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Freud fala que não existe um caminho natural para a sexualidade humana. Não há uma
maneira única de satisfazer o desejo, o que confere ao humano a sina de estar sempre
insatisfeito frente a este . É em nome desses desvios que Freud fala em pulsão sexual
(trieb) e não em instinto (instinkt), que é um padrão de comportamento,
hereditariamente fixado e que possui um objeto especifico, enquanto a Trieb não
implica nem comportamento pré-formado, nem objeto especifico.
Resumo
E “As pulsões e seus destinos” Freud logo na primeira página diz: “A teoria das pulsões
e, por assim dizer, nossa mitologia”, ressalta tanto que apesar de uma teoria científica
emergir a partir de uma série de fatos empíricos, ela implica um conjunto de conceitos
que não são retirados dessas observações mas que lhes são impostos a partir de um lugar
teórico, não são noções descritivas, mas construtos teóricos.
A pulsão em Freud nunca se dá por si mesma ( nem a nível consciente, nem a nível
inconsciente), ela só é conhecida pelos seus representantes: a idéia e o afeto. Pulsão, diz
Freud, é “um conceito situado na fronteira entre o psíquico e o somático”, ou ainda o
representante psíquico dos estímulos que se originam dentro do organismo e alcançam a
mente. É importante não confundir a pulsão enquanto representante dos estímulos
internos com os representantes psíquicos da pulsão, lembrando que a pulsão nunca pode
tornar-se objeto da consciência e que mesmo no inconsciente ela é sempre representada
por uma idéia ou por um afeto.
O conceito de pulsão tem por referenciais, a fonte, um processo somático que ocorre
num órgão ou parte do corpo, a pressão, a quantidade de força que ele representa, a
finalidade, que é sempre a satisfação; e o objeto, a coisa através da qual a pulsão atinge
sua finalidade.