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ESTRUTURA DO GRI
O processo de elaboração do presente relatório baseou-se nas Directrizes do Global
Reporting Initiative (GRI) para a elaboração dos Relatórios de Sustentabilidade, na
abordagem “Adopção Informal”, em que os relatórios se baseiam nas linhas orientadoras do
GRI, mas não cumprem todo o seu conteúdo. Esta opção permite que seja adoptada a
abordagem mais adequada à actual situação da nossa organização, possibilitando a
evolução progressiva para a “Adopção Formal” das Directrizes do GRI.
O envolvimento das organizações no GRI é voluntário e tem em vista a informação às
diversas partes interessadas sobre os aspectos sociais, económicos e ambientais das suas
actividades. Até à data, cerca de 1000 organizações de áreas distintas (química,
farmacêutica, telecomunicações, transportes, energia, autoridades públicas, entre outras)
publicaram relatórios adoptando as linhas orientadoras da GRI, algumas das quais em
Portugal.
4 0 .000
-95.000 2 0 .000
-94.527 2.552 2.604
2.454 53
-97.072 0
2 0 06 2 0 07 2 0 08
-105.000 -101.708
CP F E RTAGUS T akargo
6
I n vestimento em Modernização ( m€)
m ) C omboios Quilómetro (CKs) Realizados
(milhares de CKs)
500.000
398.064 50.000
250.000 30.000 CP
20.000 Fertagus
Takargo
10.000
0 1.750 1.771 1.783
37
0
2006 2007 2008
2006 2007 2008
15 00 0
Consumo de energia (%)
80
4,00
2006 2007 2008 60 10 00 0
40
E s trutura E tária - REFER 50 00
100% 0,08 20
0,10 0,13
80%
0,39 0,39 0,39 0 0
60%
2006 2007 2008
40% 0,32 0,32 0,32 Comb. Fósseis Electricidade Total
20%
0,19 0,18 0,02 0,15
0,02 0,01
0%
A REFER ocupa assim uma posição chave no sector ferroviário devendo garantir, por um lado,
a disponibilização de uma rede ferroviária com capacidade e condições de exploração
fiáveis, com qualidade e segurança e, por outro, assegurar o cumprimento das metas e
objectivos de modernização da rede, sob orientação governamental, nomeadamente as 10
consideradas nas Orientações Estratégicas para o Sector Ferroviário, apresentadas pelo
Na vertente Económica,
Económica evidencia-se:
Campanhas de sensibilização junto dos colaboradores no sentido de da redução de
alguns custos de funcionamento;
Redução do prazo médio de pagamentos
Investimentos financeiros em infra-estruturas de longa duração, no sentido de
prosseguir com projectos de modernização e desenvolvimento da rede ferroviária
nacional
Na vertente Social,
Social evidencia-se:
Reforço do esforço de desenvolvimento e adequação dos processos e instrumentos
de Gestão de Recursos Humanos à estratégia de Gestão do Capital Humano da
Empresa e considerados estruturantes para a sua actividade.
Concessão de patrocínios e donativos a grupos desportivos, IPSS’s (Instituições privadas
de solidariedade social), ONG’s e Associações diversas.
No âmbito das acções previstas no Plano de Formação 2008, a REFER promoveu a
realização de um conjunto de Seminários Temáticos, constituindo-se como espaços
de diálogo e partilha de experiência e conhecimentos em temas relacionados com a
REFER e a sua actividade.
Salienta-se também que a Rede Ferroviária Nacional chegou ao final de 2008, com a
cobertura por sistemas de Controlo Automático de Velocidade, bem como de Rádio Solo- 12
Comboio, de cerca de 90% dos CK realizados. Acresce que com a entrada ao serviço em
Outubro de 2007, do sistema SDCRQ (Sistema de Detecção de Caixas de Eixos e Rodas
A REFER tem desenvolvido nos últimos anos, em articulação com as autarquias, várias
campanhas de sensibilização e educação ferroviária. Paralelamente tem promovido a
supressão das Passagens de Nível que são dispensáveis e a modernização das restantes,
sensibilizando ainda as populações para a sua correcta utilização e para os riscos associados
à circulação de pessoas ao longo das linhas e ainda, através de campanhas de divulgação
junto dos agentes ferroviários, dos utentes do transporte ferroviário e dos confinantes do 13
caminho-de-ferro, tendo em vista o controlo dos comportamentos de risco e a minimização
de potenciais fontes de ignição e de materiais inflamáveis no domínio ferroviário com vista à
A elaboração deste relatório pelo quarto ano consecutivo, constitui, assim, um excelente
instrumento de trabalho, que permitirá acompanhar a evolução do nosso compromisso. O
conhecimento consciente dos nossos progressos e a identificação rigorosa das metas ainda
por alcançar, transmitidos de uma forma clara e transparente, serão uma força motivadora e
mobilizadora na prossecução dos nossos objectivos.
Ao proporcionarmos o conhecimento do nosso desempenho económico, social e ambiental
estamos também a sensibilizar os nossos Clientes, Colaboradores, Investidores, Fornecedores e
Comunidade em geral para a nossa realidade, criando uma relação mais forte e de maior
confiança.
Temos consciência do longo percurso que nos falta ainda percorrer, ao nível do
desenvolvimento sustentável, no entanto não queremos deixar de referir os grandes esforços
que foram encetados nos últimos anos a nível ambiental e social, sem nunca descurar a
matéria de segurança.
14
DESENVOLVIMENTO
AMBIENTAL
P ERSPECTIVAS DE A NÁLISE
C L IENTE
A PRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL
produtividade da
competências Técnicas e
estrutura da rede
2 Reduzir os custos dos serviços Organização
I NTERNA / P ROCESSOS
de Gestão
7 Melhorar os Serviços prestados
prestados
F INANCEIRA
C L IENTE
Racionalizando a estrutura de custos e dos processos e desenvolvimento de integração dos diferentes requisitos
actividades extra-exploração; Optimizar o perspectiva de novas práticas de gestão, manutenção da infra-estrutura, bem
nível do serviço ao cliente, assegurando orientadas para o modelo de Gestão da como, no planeamento, concepção e
Proporcionar ao mercado uma infra-estrutura de transporte competitiva, gerindo e desenvolvendo uma rede
ferroviária eficiente e segura, no respeito pelo meio ambiente.
18
19
1. Entidade reguladora do sector ferroviário,
ferroviário que tem como objectivo principal regular a
actividade entre os operadores ferroviários e o gestor das infra-estruturas, fomentando a
O processo de criação da Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P.E., ficou concluído em 1999,
ano em que a empresa assumiu a totalidade das funções que lhe tinham sido cometidas.
HISTÓRIA
Fundação da REFER, com a integração das actividades de investimento provenientes dos Ex-Gabinetes dos
1997 Nós Ferroviários de Lisboa e do Porto, da Ponte 25 de Abril e da própria CP.
Passagem para o âmbito da REFER das actividades de conservação e manutenção assumidas até à data
1998
pela CP.
Obtenção da Certificação de Qualidade da ZOC Lisboa, de acordo com a Norma NP EN ISO 9001:2000,
concedida pela APCER (Associação Portuguesa de Certificação). Concretização do acordo CP/REFER relativo
2003 à Taxa de Utilização das infra-estruturas ferroviárias referente aos anos de 1999-2002. Criação das Direcções
de Ambiente e de Segurança. Publicação do Directório de Rede 2004 elaborado de acordo com o
estabelecido no DL-270/2003 28 de Outubro.
Realização da viagem inaugural da ligação directa Braga/Faro no dia 30 de Maio de 2004. A intervenção
subjacente a esta ligação teve por objectivo tornar este eixo fundamental da rede (Eixo Atlântico) mais
2004 competitivo relativamente aos modos de transporte concorrentes. Assinatura de um protocolo com a UMIC
(Unidade de Missão para a I novação e o Conhecimento), no âmbito das iniciativas relacionadas com a
promoção da sociedade de informação.
O ano de 2006 assinala a passagem de 150 anos do caminho-de-ferro em Portugal, que representou um
2006 marco na História do nosso país, a primeira viagem inaugural de comboio, que ligou Lisboa – Estação de
Santa Apolónia ao Carregado.
O ano de 2007, ficou marcado, a 29 de Abril, pelos 10 anos de existência da REFER. Deu-se a conclusão das
2007 obras de remodelação do edifício da Estação do Rossio. Adaptação da Estação de Santa Apolónia à nova
Estação de Metropolitano.
Em 2008 destaca-se a reabertura do Túnel e Estação do Rossio totalmente remodelados. Conclusão das
empreitadas da Ligação Ferroviária à Siderurgia Nacional, 1ª fase da Variante de Alcácer, Terminal
2008
Multimodal de Cacia e Electrificação e Sinalização do Troço Barreiro – Pinhal Novo. E ntrada em
funcionamento do Centro de Comando Operacional do Porto a 22 de Abril.
ORGANIGRAMA VOCACIONADO PARA O NEGÓCIO DA REFER
Conselho de Administração
29 de Abril de 1997
2003 2006
29 de Setembro 1 de Outubro 27 de Abril de
de 1998 de 1998 2007
A Lei de Bases do Sistema de Transportes Terrestres, Lei n.º 10/90 de 17 de Março, define que o
sistema de transportes terrestres compreende as infra-estruturas e os factores produtivos afectos
às deslocações por via terrestre de pessoas e de mercadorias no âmbito do território português
ou que nele tenham término ou parte do percurso e rege-se pela presente lei, seus decretos-lei
de desenvolvimento e regulamentos.
A 29 de Abril de 1997 foi publicado o Decreto-Lei 104/97 que cria a REFER, E.P.
A REFER é uma empresa cujo capital estatutário é 100% do Estado, sendo tutelada
conjuntamente pelos Ministérios das Finanças e das Obras Públicas.
Compete-lhe desenvolver as actividades pertinentes ao seu objecto, de acordo com
princípios de modernização e eficácia de modo a assegurar o regular e contínuo
fornecimento do serviço público da gestão de infra-estrutura integrante da Rede Ferroviária
Nacional.
De acordo com o estabelecido, a REFER:
• pode praticar todos os actos de gestão necessários ou convenientes à prossecução do
ÁREAS DE NEGÓCIO
• Gestão de Infra-
Infra-estruturas,
estruturas compreende a gestão da capacidade, a conservação e
manutenção da infra-estrutura ferroviária e a gestão dos respectivos sistemas de comando
e controlo da circulação, incluindo a sinalização, regulação e expedição, por forma a
assegurar condições de segurança e qualidade indispensáveis à prestação do serviço
público de transporte ferroviário.
• Investimento,
Investimento, consiste na construção, instalação e renovação da infra-estrutura, actividade
desenvolvida por conta do Estado (os bens integram o domínio público ferroviário).
A REFER ocupa assim, uma posição chave na cadeia de valor do sector ferroviário, devendo
garantir, por um lado, a disponibilização de uma rede ferroviária com capacidade e
condições de exploração fiáveis, com qualidade e segurança, e, por outro, o cumprimento
das metas e objectivos de modernização da rede, traçados pelo Estado.
Objectivos
E conómicos e
Sociais
T UTELA
R E GULADOR
Objectivos a atingir
Qualidade de Serviço
Custos de Performance
GESTÃO E EXPLORAÇÃO
XPLORAÇÃO DA INFRA-ESTRUTURA
24
A rede ferroviária nacional totalizava, em Dezembro de 2008, em extensão de linha 3.618 km,
estando 2.842, actualmente, abertos ao tráfego ferroviário Esta extensão inclui 4 km os quais
Electrificada N ão
TOTAL TO TAL TOTAL
Electrificada
25 .000 V 1.500 V Sub-Total
Via Múltip la 43 0 43 0 43 0 43
Via Estreita 0 0 0 1 92 1 92 449 6 41
Rádio Solo/Comboio
25 25 25
s/ Transmissão de Dados
O ano de 2008 apresenta um crescimento médio nas prestações de serviços de tráfego dos
operadores na ordem dos 2%. O serviço de passageiros é o que apresenta um maior
incremento de CK. Manteve-se em 2008 a existência de dois operadores de passageiros, CP e
FERTAGUS, a operar na rede ferroviária nacional, com a FERTAGUS a dispor de concessão
26
apenas para a exploração de serviço de transporte ferroviário suburbano de passageiros no
eixo ferroviário Norte-Sul, entre as estações de Roma - Areeiro e Setúbal. No que se refere ao
A distribuição do tráfego ferroviário nas várias linhas da rede, é bastante heterogéneo incidindo
na rede principal 74% do tráfego total, 19% na rede complementar e 7% na rede secundária.
90%
80%
70%
60%
Pendulares Internacionais Intercidades Inter-Regionais Regionais Suburbanos Mercadorias
A REFER pretende disponibilizar ao operador ferroviário uma infra-estrutura com grandes níveis
de segurança, fiabilidade e flexibilidade, através da modernização da rede, colocando em
serviço uma quantidade significativa de novas instalações, muitas delas inexistentes
anteriormente, e outras substituindo sistemas muito rudimentares com introduçao de novas
tecnologias. Para tal a REFER tem vindo a realizar nos últimos anos, grandes investimentos de
expansão e modernização da rede ferroviária.
Nos custos da actividade de gestão das infra-estruturas ferroviárias existem duas rubricas
dominantes os “Fornecimentos e Serviços Externos” com destaque para os “Subcontratos” e a
rubrica “Custos com Pessoal”.
Na rubrica “Fornecimentos e Serviços Externos” a classe “Subcontratos” é aquela que mais
contribui para a sua composição
FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
correspondendo a 72% do total.
120.000 104.017 108.137
102.754 Verifica-se, em 2008 um redução dos
82.184
73.795 total dos custos com os Fornecimentos
milhares de euros
80.000 69.687
e Serviços Externos em 5% e
verificou-se um aumento de 8% de
28
2007 para 2008 devido ao 400.000
rescisões de contratos. Por outro Custos Custos com Pessoal da Total dos Custos
com Pessoal Infra-estrutura
lado, verificou-se um aumento dos
custos com formação, um aumentos com os custos do seguro de saúde e um aumento com
as concessões de transportes.
Em 2008 verifiou-se uma ligeira redução do efectivo, no entanto menos significativo que nos
anos anteriores. Em Dezembro de 2008, o número de trabalhadores a cargo era de 3556,
enquanto que em 2007 tinha sido de 3578. Verificando-se uma redução de 23 trabalhadores
a cargo ao longo do ano em análise.Já o efectivo afecto à gestão da infra-estrutura era no
final de 2008 de 2964, aumentado 0,3% quando comparado com 2007, sendo este resultado
reflexo das quebra da redução de efectivos verificada nos últimos anos.
INVESTIMENTO
Segundo os estatutos da REFER, esta deverá desenvolver a sua actividade segundo princípios
de modernização e eficácia, utilizando para o efeito os meios disponíveis mais adequados à
actividade ferroviária e garantindo as melhores práticas, sendo que o investimento na
construção, instalação e renovação da infra-estrutura é suportado pelo Estado.
O volume de investimentos realizado pela REFER durante o exercício de 2008 ascendeu a 398
milhões de euros, representando uma taxa de realização de 76% face ao previsto (522,9
milhões de euros). Deste valor, 392 milhões de euros dizem respeito a investimentos em Infra-
estruturas de Longa Duração (99% do investimento total) e 5,6 milhões de euros a
investimentos em Estruturas de Apoio à Gestão (1% do investimento total).
Nas acções desenvolvidas pela REFER, na rede ferroviária nacional, há a destacar a reabertura
do Túnel e Estação do Rossio, em Fevereiro de 2008, tendo, a intervenção desenvolvida, sido
distinguida com o Prémio “Reabilitação”. Esta distinção é mais um sinal da importância do
investimento na Estação do Rossio que, além de assegurar uma infra-estrutura mais moderna,
• Linha do Norte
Variante da Trofa
Em Fevereiro de 2008 iniciaram-se os trabalhos de remodelação da Estação de Vila Nova
de Gaia / Devesas, na Linha do Norte. Esta intervenção abrange o edifício de passageiros,
os cais de embarque (plataformas de passageiros), o parque de estacionamento e o largo
fronteiro à estação.
Com a entrega do processo na Agência Portuguesa do Ambiente, em Março de 2008,
teve início o procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental da Variante de Santarém
ao actual traçado da Linha do Norte, entre Vale de Santarém e Mato de Miranda. Com
uma extensão de aproximadamente 26km, esta Variante permitirá introduzir velocidades de
exploração de 160km/h a comboios convencionais e de 190km/h a comboios basculantes.
• Linha do Sul
Em Maio de 2008, a REFER procedeu à consignação dos trabalhos objecto da empreitada
• CCO Porto
300
2500
250
2000
200
1500
1229
150
40
500
50
17
0 0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Nº de PNs suprimidas 114 188 256 282 205 128 66 31 40
Nº de PNs reclassificadas 38 37 69 55 96 154 87 9 17
Total de PNs 2386 2202 1947 1737 1476 1348 1297 1266 1229
150
125
100
Nº de acidentes
75
50
25
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
TOTAL 119 123 113 105 102 78 68 66 55
Colhidas 15 17 18 15 18 19 11 17 11
Colisões 104 106 95 90 84 59 57 49 44
Os objectivos definidos nas Grandes Opções do Plano 2005/2009 prevêem a redução da
sinistralidade nas passagens de nível em 50% face ao ano de 2004, definindo-se ainda nas
Orientações Estratégicas para o Sector Ferroviário o objectivo para 2015 de redução desta
sinistralidade em 60% em relação a 2005.
DIMENSÃO DA ORGANIZAÇÃO
ORGANIZAÇÃO
A análise, que se apresenta neste Capítulo, baseia-se na comparação dos dados relativos a
um conjunto de empresas que se considerou representativo da actividade de “Gestão de
Infra-estruturas de Transportes” em termos de indicadores económicos.
Ao recolher os dados relativos ao sector em questão, verificou-se que ao nível dos dados
disponíveis no INE, este sector “Transportes, armazenagem e comunicações” CAE 6
(Classificação das Actividades Económicas) incluía actividades tão distintas como:
• Transportes terrestres, transportes por oleodutos ou gasodutos (pipelines), onde se incluem os
Caminhos-de-ferro;
• Transportes por água;
• Transportes aéreos;
• Actividades Anexas e Auxiliares dos Transportes, Agências de Viagem e de Turismo;
• Correios e Telecomunicações;
A REFER está incluída na CAE – Outras Actividades Auxiliares dos Transportes Terrestres, que inclui
empresas com actividades muito variadas, muitas das quais dificilmente comparáveis com a
REFER, nomeadamente agências de viagem, parques de estacionamento e empresas de
armazenagem.
Pelo exposto, optou-se por abandonar esta fonte de informação.
Para esta mesma CAE, a Central de Balanços do Banco de Portugal apresenta anualmente,
indicadores económicos relevantes do ano anterior, para um grupo mais restrito de empresas.
Assim sendo, optou-se por utilizar como termo de comparação com a REFER, os valores
apurados pela Central de Balanços, apresentando-se no quadro seguinte uma síntese dos
indicadores seleccionados.
Vendas e
79.512.426 88.240.058 73.212.389 28.990.380 5.727.103 6.960.805
Prestações de Serviços
Custos com Pessoal 92.753.341 93.105.828 85.598.462 5.622.144 1.076.135 1.070.710
Vendas e
79.512.426 88.240.058 73.212.389 138.939.245 165.737.749 150.652.596
Prestações de Serviços
Constatou-se que no grupo de empresas mais reduzido, para os períodos analisados, a REFER
continua a destacar-se.
Os indicadores transmitem de uma forma simples a realidade da REFER: uma empresa de
grande dimensão, com grande preocupação na prestação de um serviço de qualidade,
com um elevado nível de investimento realizado por conta do Estado, e que tem como
missão a prestação de um serviço público.
GRUPO REFER
A REFER tem participações num conjunto de empresas criadas no âmbito da reorganização
do Sector Ferroviário, que se iniciou na década de 80, ainda antes da criação da própria
37
G ESTÃO INVESFER, SA
I M OBILIÁRIA 99 ,99%
A INVESFER S.A.,
S.A empresa de capitais públicos da REFER EP, tem por objecto a
prestação de serviços de valorização de património imobiliário. Tem como missão
estratégica a oferta de respostas flexíveis e inovadoras na valorização patrimonial,
desenhadas à medida das necessidades dos clientes.
Como visão estratégica aponta o seu reconhecimento, pelo mercado, como empresa de
referência na valorização de patrimónios imobiliários.
A INVESFER tem vindo a desenvolver projectos e empreendimentos que se constituem como
autênticas operações de requalificação urbana. São exemplo o Empreendimento Centro
Campanhã que, associado à construção da nova Gare Intermodal do Porto, criou um centro
A FERBRITAS S.A.
S.A é uma empresa do Grupo REFER com mais de três décadas de
experiência no sector ferroviário, particularmente vocacionada para o planeamento
de transportes, engenharia de infra-estruturas e para produção e comercialização de 38
agregados. A actividade da FERBRITAS S.A. reparte-se por duas vertentes distintas:
• Área de Engenharia dos Transportes
A CPCOM – Exploração
Exploração de Espaços Comerciais da CP, SA,
SA constituída em
Setembro de 1995, tem como objectivo a exploração e gestão dos espaços
comerciais e publicitários da rede ferroviária nacional: lojas, equipamentos
automáticos diversos (máquinas automáticas de bebidas, de snacks, de fotografias, atm`s),
quiosques, armazéns, terrenos, painéis publicitários (mupis, painéis 8x3 e 4x3e outros suportes).
O actual Conselho de Administração da REFER tomou posse no final do ano de 2005, tendo
sido reconduzidos no dia 21 de Janeiro de 2009.
O quadro a seguir apresenta os membros do Conselho de Administração e as suas
competências:
Engenharia e Construção
PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Recursos Humanos
Desenvolvimento Organizacional
ENG. LUÍS FILIPE MELO E SOUSA PARDAL Secretaria-Geral
Qualidade
41
Jurídico e Contencioso
VOGAL DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Relações Internacionais
Invesfer Vogal
Dr. Romeu Costa Reis Vogal Ferbritas Presidente
Rave Vogal
43
SOCIAL
Objectivo 2008:
2008 Assegurar a sistematização dos processos do SGQ e garantir a respectiva
implementação. Melhorar a qualidade dos projectos gerindo a sua execução de acordo com
a ISO:9001:2000
Objectivo 2009:
2009 Assegurar a sistematização dos processos do SGQ e garantir a respectiva
implementação. Melhorar a qualidade dos projectos gerindo a sua execução de acordo com
a ISO:9001:2000 44
Objectivo 2008:
2008: Instalar sistemas de controlo de acessos em edifícios Administrativos; Elaborar
Planos de Emergência Internos; Informatizar postos de vigilância humana e padronizar
procedimentos; Operacionalizar sistemas de videovigilância.
Objectivo 2009: Proceder à Instalação nos "ambientes" Estação e Vigilantes de Segurança de
soluções de software opensource “OpenOffice”. Aumentar os níveis de segurança da rede.
Reduzir a sinistralidade em passagens de nível.
AMBIENTE
Após a revisão da Política de Ambiente em Agosto de 2007, o ano de 2008 é, como seria de
esperar, marcado pela implementação das principais linhas de estratégia que emergiram deste
processo.
No âmbito da política social a actuação da REFER pode ser analisada em duas vertentes:
1.Responsabilidade social interna – As políticas de recursos humanos e de segurança e saúde
até hoje implementadas são demonstrativas de uma observância atenta e continuada das
A Comissão de Ética da REFER durante o ano de 2008 prosseguiu a sua principal actividade,
designadamente acompanhar a implementação do Código de Ética e de Conduta da
REFER, aprovado pela empresa no final de 2006.
A tónica da actuação recaiu, essencialmente, em acções de divulgação e sensibilização que
No âmbito da sua actividade a REFER tem dinamizado, por conta do Estado, grandes
projectos de investimento, tendo em vista a modernização e desenvolvimento da Rede 49
Ferroviária Nacional, Modernização, porque só assim é possível proporcionar aos operadores
condições que lhes permitirão oferecer um serviço de qualidade aos utilizadores finais.
PRINCIPAIS INDICADORES
500.000
335.512 398.064
312.510
250.000
0
2006 2007 2008
Pretendendo fazer uma análise exaustiva do investimento em modernização e
desenvolvimento que a REFER pretende lavar a cabo, a avaliação de indicadores
característicos será uma boa referência. Assim os indicadores mais adequados são:
400.000
milhares de euros
300.000
200.000
100.000
0 50
2006 2007 2008
Outras 173.571 253.145 349.456
Financiamento
Apesar de em 2008 a REFER não ter obtido financiamentos do Estado, da difícil situação
económica do país e da delicada conjuntura económica mundial pela qual se passou
durante o ano em análise, a REFER tem conseguido manter o seu plano de investimentos.
Assim, em 2008, o total de investimentos da REFER foi de 398 milhões de euros, mais 21% que
no ano 2007. O facto de nos últimos anos os financiamentos por parte do Estado terem
reduzido influenciou o aumento do recurso ao financiamento externo, tendo conduzido a
empresa a uma degradação da sua situação económica e fianceira.
Milhares de euros
O passivo da REFER tem vindo a crescer nos últimos anos, atingindo o valor de 2.750 milhões
de euros em 2008, mais 18% que em 2007 e mais 37% que em 2006.
2006 2007 2008
- 29% - 29%
29%
71% - 30%
71%
70%
Total do Passivo Capitais Próprios Total do Passivo Capitais Próprios Total do Passivo Capitais Próprios
milhares de euros
RESULTADOS OPERACIONAIS
RESULTADO LÍQUIDO
Accionista
Fornecedores 53
milhares de euros
Dotações de Capital 0 0 0
De notar, contudo, que a importância do Estado enquanto accionista passa também pela
Colaboradores
Em Dezembro de 2008, o número de trabalhadores a cargo era de 3556, verificando-se uma
redução de 17 trabalhadores a cargo ao longo do ano. Denota-se assim uma quebra na
redução de efectivos verificada nos últimos anos.
milhares de euros
Estrutura de custos com Pessoal
2006 2007 2008
Actividade Gestão da Infra-Estrutura
milhares de euros
Estrutura de custos com Pessoal
2006 2007 2008
Actividade Investimentos
Custos com Pessoal 22.123 26.158 23.475
Na actividade de Gestão da Infra-estrutura, tem-se verificado que o peso dos custos com
pessoal no total dos custos da empresa tem vindo a diminuir. Já na actividade de
Investimentos, no ano de 2008 houve uma redução.
Fornecedores
Peso Custos com FSE no Total dos Custos 23,97% 24,53% 21,48%
milhares de euros
Fornecimentos e Serviços Externos (FSE)
2006 2007 2008
Actividade Investimentos
Peso Custos com FSE no Total dos Custos 14,80% 22,96% 19,93%
Pelo Decreto-Lei n.º 104/97, de 29 de Abril, foi delegado na REFER a prestação do serviço
público de gestão da infra-estrutura integrante da rede ferroviária nacional e conferido o direito
de cobrar tarifas devidas pela utilização da infra-estrutura ferroviária.
O cliente CP, em 2008 realizou cerca de 39,5 milhões de Comboios / Quilometro (CKs), a que
corresponde o montante de 58 M€. A Fertagus realizou 1,8 milhões de CKs a que corresponde
o montante de 3M€. A TAKARGO, sendo o primeiro ano a operar na rede ferroviária nacional,
37 mil Comboios / Quilometro (CKs), correspondendo a 53 mil euros.
A importância relativa dos operadores e a evolução da Taxa de Uso facturada está patente no
gráfico.
Ev olução dos Proveiros da Tarifa de u tilização e
Comboios/Kilómetro
70.000 45 . 000
40 . 000
60.000
35.000
50.000
30.000
milhares de CK's
30.000 20.000
15 . 000
20.000
10 . 000
10.000
5.000
0 0
2006 2007 2008 56
Tarifa de Utilização CP Tarifa de Utilização Fertagus
A evolução do valor referente aos proveitos com a tarifa de utilização, cobrado aos
operadores ferroviários, é retratada no seguinte quadro:
milhares de euros
milhares de ck's
Operador Takargo 37
40.000
20.000
2006 2007 2008
Analisando a evolução das receitas com o Operador CP, que é o detentor da quase
totalidade do tráfego que circula na rede ferroviária nacional, representa 96% dos CK’s 57
realizados, torna mais evidente a evolução anual dos proveitos relativa aos serviços essenciais.
Os serviços prestados aos Operadores envolvem também:
60
30%
2004 e 2007, não apresentando esta, alterações significativas.
A considerável concentração de pessoal nas proximidades de Lisboa é o reflexo natural da
conjugação de dois factores: a localização da grande maioria dos órgãos corporativos e de
staff junto da sede da empresa, e o elevado volume de tráfego ferroviário na Área
Metropolitana de Lisboa, com a consequente necessidade de meios humanos.
QUALIFICAÇÕES PROFISSIONAIS
62
60%
48% 47% 46%
40%
A grande maioria dos colaboradores da Empresa (71%) está representada por organismos
sindicais, subscritores do Acordo de Empresa em vigor.
63
PAZ SOCIAL
RECRUTAMENTO E MOBILIDADE
Tendo em vista a renovação e reforço dos quadros técnicos da empresa, foram desenvolvidos
programas de recrutamento que privilegiaram a aquisição de competências críticas, pessoais
e técnicas, adequadas ao cumprimento dos objectivos de negócio dos órgãos e à
prossecução da Estratégia Empresarial.
Apesar do volume de recrutamento ter registado uma ligeira descida face a 2007 (de 68 para
40), o mesmo continuou a incidir essencialmente nas categorias técnicas, o que contribuiu de
forma significativa para o reforço do nível de qualificações interno.
Volume de recrutamentos por categoria profissional
Número
Categoria Profissional
Colaboradores
Assistente de Gestão 7
Especialista 3
TOTAL 40
65
Volume de recrutamento por Habilitação Literária
TOTAL 40
Por outro lado, a empresa consolidou, de forma significativa, a política de integração dos
colaboradores recém - admitidos através de sessões de acolhimento e follow up que
contaram com a intervenção dos principais responsáveis da empresa, tendo os participantes,
manifestado elevado índices de satisfação.
Realizaram-se três sessões que abrangeram cerca de 70 colaboradores.
Tal como em 2007, a política de gestão da comunicação interna procurou acompanhar as
necessidades da empresa, nomeadamente as decorrentes de alterações e reajustamentos
organizativos, promovendo a adequação e o envolvimento dos Recursos Humanos,
fundamentais no esforço de racionalização da estrutura e melhoria da eficiência interna da
Organização.
Neste âmbito, destacam-se as acções desenvolvidas para garantir o sucesso da
implementação do Centro de Comando Operacional (CCO) de Lisboa e Porto e minimizar os
impactos sociais daí decorrentes. Durante o ano de 2008 concluiu-se o processo de
mobilidade iniciado em finais de 2007 para prover os postos de trabalho do CCO de Lisboa,
que envolveu cerca de 150 trabalhadores de várias categorias. Aos colaboradores não
colocados no CCO do Porto, foram dadas oportunidades e colocação em postos de trabalho
disponíveis, havendo o cuidado destas colocações serem feitas de forma a minimizar os
impactos sociais junto dos mesmos.
• Modelo de Formação
O Modelo de Formação previsto no âmbito do Plano de 2008, insere-se na estratégia 2007-
2010 definida para a formação a desenvolver na Empresa.
Consubstancia uma nova abordagem relativamente aos temas da Formação e da Gestão
do Conhecimento, traduzindo-se na adopção de uma nova metodologia em termos de
levantamento de necessidades de formação, o que permitiu um maior e melhor
alinhamento com a estratégia de desenvolvimento profissional dos Colaboradores da REFER.
Os resultados da formação realizada em 2008, evidenciam uma execução positiva, e os
principais indicadores demonstram o esforço da empresa nesta matéria.
Assim, para um orçamento de 1.100.000€ (um milhão e cem mil euros), foram realizadas 856
acções de formação, com a participação de 8.427 formandos, representando um volume
de formação de 108.079 horas.
Os resultados mais relevantes, com maior abrangência em termos de participantes,
Qualidade,
Qualidade tendo em conta as regras de certificação a que estão sujeitas as Unidades
Operacionais da Empresa (UON e UOC) actualmente certificadas, em obediência aos
critérios de qualidade impostos pela entidade certificada /APSER – Associação
Portuguesa de Certificação.
Ao longo de 2008, foram ainda promovidas visitas dos jovens técnicos às obras
actualmente em curso na REFER, nas regiões Norte e Sul do país. Esta iniciativa realizou-se
no âmbito do Plano de Formação 2008, com o sentido de proporcionar aos jovens
quadros técnicos mais recentemente admitidos, das diferentes áreas de gestão e de
suporte, uma visão mais definida das realidades concretas da REFER no âmbito da
Exploração da Engenharia, promovendo uma melhor percepção das exigências de cada
área da Empresa.
80.000
61.264
60.000
40.000
20.000
5.000 8.427
650 856 69
0
Volume de Formação Formandos Acções
(horas)
CLIMA ORGANIZACIONAL
DIVERSIDADE E OPORTUNIDADE
4,00
3,26
3,00 2,80 2,69
1,00
0,00
2006 2007 2008
A política social da Refer, centrada no apoio aos seus trabalhadores e dirigida a áreas
• Seguro de Saúde,
Saúde com amplas coberturas de todas as especialidades médicas, incluindo
estomatologia, através do qual os trabalhadores são reembolsados em 90% das despesas
de hospitalização e despesas ambulatórias, bem como 80% de lentes e armações. Este
seguro tem ainda a possibilidade de ser extensível aos familiares do colaborador, ficando
neste caso o prémio do agregado familiar a cargo do trabalhador;
• Subsídio de Pré-
Pré-escolaridade,
escolaridade, para filhos ou equiparados dos 4 meses aos 6 anos que
frequentem creches, jardins-de-infância ou amas reconhecidas pela Segurança Social,
com valores mensais de 50, 55,50, 71,50 ou 89 euros, consoante o índice salarial do
trabalhador (inversamente proporcional);
• Campo de Férias REFER,
REFER destinados a filhos de colaboradores entre os 6 e os 16 anos. 71
Mobiliza anualmente 140 jovens (50 na Páscoa e 90 no Verão). A REFER suporta 50 a 75%
dos custos, consoante o índice salarial do Colaborador;
EQUIDADE REMUNERATÓRIA
REMUNERATÓRIA ENTRE SEXOS
Variação VB*
Categoria Profissional F M
72
Auxiliar de Apoio Geral -0,12% 0,08%
MATERIAIS
O consumo de balastro no ano de 2008 foi semelhante ao verificado no ano de 2007, cerca
de 30 mil toneladas, sendo cerca de 50% inferior ao consumo verificado no ano de 2006.
B alastro
70.000
B alastro (toneladas)
50.000
30.000
10.000
2006 2007 2008
Entrada Consumo
Neste mesmo ano assiste-se a uma diminuição do consumo total de carril em 49%, face ao
ano de 2006, à semelhança do verificado para o ano de 2007, em que esse decréscimo foi
de 31% em relação ao mesmo ano. Com um desempenho inverso, a representatividade do
consumo de material usado no total aplicado tem ganho expressão, com um aumento 6% e
32% nos anos de 2007 e 2008, respectivamente face ao mesmo ano de referência, 2006.
Carril
150
125
75
50
25
0
75
Entrada Consumo Entrada Consumo Entrada Consumo
Regenerado Novo
O consumo de travessas encontra-se entre os valores registados no ano de 2006 e 2007 tendo
sido mais próximo deste último para o caso das travessas de betão. Em 2008, face a 2006 o
consumo de travessas de betão sofreu um decréscimo de 42% tendo no ano de 2007, e
relativamente ao mesmo ano de referência, apresentado uma diminuição de 51%. Face a
2007, no ano de 2008 verificou-se um aumento médio no consumo de travessas de betão de
19%, novas e usadas, sendo que o aumento verificado no consumo de travessas de betão
usadas foi de 14%. A representatividade das travessas usadas no total aplicado, “número de
travessas usadas/número de travessas total”, nos últimos três anos tem-se mantido na mesma
ordem de grandeza (entre 25 a 30%). O consumo de travessas de madeira, em 2008 regista
um aumento de 8% face a 2007 e um decréscimo de 9% face a 2006. Tendo sido de 16% o
decréscimo verificado entre os anos de 2007 e 2006, o consumo de travessas de madeira no
ano de 2008 situa-se sensivelmente no valor médio entre os dois últimos anos.
Travessas
140.000
120.000
100.000
Travessas (número)
80.000
60.000
40.000
0
entrada consumo entrada consumo entrada consumo entrada consumo entrada consumo entrada consumo
Regenerada Nova
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
2006 2007 2008
Em suma, relativamente aos principais materiais consumidos pela REFER verifica-se, para o ano
de 2008, uma tendência semelhante ao de 2007 face ao ano de 2006 no que se refere ao
consumo de balastro e travessas de betão, decréscimo de cerca de 50%. O consumo de
carril nos últimos dois anos decresceu de igual forma face ao ano anterior (cerca de 30%).
Quanto ao consumo de travessas de madeira verifica-se em 2008 um aumento do consumo
face a 2007 da mesma ordem de grandeza do decréscimo (cerca de 10%) verificado face a
2006. O consumo de materiais usados no total aplicado, novo e usado, em 2008 face a 2007
e 2006 no caso de carril apresenta maior representatividade traduzida por um aumento
respectivamente, de 32% e 6% sendo que no caso das travessas de betão a percentagem se
mantêm entre 25 a 30%, nos últimos três anos. A deservagem química, devido à
intensificação do controlo do coberto vegetal, representou um acréscimo de 3 vezes, na
quantidade de produto aplicado face ao ano anterior.
ENERGIA
No ano de 2008 os consumos totais, bem como o de origem fóssil e electricidade, registaram
80
12000 77
60
8000
4000
20
0 0
2006 2007 2008
Comb. Fósseis Electricidade Total
ÁGUA
Face aos anos de 2006 e 2007, em 2008, a REFER apresenta um aumento no consumo de
água proveniente do sistema de abastecimento público de 22% e 15%, respectivamente. A
quantidade de água consumida cerca de 230mil m3 mantém-se na média do consumo de
água registado no período alargado de 2003 a 2007.
Consumo de água - Abastecimento público
250000
100000
50000
2006 2007 2008 Média 2003/2007
78
BIODIVERSIDADE
Importa esclarecer que, na sequência do compromisso B&B assumido pela empresa em 2007,
iniciam-se em 2008 acções concretas que visam implementar medidas de promoção da
biodiversidade.
IMPACTE AMBIENTAL
MBIENTAL
MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL
Fase de construção
- Monitorização do Ruído.
- Monitorização do ruído.
Ligação Ferroviária ao porto de Aveiro.
- Monitorização da avifauna nidificante.
- Monitorização do Ruído.
Variante da Trofa - Monitorização do Vibrações.
- Monitorização do Recursos Hídricos Subterrâneos.
Fase de exploração
Linha de Évora entre Casa Branca/Évora. Monitorização do aspecto ambiental Ruído e Recursos Hídricos.
RECUPERAÇÃO AMBIENTAL
80
Numa acção complementar à reabilitação do património desactivado (projecto das
ecopistas e de edifícios de estações/apeadeiros) e à implementação de medidas
80
Extensão em utilização (%)
60
20
0
Ramal Ramal Linha Linha Ramal Linha Linha Ramal
de Monção de Mora do Corgo do Sabor de do Vouga do Dão de
Famalicão Montemor
81
Face à nova extensão de rede a converter em Ecopistas, em 2008, foram concluídos 32km
(4%) de rede constituídos por 9km, 10km e 13km correspondentes a 15%, 34% e 100% dos
• Projecto do Continuum Ecológico – Assenta num projecto de investigação que visa estudar
a problemática relacionada com o impacte exercido sobre os ecossistemas (sobretudo
devido à fragmentação de habitats) pela infra-estrutura ferroviária e as oportunidades que o
canal pode oferecer para a conectividade desses ecossistemas e consequente promoção
da biodiversidade. Este projecto de investigação associar-se-á ao instrumento do
‘Compromisso com a Ciência – iniciativa Ciência 2008’ no âmbito do qual a REFER
participará, com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e com a Universidade do
Porto (a UP, cujo interesse neste projecto foi reportado) a constituição de uma cátedra
convidada;
• Recuperação de uma Salina no Estuário do Sado – A REFER adquiriu uma salina no estuário
do Sado, em Junho de 2008, estando a desenvolver o respectivo programa de
investimentos, com o objectivo principal de promover a recuperação ecológica daquela
área, de modo a contribuir para sustentar as espécies de avifauna que povoam o vale do
Sado.. Esta medida surge, inicialmente, da necessidade de implementar a medida
compensatória que resulta do processo de avaliação de Impacte Ambiental da Variante
de Alcácer, mas foi revista e ampliada na sua escala e objectivos. Pretende-se
Pretende ainda que
este espaço
ço possa servir de apoio à investigação científica e educação ambiental. Se
compatível com os objectivos anteriores, poderá também a salina ser alvo de visitação,
pelo público interessado.
De destacar, por fim, que manteve a empresa a sua prática consolidada na instalação de
ninhos de cegonha na estrutura de catenária, de modo a acomodar esta espécie nos locais
apropriados para a nidificação.
Estação Biológica do
Garducho - travessas de
madeira utilizadas nas
áreas exteriores do edifício
edifíci
Paisagem
Prestação de Serviços de Manutenção Integral dos Sistemas de UON – Centro de Manutenção de Aveiro/ UOC
Dimetronic
Sinalização – Centro de Manutenção de Coimbra)
84
Emissões
No ano de 2008, a emissão de CO2 associada ao consumo directo de electricidade, com
base no factor de emissão caracterizador do Sistema Eléctrico Nacional foi de 24 mil
85
toneladas de CO2, cerca de 10% superior ao valor registado em 2007 e ligeiramente inferior
(cerca de 3%) ao crescimento verificado neste último, face a 2006.
Efluentes
A produção de efluentes de origem doméstica, no ano de 2008 manteve-se sensivelmente
igual à registada nos últimos dois anos, 53 mil m3.
Resíduos
Face aos trabalhos desenvolvidos nos anos anteriores para a implementação da estratégia
proposta no Plano de Gestão de Resíduos (PGR), foi possível desenvolver durante o ano de
2008 os seguintes projectos de valorização:
• Valorização energética de resíduos de madeira - Durante o ano de 2008 a REFER enviou
para valorização energética, nas instalações da SECIL em Outão, cerca de 385 toneladas
de resíduos de travessas de madeira existentes na área geográfica da Unidade
Operacional Sul (UOS).
A adopção desta solução, em detrimento do envio para aterro de resíduos perigosos
(solução adoptada no passado) permitiu diminuir o consumo de pet-coque (combustível
usado nas cimenteiras) em cerca de 190 toneladas.
• Valorização material dos isoladores cerâmicos - este projecto, iniciado em 2005, permitiu
durante o ano de 2008 a valorização de cerca de 26 toneladas de isoladores com a
consequente separação da fracção metálica da fracção cerâmica. Estas fracções foram
alvo de valorização individual, tendo a primeira (cerca de 8 toneladas) sido encaminhada
para reciclagem e a segunda (cerca de 18 toneladas) integrada no fabrico de cimento.
Com a implementação de redes de recolha selectiva, quer ao nível das actividades de
manutenção (óleos usados, massas lubrificantes, acumuladores) quer das instalações sociais
(zonas administrativas onde operam os serviços da REFER) foi possível assegurar o correcto
encaminhamento destes resíduos. A nível dos resíduos da actividade administrativa merece
RUÍDO
O ruído produzido pela actividade ferroviária constitui um dos maiores desafios ambientais que
a REFER enfrenta. Esta realidade tem vindo a assumir contornos cada vez mais claros à
medida que se tem consolidado o trabalho desenvolvido na área do ambiente na empresa.
Constata-se que esta é uma área em que a REFER está pressionada a agir, quer por força de
imposições legais, quer por uma questão de imagem. O ruído é, frequentemente, motivo de
exposição pública, algo que tem repercussões negativas a vários níveis, destacando-se a
posição defensiva que as entidades ambientais adoptam, tornando cada vez mais complexa
a aprovação de novas iniciativas de investimento, quer sejam referentes a novas linhas, quer
ao reforço da capacidade das actuais.
Durante o ano de 2008 foram apresentadas 23 reclamações relacionadas com o ruído
gerado pela actividade da responsabilidade da REFER.
Nº de reclamações 27 19 23
Deste modo, a gestão do ruído é um desafio incontornável e a REFER deve ser o motor de
uma acção concertada, estruturada e global, tendo a empresa, até ao momento, dado uma
resposta, que deve ser melhorada de forma a introduzir racionalidade de investimento.
A gestão deve aqui assumir um papel de procurar identificar a estratégia de prossecução do
cumprimento dos requisitos legais de protecção acústica (que estão legislados),
estabelecendo metas e acompanhando a evolução da sua acção com indicadores de
Norte (Entroncamento – Albergaria-dos-Doze) 1.º Semestre 2009 2.º Semestre 2009 2010
Norte (Quintans – Ovar) 1.º Semestre 2009 2.º Semestre 2009 2010
61 km 57,5 km
Barreiras acústicas
46 km em GIF 57,5 km em GIF
54 600 m2
Manta de balastro -
48 254 m2 em GIF 88
Via tratada com palmilhas resilientes 6 km -
2006 875
Resíduos Implementação do sistema de recolha
selectiva de resíduos de papel/cartão
2008 2 358
2006 2 000
Protocolo com o Centro para a
Valorização de Resíduos (CVR) da 2007 2 000
Universidade do Minho
2008 2 000
Área Acção Ano Custo (€)
( )
2006 65 220
Estudos de impacte ambiental principais
incidências ambientais e relatórios de
conformidade ambiental do projecto de
execução
Indicadores Económicos
Resultados Operacionais 51
Resultados Líquidos 52
Accionistas
Colaboradores
Fornecedores
Clientes
Emprego
Saúde e Segurança
Diversidade e Oportunidade
Estrutura etária 61
Materiais
ton balastro;
km e ton carril;
nº e ton travessas (madeira, bibloco e betão);
EN1 74-77
kg de produto de deservagem e suas
características;
Origem dos Materiais.
Água
Biodiversidade
Fornecedores
Ruído
Total
Implementar os Planos de Monitorização Ambiental decorrentes Linhas do Minho, Guimarães, Douro, Beira Baixa, Sul e Évora e ramal
dos projectos de investimento da REFER. de Braga – Fauna/Flora e Ruído
Racionalização de custos
Campanhas de sensibilização junto dos colaboradores no sentido
da redução de alguns custos de funcionamento.
97
Reduzir para 60 dias o prazo médio de pagamentos aos
Reduzir o número de dias do prazo médio de pagamentos
fornecedores
grupo de comboios com o mesmo itinerário equipadas por forma a permitir a tracção
100
de circulação, ou seja com idênticos tempos eléctrica, incluindo instalações de sinalização
significa o valor dos bens duradouros designar os comboios de longo curso que
Infra-
Infra -estrutura ferroviária – conjunto de todas Marcha – comboio em vazio efectuado por
Outubro
Norma ISO 14001-
14001- Norma orientadora na Plano de Gestão de Resíduos – Documento
implementação e certificação de sistemas de desenvolvido pela Direcção de Ambiente com
gestão ambiental a colaboração da Direcção de
Notação de rating – classificação de Aprovisionamentos e Logística, Direcção de
entidades, em função do seu risco de crédito Conservação e Manutenção e D irecção Geral
composta pelas linhas vocacionadas para a designar os comboios suburbanos que visam
Regionais – forma corrente e abreviada de à via que faz a ligação entre o carril e o
DL nº10/90 de 17 de Março e nº270/2003 de forma que elas sejam compatíveis com a sua
Sistema de Gestão Ambiental (SGA ) – O Travessa bibloco – travessa constit uída por dois
Sistema de Gestão A mbiental (SGA ) é uma blocos de betão armado (não pré-esforçado),
parte integrante do sistema global de gestão com mesas de assentamento para os carris, e
da organização, que inclui a estrutura ligados por um perfil metálico (madre) que
processos e recursos, para desenvolver, madeira para via larga (em que a distância
concretizar, rever e manter a Política de entre as faces interiores da cabeça dos carris
cm
Travessa de via estreita – travessa de madeira Via múltipla – Infra-estrutura de transporte
para via métrica (em que a distância entre as ferroviário cujo perfil transversal de plena via
faces interiores da cabeça dos carris é de 1 apresenta mais do que duas vias em que,
m), também denominada via estreita, e cuja normalmente, há um só sentido de circulação
largura é de 240 cm para cada via
Via Métrica
Via larga – a via dita larga ou normal é a que
tem uma bitola de 1668 mm, a praticada na
Península Ibérica. A via larga europeia tem
uma bitola de 1435 mm