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Boletim da Biblioteca

A N O 1 - N Ú M E R O 2 M A R Ç O D E 2 0 1 0

FICHA
TÉCNICA
Coordenação:
Licínio Borges

Redacção:

Isaura Sousa

Clementina Gomes

Colaboradores:
José Antunes

Iolanda Machado

Produção Gráfica:

Francisco Veiga

Propriedade:

Biblioteca do
Agrupamento de Escolas
De Mondim de Basto

Sede:

Rua da Fontela

4880-100 Mondim de Basto

Pagina online:
http://
becremondimbas-
to.no.sapo.pt
Em@il:
boletim.bib.mondim
@gmail.com

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P ÁGINA 2

Editorial esforço de alfabetização


então empreendido para
va política de uma socieda-
de assente na valorização
erradicação de réstias de do indivíduo, da justiça, na
Centenário da feudalismo, vassalagem, igualdade dos homens e no
República: por uma servilismo, e dar lugar a bem público.
democracia mais cidadãos livres e responsá- Comemorar a República é,
veis. numa perspectiva crítica e
participada e Comemorar a República plural, sabermos aprender
melhor. significa honrar o trabalho com o passado, sem saudo-
corajoso daqueles que, sismos, para prepararmos
“Comemorar a República é,
sabendo que viviam num um futuro melhor.
antes de mais, servi-la. E
serve-se a República cumprin- Portugal rural e profundo, Comemorar a República é
do os seus valores e os seus beato, de títulos, tiveram tudo o que atrás fica dito.
ideais. Serve-se a República coragem para instituir o Mas comemorar a repúbli-
fazendo de Portugal uma divórcio, o Registo civil ca não pode ser uma forma
democracia aberta e contem- obrigatório e o fim de títu- de branqueamento de tudo
porânea - País de cidadãos, los nobiliárquicos. o que correu menos bem…
conscientes dos seus direitos e Comemorar a República E por último mas não
dos seus deveres. Serve-se a significa honrar os que menos importante há em
República com abertura à
decretaram o direito à gre- Portugal um grave proble-
mudança e espírito reformis-
ta, fazendo de Portugal um ve, estabeleceram um dia ma de cidadania: os cida-
País mais moderno e mais de descanso semanal obri- dãos sentem-se pouco
próspero. “ gatório, as 8 horas de tra- representados pelos políti-
José Sócrates balho e o seguro social cos e afastam-se da activi-
contra desastres no traba- dade cívica e política. Seria
Comemorar a República lho. bom que nas comemora-
não é comemorar o 5 de Comemorar a República ções este tema, além de
Outubro de 1910. Isso seria significa honrar os capitães não ser esquecido, fosse
reduzir as comemorações de Abril, que restituíram ao discutido e aprofundado.
ao “menos” importante. povo a liberdade fechada a Seria um novo sinal de
Seria não termos memória sete chaves pela ditadura esperança numa democra-
para compreender a “A Lei fascista e a todos abriram cia mais participada e
de Separação do Estado e horizontes de esperança melhor.
das Igrejas, de 1911” e num Portugal mais justo, Muito tem a escola que
tudo o que isso viria a mais próspero e mais soli- fazer…
representar no futuro. Seria dário. Antes que seja tarde
não reconhecermos os 75% Comemorar a República é demais…
de analfabetos e o enorme comemorar uma perspecti-
Licínio Borges

Índice
PROJECTOS E INICIATIVAS DO PNL Pag. 03
A ESCOLA NO PARLAMENTO... DOS JOVENS! Pag. 04
FOI ASSIM… NA NOSSA ESCOLA! Pag. 05
NESTE PERIODO FIZEMOS... Pag. 06
NESTE PERIODO FIZEMOS... Pag. 07
NOTICIAS... Pag. 08
SUGESTÕES LÁ FORA... Pag. 09
FOI ASSIM… NA SEGUND GUERRA MUNDIAL! Pag. 10
“ERRAMOS … MAS NÃO SOMOS UM ERRO” Pag. 11
ÚLTIMAS Pag. 12

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ANO 1 - NÚMERO 2 P ÁGINA 3

Projectos e Iniciativas do PNL


“Fala, Escreve, Acerta e… Ganha”
Na sequência de um convite para participação
de alunos do 2ºciclo no programa, “Fala, Escreve,
Acerta e… Ganha”, dirigido à escola EB2,3/S de Mon-
dim de Basto, pela empresa de produção audiovisual
Coral Vision Europa, uma equipa de quatro alunos,
três efectivos e um suplente, (Mariana e Eduardo, da
turma A, Gonçalo, da turma B e ainda Pedro, da turma
E, todos do 6º ano), sob a responsabilidade da profes-
sora de Fernanda Queirós, participaram na gravação que ocorreu no
passado dia 27 de Novembro de 2009.
Este programa televisivo tem como objectivo promover o gosto
pela leitura, testando os conhecimentos de Língua Portuguesa dos
concorrentes, incidindo cada episódio sobre um livro em particular.
A equipa mondinense, auto-denominada “Fisgas de Ideias”, venceu o PLANO
conceituado CLIP (Colégio Luso-Inglês do Porto).
NACIONAL

DE
PROJECTO PARA AS FAMÍLIAS
Recebeu a nossa Biblioteca, pela mão da coordenadora Adelina Pinto, um LEITURA
Dvd do PNL, contendo o testemunho de gente importante do nosso meio
onde o grande enfoque é o apelo que todos fazem para a promoção da leitu-
ra. Dada a impossibilidade de transcrevermos aqui a opinião de todos, optá-
mos pela do professor Marcelo Rebelo de
Sousa, nome que não precisa de apresenta-
ções: “ A propósito de livros, o fundamental é
o seguinte: nós avós, nós pais, sou pai e
avô, temos uma grande responsabilidade.
Porque temos fugido a essa responsabilida-
de? Lê-se pouquíssimo em Portugal. É uma
vergonha. Contra mim falo. Contra a minha
família falo. Eu leio muito, mas leio pouco
para os meus netos. Leio mais para os meus
filhos. Os meus filhos… o meu filho já tem
quatro filhos, lê pouco aos filhos e até a
minha nora. E é uma responsabilidade nos-
sa. Porque temos de dar o exemplo. Se nós
não lemos para eles, se eles não lêem para
nós, quando é que mais tarde vão ler? Ficam
o quê? Agarrados ao computador, agarrados
à internet… mesmo que seja à televisão. E o que perdem… e o que poderiam imagi-
nar… os livros que poderiam ler!...

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P ÁGINA 4 A NO 1 - NÚMERO 2

A ESCOLA NO
PARLAMENTO...
...dos Jovens!
.

O primeiro centenário da
República portuguesa,
em 2010, merece ser
assinalado por transfor-
mações neste regime político que ainda não conseguiu a adesão massiva da população. Com efeito, este
regime dá sinais de uma certa imaturidade, marcada por um forte absentismo do eleitorado em vários dos
sufrágios a que é chamado a participar, fazendo-nos crer que tem, ainda, diversas fragilidades. Como
jovens e como o futuro do nosso país que pretendemos ser, queremos contribuir para o seu aperfeiçoa-
mento e tornar o regime melhor, propondo medidas que incentivem a participação de todos na vida cívi-
ca/política. Se queremos melhorar a qualidade de vida em comunidade, o primeiro passo que devemos
dar é em direcção a uma República mais sólida, vivida e representativa, o que só é possível com a parti-
cipação da maioria da população. Acreditamos que as gerações adultas não ficarão indiferentes às
sugestões dos jovens e que a República solidificará, mantendo-se jovem e encontrando respostas para
os novos desafios da globalização sabendo acompanhar o progresso da humanidade. Neste âmbito, os
deputados efectivos, Maria João Ribeiro, Ana Sofia Lourenço, Pedro Filipe Peixoto e Daniela Rosa
Pacheco, acompanhados pelo deputado suplente, Emiliano Saldanha, propuseram:
1. - Tornar o voto obrigatório;
2. - Actualização automática dos cadernos eleitorais, no registo civil
3.- Proibição de candidaturas a cargos políticos a quem tenha sido condenado por crime de corrupção ou
não tenha exercido o direito de voto.
Com uma magnífica prestação em Vila Real, a equipa vai cheia de vontade para em Lisboa fazer ouvir a
sua voz. E a escola apoia-os incondicionalmente. Até lá...
A equipa constituída pelos
deputados efectivos, David
Lange Silva e Diogo Marcelo
Fraga e pela deputada
suplente Mafalda Cristiana
Silva, e ainda pela repórter Filipa e pelo repórter fotográfico Ricardo,
apresentaram um conjunto de medidas que mereceu a concordância
absoluta do júri do projecto. Segundo eles, estas medidas vão prepara-los melhor para a adolescência e
para a vida sexual. Desejam ainda que as medidas propostas, permitam desenvolver competências nos
jovens que facilitem escolhas informadas e seguras, valorizem a sexualidade responsável e informada
reduzindo consequências negativas (ex. Gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis).
Esperamos que: melhorem os relacionamentos afectivo-sexuais; habilitem para fazer face a formas de
exploração e abuso sexual; facilitem a compreensão científica da reprodução humana.
Pretendem, ainda, com estas medidas que: na sexualidade seja mais valorizada a
afectividade; seja respeitado o pluralismo de concepções na sociedade; seja aceite a
orientação sexual de cada pessoa. Achamos que, serão eliminados/diminuirão
comportamentos de discriminação sexual ou violência em função do sexo ou orientação.
Por fim, afirmar a importância da participação no processo de Educação Sexual dos pais, alunos, profes-
sores e técnicos de saúde.
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ANO 1 - NÚMERO 2 P ÁGINA 5

DO LIXO SE FAZ ARTE... FOI ASSIM...


… NA NOSSA ESCOLA!

Esta proposta de trabalho foi planificada pelo Grupo de Educação Visual e Tec-
nológica e dada a conhecer em reunião de Departamento de Expressões o qual
também assumiu a responsabilidade de participar na sua dinamização e em
todos os conselhos de turma do segundo e terceiro ciclo do ensino básico.
Esta actividade está inserida na planificação da disciplina, através da qual, os
alunos irão aplicar as suas aprendizagens de acordo com as competências
adquiridas. Cada turma irá projectar e criar uma forma tridimensional
(Esculturas).
Assim, os professores de E.V.T., E.V, E.T e os Educadores do Pré-Escolar e
Professores do 1º ciclo, procederão à realização com os alunos /turmas interve-
nientes de um trabalho (Esculturas) reutilizando materiais, que serão colocados
no espaço exterior da Escola e posteriormente em espaços públicos da Vila de
Mondim. Esta actividade ira ser enquadrada no P.C.T.com as articulações possí-
veis, tendo como meta principal, a promoção da aprendizagem e sucesso global
dos alunos.

Enquadrada no projecto Escola-electrão, dirigido às escolas dos 2º e 3º ciclos do


ensino básico e do ensino secundário, com o objectivo de sensibilizar os alunos e a
comunidade escolar para o correcto encaminhamento dos resíduos de equipamentos
eléctricos e electrónicos, o Agrupamento Vertical de Mondim de Basto entregou no
passado dia 24 de Fevereiro, 2,3 toneladas de resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos ao camião da
Escola Electrão. Para que fosse possível obter este elevado número de resíduos participaram todos os elementos da
comunidade escolar, bem como a câmara municipal deste concelho, disponibilizando uma carrinha para a recolha
dos resíduos pela freguesia.
Como responsáveis deste projecto na escola estão os pro-
fessores Telmo Augusto, Manuel Oliveira e Manuel Martins, profes-
sores dos Cursos de Educação e Formação de Electricistas de Insta-
lações (9ºE) e o Curso Profissional de Electrónica e Telecomunica-
ções (10ºF). Os alunos destas turmas fizeram uma campanha pela
vila, no sentido de sensibilizar a população para a necessidade eco-
lógica da entrega destes resíduos, propondo fazer a recolha destes
gratuitamente. Depois desta campanha já se recolheram mais alguns
resíduos, no passado dia 2 de Março, que se encontram depositados
na escola para futura recolha pelo camião da Escola Electrão.
Os alunos das referidas turmas preparam-se agora para
estender esta campanha às populações das freguesias do concelho, informando-os que uma carrinha da câmara fará a
recolha dos resíduos.

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P ÁGINA 6 A NO 1 - NÚMERO 2

N E S TE P E R I O D O F I Z E M O S . . .

… UMA VISITA DE ESTUDO AO CENTRO DE CIÊNCIA DO EUROPARQUE!


No cumprimento da planificação anual de actividades, o grupo de Informática do agrupamento vertical
de Mondim de Basto realizou, no passado dia 2 de Fevereiro uma visita de estudo com as turmas do 10º D e do
11º E do Curso Profissional de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos ao Centro de Ciência do Euro-
parque – Visionarium, acompanhados pelos professores de Informática: Anabela Leite, Rui Barreiro e Paula San-
ches.
Esta visita teve como finalidade enriquecer os alunos despertando-os para os meios audiovisuais e para
as tecnologias de vanguarda, bem como promover a qualidade das aprendizagens e incutir o espírito de valores
cívicos e cidadania como forma de combater o abandono escolar.
Apesar das 2 horas de viagem para
cada lado, a visita decorreu de uma for-
ma agradável e educativa. Os alunos
participaram num workshop, cujo tema
foi a Fotografia. Aqui construíram uma
máquina fotográfica a partir de uma
caixa de cartão, e tiraram a fotografia,
controlando a quantidade de luz que
incide no negativo e por fim aprende-
ram os segredos da revelação. Revela-
ram os negativos da foto e finalmente a
positivação da fotografia, ou seja, pas-

… UMA VISITA DE ESTUDO À FUNDAÇÃO DE SERRALVES!


E visita de estudo foi assim…
Nós, Turma do 5ºE, acompanhados pelos professores, Isaura Sousa e Vitor Sousa, saí-
mos de Mondim de Basto, às 8.30h,em direcção ao Porto. A viagem estava a correr bem, senão
fosse o percalço alheio a nós, um grande acidente na auto-estrada, que nos fez esperar algum
tempo; tirando isso, lá continuamos o nosso percurso e chegámos ao nosso destino; “Fundação
de Serralves”! É nesta instituição, onde se encontra o museu de Arte Contemporânea, um dos
mais importantes do país: acompanhados por um monitor, começamos por visitar os magníficos
jardins, em que o monitor nos ia explicando as várias curiosidades. Observamos também a casa
da Fundação também ela, só por si, uma obra de arte arquitectónica. Prosseguimos com a visita ao interior, na
parte da biblioteca e às salas de exposição do museu, onde se encontravam muitas obras de arte de inúmeros
artistas.
Fizemos uma pausa para almoçar. Seguidamente, fomos a “sea life”, um oceanário de
peixes de água doce e salgada. Os peixes eram belíssimos, com nomes muito engraça-
dos! Observamos o peixe palhaço, o porco palhaço, por que eram muito coloridos, com
desenhos que fazem lembrar os palhaços. Vimos ainda, os tubarões, as raias, entre
outros. Visitamos ainda o” Castelo do Queijo”, podendo a partir da fortaleza, apre-
ciar a imensidão do mar!
Estava na hora de regressar! Foi um dia fantástico e bem passado!
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ANO 1 - NÚMERO 2 P ÁGINA 7

N E S TE P E R I O D O F I Z E M O S . . .

… UMA VISITA DE ESTUDO A BARCELOS!


As Turmas do 5ºE, 6ºC,D e E, no dia 16 de Março, acompanhados pelos professores, Isaura Sousa,
Francisco Veiga, Vítor Sousa e Olga Gralhós, fizeram uma visita de estudo ao museu de Olaria de
Barcelos. O museu encontra-se neste momento em obras e por esse facto as instalações actuais do
museu, são provisórias, por essa razão, os grupos de alunos que tinham previsto, realizar uma oficina
de pintura e desenho, tiveram de fazê-la em dois períodos, de manhã e de tarde. Os alunos tiveram a
oportunidade de expressar a sua criatividade e aplicar técnicas já aprendidas. Enquanto os dois gru-
pos procederam à parte pratica, o grupo restante visitou a exposição sobre peças utilitárias e de
decoração, na Câmara Municipal de Barcelos, situada no centro histórico da cidade, onde se encontra
perto as ruínas do museu de Arqueologia e onde todos tiveram a oportunidade de apreciar e usufruir
da magnífica vista sobre o rio Cavado. Fazendo-se depois o inverso com o outro grupo. O almoço foi
no parque da cidade, também um local muito aprazível. Realizada a visita regressámos para a Vila de
Mondim de Basto, mais enriquecidos com esta experiência pedagógica, cultural e lúdica.
Desta forma, foram cumpridos os objectivos da visita de estudo, programados pelo grupo de Educa-
ção Visual e Tecnológica, nomeadamente: a importância da actividade cerâmica, ao longo dos tempos,
a sensibilização dos alunos para a preservação e valorização do património, assim como explorar de
uma forma atraente, lúdica e pedagógica, a criatividade e expressividade dos alunos.

OS ALUNOS

DA EB1 DE

VILAR DE

FERREIROS

VIERAM À

BECRE DO

AGRUPA-

MENTO…

… A PRIMEIRA DE MUITAS MAIS! BOLET IM DA BIBLIOT ECA


P ÁGINA 8 A NO 1 - NÚMERO 2

NOTÍCIAS ... DIA MUNDIAL DA


POESIA
Dia 21 de Março … o Dia Mundial da Poesia…

A BECRE na 1ª No âmbito da cele-

feira rural bração do dia mundial da


poesia, a Becre do Agrupa-
republicana mento de Escolas de Mon-
dim de Basto comemorou a
A equipa da BECRE acei- data com a construção da
tou o repto lançado pela comissão árvore da poesia. Esta iniciativa visou a associação da come-
das comemorações do centenário moração do dia da poesia à comemoração do dia da árvore. A
da república e participará na 1ª fei- actividade teve como principais objectivos divulgar e promover
ra rural republicana com um quios- a poesia e o gosto pela leitura, bem como reforçar a importância
que, pretendendo, desta forma, das competências de leitura.
divulgar, junto da comunidade
educativa, jornais, revistas literá- O POETA POR ELE PRÓPRIO
rias, livros, folhetins da época, “Não se escreve com emoções; escreve-se com a memória.
Como um oleiro, ao trabalhar num vaso, quando escrevo estou só
entre outros. preocupado em transformar essa memória em palavras, em música.
“ Sentir, sinta quem lê”, como dizia o Fernando Pessoa.”
Eugénio de Andrade, in Jornal de Letras, Artes e Ideias, 29 de
Novembro de 2000

DESFILE DE CARNAVAL...
Perante um magnífico dia de sol, o Jardim de Infância e algumas escolas do 1º Ciclo desfila-
ram pelas ruas de Mondim comemorando mais uma vez o Carnaval. Os objectivos a atingir
eram:
- Progredir nas competências de percepção sensorial
- Viver a interculturalidade de forma lúdica
- Conhecer símbolos associados
- Estimular a imaginação, a fantasia e o sentido de humor
- Integrar-se na comunidade.
Naturalmente que foi uma óptima oportunidade para se associarem às comemorações do Cen-
tenário da República.
Parabéns a todos os participantes.

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ANO 1 - NÚMERO 2 P ÁGINA 9

SUGESTÕES
Cá também se sabe escrever... LÁ FORA ...

“Atei. Memó-
“Ermelo. Os rias até à sua “Rimas Paro-
jogos da
“Mocidade em extinção como las—M o nd i m
minha infân-
cia” de Manuel V er s o” de concelho” de Outrora” de PU
Franco de Vilas Dr. Eduardo Luis Jales de BL
Marinho
Costa.
da
Teixeira Lopes Oliveira
ICA
Boas ÇÕ
ES
Livro terno e delicioso Primeiro livro de poesia Ao longo de 299 páginas O”Ginho” é um lavrador
que recorda, entre o dada à estampa por este o autor faz-nos um retrato de palavras. Das palavras
sagrado e o profano os autor onde nos dá a fiel da História e Geogra- que todos gostaríamos de Cada colheita é vinta-
jogos da nossa infância conhecer com bastante fia daquele antigo conce- semear mas que ele o faz ge: no encanto, nas
num lugar, Ermelo, onde profundidade os seus lho. Socorre-se de abun- por nós, sem nada pedir sensações, na tonalida-
a vida, até se fazer a idade tempos de juventude. A dantes fontes fidedignas e em troca. Mas como é um de no sentir puro e
de ir para a tropa, corria vida na terra natal, Barce- é com base nelas que poeta, junta a cada pala- cristalino de um mon-
devagar, muito devagar los, a família, os sonhos constrói este trabalho vra uma pitadinha de dinense de “antes que-
entre as reguadas do pro- de jovem, os amores nun- incontornável para os olfacto e de tacto recolhi- brar que torcer”. Por
fessor, reforçadas em ca atingidos porque valo- estudiosos de assuntos dos e sentidos em cada tudo isto vale a pena
casa, e, os afazeres res mais altos se levanta- locais. A não perder. canto da “Bila”, desde a (re)visitar esta e todas
domésticos. Imperdível. vam. A ler com muita Rua das Lajes às margens as outras obras do Luís
atenção. do seu rio de sempre, o Jales.
Tâmega.

… depois dos Oscares!!


“A expres-
são que mais
nia que até contou com algumas
surpresas (como no Melhor
as atenções em inúmeros festivais e
premiações. Para Cameron ficam os
FILMES
se usará para Filme de Língua Não-Inglesa, milhões das bilheteiras e o impulso
comentar por exemplo), cedo se reparou económico que deu à indústria cine-
esta cerimó- que Kathryn Bigelow iria matográfica”.
nia de entre- ganhar a disputa ao ex-marido,
ga dos pré- quando amealhou as categorias Um último con-
mios da de Som e manteve a tradição de selho: vão ver os
Academia juntar o prémio de Melhor dois, pois são
de Artes e Montagem com a consagração excelentes fil-
Ciências é “David venceu de Melhor Filme. Ignorado pelo mes!!
Golias”: Estado de Guerra público (e as distribuidoras têm
arrebatou 6 estatuetas contra o quota parte de culpa), o filme Francisco Veiga
favoritismo de James Cameron foi resgatado pela crítica e
e o seu Avatar. Numa cerimó- desde logo começou a chamar

PORTUGUÊS…”a língua natural de uma canção pop”...


Há cerca de dois anos atrás li o português parecesse "a língua co descobriu querer ouvir. E
MÚSICA
numa revista: "Quem é esta natural de uma canção pop". Na tu? Já descobriste esse gosto
gente que entra de rompante altura em que as revistas do pela música portuguesa? Aqui
pela nossa música adentro?" género o reportavam, o público ficam pois três sites para dar
Esta gente era Tiago Guillul, já tinha respondido a essa largas à tua escolha, com músi-
João Coração, Samuel Úria e "naturalidade" do gesto, com- cas, concertos e noticias:
Manuel Fúria, eram também prando discos e enchendo con- HTTP://WWW.FLORCAVEIRA.COM
os Pontos Negros, B Fachada, certos com a euforia própria de HTTP://AMORFURIA.BLOGSPOT.COM
HTTP://EDITORACATADUPA.BLOGSPOT.COM
Feromona, Smix Smox Smux quem vive e testemunha algo de
ou Diabo na Cruz,entre outros, especial - um encontro de inten- Espero que gostem e…
músicos e bandas divididos ções, digamos. Não é o caso do … BOA MÚSICA!
entre as Flor Caveira, a músico que dá ao público o que Francisco Veiga
Amor Fúria ou Catadupa. o público quer ouvir: o músico
Eram gente que fazia com que deu ao público algo que o públi- BOLET IM DA BIBLIOT ECA
P ÁGINA 10 A NO 1 - NÚMERO 2

FOI ASSIM...
… NA SEGUNDA GERRA MUNDIAL! ANNE FRANK

Passaram 60 anos… porém ninguém esquece os aconteci-


mentos ocorridos durante a segunda guerra mundial. Por isso, e
tentando mostrar aos mais novos que a memória se deve perpe-
tuar, a BECRE desenvolveu, no dia 27 de Janeiro, actividades
para comemorar o dia da vítima do holocausto. Foram apresenta-
das imagens e pequenos
filmes ilustrativos dos
horrores vividos, bem
como a história da cons-
trução dos campos de
concentração e extermínio. Paralelamente, foi evoca-
da a memória de uma das vítimas mais célebres do
holocausto: Anne Frank. O Diário de Anne
Frank é um retrato fiel das dificuldades
vividas pelos judeus durante a segunda
guerra mundial, evocado agora com maior
relevo com o desaparecimento da sua fiel
guardiã durante mais de 60 anos.
A exposição patente no espaço da BECRE
foi visitada por inúmeras turmas que, além da visita, puderam assistir
a alguns episódios da famosa série televisiva “Allô! Allô!”.

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P ÁGINA 11 A NO 1 - NÚMERO 2

“ERRÁMOS …
HISTÓRIA DE UM ADICTO... MAS NÃO SOMOS UM ERRO”

1ª PARTE rer do tempo, cada vez mais vinham a acreditar; a confiança que
vinham a depositar em mim (tal e qual como eu, também eles esta-
Se me perguntarem qual a passagem da vam a mudar) Davam-me aquela força que até ali não tinha senti-
minha vida mais marcante, entre algumas do, nem aproveitado; eu sentia isso nas suas atitudes, nas palavras,
outras mais ou menos relevantes que percor- no seu olhar… sentia que devia estar feliz, por mim e por eles, que
reram a minha infância, adolescência ou também me retribuíam aquela tranquilidade que, já nem me lem-
idade já adulta, vem-me imediatamente à brava que alguma vez fizesse parte da minha existência!
memória, neste momento, a minha permanência, relativamente Aquela tranquilidade que ia afastando de mim o medo de enfrentar
recente, num centro clínico de recuperação, durante um período de situações problemáticas graves, mais ou menos graves ou até de
seis meses, onde me confrontei com determinadas regras, adequa- uma importância menor, que se iam acumulando, para mais tarde
damente rigorosas; terapias de grupo, baseando-nos, muito hones- se transformarem em montanhas de problemas cada vez mais com-
tamente, no lema: “arrisca, partilha e confia”; trabalhos escritos, plicados, que ia tentando justificar com desculpas cada vez mais
à medida que íamos evoluindo nos passos do programa terapêuti- esfarrapadas, se me é permitido afirmá-lo, chegando ao ponto de
co, entre diversas tarefas que nos eram sugeridas individualmente já não encontrar álibis para justificar as próprias justificações,
ou em grupo, que deveríamos aceitar, quantas vezes contrariando acabando por, em determinada altura, desistir de o fazer, porque
a nossa vontade através de um esforço suplementar, controlando e tudo isso me cansava, única e simplesmente!
gerindo o tempo e o espaço possível. Verificámos que, com a sere- O medo ia-se instalando no meu subconsciente e quando se evi-
nidade que aos poucos íamos adquirindo, algo se modificava em denciava mais claramente, abandonava-me ao isolamento, num
nós e aquela ansiedade de que não éramos capazes, se transforma- mundo fechado, longe das pessoas, tendo apenas por companhia, a
va em que éramos capazes disso e muito mais, através da boa von- minha amante predilecta – o álcool ou as drogas – que procurava,
tade, honestidade e mente aberta. Os velhos costumes e defeitos de (coragem para isso não me faltava) mesmo sabendo de antemão,
carácter iam ficando na gaveta das influências do passado.
das vergonhas, da humilhação ou dos inventários a que estava
Tínhamos vencido uma batalha, mas a guerra não tinha acabado!
Outras lutas teríamos de travar ali e, depois, pela vida que Deus sujeito, arriscando progressivamente a minha saúde física e men-
nos quiser dar, na confrontação com a realidade quotidiana do tal.
mundo que nos esperava lá fora!
Sinto muitas saudades das pessoas com quem convivi durante
aquele tempo e, muitas vezes encontro-me a recordá-las, tentando
imaginá-las, com vontade de as voltar a encontrar pessoalmente, já
que, estão sempre presentes no meu pensamento, tantas são as
“VOCÊ NÃO PRECISA DE ATESTADO MÉDICO POR TRINTA
afinidades que nos unem, mas a distância que nos separa e o
decorrer do tempo traz-me a preocupação de não as voltar a ver! DIAS, MAS DE UM TRATAMENTO DE ALGUNS MESES!
A Paula, o Arnaldo, o Paulo Laranjeira, o Gonçalo, o Mário, a
Valéria, o Pedro Lopes, a Emília e tantos outros residentes, a quem Se a anteriormente me apresentava com
agradeço imenso a ajuda que me deram; vem-me frequentemente à as mãos trémulas diante do médico, ago-
lembrança a imagem do José Neves (meu conselheiro) e a Patrícia, ra todo eu tremia, mas, estranhamente,
do grupo terapêutico, com quem partilhei momentos marcantes da com a sensação de uma certa serenida-
minha vida, em situações individuais ou em grupos de sentimentos.
de! Estaria eu com pena de mim próprio,
Sinto uma certa tranquilidade ao recordá-los e, agora, reconheço
que também foi isso, o que me tentaram transmitir. No entanto, entraria em autopiedade na tentativa de
uma certa tristeza me assola, por todos aqueles que não consegui- me serenar?! Não sabia identificar ver-
ram ter a força suficiente para vencerem a batalha que traváva- dadeiramente a situação e nem hoje o consigo muito bem, verdade
mos! Amo-os a todos, não sem sentir, olhando para trás, a nostal- seja dita!
gia que muitas vezes me invade! Muitas vezes por eles fui confron-
tado, quando algo comigo não estava bem e tentava arranjar álibis Passei em frente ao “Ás de Copas”. Entrei. Pedi um copo de vinho
para justificar a quebra do cumprimento de determinadas regras, o tinto e depois outro. Bebi em silêncio, com aparente tranquilidade!
agir em vontade própria, não ser capaz de contrariar a minha
Paguei e saí. Tinha parado de tremer!
vontade, ser arrogante e pouco assertivo ou partilhar determinadas
ideias e opiniões com quem queria e bem entendia e…muitas
vezes… os confrontei também! “Se continuas assim, acabas por ficar sozinho!”
Fui aprendendo a aceitar a verdadeira ajuda que me era transmiti-
Nada mais me foi dito e eu nada disse.
da e a saber, cada vez mais, a controlar as minhas atitudes e com-
portamentos. Não me senti mal com isso e, narcisismo à parte, um
certo orgulho se apoderava de mim, que partilhava, naturalmente,
sem qualquer problema!

ALGO DE EXTRAORDINÁRIO SE ESTAVA A PASSAR!


Cada vez mais sentia a vontade de mudar, aprender, vencer a bata-
lha que tinha pela frente e, eu estava determinado a isso!
As pessoas mais próximas aguardavam ansiosas, mas com o decor- José S. Antunes

BOLET IM DA BIBLIOT ECA


ANO 1 - NÚMERO 2 P ÁGINA 12

CANDIDATURA A equipa da biblioteca do Agrupamento de Esco-


las de Mondim procedeu em Fevereiro à candida-
RBE 2010 tura conjunta do Agrupamento e da Câmara
Municipal ao apetrechamento da futura biblioteca
do Centro Escolar de Mondim visando criar con-
dições objectivas de apoio aos alunos do 1º ciclo e
dos Jardins-de-infância.

A Câmara Municipal de Mondim de Basto pretende com


esta candidatura prestar auxílio e colaboração técnica às
escolas, no domínio da criação, organização, gestão e fun-
cionamento das bibliotecas escolares. Pretende também
participar e fomentar a formação contínua dos profissionais
envolvidos no serviço técnico das bibliotecas escolares,
quer na sua componente técnica, quer na de animação e
promoção da leitura, bem como promover a articulação das
bibliotecas do concelho com a Biblioteca Municipal de
Mondim de Basto, tendo sempre como objectivo a promo-
ção da leitura e a rentabilização dos méis disponíveis.
É também objectivo desta candidatura promover a criação
de uma rede de leitura concelhia, onde a biblioteca itine-
rante assumirá um papel fundamental, pois pretende-se
facilitar a difusão e circulação das unidades documentais
pelas escolas do concelho além aconselhar na selecção de
unidades documentais a adquirir, tendo sempre em consi-
deração o público-alvo de cada escola.

GUIA PRÁTICO DE PROCURA DE EMPREGO


Está à procura de emprego?
Não é fácil encontrar emprego, especial-
mente nos tempos que correm! A situação
actual do mercado de trabalho, exige uma
procura activa de emprego, isto é, procu-
rar emprego de forma persistente e organi-
zada.
Para ajudar nessa tarefa o “Curso de
Operador de Informática – Efa b3” ela-
borou um excelente “Guia prático de pro-
cura de emprego” de onde sobressaem as
técnicas, a carta de apresentação, a Entre-
vista e a Criação do próprio emprego.
Pode consultar o Guia na BECRE.
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