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DINÂMICAS DE CONSCIENTIZAÇÃO DA REALIDADE


1 - ESCRAVOS DE JÓ
2 - PÃO EM TODAS AS MESAS
Participantes: Quantas pessoas quiserem.
Grupo Alvo: Com mais de um ano e meio de
Tempo Estimado: indeterminado. encontros.

Modalidade: Ação coletiva. Tempo: 1h30min,

Objetivo: Desenvolver uma preocupação coletiva Material: Um prato (plástico), pão e 1 uma cadeira.
para que todos acertem senão o objetivo não será
alcançado por quê todos os integrantes do grupo são Objetivo:
importantes na execução de uma tarefa.
• Despertar consciência. Analisar a
Material: Um pé do próprio calçado do participante e distribuição bens. Criar solução para as
um lugar onde possa formar um círculo de acordo desigualdades. Companheirismo. Criar
com o número dos participantes. meios para que todos tenham acesso a Vida
em Abundância. A tudo que é necessário
Desenvolvimento: para termos vida em plenitude, livre de toda
e qualquer exploração. E esse meio tem que
• O ANIMADOR explicará sobre esta antiga partir da ação junto com o Divino, para assim
brincadeira de passar o objeto (no caso o discernimos o que é certo e errado.
calçado) de acordo com a letra da música: • Esse mecanismo que dará acesso tem que
ser um mecanismo fixo, para que todos
Escravo de Jô independente de cor, sexo, religião, etc
Jogava cachangá tenham acesso. Caso seja um mecanismo
Tira, põe, deixa ficar móvel, onde somente algum sejam
Guerreiros com guerreiros fazem zig, zig, zá detentores do mecanismo, criasse ai um
Guerreiros com guerreiros fazem zig, zig, zá monopólio, e o ciclo mercenário contínua.

• Os participantes deverão retirar um de seus Desenvolvimento:


calçados, formarem um círculo agachados,
colocarem o calçado em frente de si • Pega-se o prato, coloque um pão dentro e
mesmos e quando começar a música todos deixe o prato em um lugar (telhado da casa,
deverão passar simultaneamente e árvore etc. Obs. Fazer isso antes de
compassadamente os calçados para o seu começar a reunião) bem alto onde somente
respectivo vizinho no sentido anti-horário até uma pessoal pode pega-lo utilizando-se da
quando falar ”Cachangá”. Quando falar “tira” cadeira (o dominador). Ninguém mais pode
todos os participantes deverão pegar o usar outra cadeira. A cadeira representa o
calçado e levantar, quando falar “Põe” poder, o dinheiro. Somente com a cadeira é
deverão abaixar o calçado na sua própria possível ter acesso ao pão de cada dia. Se
frente. Quando falar “Deixa ficar” todos não temos a cadeira, significa que não
deverão largar o calçado em suas frentes e temos acesso ao pão. Então precisaremos
fazer o gesto simbólico de “fica aí”. De criar um forma para que tenhamos acesso
“guerreiros” até ”fazem” volta a passar o também ao pão.
calçado para o vizinho no mesmo sentido • Iniciamos a reunião com a leitura de João
anti-horário e na parte “zig/zig/zá” 10, 10-11: 10 O ladrão não vem senão para
simultaneamente todos pegam o calçado roubar, matar e destruir; eu vim para que
sem soltá-lo colocam na frente do vizinho, tenham vida e a tenham em abundância. 11
volta na sua frente e deixa na frente do Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua
vizinho, isto tudo de acordo com o ritmo da vida pelas ovelhas.
música. • Em seguida o coordenador comenta sobre o
que é ter vida em abundância.
Possíveis questionamentos: • Vida em abundância: ter uma vida feliz em
plenitude, sem exploração, sem miséria.
• Certamente, quanto mais participantes todos • Com acesso ao trabalho, a saúde,
perguntarão porquê não conseguem educação, ao lazer ao pão de cada dia.
terminar a música com todos acertando a Onde ninguém seja explorado por ninguém e
dinâmica? não passe necessidade de nada. Onde
• Você poderá questionar se alguns só faziam todos sejam iguais, onde ninguém sofra
a sua parte ou se além da sua parte injustiças.
orientavam seus vizinhos para não errarem! • Fazer uma relação entre o que temos, o que
deveríamos ter e o que não temos para
vivenciar essa vida em abundância. E
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Também quem tem essa vida em que todos os outros grupos (raças, credos,
abundância. Trazer a discussão para a etc etc) também / tenham esse acesso.
atualidade do bairro. (O bairro tem praça, Então o grupo tem que criar algo
quadra esportiva, posto de saúde, creche, permanente para que assim todos possam
escola? As ruas são todas iluminadas, há saborear desse pão.
segurança? Existe programas para inserir o • Em seguida alguém faz leitura do Tiago 2,
jovem em seu primeiro emprego, programas 14-26b.
sociais, algum família passando fome, pai • Após a leitura os dois grupo se reúnem para
desempregado? criar um mecanismo que, dentro da leitura
• Separa-se o grupo em dois subgrupos. O de Tiago e das ações tomadas pelo grupos 1
grupo 1 fará uma relação das coisas que nos e 2, possibilite pão para todos.
dão condição para esse tipo de vida, • Lembrando-se que ninguém pode usar
montando um painel de como a vida deveria nenhuma cadeira, porque a cadeira já tem
ser. O grupo 2 montará um painel de como a dono. O terminarem o coordenador pergunta
vida realmente é. se o sistema criado possibilita que todos
• Na discussão juntam-se os dois grupos em possam ter acesso. Se um aborígine
plenária para encontrarem a peça que geral descobrir que o Grupo de Jovens descobriu
esse a diferença entre os painéis. uma forma em que todos tenham acesso ao
alimento e venham participar do banquete,
Parte Prática: será possível também a eles terem acesso.
• Lembre-se que ninguém entende os
• Encerrado os subgrupos se reúnem aborígenes, portanto ninguém poderá dizer:
novamente. Um grupo fará um círculo e é assim e assado, pega esse e põe nas
todos de mão dadas (se possível também consta e este paga, ou pega esse pau e
ajoelhadas) irão fazer uma oração em baixo empurra.. É preciso algo fixo, uma ponte
do prato que está além de nosso alcance. O fixa. É possível se criar essa ponte?
objetivo desta oração é que o prato com o • Ao terminarem cada um comenta o que
pão dessa, levite de sua posição original até entendeu da reunião de hoje, e de nosso
o centro deste grupo para assim ter acesso papel como pessoal e como Grupo de
ao pão. Terminada a oração o coordenado Jovens.
pergunta se o pão desceu. Caso o milagre
não tenha ocorrido, o grupo faz mais uma Oração Final: Fazer da música Pai Nosso dos
oração para ver se a levitação ocorre. Ao Mártires como oração final.
terminar a segunda oração o grupo retorna
para a sala. (obs. O grupo 2 esta 3 - LIXO CONTRA MEIO AMBIENTE
acompanhado todo o desenrolada da
situação). Participantes: Em torno de 20 pessoas.
• Agora, o grupo 2 se reúne embaixo do prato
com o pão. O coordenador dará a esse Tempo Estimado: 20 min.
grupo várias lobas de meias (que
representam pedras) e vassouras (que Modalidade: Meio Ambiente.
representam pau) para conseguirem
derrubar o prato. Ao derrubarem o prato o Objetivo: Desenvolver uma preocupação de
grupo volta ao seu lugar. preservação do meio ambiente que vivemos e se
• Em seguida o grupo 1 aponta a forma como preocupar com as pessoas que vivem em locais
do grupo 2 pegou o prato com o pão. O críticos como próximo de córregos e rios.
término da discussão o grupo 2 aponta a
forma como o grupo 1; acesso ao pão. Os Material: Um salão ou o próprio local fechado onde
grupos apenas ouvem. o grupo se reúne, vassouras de acordo c/ o número
• Das observação do coordenador: é preciso de participantes, pazinhas de lixo, 4 baldes
ação para que todos tenham acesso ao pão, pequenos com saco de lixo, bastante papel picado e
se não sairmos de nossa casa e do templo sujeira de acordo com que você ache conveniente
Igreja para a Igreja-comunidade e por para jogar no salão, bancos e/ou cadeiras e um
nossas orações em prática de nada adianta barbante um pouco maior que a largura da sala onde
nossa fé. Quanto o grupo 2 também não se aplicará a dinâmica.
adianta partirmos para a briga (paus e
pedra) para impormos nossas vontades. Desenvolvimento:
Vontades essa de que todos tem vida e a
tenham em abundância. Mas, preciso voltar • Antes que o pessoal entre no salão, forme
todas nossas ações baseadas nos um espaço grande retangular dentro do
ensinamentos de Cristo, partimos do Divino. salão com as cadeiras e/ou bancos. Espalhe
A pedra e pau que derruba o prato é mesma o lixo de forma que todo o espaço que você
que suja o pão, e quebraria o prato se fosse formou tenha este lixo.
de vidro, e que também poderia machucar • Pegue os baldes e espalhe pelo salão,
alguém. Também não adianta que somente preferencialmente debaixo das cadeiras e/ou
um grupo tenha acesso ao pão, é necessário bancos de maneira que não fique muito
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oculto. Espalhe as vassouras e pazinhas de Objetivo: Conhecimento mútuo e levantamento da
lixo próximo do local. realidade.
• Divida o espaço em dois com o barbante.
Verificando que o local está uma verdadeira Material: Alfinetes ou fita adesiva, pincéis ou
sujeira, convida-os para oração inicial dentro canetas, folhas de jornal e tesoura.
do espaço com o lixo. Eles certamente não
se sentirão à vontade mas faça a oração Desenvolvimento:
inicial mesmo assim. Logo depois o
ANIMADOR explica que teremos uma • Cada participante pega uma meia folha de
dinâmica com dois times (sugestão: pode ser jornal, rasga ou corta as pontas de cima no
moças contra os rapazes), cada time deverá formato de camiseta.
se livrar da sujeira antes do outro, aquele • Escreva na camiseta de jornal. O seu nome,
time que terminar de limpar antes será o que trabalho faz. Onde trabalha, se gosta ou
vencedor. não do trabalho. Pode dar as seguintes
• Enquanto eles estiverem limpando você orientações: escreva ou desenhe algo que
escolhe duas pessoas (OS caracterize sua vida de trabalhador.
BAGUNÇADORES) de cada time para • Prega-se a camiseta no corpo e circula pela
bagunçar e sujar a área do adversário, peça sala para cada um ler o que outro escreveu
para espalhar a sujeira do outro, pegar o lixo ou desenhou.
que estiver no balde e espalhar novamente,
fazendo com quê a turma empurre o lixo 5 - A BALA
para a área do time adversário. Após um 15
minutos peça para todos pararem e Objetivo:
sentarem (inclusive os BAGUNÇADORES) e
inicie os questionamentos. • Despertar a importância do outro.
• Despertar a solidariedade.
Possíveis questionamentos:
• Perceber o nosso individualismo.
• Será que realmente nos preocupamos em • Descobrir soluções em conjunto com
zelar pelo nosso meio ambiente? outras pessoas.
• Será que sempre tentamos nos livrar das
sujeiras em frente da nossa casa Material: Algumas balas. Dois cabos de vassoura ou
empurrando o lixo para frente da calçada do varas. Barbantes.
vizinho, como hoje estávamos jogando o lixo
na área do outro time? Desenvolvimento:
• Será que ao se livrarmos dos nossos lixos
nós se preocupamos em não deixar as • Pede-se dois voluntários para abrir os
águas das chuvas levar esses lixos para braços. Por a vara ou cabo da vassoura nos
bueiros, córregos, rios etc provocando ombros acompanhando os braços e amarrar
enchentes e inundações nas casas das os braços abertos na vara, para não dobrar.
pessoas que moram em locais críticos? • Por as balas numa mesa e pedir aos dois
• Será que ao atirarmos um saco de lixo em para chuparem balas sem dobrar os braços
terrenos baldios nós nos preocupamos com que estão amarrados.
os moradores ao redor que ficam expostos à • Analisar a dinâmica:
proliferação de insetos e ratos, causando • Como se sentiram?
doenças à seus familiares? • O que o grupo observou? Poderia ter sido
• Será que quando chupamos uma bala, uma diferente?
pastilha, um sorvete etc. nos preocupamos • Por que os dois agiram assim?
em jogar a embalagem no lixo ou desistimos • Isso tem alguma coisa com o nosso dia a
rapidamente de achar um lixo e jogamos a dia?
embalagem no chão? • O que acharam da dinâmica?
• Será que Deus fica contente ao saber que • Pode confrontar com a Palavra de Deus?
nós, ao viajarmos pelas estradas, ficamos
atirando todo tipo de lixo e até bitucas de Iluminação Bíblica: AT.4, 32-37 Sl. 15
cigarros que provocam incêndios no nosso
mundo que Ele criou?
• Que tal ao vermos um de nossos amigos
6 - ÁRVORE DA VIDA
jogando a embalagem de bala no chão, E ÁRVORE DA MORTE
chamássemos a atenção dele para guardar
aquela embalagem no bolso até encontrar Objetivo: Refletir sobre os sinais de vida e morte no
uma lixeira? Imagine se ele habitua-se a bairro, na comunidade, na família, no grupo de
fazer isso e passar esse pensamentos aos jovens.
conhecidos dele!
Material: um galho de árvore seco, um galho de
4 - CAMISETAS árvore verde, caneta ou pincel e pedaços de papel.
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Desenvolvimento: Material: Dois panos para fechar os olhos e dois
chinelos ou porretes feitos com jornais enrolados em
• Em pequenos grupos descobrir os sinais de forma de cassetete.
vida e morte que existem no bairro, na
família, no grupo de jovens... Depois, diante Desenvolvimento: Dois voluntários devem ter os
da árvore seca e verde vão explicando para rostos cobertos e devem receber um chinelo ou
o grupo o que escreveram e penduraram na porrete. Depois devem iniciar uma briga de cegos,
árvore. para ver quem acerta mais o outro no escuro. O
• No intervalo das colocações pode-se cantar restante do grupo apenas assiste. Assim que inicia a
algum refrão. “briga”, o coordenador faz sinal para o grupo não
• Iluminar com a palavra de Deus e em grupo dizer nada e desamarra a venda dos olhos de um
refletir: dos voluntários e deixa a briga continuar. Depois de
• Iluminados pela prática de Jesus, o que tempo suficiente para que os resultados das duas
fazer para gerar mais sinais de vida e situações sejam bem observados, o coordenador
enfrentar as situações de morte de nosso retira a venda do outro voluntário e encerra a
bairro etc. experiência.
• Fazer a leitura de João 15,1-8. Depois cada
participante toma um sinal de morte da Conclusão: Abre-se um debate sobre o que se
árvore e faz uma prece de perdão e queima, presenciou no contexto da sociedade atual. A reação
em seguida cada um pega um sinal de vida dos participantes pode ser muito variada. Por isso, é
e leva como lembrança e desafio. conveniente refletir algumas posturas como:
indiferença x indignação; aplaudir o agressor x
Iluminação Bíblica: Jo. 15, 1-8. Sl 1. posicionar-se para defender o indefeso; lavar as
mãos x envolver-se e solidarizar-se com o oprimido,
etc. Alguns questionamentos podem ajudar, primeiro
7 - VIRAR PELO AVESSO perguntar aos voluntários como se sentiram e o por
que. Depois dar a palavra aos demais participantes.
Objetivo: Despertar o grupo para a importância da Qual foi a postura do grupo? Para quem torceram?
organização O que isso tem a ver com nossa realidade? Quais as
cegueiras que enfrentamos hoje? O que significa ter
Desenvolvimento: os olhos vendados? Quem estabelece as regras do
jogo da vida social, política e econômica hoje? Como
• 1° Passo: formar um círculo, todos de mãos podemos contribuir para tirar as vendas dos olhos
dadas. daqueles que não enxergam?
• 2° Passo: O coordenador propõe o grupo
um desafio. O grupo, todos deverão ficar Iluminação Bíblica: Mc 10, 46-52 Lc 24, 13-34.
voltados para fora, de costas para o centro
do círculo, sem soltar as mãos. Se alguém já 9 - A MALETA
conhece a dinâmica deve ficar de fora
observando ou não dar pistas nenhuma. Objetivo: conscientização sobre a estrutura da
• 3° Passo: o grupo deverá buscar sociedade que reforça a defesa dos interesses
alternativas, até conseguir o objetivo. particulares, não estimulando o compromisso
• 4° Passo: depois de conseguir virar pelo solidário.
avesso, o grupo deverá desvirar, voltando
a estar como antes. Material: uma maleta chaveada, chave da maleta,
dois lápis sem ponta, duas folhas de papel em
• 5° Passo: Analisar a dinâmica: branco, dois apontadores iguais.

a) O que viam? Como se sentiram? Desenvolvimento:


b) Foi fácil encontrar a saída? Por quê?
c) Alguém desanimou? Por quê? • Forma-se duas equipes.
d) O que isto tem a ver com o nosso dia a • A uma equipe entrega-se a maleta
dia? chaveada, dois lápis sem ponta e duas
e) Nossa sociedade precisa ser folhas de papel em branco dentro da maleta.
transformada? • A outra equipe entrega-se a chave da maleta
f) O que nós podemos fazer? e dois apontadores iguais.
• O coordenador pede que as duas equipes
Iluminação Bíblica Ex 18, 13-27 Sl 114 negociem entre si o material necessário para
cumprimento da tarefa que é a seguinte:
8 - ABRE O OLHO ambas deverão escrever Eu tenho Pão e
Trabalho.
Participantes: 2 pessoas. • A equipe vencedora será a que escrever
primeiro e entregar a frase para o
Tempo estimado: 20 minutos. coordenador.
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• A frase deve ser anotada no quadro ou em aproximou do ideal alcançando o outro lado
cartaz em letra grande e legível. unido, obedecendo ao ritmo um dos outros,
tendo incluindo todos na travessia.
Iluminação Bíblica: 2 Cor 9, 6-9 Sl 146 • Em seguida fazer comentários sobre tudo
que observaram e sentiram:

- Como cada um se sentiu?


- Quem se sentiu esmagado e
desrespeitado?
- Quem ais correu ou empurrou?
- De que forma as lideranças foram se
manifestando???
10 - CONSTRUÇÃO DE UMA CIDADE - Houve desistência no meio do caminho?
- Surgiram animadores???
Objetivos: reflexão sobre a realidade.
Iluminação Bíblica: 1 Cor. 12,12-27 Sl 133
Material: Fichas com nomes de profissões. 12 - TRÊS CAFÉS DA MANHÃ
DIFERENTES
Desenvolvimento:
Objetivos: Sentir vivencialmente o problema social,
• Cada participante recebe uma ficha com especialmente a fome e a exclusão.
o nome de uma profissão e deve
encarná-la. Material: Três mesas contendo em uma um café
• Por um instante analisar a importância completo (suco, frutas, frios) em outra um café da
daquela profissão. Depois da interiorização manha normal e na última um café da manha fraco
deve dizer. Vamos viajar porque aquela que não seja o suficiente para todos.
cidade fica distante (atitude de quem viaja no
mar). Desenvolvimento:
• Depois dizer: o navio vai afundar só há um
bote que pode salvar sete pessoas. • Antes dos participantes do curso chegarem
• O grupo deverá decidir quais as profissões para o café da manhã prepara-se as mesas
mais urgentes que devem ser salvas. com o café da manhã completo, normal e
fraco (inclusive faltando talheres, copos,
• Analisar profundamente e iluminar com um
guardanapos).
texto bíblico.
• Deve haver alguém previamente acertado
Iluminação Bíblica:: Mt 7,26-27 Sl 127 para ser o "conciliador" nas mesas onde vai
faltar comida.
11 - O OUTRO LADO • Quando as pessoas chegarem para tomar o
café da manhã, podem sentar onde
Objetivos: ver o objetivo comum do grupo. Processo quiserem.
de comunhão e união. Análise da realidade. • Normalmente as pessoas não se dão conta
do que está acontecendo até que os
Desenvolvimento: (não dizer o objetivo da "marginalizados" querem ir até a cozinha
dinâmica). para pedir o que falta.
• O "conciliador" deve se oferecer para ir até
• O coordenador pede a todos que se lá e ao regressar, procura acalmar as
coloquem no fundo da sala ocupando toda pessoas sem resolver o problema da fome.
parede. Pede silêncio absoluto, muita
atenção para a ordem que vai ser dada e • Alguém de fora deve tomar nota do que está
que sejam rigorosamente fieis a ela. Deve acontecendo, e logo após o café da manhã
manter silêncio durante a dinâmica. analisa-se o que aconteceu, como as
pessoas se sentiram, o que disseram e qual
• A ordem é a seguinte: Vocês deverão a relação disso com o que acontece no dia a
procurar como grupo, atingir o outro lado da dia.
sala, da forma mais rápida possível e mais
eficiente. • O observador que fez as notas deve intervir
quando constatar que as coisas se
• Repetem-se a ordem várias vezes.
passaram de um jeito diferente do que está
• O coordenador dirá que a ordem não foi
sendo dito.
cumprida, pede ao grupo que recomece.
Repita a ordem várias vezes, pedindo que • Na seqüência o coordenador deve fazer uma
haja silêncio. reflexão sobre o tema, chamando atenção
• NOTA: É bom que haja obstáculos pelo para a necessidade das pessoas se
meio da sala (cadeiras...) dificultando a comprometerem diante da injustiça social.
passagem. Ele considerará a tarefa
cumprida quando julgar que o grupo se 13 - OS CORPOS REVELAM UMA
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POSIÇÃO SOCIAL Eis que o chefe, que até agora permanecia


calado, diz ao candidato: "Fale-me primeiro algo a
Objetivo: Sentir que atrás de nosso corpo há a respeito de sua formação e de sua experiência".
instituição (os organismos, os ritos, os direitos e os A esta altura, o candidato já não insiste em ter
temores); sentir que atrás da instituição há outras informações, procurando responder imediatamente à
instituições; sentir que atrás das instituições há pergunta do chefe, continuando sempre sentado na
pessoas, há decisões tomadas por elas, há relações beirada da cadeira.
que se estabelecem entre elas, e situações da
primeira infância que se reproduzem. • Nisso, o animador aplica uma técnica usada
em psicodramatização. Pára e inverte os
Material: Lápis ou caneta e folhas em branco. Uma papéis. O candidato se torna o chefe do
sala com cadeiras, suficientemente ampla para pessoal, sentando-se no escritório, no lugar
acomodar todas as pessoas participantes. ocupado pelo chefe, e este ocupa a posição
do candidato, fazendo o seu papel.
Desenvolvimento: • É importante observar como o
comportamento das pessoas muda
• O animador começa propondo ao grupo que radicalmente. O candidato toma uma
cada qual se imagine em "situações posição reta, firme, sentando-se
passadas da vida em que não se sentiram à corretamente. Enquanto o chefe deixa seu ar
vontade nas comunicações com outras de autoridade, e apresenta-se humilde,
pessoas". Ou ainda, situações em que as acanhado, falando com voz sumida. E o
palavras não saíram facilmente, pelo exercício continua.
acanhamento, medo ou outras dificuldades. • O animador pede aos observadores do
Quase todas as pessoas passaram por tais grupo que façam uma lista das anotações de
situações, na vida. tudo o que constataram e a mensagem que
• Após uns seis ou sete minutos, todos, um a os dois protagonistas deixaram na
um lêem suas anotações. dramatização.
• Geralmente se observa que as situações • A seguir, cada observador lerá suas
mais constrangedoras e apresentadas pela anotações, e segue a verbalização acerca
maioria dos grupos se referem à da experiência vivida.
comunicação com os "superiores", e não
com iguais ou com "inferiores". 14 - TROCA-TROCA
• Diante dessa situação, o animador escolhe
para o exercício uma secretária e dois Objetivos: Sentir a realidade do outro. Conscientizar
protagonistas e propõe a dramatização do de que somos diferentes uns dos outros.
seguinte fato:
Material: Caixas de papelão ou sacos plásticos.
Uma determinada pessoa foi procurar o chefe de
pessoal de uma empresa para informar-se acerca de Desenvolvimento:
um emprego, antes de candidatar-se ao mesmo. O
pretendente bate à porta. A secretária atende, • Se o grupo for grande dividir em equipes
convidando-o a entrar. Ao atender, saúda-o, pedindo • Deixar em cada equipe uma caixa de
que aguarde sentado, entra na sala do chefe para papelão
anunciá-lo. Enquanto espera, apressado e nervoso,
procura no bolso um bilhete no qual anotara o seu • Pedir aos participantes tirarem seus sapatos
pedido. Nisso aparece a secretária, o que não e colocarem na caixa
permitiu fosse lido o bilhete, antes de ser atendido • Ao sinal todos deverão colocar os sapatos
pelo chefe. novamente o mais rápido possível para
O chefe pede para entrar, anuncia a secretária. sentir-se bem dentro de sua realidade
Imediatamente ele se levanta, e, com um sorriso nos • Após 1 minuto, parar para avaliar o
lábios, entra. Olha para o chefe, que continua resultado
sentado à sua mesinha, parecendo neutro,
• Num 2º momento, recolher os sapatos e
preocupado com seu trabalho, de escritório. "Bom
distribuí-los aos participantes, de tal modo
dia", diz ele, e espera mais um pouco. Após alguns
que ninguém fique com os seus próprios
minutos, o chefe manda-o sentar. Ele se senta na
sapatos.
beirada da cadeira, ocupando só um terço da
mesma. Acanhado, meio encurvado, a cabeça • Ao sinal todos deverão colocar os sapatos
inclinada levemente para frente, começa a falar, do colega para sentir a realidade do próximo.
dizendo ter lido um anúncio de que a empresa • Avaliar os últimos resultados, comparando-
estava precisando contratar mais funcionários e que, os com o 1º
antes de candidatar-se, desejava obter algumas
informações a respeito do trabalho. Sua fala é fraca, Iluminação Bíblica: Rm 12, 15
tímida preocupando-se em não dizer demais. Sua
cabeça está apoiada nas mãos, olhando sempre o 15 - VERIFICAÇÃO DO APRENDIZADO
chefe por baixo das sobrancelhas.
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Objetivos: Verificação se aprendeu o conteúdo aprenderam sobre o valor da tomada de
explicado na sala de aula ou dentro de um módulo decisões e que puderam traçar metas para
atingir um objetivo. Isto é que se deve fazer
Material: Quadro Negro, Giz, Perguntas da matéria em sala de aula, todos em conjunto, uns
elaboradas pelo facilitador, uma fita cassete, uma ajudando aos outros.
bola ou um objeto.
16 - DOMINÓ
Desenvolvimento:
Objetivo: Mostrar a importância dos Dons do
Espírito Santo, bem como o importante papel de
• A técnica busca verificar se a turma cada um como membro do Povo de Deus.
aprendeu o conteúdo explicado na sala de
aula ou dentro de um módulo. Participantes: Todos os presentes no encontro
• O facilitador começa fazendo um joguinho da
velha, dois membros serão escolhidos com a Material: dominó
música e passando a bola de mão em mão Desenvolvimento: A Dinâmica consiste em
nos dois grupos. Cada grupo elegerá um distribuir uma peça de dominó para cada
nome dentro do tema. Ao terminar a música, catequizando,(dominó daqueles que podem parar
os dois membros vão ao centro e tiram par em pé, para derrubarmos em seqüência), em
ou ímpar, o vencedor escolhe X ou O seguida pedimos para que coloquem cada um na
(bolinha) e inicia a brincadeira. O facilitador sua vez, a sua peça de pé enfileirada sobre uma
passa a pergunta ao grupo que perdeu. O mesa ou chão ( podemos criar um desenho
Grupo escolhe um dos membros para falar, qualquer, como uma cruz para aumentar a
esta escolha é por sorteio dentro do grupo. dificuldade), após todos colocarem suas peças,
Cada membro do grupo vem para frente e derrubamos as peças, e canalizamos o resultado.
vai responder a pergunta. Se um deles não
souber responder, ele pode pedir ajuda a um Conclusão:
dos membros do seu grupo mas agora quem
escolhe é o membro que vai dar a resposta é • Certamente veremos que se todas as peças
o membro opositor. Não tem sorteios. Se o caíram alinhadas - temos que todos
grupo empatar, cada um pode arriscar cumpriram seu papel como Povo de Deus,
pontos em um jogo da forca onde será dado caso não ocorra - é porque falhamos em
uma única vez a dica da palavra. Cada nosso papel.
grupo pode escolher o membro e definir os • Existem outras reflexões que podem ser
pontos que arrisca. Se acertar, é o campeão. feitas, como tem sempre aquele que quer
Se errar, é um risco. É claro que o tema é ajudar o outro a colocar a peça no lugar
definido anteriormente em sala de aula mas certo, como também tem aquele quer
não é dito a razão de ser lido o tema. Se derrubar as peças antes de acabar de
ambos ainda empatarem, escolhem dois montar todas as peças, entre outras.
membros de cada grupo que vão fazer a
dança das cadeiras somente ficará na Comentário final:
cadeira aquele que responder a pergunta
que agora será falso ou verdadeiro. Mesmo • Na vida do cristão existem muitas situações
que sobre um, ele terá que arriscar pontos que nos levam a cair em tentação, somos
ou passar para outro membro então o outro muitos frágeis e fáceis, iludidos e enganados
grupo opositor vai escolher o membro que o tempo todo, como Adão e Eva foram
vai responder. enganados pela serpente no Paraíso (Gn 3).
• Nossos Patriarcas, Abraão e Moisés, apesar
• Na verdade, esta dinâmica mostra que nada de várias quedas e dificuldades, pediam a
na vida é fácil e tudo decorre de decisões e ajuda de Deus na suas jornadas.
riscos tanto dos líderes quanto da liderança • Muitos outros, Reis, Profetas, pessoas do
e que toda decisão vai agir sobre toda a Povo de Deus pediam à Deus a ajuda
ação do grupo. É uma reflexão sobre o que necessária para sua vida.
fazemos individualmente mas que age sobre • Com Jesus Cristo, Filho de Deus
o grupo que vivemos e fazemos parte. A ressuscitado, os Discípulos receberam o
reunião de pessoas para um mesmo objetivo Espírito Santo (Jo 20, 22), para lembrá-los
deve ser direcionada para uma vitória do dos ensinamentos de Jesus e ajudá-los na
todo. Então temos uma mensagem QUE pregação e construção da Igreja Santa de
SEJA UM! Assim é nossa missão na Terra a Deus.
gente trabalha pela felicidade do Mundo • Assim, também nós devemos pedir que o
porque somos parte desta humanidade. Espírito Santo nos ilumine, que nos dê seus
• O facilitador começa a fazer perguntas para Dons, para dignamente vivermos como Povo
os grupos sobre os momentos em que as Santo de Deus.
perguntas foram feitas e sobre as tomadas • Na Dinâmica do Dominó verificamos que:
de decisão, depois coloca a mensagem que • - Tem sempre um para ti derrubar, mas
o Grupo deve trabalhar como um todo e que sempre tem um para ti aparar;
nesta dinâmica todos venceram porque
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• - É necessário que todos estejam juntos com • Com isso deve-se mostrar a criança que elas
o mesmo objetivo, para que este seja precisam se unir e se ajudarem mutuamente,
alcançado, pois quando não estão, fica explica-se que quantas outras crianças
quase impossível, só com a ajuda de Deus; pobres que não tem o que eles tem, por
• - É necessário que todos os membros exemplo, brinquedos, comidas etc. Sendo
cumpram seus papéis com dignidade, de assim, diante de nossas possibilidades,
acordo com o dom recebido, para que tudo devemos dar um pouquinho daquilo que
seja realizado; temos.
• - Caso exista alguém fora do caminho, ou
seja, desalinhado com os objetivos, sempre
existe alguém para ajudá-lo;
• - Para Deus somos todos iguais, não importa
sua Posição;
• - Tem sempre alguém dizendo o que fazer,
assim precisamos ter Discernimento e
Entendimento para vermos o que é certo ou
errado;
• - As pedras têm que ser colocadas com
Sabedoria e Ciência, para no nosso caso,
alcançarmos o Reino de Deus;
• - Precisamos do Dom da Fortaleza que
propícia a coragem necessária para
enfrentarmos as tentações e não nos
deixarmos cair;
• - E como Povo de Deus, devemos Temer a
Deus, seguir os seus Mandamentos com
sinceridade de coração, para sermos um
Povo Piedoso na luz do Espírito Santo.

17 - EMPRESTANDO O LÁPIS
Objetivo: Mostrar a importância da partilha e a união
entre as crianças.

Participantes: Todos os presentes no encontro

Material: Lápis de cor e desenho impresso.

Desenvolvimento:

• A catequista deve trazer impresso em papel


um desenho para as crianças colorirem. O
ideal é uma folha para cada criança. Na
folha deverá ter o mesmo desenho duas
vezes.
• Distribuí-se uma folha para cada criança,
pedindo que elas pintem apenas um
desenho e com a lápis que trouxe. O
desenho vai ficar com uma tonalidade
apenas.
• Quando as crianças terminarem o primeiro
desenho, pede-se que inicie o segundo, mas
agora elas não irão pintar somente com as
cores que elas trouxeram e sim que
emprestem o lápis do outro amigo para
colorir o desenho, assim cada criança irá
emprestar o lápis de um amigo para colorir e
no final todos terão um trabalho colorido.

Conclusão:

• O primeiro desenho ficou com uma cor


uniforme, com isso acabou ficando feio,
esquisito. Mas quando eles emprestaram o
lápis do amiguinho, o desenho ficou mais
bonito, colorido.

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