pessoas, tendo apenas por companhia, a
va em que éramos capazes disso e muito mais, através da boa von- minha amante predilecta – o álcool ou as drogas – que procurava,
tade, honestidade e mente aberta. Os velhos costumes e defeitos de (coragem para isso não me faltava) mesmo sabendo de antemão,
carácter iam ficando na gaveta das influências do passado.
das vergonhas, da humilhação ou dos inventários a que estava
Tínhamos vencido uma batalha, mas a guerra não tinha acabado!
Outras lutas teríamos de travar ali e, depois, pela vida que Deus sujeito, arriscando progressivamente a minha saúde física e men-
nos quiser dar, na confrontação com a realidade quotidiana do tal.
mundo que nos esperava lá fora!
Sinto muitas saudades das pessoas com quem convivi durante
aquele tempo e, muitas vezes encontro-me a recordá-las, tentando
imaginá-las, com vontade de as voltar a encontrar pessoalmente, já
que, estão sempre presentes no meu pensamento, tantas são as
“VOCÊ NÃO PRECISA DE ATESTADO MÉDICO POR TRINTA
afinidades que nos unem, mas a distância que nos separa e o
decorrer do tempo traz-me a preocupação de não as voltar a ver! DIAS, MAS DE UM TRATAMENTO DE ALGUNS MESES!
A Paula, o Arnaldo, o Paulo Laranjeira, o Gonçalo, o Mário, a
Valéria, o Pedro Lopes, a Emília e tantos outros residentes, a quem Se a anteriormente me apresentava com
agradeço imenso a ajuda que me deram; vem-me frequentemente à as mãos trémulas diante do médico, ago-
lembrança a imagem do José Neves (meu conselheiro) e a Patrícia, ra todo eu tremia, mas, estranhamente,
do grupo terapêutico, com quem partilhei momentos marcantes da com a sensação de uma certa serenida-
minha vida, em situações individuais ou em grupos de sentimentos.
de! Estaria eu com pena de mim próprio,
Sinto uma certa tranquilidade ao recordá-los e, agora, reconheço
que também foi isso, o que me tentaram transmitir. No entanto, entraria em autopiedade na tentativa de
uma certa tristeza me assola, por todos aqueles que não consegui- me serenar?! Não sabia identificar ver-
ram ter a força suficiente para vencerem a batalha que traváva- dadeiramente a situação e nem hoje o consigo muito bem, verdade
mos! Amo-os a todos, não sem sentir, olhando para trás, a nostal- seja dita!
gia que muitas vezes me invade! Muitas vezes por eles fui confron-
tado, quando algo comigo não estava bem e tentava arranjar álibis Passei em frente ao “Ás de Copas”. Entrei. Pedi um copo de vinho
para justificar a quebra do cumprimento de determinadas regras, o tinto e depois outro. Bebi em silêncio, com aparente tranquilidade!
agir em vontade própria, não ser capaz de contrariar a minha
Paguei e saí. Tinha parado de tremer!
vontade, ser arrogante e pouco assertivo ou partilhar determinadas
ideias e opiniões com quem queria e bem entendia e…muitas
vezes… os confrontei também! “Se continuas assim, acabas por ficar sozinho!”
Fui aprendendo a aceitar a verdadeira ajuda que me era transmiti-
Nada mais me foi dito e eu nada disse.
da e a saber, cada vez mais, a controlar as minhas atitudes e com-
portamentos. Não me senti mal com isso e, narcisismo à parte, um
certo orgulho se apoderava de mim, que partilhava, naturalmente,
sem qualquer problema!