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A madeira 6, certamente, 0 material mais utilizado pelo amador, jé que é de facil manejo, além de s6- lida e eldstica. Pode submeter-se a esforcos importantes e manejar-se sem grandes dificuldades. Uma das técnicas mais simples 6 a perfuragao. Como em qualquer opera- ¢do de «bricolage», exis- tem alguns truques e arti- (© que na perfuragio do metal ou plas- tico se chama atragador, na madeira denomina-se «puncionado» Utiliza-se para tal um pun¢ao, que sera ‘quadrengularmente. Com ele po ‘mos guiar a broca com exatidéo, pois do contrario esta poderé escapar. Para os furos maiores (com um diame- trode22 mm a 78 mm) utilizam-se bro- cas extensiveis, que 86 se conseguem fixar utifizando uma maquina universal. Se se trata de perfurar madeira dura, nao se deve pressionar demasiado, mas penetrar 808 poucos. Perfurar a madeira Para furos de diametro que oscile entre 6 mm e 32 mm, uiliza-se um magarico espiral, que proporciona um bom wca- minho» & broca, sobretudo se se tretar de pegas de madeira demasiadamente ‘gr0382, Utiliza-se nestecasoum arco de ue. eer Se as cabegas dos parafusos incomo- darem, por motivos éticos ou tecnicos, numa pega de madeira, deve-se embu- tila, Isso fez-se usando o escariador (também chamado «broca de ponta co- ican), para o que se requer ume perfu- tadora manual ou mecdnica. ficios que o amador de- vera considerar se quiser simplificar 0 seu trabalho. Nestas ligdes, procuramos mostrar esses truques, além de ensinar como se usam corretamente as pe- gas da maquina universal @ como se utilizam os ber- bequins, assim como o modo de aplicar os mol- des para fazer a perfu- ragao. As brocas introduze! madeira como qualquer broca. Ha que perfurar a peca até que a ponta aparece Go outro lado, Em seguida, perfure-se por este Ultimo lado, das pegas, pois caso contrério a madeira costume quebrar-se. Depois do escariado para alojar a ca: beca do paratuso, realiza-se no centro exato da perfuragao, com a broca mais delgada, 0 furo para insergao do pes coco do parafuso e da rosca. Com um cravo dissimular-se-8 acabega do para: fuso alojado recomenda-se um molde auxilier. vertical- ‘ficaz se- ‘gundo o molde quando $e tiver 2mm de profundidade. Tudo isso ¢ feito com ‘a méquina em funcionamento. Se se tiver de furar metal e madeira numa s6 operagdo — uma placa de aluminio ~ lizar-se uma broce para met Punciona-se primeiro 0 metal. ‘avango © volocidade da perfuracio ‘adaptem-se ao material mais duro. As perfuracdes semicirculares no se podem realizar diretamente, ja que @ broca sem guia escapava. Ha um truque para isso: coloca-se junto & pega outra, ipa auxilier e unem-se com gerrotes. Appropria jungao servird de guia para a broca. ra furos cegos, até uma determinada profundidade, 6 necessério um travao, que se pode confeccionar perfurando um bocado de madeira quedranguler, de modo que forme uma especie de ragadeira, Devemos cortar o taco de acdrdo com a distancia desajada. {usem-se mao). Se o metal for ante a perfuraco esfriamos com au Atengéo: @ agua, em combinacéo com ‘alguns metals, tinge certas madeiras. Debaixo das tabuas ligadas entre si, coloca-se um pedaco qualquer de ma- deira, a fim de se conseguir que, quando a broca sair do outro lado, nao Provoque rebarbas ou estrigs. Tratan- Go-se de madoiras duras, utilizam-se broces com ponta de ago rapido. “a Furos para cabecas de parafuso. Paro isso utilizam-se escariadores ou brocas ‘com formato c6nico fixas na maquina universal. A penetragao 6 graduads na coluna mediante uma anilha com pas- ‘sador enroscado. Deve evitar-se que 0 paratuso ressalte. Porfuracao prévia para uma caixa ou entalhe. Para tal, usa-se uma broca cen- se toquem. As pontas de ambos os dos eliminam-se com um formao. Porturagdes de grande didmetro ou e3- simétrieas, em placa de compensado, 880 de dificil execugdo. Quando o mate- fial néo ultrapassa os 25 mm, pode-se fezer um furo prévio com 0 auxilio de um furador manual e contorné-lo por meio de um serrote de ponta. Um acessorio imprescindivel é esta mesa de serrar, para um manejo facil da serra na sua evolucao. ‘A lamina monta-se som uma tensao excessiva, Os dentes devem estar orientados para 0 cabo. A posigao da serra é importante. Deve manter-se normal a superficie do ma- terial. Mais cémoda é a serra elétrica, 2 que se podem adaptar outros acessérios (perfuragao e polimento) Para qualquer trabalho de ent the dispomos de uma lamina espe- cial Entalhe A serra de entalhe nao se usa $6 no fabrico de qualquer variedade de brinquedos, mas tam- bém se pode utilizar em todos os tipos de metais e mesmo de plasticos. os... o Conforme a extensao do arco, assim se podem trabalhar objectos de di versa profundidade. A serra elétrica é recomendada para amadores de enta thados. Na serra manual e na elétrica, as laminas sao as mesmas. Podemos trabalhar inclusivamente metais, para os quais existem !aminas de maior dureza, “uy r [ —_ i A SS Os circulos interiores tragam-se pri meiro na madeira e, apos se fazer um furo introduz-se a serra e x S oe pet sada pelo buraco e fixa-se na outra extremidade do arco Para fazer recortes redondos gira-se objeto sobre a mesa de serrar. Mantor a serra bem controlada. ‘As laminas. Da esquerde para a direi ta: para madeira (fina, grossa e em heélice), para plasticos e para metais. ‘As pranchas de plastico nao criam re- bordos se trabalnamos cuidadosa- mente com uma lamine fina. Folheado Atualmente, os marcenei- ros fazem o folheado com prensas hidrdaulicas. Nesta ligao indica-se c modo como um amador pode conseguir uma superficie folheada im- pecavel sem recorrer a sis- temas industriais. Mas para isso temos de obedecer, evidentemente, a certas re- gras. 4 O,papel para juntas mantém se durante © folheads. Desta modo evite-se com toda a seguranca que se possam produzir quebras even 5 Por moio de um papel isole-se 0 placa externa do prensado de placa que se folheia Caso contra rio, a folha pegaria & primeira pla ca, provocando transtornos. Recortar a fotha @ fixé-la com um . forno e uma ripa sobre uma base Evite-se assim que as folhes se Se partam. Recorter com @ serra uma lS folha apos outa ‘ + = >. 2 fumes: segurar as fohas entre duas placas planas. Passar a plaina nos bordos de folha ate eliminar, por completo, todas as fissures. 0 papel para juntas é delgedo colado. O lado com cola hu- medece-se com uma esponja es corridae pega-se sobre a uniao ou jungao das folhas (© tamanho ou maiores, para que a folha receba uma pressao homogénea. A uma maior espessure da placa de pressio corresponde uma regularidade maior na pressao. Os grampos colocam-se no centro, para que a cola se espaihe até fora e nao forme bolhas de ar no centro. A cola devera ser usada em menos quantidade para fora Prensa de ocasiao, quando naose As sobras nas bordas eliminam- © papel da colagem & humede- dispde de grampos ou garrotes. “se toscamenta, aplainando-se cido com agua e eliminado com Coloca-se uma ripa no canto bem as arestas. Procedendo deste um formao, raspador ou lima de gpartam-se 08 grampos, para po- modo, nao se provocam deterio- gro fino. A raspagem realiza-se intercalar as cunhas. rag6es na folha, quando do humedecimento. ‘A junta em cruz consiste om quatro folhas, dispostas de modo que se confrontem longitudinal e horizontalmente. Nesta soluco, temos de pro- veio, cada folha serd invertida curar cortar, em primeiro lugar, os extrembs frontais com o serrote de ‘om rolagao a anterior, sobre- folhear, para que o veio coincida exatamente. Depois da colagem, podemos. tudo em folheados ricos. esquadriar os robordos longitudinais. As folhas de pléstico que imi 41 Em seguida, com ume régue Eliminam-se entao as pontas tam 0 veio da madeira natural metalica, orienta-se 0 corte da folha e, finalmente, como sobrepoem-se nos cantos © ‘segundo a «meia-esquadrian e Gltima operagao, proceda-se & colam-se até se entrecruza- cortam-se as duas folhas. colagem do canto com a ajuda rem. Deve-se proceder com muito do ferro de passar. Existe uma boa dizia de siste- mas de uniao da madeira, mas 0 mais facil de todos eles @ 0 que melhor se adapta a nossa pericia nestes trebalhos é 0 cravo, sobre- tudo nos casos em que nao se exige um acabamento muito per- feito de encaixe nem ta0-pouco se exigem muitos esforgos a tragao e ao estorgo. Entre outros, tal pode ser 0 caso de pegas como caixotes, armacoes e outros elementos de madeira que devem permanecer sempre uni- dos. © cravo tem essenciaimente duas fungées: a primeira é propor- cionar uma uniao estavel entre duas pecas de madeira, a segunda € constituir um sistema facil de montagem das mesma. Nos estabelecimentos do ramo costuma haver cravos de diversas grossuras @ comprimentos, com ranhuras espirais no exterior que tém 0 mesmo sentido do recheio da cola, Deste modo, consegue-se uma excelente aderéncia na cole: gem Ainda nesta ordem de ideias, também podemos utilizar cravos feitos a partir de varas compradas aos metros e cortadas conforme convenha ao trabalho, pois néo se deve esquecer que geralmente cos- tumam ficar mais baratas que as A madeira secclonada desta ilustragao mostra como 0s cravos assentam nas suas cavidades. O comprimento do crave & um pouco inferior, cerca de 5mm, a do alojamento, para que a cola se distribua melhor. Cravos de diferentes grossuras, tanto pré-fabricados como feitos de vare re- donds. As suas vantagens s80 que cor tamos 4 medida. Os seus inconvenien- tes sao que nao possuem ranhuras he- licoidais, sondo menor a retengao de cola, embora mais baratas. Cravo ——————E O cravo de madeira é um antigo processo de uniao. Os Vikings ja 0 usaram no seu tempo. Hoje, gragas & perfuragéo comoda, re- cupera toda a sua fungao, pelo que Ihe damos aqui a devida atengao. | PES anteriores. A sua escotha sera em fungao da grossura das vigas ou tabUas que serao ligadas e do peso de terao que suportar. Segundo uma regra criada_pa- ra tal fim, e em vista das experién- cias feitas, até uma grossura de 20mm, o diémetro do cravo seré polo menos igual a metade da espessura. Para grossuras supe- riores a5 assinaladas basta que correspondam apenas a um tergo da largura. Ha cravos com ranhuras pré- -fabricadas, de diametros de6 mm, 8mm, 10mm e 12 mm. Certas ta buas de 36 mm podem inclusiva- mente ser ligadas com cravos de 12mm, sempre que possamos conseguir para eles um alojamento perfeito nessas tabuas. Mas ainda ha outra norma que deveremos observar no encaixe tipo ctavo. 0 alojamento devera ter cerca de 5 mm mais do que 0 com- primento do cravo. Assim, conseguimos uma cola- gem certa 20 se cravar 0 cravo. De vernos considerar que as particulas de madeira provocadas pela perfu- ragao devem poder ser bem com- primidas quando da penetracao do eravo. Nas ilustragdes em anexo mos- tramos como devemos proceder nia maior parte destes casos. oy — ) > . No encosto de duas thbuas com cravos cegos ha sempre o problema da posi ‘g80 correte da perfuracdo. As tabuas nao sé devem ajustar-se em angulo re- to, como também os furos deverao cor- responder corretamente entre si em sentido normal. Um molde para a perfuracao correte faz-se com um pouco de imaginagao. Mas nao a usaremos para a perfuragao direta, mas apenas como elemento de marcagao, pois os desgastes e erosbes da madeira poderiam conduzir a eros nas perturacoes sucessivas. s cravos usam-se com grande frequéncia, Para isso, deveramos dispor de um molde do porturagao, para se conseguirem perfuraces exatas com menos tempo de trabalho. 0 nosso craquis mostra uma uniao de trés pecas formando canto. Uma aplicagao corrente do cravo 6 a perfuragao direta (nao coga) desde o exterior de pega ue tapa pare o bordo de outra, ‘a forma mais simples de encravar, porque ambas as popas sao perfuradas a0 ‘mesmo tempo. Nas meias-esquadrias, o trabalho pré- vio de encrave devera ser muito culda- doso. Os buracos deve ser normais {208 planos encravados, a fim de se con- seguir uma ligacao perfeita, E necessa: rio usar um esquadro de medieao dos cantos para a colagom. Um valioso auxiliar para a perfuragao prévia ao encrave serd centrar porte tamente a broca, marcada por meio de dois pregos sem cabega que se cra- vam numa peca e seguir noutra peca depois de convenientemente acerta- das. » No encrave das bordas requer-se muita precisao para se conseguir a mesma Separagao entre os furos das duas pe. gas. Se dispomos de uma esquedria ou esquadro (veja-se também a dltima ilustragao desta pagina), 0 trabalho sera muito mais facil As perfuragdes devem ser exatas. Um limitador de avango da broca ¢ feito com um podago de madeira que mar- ue a extensao de penetracéo respect: va. O esquadro, neste caso, serve como orientagao para o ataque que se vairea- lizar. Quem gosta de trabalhar a madeira e fazer construgdes com esse ma- terial convém que conhega alguma coisa da linguagem gréfica utili- zada pelo carpinteiro. Assim se conseguiré uma identificagao ime- diata das pecas ou dos trabalhos a realizar, assim como se tera certa facilidade na sua montagem pos- terior, Tal linguagem nos poupard tempo e evitara confuses nas diferentes fases dos processos de trabalho, a0 Mesmo tempo que nos orientaré Tragar e marcar a madeira sobre o ajustamento das pegas que se tenham de ligar. O desenho mais usual € 0 triangulo, que se desenha fragmentariamente sobre diversos elementos, indicando imediatamente como se devem dis- por entre si. Quando o desenho nao chega, acrescentam-se alguns nv- meros. Além disso, explicamos aqui como se pode tracar um circulo sem com- Passo e como marcar uma almofada ou tabua para se ajustar a um con- toro irregular. ep Os elementos auniliares: Para marcar uitilize-se 0 marcador eo graminho, que assinalam o caminho a seguir gracas a0 sulco que produzem. Para tragar ou cal- cular, usa-se 0 lapis, que nao prejudice a ira. O esquadro sorvira para tracar Com esta garatuja assinale-se 0 primeiro proceso do projeto em qualquer pega que tenha que aplainar. A face que acon- tenho servira de referencia para os es- quadriados posteriores e pera que nela roacoes bésicas que te- ‘As tabuas macigas que por juncao irao constituir uma prancha, antes de serem cortadas nas extremidades, sero mar- cadas com um triangulo que abarque to- dos os olomontos a unir, evitando assim que na montagem ¢ colagem se inverta a ordem em que se devem dispor. ‘Também os quadros so devom assinalar ‘antes de ser marcada a juncao. Para se efetuar esta operacao, convém utilizar um lapis que disponha de uma grafite ‘macia, para que, desse modo, oseu trago se elimine facilmente com uma simples lixadela. As traves laterais de um armério devern marcar-se antes de se realizar a sua colagem, ara que, uma vez essa colagem felta, se possa rapidamente identificar. Também neste ‘caso $8 Usa tridngulo como simbolo muito valido. Utilizado no topo das pegas, servird para as distinguir umas das outras; em contrapartida, desenhado nos lados, revelaré @ disposicéo da montagem. Quando, como sucede na presente g Ura, $@ pO dem confundir dois grupos iguais, nesse caso deve-se recorrer ao emprego de nd: meros. 0 graminho deve-se mantor apertado contra 0 canto que serve de guia para tracar uma paralela epara se conseguir um trago regular. Com o graminho de dois bracos podem- ‘Se tragar dois sinais diferentes sem ser preciso mudar alternadamente a medida, ¢ ode ser confacionado por nos proprics: utlizam-se dols vardes de 8 mm, em que se espotam nos extremes dois pregos egucados. Com um pedaro de madeira de 70mm x40 mm x30 mm, confeciona-se uma caixa para alberger os dois verdes © entre eles um calgo ligeiramente cOnico, que manteré os verdes na posicéo requerida. ‘Sendo sedisp6e de graminho paratracar uma paralela, recorre-se a um riscador: coloca-se uma ripe na posigdo adequada e marca-se seguindo a borda da mesma. Atengdo: apertar a ripa com dois grat pos pera evitar que 0 riscador se possa mover. La | Marcar dois furos que correspondam ¢ simples com os acessérios adequados, Realiza-se um alojamento na primeira pega, introduz-se 0 acessério © poe-se face a face com a outre pega, pressio- nando para que se assinale 0 centro do buraco que se vai fazer em seguida. As dobradicas e gonzos colocam-se no local que Ihes compete e, com o pun¢ao, matcam-se os buracos que serao feitos. Deve-se espetar bem a ponta para servir de guia & ferramenta com que se faz @ penetracao, especialmente para realizar um fure ‘Se nao houver compasso, pode-se tracar um circulo sobre qualquer superficie. Numa tira de material resistenta faz-se uma cavidade que serve de guia 20 lapis; conforme 0 raio necessario, espeta-se um prego que atravesse a tira. O burco sera tapado com massa. As folhas que precisam de ser unidas para revestir uma superficie devem ser marcadas com um nimero que corresponderé ao da placa. Isto & importante quando ha varios lacas a folhear. Os nimercs determinam, a0 se recomporem, a direcaa do veio que dispomos antecipadamente. Atancdo: marque sempre pelo avesso, para se evitar que restos de mine de chumbo ou de giz (embore aparentomonte so tonham apaga- do) se introduzam nos poros da folha e teaparecam quando se der o tratamento a su perficie Galgar uma placa que se deve ajustar um contorno irregular: apoia-se o lapis contra um taco de madeira (que tera de 5 mm a 10 mm mais do que a separacao entre a placa e 0 que se pretende tapar) © segue-se 0 contorno. Ao se recortar a placa, ela encaixara, A placa de aglomerado é um dos materiais mais importantes para o amador de «bricolage». Utilizada corretamente, pode servir tanto ou mais que a madeira macica. Além disso, tem a vantagem de ser muito mais barata. Eis aqui alguns conselhos elementares para trabalhar 0 aglomerado como deve ser. ____} | Trabalho com | aglomerado A A diferenca entre estas duas placas de agiomerado o facil de ver: a de cima é di melhor qualidade, pois ¢ mais compecta que a inferior, cujo estrato intermedio € ee dense. \do foi Aprimeira placa de aglo fabricada durante a Segunda G Mundial no ano de 1941 como mate jal de recuperacao e substituicao da [ae madoira. Atualmente, 75% da pro. ducao de méveis é & base desse ma teria onstituide por aparas ou part las de madei fiferentes ¢ ¥ pessuras, aglomeradas par meio sintetica sob p ur alta ter ' 3 aparas_misturam-se com 0 merado de tal modo que as part jae mais tinas ficam na xte et trato interno, de maior espessura que [As pecas de aglomerado pocem ser uni- Esta unlao angular @ muito resistente. Ue 0 Mercado oferece; as mais bara ‘das por encaixe. Com malhetes perfoitos¢ Uma ripa quadrada encrava-se ¢ cole. ‘as sao de aparas grandes e exiger uma cola dois pe @ cada topo das places que querem quase sempre um revestimento. As deste pracesso a podam ser pintados facil mente € alguns dos aglomerados com uma resina fendlica tem grande resistencia a agua. Embora tambem sejam mais ¢aros, sao os adequados para se confeccionar uma mesa de |ardim, uma porta de garagem, ete. se bem que 0 seus topos tenham de ser” protegidos contra. a umi dade. A excecao deste tipo preparado, 140 se deve utilizar a aglomerado mpo, pois incha e apodrece Quanto ao trabalho com piacas de particulas, ¢ preferivel empregar ser fas com dentes de carbureto de ungstenio, pois a cola que serve de aglamerante e muito dura e gasta ra famente as serras normais Com aquelas, tambem orte mais apuradc Os cantos deveraa ser revestidos para melhorar 0 seu aspecto © para preservar a sue textura porosa, que permite que a umidade do meio am. biente se infiltre. Existem debruns de plastico, cantoneiras de chapa, ti ras de formica, etc., para ovitar isso. Tambem se pode recorrer a massa se consegue um Para colar um canto. & precis revesti-Io muito bem de cola, para que esta entre bem nos pores, que 1.0 debrur Para este tipo de colagens nao de vemos usar as colas demasiado flu das. Deixe que a cola penetra no aglomerado © seja bem embebide. ‘Quando tiver secado completamer te, poe-se entéo cola no debrum aplica-se. Conseguir um canto cortado com exatidao é 0 mais dificil no trabalho com aglomerado, _ especialmente quando se serra 2 mao. Caso se dis- ponha de serra elétrica, convem utilizd-la. com a maior velocidade dis- ponivel. Existem atualmente cantoneiras impregnadas com uma cola que funde ao calor de um ferro da ongo mar doméstico. Para evitar que a fo- Ina se desprenda, convem limpar o canto tanto quanto possival o, inclu sivamente, emessa-lo com uma re sina sintética, lixa-lo e depois aplicar a cola. Existem placas de aglomerado folheadas ou revestidas de outros materiais que nos poupam um trata- mento superficial posterior. As laminas de serra com dentes auras consti lem a molhor ferramenta, pois a cola, que F dura para unir bem as particulas, rapicamente straga mute sorts nor Um miétode de uniao pelo qual os topos nao fica & vista: as places cortam-se a 45° » unem-Se com pedacos de um perfil angular (contraplacado) cujas elementos se colocam de 10. cmem 10 A uniao conseguida por simples colagem, m cravos, linguotas ou aparafusamentos, ‘hao 6 resistonte Eis aqui um exemple de um ‘aglomerade folheado euja uniae nao supor tou a agao de dobrar Facetar um topo 2 45°. Deve-se prestar eter: (80 aos cortes a meia-esquadria, que Sao dif eis de facer com uma maquina de pouca poténcia, E preciso experimentar previamen: As dobradigas correntes nao sa0 6 adequados para fixar acessérios nos aglome rades, © melhor sera introduzit pelo topo cravos que coincidam com a introducao dos petahsons da Tagke dev dobradices A colocagae de uma dobra se pode realizar com cravos (veja a9 ao lado}, Mas pode-se colocar uma Auadrada de madeira dura introduzida numa caatuie folia Vix ti a4 As placas de pouca espessura tem ter 2ncia para se fenderem quando se intro uz um cravo, Para evitar esse inconve niente, aperta-se um grampo que com prime a placa durante a operagaa > Um friso do madeira maciga de certa lar gure proporcionara resisténcia ao topo © ara a aparéncia de maior grossura a placa ou a prateleira, que nao vergara mesmo com um peso grande. Sobre um soalho desigual ou sobre pa vimento de tacos doteriorados nao se pode colocar bem um tapete. A placa de agiomerado de 19 mm proporcionara.um, bom suporte de base, Quando se perfura um aglomerado, pode suceder que a face oposta se estrague saida da broca. Para o evitar. colaque um taco de madavra, indispensavel quando se abre um sulco num aglomeredo folheado. Nequoles trabathos que nao necossitam de ser folheados 03 topos ¢ 08 cantos, deverr pmassar-se siinplesmente antes de se pin monte hes dermos uma mao de cola sil © revestimento estratificado de um aglomerado parte-se quando se serra. Isto evita-se se na linha de corte usermos fita adesiva (neste caso utilizou-se fita isoladora). Eis uma tecnica para se conseguir um aperto das cantoneiras durante a cola gem: com dois grampos e uns calgos de madeira, comprime-se um tubo de ago quadrado. Os aglomerados folheados tem que ser revestides de ambos os lados, pois de contrario empenam. A melhor solugao utilizar o mesmo material para as duas faces. Espessura emmm Utilizagées Traseiras e funck 8 degevetas Gavetas © compart mentos. 10 Compartimentos, lados pequenos de gavetes ou armarios. Fundos de gaveras 13 Construgao de movers ligeiros. 16 19 Consirugao de movers Pavimentos, Tetos falsos. Consirugao de moveis, Pranchetas de trabalho 22 25 Pranchetas de trabalho resistentes para cozinhas. Qs utensilios aqui representados 840 0s necessérios para se realizara colagem. Alem disso, @ imprescin- divel uma boa preparacao. = Quando se trabalha com madeira pintada, deve-se eliminar a pintura das superficies a coler, antes de se aplicar a cola. Em superficies pequenas, a cola aplica-se com uma trincha; em reas grandes, uma espatula den: tada distribui-a com regularidade. Acola em excesso sobra quando se aperta, convindo portanto elimina- la. Para pintarmos a madeira, a cola tem que estar seca Colagem As unides coladas, se feitas de maneira corre- ta, podem ser muito mais duradouras do que a propria madeira. Para isso é muito im- portante uma boa pres- so. Nesta ligao expli- camos como realizar estas unides. % Ha grampos com sapatas de cortica ou de plastico para nao deixarem marcas. Se nao tivermos, interca- lemos um bocado de madeira ‘Também nao deixar sinais na ma- deire este sistema de aperto quando intercalamos uma tira de fibra. Qs folheados dos cantos e topos podem apertar-se utilizando gram- pos colocados a pouca distancia en- tre si As meias-esquadrias apertam-se com estas tenazes feitas de arame de ‘ago, as quais deve ser colocadas com alicates especiais ou & mao. Colagem de uma placa formada por varias tabuas: fixamos uns pregos sobre duas ripas, a fim de fazer altu- ra, € introduzimos cunhas ou cal- os. As colagens em angulo realizam-se com um torniquete. Os pedagos de madeira colocados nos cantos evi: tam as imperfeicoes. Se desejar uma superficie de madeira com caréter especial e de aspeto rdstico, ha a possibilidade de a chamuscar, em vez de a pintar; utiliza-se o magarico e exige poucas ferramentas. A madeira que vai chamu! e nao necesita de ser a xada; basta aplainé-la manual ou mecan camente. A chama é passada lentamente de um lado para 0 outro da madeira, se. guindo a direcao dos veios, até que todos os anéis desaparecam sob uma mesma coloracao escura. Com ‘orm qualquer ped idadedachamae Jo, escove para eliminar as particulas de ma deira earbonizada mais branda e con- seguir um relevo da superficie no qual as fibras queimadas ficarn escu ras e 0S poros, rebaixados, ficam mais claros. Se 0 tom resultante for demasiado escuro, pode-se usar no: vamente a escova metalica. E muito importante escovar sempre seguindo a direcdo dos veios As partes dos moveis que estao di retamente em contacto com a roupa (mesa, assentos, espalderes) nao de verao ser escovadas, pelo que con vem néo utilizar nelas uma chama muito for Tambem e manter o maca rico demasiado perto da madeira distancia aproximada de 20cm-30 cm). Assim apenas se tostam os po- ros, ao passo que os veios ficam de cor clara ‘Também podem ser chamuscadas madeiras folheadas, masa folhadeve ser serrada e ter, como minimo, uma grossura de 2,5 mm No caso de madeira torneada deve-se tra balhar com uma chama fraca, visto que ela se queima com facilidade nas arestas. As zonas mais claras conseguem dar mais akava & madkire conesde, Chamuscar a madeira As partes mais queimadas sao eliminadas com uma escova de pélos vegetais ou metalicos. Todas as madeiras resinosas de coniferas sao aptas para este tratamento. Em superficies grandes, como é 0 caso das pernas de uma A esfrega da madeira chamuscada é feita com uma escova de mesa, pode-se aplicar uma chama um pouco mais forte. Parase alos duros. Para nao riscar a superficie, escove-se sempre se- ‘obter uma coloracéo uniforme, queime depois de ter 0 movel__guindo a direcao do veio. Em seguida, pode-se dar ums camadade montado. + base de verniz transparente ou de cera celulésice. Tostamento posterior de um revesti mento de madeira ja tratado. E muito ‘aconselhavel proteger 0 estofo do moval Madeira de pinho (da esquerda para a direita desta foto); natural, sem escover chamuscada, chamuscada e escovada. A imagem da madeira pode-se conservar clara 0 nao escovarmos previamente os veios. Neste caso trata-se de uma placa de aglome- com uma placa de amianto. rado folheeda. Madeira de pinho tostada, previamente 0 abeto tostado muito apropriado para aplainada mas nao lixada. Produz um ser escovado, pois ¢ uma conifera branda. grande efeito se a madeira tiver um veio E convenient user uma escova de palos largo. muito duros. O veio da madeira de ramos nao 6 muito visivel, mas, se for tostado, ficaré mais evidenciado. Nas tabuas moldadas deve- “se chamuscar por todos os lados. Segundo os peritos, lixar bem a madeira constitui uma arte. E certo que, devido a um manejo defeituoso das maquinas, ou por uma escolha errada da lixa, se pode estragar facilmente a superficie de uma Lixar a madeira _mecani. camente € muito dificil. Alem disso, ao usar maquinas de grandes velocidades com as quais se tenha de trabalhar fazendo pressao, ¢ muito tacit fazer estragos irreparaveis. Mas tambem para lixar ma: nualmente é preciso muita pratica ©, sobretudo, saber escolher a lixa propria, por que nem todas as lixas sao proprias para lixar todos os tipos de madeira, Todavia existem folhas de lixa que sao de uso universal: para madeira, metal, materiais sintéticos, verniz, ete. No comércio existem fo Ihas de lixa com granulagao que vao desde o n.° 24 ao 1? 60D. (Quanto mais baixo é © numero, maior € 0 gréo. Quanto mais elevado for o numero utilizado, mais fino sera o lixado final.) 1 Disco para lixar com maquina universal por meio de pratos brandos utilizados para eliminar ‘oxidagoes om alguns trabalhos em madeira. 2 A lixa de agus utiliza-se para acabamentos fi: ros em metais e esmak tes, 3 Disco universal para lixar madeira, metal, ladrilhos, fibro- cimento_ © materiais i cos. 4 Lixa de papel para ma- deira, 5 Lixa de pano para me- tais, mas que também serve para madeira. 6 Folhas para _polir ‘com grd08 especialmente resis: tentes, cujo suporte nao se rasga em enruga eaue pode serlimpo com uma escova, A sua duracao @ maior do que a das lixas nor- mais, madeira valiosa. Mas com um pouco de experiéncia dos materiais e com algum conhecimento técnico, qualquer amador podera competir com um especialista. Nesta ligéo tentaremos demonstré-lo. il, porque requer muita experiéncia com ‘As superficies ja envernizadas sao alisadas —Trabalhar com a lixadora orbital é mais sim- ‘quase sem pressdo, porque de contrario se ples, pols oferece uma vantagem: néo é eliminaria a camada de verniz. Num 36 proceso de trabalho lixarn-se os cantos ¢ desenham-se as arestes. Dobre-se a line © aperte-se a cortiga contra um taco. Portanto, 6 muito conve- niente recomendar a qual- quer amador de bricolage, especialmente se 6 princi piante, que antes de comecar proceda a uma prova sim- ples. Para os amadores, o mais habitual € trabalhar com a lit xadora orbital, porque esta efetua a pressao necesséria com 0 seu proprio peso enao 6 necessario obedecer a dire- é0 das fibras nem ao veio da madeira, ao contrério do que sucede empregando outros tipos de acessérios para lixar com qualquer maquina eléc- trica. Os trabalhos mais delica- Em volt da lixa, cortiga enrolam-se dois tercos da folha obrigatério trabalhar no sentido dos veios. Nunca se deve xara madeira contra air seus veios, nulagéo é 0 apropriado para lixar Para lixar o piso com veios desencontrados utllizam-se as xa suporficies envernizadas. Os graos néo se gastam. Enocessério doras orbitais, pois ao usar outro metodo 08 solos poderiam usar éculos de protegéo para eviter acidentes, ficar riscados. Quando se trabaiha madeira © metal ao mesmo tempo, As superticies lisas lixam-se bem e com rapidez com a lixadora ‘aconselhe-se que se utilize um acessério angular pera a lixer. de fita. E importante té-la sempre em movimento. dos séo 0s que se tém que efetuar com discos de lixar adaptados a maquina. As orlas do disco, girando a grande velocidade, podem ‘ocasionar sem querer pro- fundas depressoes e cortes na madeira, se nao se tomar cuidado especial no manejo da maquina. No entanto, ha trabalhos nos quais é imprescindivel a sua_utilizacfo, como, por exemplo, quando se tem que alisar superficies muito irre- Qulares, ou no caso de elirr ar 0s restos de verniz numa superficie que se tenha pin- tado. Com bons discos abrasivos de corindo A eficécia destes discos sera mais duradoura pode-se trabalhar o metal e @ madeira. se 08 limparmos com ume cerda (escova). As unides por espigao servem basicamente para ligar elementos construtivos de madeira horizon- tais com outros elementos verti- cais. Com isso, realizam-se juncdes como as de qualquer variedade de pecas (para janelas, portas, esca- das), bastidores e armacoes (para mesas, cadeiras e quaisquer outros moveis). A peca horizontal é a que leva sempre 0 espigao, ao passo que a pega vertical é provida de uma roentrancia ou entalhe onde o es- pigao deve encaixar perfeitamente. Qualquer tipo de jungao pode ser feito de fora a fora ou entao escon- dido. espigao ¢ formado pela face frontal ou testa, assim como por duas laterais ou respaldos e pelas partes que fazem dngulo reto com 08 respaldos do espigao. Com um serrote de recorte cortam-se primeiro os espaldoes (veja-se a foto) @ depois os nivelados Unides por espigao Falamos aqui das unides por espigdo que convém conhecer. O eneaixe. Fazer furos proximos (a la gura da broca sera igual a do furo do” encaixe), que se igualam com o formao. Consoante a forma que se queira dar ao espigao, teremos de realizar nas vigas um, dois, trés ou quatro nivelados. Estas vigas, tal como os pilares redondos, também podem receber um espigao redondo (ou ovalado), mas neste casoconcreto o nivelado costuma ser um anel circular (ou ovalado) Todas estas jungdes de encaixe com espigao sao coladas. Os espi- goes de fora a fora sao uma exce- G40, uma vez que, depois de atra- Vessarem 0 furo, sao apertados com uma cunha Para fazermos uma boa colagem, devemos procurar que o furo ab- sorva 0 excesso da Cola; por isso, devemos fazer 0 espigao 2 mm. menos profundo do que o furo de encaixe ou entao aplainar as bor- das do espigao, como & demons- trado na fotogratia abaixo. | i ~ As bordas facetadas do espigao pro- porcionam um espaco em que se cos Encaixes com es tapadas por outrat Jao encaixado em U para pecas que ficarao sobrepostas: a espiga simples com o en- tuma acumular 0 excesso de cole. Malhete direito. Neste caso, o topo do mathete fice invisivel do lado de fora. Da bastante mais trabalho fazer a caixa. O caixe formando uniao continua. Em todos os encaixes de tipo ‘aberto, 0 espigao deve ser um pouco mais comprido do que a caixa para, depois da colagem, acertarmos 0 pedaco de espi- 980 saliente. ‘comprimento do malhete sera exatamente igual a profund dade da caixa. O excesso de cola sai por cima e deveré ser eliminada imediatamente com um trapo que antes umece- cemos. t 74 Enoaixe @ meia-esquadria. Esta uniao requer muita precisdo e cuidado, por que fica visivel. Recomenda-se fazer todos os cortes com um serrote de cos- tela e, caso soja possivel, utilizar uma guia e com espigao adicional. O espi- {ga0 adicional nao excedera mais de 1/3 do comprimento do espigao, evitando torgées da pega horizontal. Este encaixe 6 utilizado em portas expostas a gran- Espigao com dois cravos. Esta juncao, seja fora a fora ou seje cega, utiliza-se para traves intercalares ou tamber an- gulares. Para Ine dar maior estabilidade deve ser devidamonte reforgada com cravos. des estorcos. nif tra as paredes da caixa. Espigao de fora a fora com cunha. As cunhas sao introduridas de fora, nos dois entalhes do espigeo, para evitar que 0 mesmo, ao sofrer um esforgo de tragdo, se descole © saia da caixa. As cunhas tem iguaimente um efeito de compressao da espiga con- Espigao com moldur: nivelados do espi rao um perfil idéntico a0 da pega vertical da caixa. Deve utilizar-se uma serra de rodear. Espigao com quatro nivelados. Espe- cialmente indicado para ligagoes em T. Existem tembem espigdes com trés ni velados para ligagdes angulares. A sua vantagem € que as bordas mal acabadas da caixa de encaixe ficam embutidas. Vv Espigao duplo. € bastante aconselhavel utilizar este tipo de espigao quando a peca horizontal em questa ¢ dema. siado larga para um s6 espigao. Tam- bem se pode realizar este espigao cego. de fora a fora Encaixe de forquitha ou tenaz. Analogo ao encaixe de espigao, é especialmente ‘apropriado para unir pecas horizontais, ‘compridas em armagoes grandes e, a0, mesmo tempo, para se poder evitar tor- oes. Oespigao circular (do qual surgiram os cravos) pode tornar-se muito vistoso, em cadeiras © mesas risticas. O furo faz-se com uma maquine universel, en- quanto 0 espigao se faz com um serrote @ um formao. Quem quiser fazer montagens com pegas com malhete deve sa- ber desfrutar desse trabalho de procisao ¢ praticar o tompo nec sario, pois sO assim poderé mos- trar a sua destreza, especialmente ha realizacao de encaixes ocultos. Nao é por acaso que se trata do uma das provas no exame de mes: tria, De qualquer modo, ¢ menos complicado do que parece Uma unigo por mat mples pode-se fazer inclusive com a serra circular. Apenas 6 necessario um acessorio especial. No entanto, pode-se efetuar esta uniao som no cessidade de utensilios complica dos porque pode ser feite simples serra de dentes finos e um formao O problema destes encaixes re side na necessidade de ajuste per feito, pois as pecas devem permitir uniao sem forca-las e, a0 mesmo tempo, nao devem ficar frouxas Uns simples dois décimos de mili metro a mais pode estragar todo 0 trabalho. Uma uniao com folga em ¥ Marcar a profundidade dos malhetes com 0 graminho marca-se a espessura da outra peca que se vai ligar Os mathetes femeas me os malhetes machos, assinalando-se os contornos sobre a madeira am-se apos Emalhetados S4o pouco frequentes as jungdes de pegas por ma- Ihete e cola. Quem quiser construir méveis sdlidos, ou reparar os antigos, deve conhecer a sua téc- nica. Os malhetes sao marcados e serrados ote fino, seguindo 0 tragc pela parte que se elimina. Serra-se e vaza-se como se fez ant riormente. Unem-se as tabuas para as essério, repassam-s¢ excesso € menos resistente do que a colagem direta @ a topo madeira com madeira, As unides feitas por malhetes nao S@ sao bonitas, como extre- mamente solidas. Excetuando-se 0 caso do encaixe por mall im: ples, os demais podem resistir tragao mesmo sem terem sido co lados. De qualquer forma, na prat ca, sao sempre colados, e assim podem aguentar qualquer sobre carga, por maior que seja. Em principio, para qualquer tipo de encaixe por malhete realizam-se ‘os mesmos processos. Utilizando como exemplo um encaixe com malhete e cola, perceberemos aos poucos como se deve proceder. Quem o faca pela primeira vez € melhor comecar a sua pratica com uma madeira barata, ate conseguir a pou saria © pouco a destreza neces: A parte que se arranca saltara com ajuda de um formao. Para isso, a ma: eira deveré estar bem segura. Aplicar cola branea ¢ unir definitive mente as pecas. Elimine a cola em ex Construgao de gavetas: Quando se trata de cons- truir gavetas sao muitos Os que se sentem fraque- jar. Nesta ligéo tentamos facilitar aos iniciantes a construgao dessas pecas de mobilidrio. Nao segui- mos a maneira artesa a base de unides tipo cauda Rebi Jaina 08 t ‘i c Fra circular fazemos as ra- pos diantstoe wascrodes kteras Gd andorinha, mas outra [he *eye, Gaulle femora ra, da gaveta. O rebaixe teré um quarto §=— @mM que USamos. ranhuras _ perfeita, convém passar depois com da grosssura da madeira e a profun- " ee aplaina. E conveniente fazer um teste didade de metade da espessura. e lingiietas. num pedago de madeira. Os cantos traseiros de cada lado de- Os cantos das laterais sao aplainados ligeiramente na sua parte de tras para ver ser recortados. Isto permitird permitir uma saida paulatina do ar. Devemos também arredondé-los por fora. que @ gaveta entre com mais facili- Devemos usar protegbes de plastico nas mandibulas do torno de madeira para dade no alojamento que Ihe ira cor- evitar causar estragos nas pecas, muito especialmente na frente da gaveta. responder. Com @ ajuda de um gastalho prende- mos as pecas durante a colagem. A Presso sera mais uniforme seusarmos ums tébua que assente em cada ex- tremo sobre um par de ripas. Quando a cola tiver secado, introduzi- mos o fundo nas ranhuras previstas. Se arredondarmos os seus cantos seri mais fécil a penetracao. O fundo é fr xado.&s costas com parafusos. Depois de terminado tudo isto, coloca- mos a segunda frente, colando-a, ou aparafusando-a por dentro. Devemos fazer que a frent 08 iguais para Gavetas construidas com placas laminadas e compensado As gavetas de madeira macica 40 hoje em dia muito raras e re- servadas especialmente para a construgéo de méveis de valor. Portanto a sua madeira deve ser de boa qualidade e muito seca. Utili- zamos de preferéncia madeira muito homogéneas e sélidas para diminuir 2 sua espessura. Por ra- z6es de preco a maioria das gave- tas 880 hoje fabricadas & base de pré-fabricados derivados da ma- deira. A forma mais simples de fa- zer gavetas é empregar ranhuras e lingieta (ou o simples rebaixa mento de um dos lados). Por isso apresentamos este método na pé- gina anterior. A gaveta que apresentamos foi feita em compensado de cinco fo- lhas. As costase a frente sao enc xadas por meio de rebaixamentos nas laterais (pecas). A frente fica nivelada com as laterais, @ a parte de tras um pouco mais baixa. A ra- nhura deve ser um milimetro mais funda que a lingiieta, para que a cola possa entrar. Também a parte posterior tem que ser mais desbastada por baixo para facilitar a passagem do fundo propriamente dito da gaveta. Tudo isto ¢ feito para que quando intro- duzimos as prateleiras nos respec- tivos compartimentos o ar saia paulatinamente e no empurre para fora as demais gavetas (se houver). Um outro detalhe, 6 que as costas ficam um pouco mais para dentro em relagao as laterais, para deixar um espaco de ar entre elas e 0 fundo do armario. Quando procedermos as unides devemos procurar deixar uma ligeira folga para evitar que ao introduzirmos a lingdeta na ranhura se produza um estilhagamento no material Para facilitarmos a entrada do fundo na armacéo empurramos ambos os elementos pelas bordas (ver fotografia) e empurramos o fundo até que chegue ao topo. Em seguida fixamos a traseira com um. parafuso. Como a entrada desta Peca requer que toda a armacao esteja em esquadria é importante termos tomado cuidado com a di esquadria durante a unio e cola- gem. ‘As gavetas que assentam sobre um apoio ou guia, podem ser fa- cilmente revestidas com outra fren- te, | que assim disfarcamos as fa- Ihas de ajuste dos elementos da gaveta. As pecas sao sobrepostas depois de termos folheado e lixado 0s cantos, depois de retocados para que as gavetas fiquem alinha- das verticalmente. Quando nao empregamos frentes sobrepostas, © trabalho de ajustar as gavet: deve ser muito bem feito para que nao fiquem unides com folgas ou encaixes defeituosos. Como devemos fazer para montar gavetas com guias ferais O ajuste das frentes sobrepostas € simples j4 que, normalmente so requer que facamos alguns reto- ques nos cantos coincidentes de uma e outra gaveta (evitar os at tos). As gavetas deslizardo facil- mente se aplicarmos tiras de plas- tico aos apoios ou guias de desli- zamento, Para evitar que as laterais se desgastem através de um rocar continuo, podemos utilizar em re- lagao a eles 0 mesmo sistema. O emprego dt virgem pode também contribuir para um bom deslizar, mas melhor ainda séo a estearina, parafina, ou talco. Antes de procedermos a esta I brificacéo, é conveniente dar du: mos de base as lat lixando-as em seguida suavemente. Os dese- nhos mostram como podemos re- correr juias laterais sem necessi- dade de montar o armario com tri- Ihos inteiros. Aqui apresentamos 0 croqui de ume construgBo artesanel cléssica de uma Gaveta feita com madeira macica. € Construida com jungdes tipo cau andorinha, que exige muite perici ‘SegAo lateral do desenho de construgo de duas gavetas com frente dupla. Es- tas deslizam sobre a guia ou folga de ‘separacéo do armario graces @ réguas de material plastico, Como a frente sobreposta cobre 2 es- > ‘trutura frontal aplicaremos cravos e 08 lados ¢ a frente simples da gaveta. (a sravos Stho reprosertadoe 8 eco: ‘Segéo transversal do armario ¢ da ga- veta vista de cima. A frente sobreposte ‘encosta ao lado do armario e, como’ Uma gaveta tanto pode deslizar sobre duas guias, como sobre uma altura d foiga. A guia impede que ve} geira inclinacéo do lado quando esta 6 puxada. Este método 66 ¢ apropriado para os lados de madeira macica, ja que estes podem levar um golpe onde entra a guia de deslizamento. A profundidade do golpe deve ser algo maior que me- tade da grossure do ledo, Com esta guia de deslizament. forma de T, podemos colocar du ‘vetas uma 80 lado da outra. Nos outros dois extremos sao 6 executada tal como mostra o desenho em anexo. Folheado com «formica» 0 folheado com «férmica», de tampos, méveis, prateleiras, etc., é muito mais simples do que pode parecer. Precisamos de alguns instrumentos especiais para este trabalho e bem como conhecer este método, facilmente ensinado nesta ligdo Corte das placas Tiradas as medidas da superticie que deveremos revestir, as passamos para a «férmicay com um lapis de ce- fa, mas aumentando os tragos de 2a 3mm de cada lado. Podemos fazer 0 corte com uma ferramente especial dotada de uma ponta com metal duro (carboneto de tungsténio ou diamante). Em alguns casos, se temos & mao uma faca de cortar zinco também pode servir para isso. Tragamos reiterada- mente no avesso da placa de «férmi ca», ao longo de uma régua, até obter ‘mos um sulco profundo que ultrapasse trés quartos da espessura do material. © sulco deve ser reguiarmente profun- do em todo o seu comprimento. © pe- ago se quebrara facilmente e sem e1 fos, levantando a parte que sobrar com um golpe seco, ao mesmo tempo que apolamos a régua com forga junto aosulco. Com uma tesoura para cortar metais ou com uma especial, que ndo sé con- seguirao cortes retilineos, como tam- bém curvos. O corte & feito pelo lado direito da «formicas. ‘ ‘Com um serrote de costela ou de Ponta, de dentes muito finos que atua Marcagdo das linhas de corte na parte néo decorada da térmica, com lépis de ponia forte. Deverios deixar 3 mm de margem ce cada lado a partir das medidas indicadas. Levantando com um golpe seco 0 pedaco de painel e mantendo a régua sobre a tina de corte conseguiremos uma separagao cor- feta de ambas as partes da placa, Com uma régua assente sobre a placa tra amos a térmica pelo avesso até obtermos lum sulco profunde e regular com um terGo da espessura do material Espalhamos a cola com uma tada por toda a superficie do painel, assim como pelo avesso da férmica, jé cortada ‘nas medidas exatas. A cola de contato deve parecer seca antes de unitmos ambas as superticies. Para compro- ‘var 6 melhor usarmos as cosias da mao do que os dedes. intercalar umas tiras de ‘entre o material, aS quais ‘yamos retirande & medida que se procede: 0 contato de suas superticies. Com uma plaina de lamina muito afiada ou com uma plainalima «Surforme eliminamos a parte excedente da tormica. Trabalhando Acabamento do canto com tira termocolante com uma faca ou formao bem afiados. Se revestimos 08 cantos com tiras de formic fazemos © acabamento com faca ou lima. pelo lado principal da «formicas volta: do para cima, Também com uma serra circular ou de vaivém incorporada a uma maquina universal ou integral, com laminas de dentes muito finos. Neste caso, 0 lado principal da «tormi- ca» € colocado para baixo. E importante advertir que bem poucas lascas serdo produzidas se protegermios 0 lado direito da «férmi- ca» com fita auto-adesiva transparen- te, de tal modo que cubra a possivel li- nha de corte, Esfregamos onorgicamente toda a superficie com um rolo de press4o ou auxiliando-nos de um pano de fibras suaves. Devernos in- sistir nas bordas da placa. Aplicagao de uma folna de rebordo para cantos através do um ferro eléctrico, o qual amacia @ cola incorporada na folhe, visto que ¢ termotundivel Depois de corrigimmos as arestas, ines pro- porcionamos uma chanfradura com lixa in- Corporada num taco, tanto sobre as superfi- cles como sobre o revestimento dos cantos Acolagem Precisamos de um suporte rigido, plano, liso e limpo. O mais comum & utilizar uma tébua de madeira (aglome- rado, compensado e inclusive madeira prensada) que tenha pelo menos 16mm ou 19mm de espessura. Acon- selhamos para que as tabuas que pre- cisamos colar estejam em lugar seco € com temperatura amena (de 18° a 20°) junto com a placa e a cola que vamos utilizar, Deixamos secar ambas as superfi cles durante uns 20 a 30 minutos, ja que as colas de contato & base de neopreno tém um tempo determinado de secagem. (© importante ¢ colocar corretamente a placa de «térmica» sobre a superticie que vamos revestir, sem que fiquem em contato ambas as superficies e de tal modo que a «férmica» rebaixe de maneira unitorme todas as bordas do suporte, Se as superticies que temos de unir $80 muito grandes, poderemos tercalar entro elas umas folhas de jornal, as quais s4o facilmente tiradas com um puxéio quando encararmos ambas as superficies pelo outro lado. Depois de colocarmos o material na posicdo correta, estabelecemos entdo © contato entre as superticies que pre- cisamos colar rapida e energicamente, esfregando a seguir com bastante for: ga 0 lado direito da formica com um Tolo, insistindo especialmente em to- das as bordas. Depois de termos colado uma das faces ¢ conveniente — particularmente quando a tabua é de pouca espessu- ra— folhear a outra, para compensar fa tensao que um material duro exerce sobre a tébua. Acabamento das arestas Este trabalho 6 feito com plaina, plainalima (do tipo «Surforms), lima, fresa para rebordos incorporada a uma maquina universal ou entéo com uma Piaina elétrica. Tanto a plaina como a Plaina-lima incidem obliquamente. En- tretanto, como uma lima fina trabalha- temos de cima para baixo sobre a aresta Para arrematar as arestas utilizamos uma lima de gr4o muito fino ou entao um taco com lixa. Normalmente faze- mos este trabalho até obtermos uma chanfradura de 45°. Revestimento dos cantos Uma das solug6es consiste em colo- car um perfil com nervo de fixagdo, cu- jas cores podem harmonizar com as utilizadas. Também existem tiras auto- adesivas (protegidas com um papel antiaderente) e também tiras colaveis com 0 calor de um ferro elétrico. Nes- tes Gltimos casos, o trabalho de aca- bamento dos cantos 6 feito facilmente com um form&o ou uma faca muito afiada. Uma lixada superficial garante © acabamento da arest Quando os revestimentos dos can- tos s4o do mesmo material de revesti- mento de toda a superficie devemos proceder analogamente & sua coloca- 80: recorte de uma tira que ultrapas- Se as bordas, colagem, uniso de can- tos @ lixada de arestas. Atualmente é freqiiente a colagem por calor para folhear cantos, o que facilita este trabalho, antes bastante aborrecido. Como as chpas que servem para a termocolagem possuem no lado do avesso cola termofusivel nao é meios complementares de fixagao pois basta apenas o Desde que apareceram as cols ter- mofusiveis (hot meit!, j& no é dificil realizar 0 folheado de cantos curvos. Quando este trabalho n&o pode ser realizado com um ferro elétrico co- mum, podemos, como solugao, utili zar um ferro de soldar elétrico ou qual- quer sistema andlogo. Uma advertén- cia importante @ considerarmos no folheado utilizando_instrumentos quentes, 6 que nao devemos deixar esses instrumentos parados sobre um Ponto concreto, mas deslizar para cima e para baixo, suavemente, sem 0s deter. Nos ferros de soldar deveremos evi- tar que aquecam demasiado, para o que bastaré desligé-lo de vez em quando. Devemos lembrar que um ‘aquecimento excessivo poderd degra- dar a cole. Quando desejamos folhear superfi- cies maiores e mais largas que uma simples borda de cantos, o trabalho pode ser igualmente feito mas tere- mos que trabalhar por zonas e com paciéncia, Devemos lembrar que seré Necessério algum tempo para que a cola do avesso da chapa aqueca ¢ funda, @ devemos conseguir que toda 2 superficie fique homogeneamente fundida sobre 0 suporte. Em todo o aso, 0 tempo que gastamos sera ‘sempre bastante menor que o neces- ‘sério para colar uma chapa das mes- mas dimensées empregando o siste- ma tradicional de cola branca com a habitual colocacao de placas e aperta- dores. © importante & que as bordas das chapas fiquem bem coladas para evi- tar que no polimento seguinte apare- gam elgumas falhas ou defeitos na Folheado por termocolagem Nesta ilustrago observamos @ maneira de folheer 0 canto lateral de uma gaveta. A {olha tem no lado do avesso uma cola ter- mofusivel (que funde sob aco do calor). A aplicagbo de calor neste caso foi feita ‘com um frisador elétrico convenientemen- Este tipo de folheado de um recorte com ‘tio pouco espaco interior poderd I to com um ferro elétrico. Pod tudo usar um frisador elétrico, fornecimento de calor (através de um ferro elétrico, por exemplo) seguido de uma pressao enérgica. A termocolagem nao apresenta praticamente inconvenientes sobre uma superficie plana, mas 6 um pouco mais dificil nos cantos curvos. Por isso esta ligao & consagrada principalmente a esta dltima modalidade. Qs cantos retos da gaveta podem ser colades com um ferro elétrico, cuja gra Guac8o mais indicada seré para «la. N&O Gevemos deixar 0 ferro parado sobre um 26 ponto, mas doslizé-10 cor 1 magnificos servicos yemos lixar sempre no sentido dos

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