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Educação
Estudo diz que 44 por
cento dos professores não
escolheriam a sua
profissão novamente
17.05.2008 - 13h13 Lusa
Quase 44 por cento dos professores não escolheriam a sua
profissão hoje em dia, revela um estudo realizado pelo
Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da
Associação Nacional de Professores (ANP) e apresentado
ontem no Porto. A maioria dos docentes está insatisfeita com o interesse dos
alunos pela aprendizagem
"O facto de os professores estarem insatisfeitos com a sua
condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos
alunos", disse João Ruivo, responsável pelo estudo
realizado pelo Centro de Estudos e de Desenvolvimento
Regional (CEDER), à margem do V Encontro Luso-Espanhol
sobre a profissão docente.

João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o


estudo, "quase 80 por cento dos professores querem um
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sistema de auto-regulação, uma Ordem dos Professores".
Estudo diz que 44 por cento dos professores não escolheriam a
"Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos sua profissão novamente
(ANP) a criação de um código deontológico para a profissão Há cerca de um dia Diga Cultura / Próximos
de docente, que é a única que trata da formação das
pessoas que não tem um código". 44% dos professores não escolheriam a profissão de novo
Há cerca de um dia Pisca de Gente
"Uma larga maioria dos professores consideram importante
o surgimento de uma entidade de auto-regulação, não só
por questões meramente corporativas mas porque entendem que essa é uma forma de reconfigurar a própria
profissão de docente, conceder-lhe um outro reconhecimento social e por outro lado contribuir para a melhoria da
qualidade da educação".
O estudo baseado numa amostra de educadores de infância e professores do ensino básico e do secundário e que
João Ruivo considerou "marcante por não existir nenhum sobre a matéria, com rigor científico, desde 1990", revela
ainda que 61 por cento não sente que o seu trabalho seja reconhecido pela sociedade.

Mais de 90 por cento revelam uma grande preocupação para com o seu futuro profissional e não estão satisfeitos com
o pouco apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá.

Dos resultados obtidos foi também possível concluir que "a maioria não está satisfeita com o interesse revelado pelos
alunos nas questões de aprendizagem escolar, e também apresenta insatisfação quanto às políticas educativas do
Ministério da Educação, assim como com o trabalho desenvolvido pelos sindicatos".

Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes causam
instabilidade profissional.

JORNAL DA UNIVERSIDADE DO PORTO

João Ruivo é o autor do estudo que quantifica a dificuldade de se ser professor

Foto: Cristina Villas-Boas


Quase metade dos professores estão insatisfeitos com a profissão

Por Cristina Villas-Boas - lj04020@icicom.up.pt

Publicado: 16.05.2008

Marcadores: Escolas , Professores

43% dos docentes não optariam por esta profissão se fosse hoje. Professores queixam-se ainda de falta de apoio governamental.

Os professores são hoje uma classe “desprofissionalizada” e maioritariamente insatisfeita. É este o balanço do estudo feito pelo Instituto Politécnico de
Castelo Branco, a pedido da Associação Nacional de Professores, e apresentado esta sexta-feira em livro, no V Encontro Luso-Espanhol sobre a
profissão, no Porto.

O estudo, de matriz nacional, universal e estendido a todos os ciclos de ensino, conclui que a maioria dos professores não considera o seu trabalho
reconhecido pela sociedade. 43% da amostra de mais de 3 mil professores afirma mesmo que, se tivessem que começar de novo, a opção não iria recair
sobre a carreira docente.

Área “desprofissionalizada”

“Há pressões enormes sobre as escolas pela sociedade e pelas famílias. Isto leva a que os professores sejam obrigados a desempenhar funções no seu
dia-a-dia para as quais não estavam preparados e para as quais não têm formação”, refere João Ruivo, vice-presidente do Instituto Politécnico de
Castelo Branco e coordenador do grupo responsável pelo estudo.

“A profissão torna-se 'desprofissionalizada', diminuindo a auto-estima e a satisfação dos professores, o que por sua vez tem um impacto negativo na
aprendizagem dos nossos alunos”, lamenta João Ruivo, para quem esta situação é causada pelos problemas de formação dos docentes, pelo aumento
da frequência escolar das escolas públicas nas últimas décadas e pela falta de apoio do Ministério da Educação. 90% dos docentes não estão satisfeitos
com apoio pedagógico dado pela tutela.
O estudo, publicado no livro “Ser Professor”, refere ainda que cerca de 60% dos docentes consideram que os alunos têm um interesse reduzido na
aprendizagem escolar.

“Quando existe um código ético-deontológico, permitem-se horizontes de comportamento e as pessoas sabem que há regras, e que alguém tem que as
tutelar. Os professores, na ausência dessas regras, não têm uma bússola de orientação, o que pode criar obstáculos ao seu desenvolvimento
profissional”, garante João Ruivo, autor do estudo do IPCB.

DIÁRIO DIGITAL
Estudo: 44% professores não escolheriam a profissão de novo

Quase 44% dos professores não escolheriam a sua profissão hoje em dia, revela um estudo, hoje apresentado
no Porto, realizado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de
Professores (ANP).

«O facto dos professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos alunos», disse João Ruivo,
responsável pelo estudo realizado pelo Centro de Estudos e de Desenvolvimento Regional (CEDER), à margem do V Encontro Luso-
Espanhol sobre a profissão docente.

João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o estudo, «quase 80 por cento dos professores querem um sistema de auto-
regulação, uma Ordem dos Professores».

«Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos (ANP) a criação de um código deontológico para a profissão de docente, que é a
única que trata da formação das pessoas que não tem um código», afirmou.

«Uma larga maioria dos professores consideram importante o surgimento de uma entidade de auto-regulação, não só por questões
meramente corporativas mas porque entendem que essa é uma forma de reconfigurar a própria profissão de docente, conceder-lhe um
outro reconhecimento social e por outro lado contribuir para a melhoria da qualidade da educação», salientou.

O estudo baseado numa amostra de educadores de infância e professores do ensino básico e do secundário e que João Ruivo considerou
«marcante por não existir nenhum sobre a matéria, com rigor científico, desde 1990», revela ainda que 61 por cento não sente que o seu
trabalho seja reconhecido pela sociedade.

Para além disso, mais de 90 por cento revelam uma grande preocupação para com o seu futuro profissional e não estão satisfeitos com o
pouco apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá.

Dos resultados obtidos foi também possível concluir que «a maioria não está satisfeita com o interesse revelado pelos alunos nas questões
de aprendizagem escolar, e também apresenta insatisfação quanto às políticas educativas do Ministério da Educação, assim como com o
trabalho desenvolvido pelos sindicatos».

Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes causam instabilidade profissional.

Segundo o presidente da ANP, o estudo, que culminou no lançamento do livro «Ser Professor: Satisfação Profissional e Papel das
Organizações de Docentes», será enviado ao Ministério da Educação «pela sua utilidade, importância e relevo».
DESTAK
E D U C AÇ ÃO

44% dos professores não escolheriam a sua profissão novamente


16 | 05 | 2008 20.21H

Vida de professor não é fácil. Se antes era uma carreira que oferecia prestígio, hoje é uma profissão desgastante, instável e na qual se vive sob pressão.

PEDRO JUNCEIRO COM LUSA | PJUNCEIRO@DESTAK.PT

Talvez por isso, um estudo hoje revelado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de Professores (ANP), indica
que quase 44% dos docentes não escolheriam essa profissão na actualidade.

«O facto dos professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos alunos», disse João Ruivo, responsável pelo
estudo realizado pelo Centro de Estudos e de Desenvolvimento Regional (CEDER), à margem do V Encontro Luso-Espanhol sobre a profissão docente.

João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o estudo, «quase 80 por cento dos professores querem um sistema de auto-regulação, uma Ordem
dos Professores», bem como «a criação de um código deontológico para a profissão de docente, que é a única que trata da formação das pessoas que não
tem um código».

O responsável considerou que essa seria uma «forma de reconfigurar a própria profissão de docente, conceder-lhe um outro reconhecimento social e por
outro lado contribuir para a melhoria da qualidade da educação».

Outro dado preocupante é o de mais de 90 por cento revelarem grande preocupação para com o seu futuro profissional, não estando satisfeitos com o pouco
apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá.
Dos resultados obtidos foi também possível concluir que «a maioria não está satisfeita com o interesse revelado pelos alunos nas questões de aprendizagem
escolar, e também apresenta insatisfação quanto às políticas educativas do Ministério da Educação, assim como com o trabalho desenvolvido pelos
sindicatos».

Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes causam instabilidade profissional.

Segundo o presidente da ANP, o estudo, que culminou no lançamento do livro “Ser Professor: Satisfação Profissional e Papel das Organizações de
Docentes”, será enviado ao ministério da educação «pela sua utilidade, importância e relevo».

JORNAL DE NOTÍCIAS
Quase 44% dos professores não escolheriam a sua profissão hoje em dia, revela um estudo, ontem
apresentado no Porto, realizado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação
Nacional de Professores (ANP).

"O facto dos professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem
dos alunos", disse João Ruivo, responsável pelo estudo realizado pelo Centro de Estudos e de
Desenvolvimento Regional (CEDER), à margem do V Encontro Luso-Espanhol sobre a profissão docente.

João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o estudo, "quase 80% dos professores querem um
sistema de auto-regulação, uma Ordem dos Professores". "Como ponto de partida para este sistema,
enfatizamos (ANP) a criação de um código deontológico para a profissão de docente, que é a única que
trata da formação das pessoas que não tem um código".

O estudo baseado numa amostra de educadores de infância e professores do Ensino Básico e do


Secundário e que João Ruivo considerou "marcante por não existir nenhum sobre a matéria, com rigor
científico, desde 1990", revela ainda que 61% não sente que o seu trabalho seja reconhecido pela
sociedade.

Para além disso, mais de 90% revelam uma grande preocupação para com o seu futuro profissional e não
estão satisfeitos com o pouco apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá.

Dos resultados obtidos foi também possível concluir que "a maioria não está satisfeita com o interesse
revelado pelos alunos nas questões de aprendizagem escolar, e também apresenta insatisfação quanto às
políticas educativas do Ministério da Educação, assim como com o trabalho desenvolvido pelos sindicatos".

Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes
causam instabilidade profissional.

Segundo o presidente da ANP, o estudo, que culminou no lançamento do livro "Ser Professor Satisfação
Profissional e Papel das Organizações de Docentes", será enviado ao Ministério da Educação "pela sua
utilidade, importância e relevo".

In JN de hoje

EXPRESSO
Educação: 44 por cento dos professores não escolheriam a sua profissão novamente - estudo
Porto, 16 Mai (Lusa) - Quase 44 por cento dos professores não escolheriam a sua profissão hoje em dia, revela um estudo, hoje
apresentado no Porto, realizado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de Professores
(ANP).
Porto, 16 Mai (Lusa) - Quase 44 por cento dos professores não escolheriam a sua profissão hoje em dia, revela um estudo, hoje apresentado no Porto, realizado pelo Instituto
Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de Professores (ANP).

"O facto dos professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos alunos", disse João Ruivo, responsável pelo estudo realizado pelo Centro
de Estudos e de Desenvolvimento Regional (CEDER), à margem do V Encontro Luso-Espanhol sobre a profissão docente.

João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o estudo, "quase 80 por cento dos professores querem um sistema de auto-regulação, uma Ordem dos Professores".

"Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos (ANP) a criação de um código deontológico para a profissão de docente, que é a única que trata da formação das pessoas que
não tem um código", afirmou.

"Uma larga maioria dos professores consideram importante o surgimento de uma entidade de auto-regulação, não só por questões meramente corporativas mas porque entendem que
essa é uma forma de reconfigurar a própria profissão de docente, conceder-lhe um outro reconhecimento social e por outro lado contribuir para a melhoria da qualidade da educação",
salientou.

O estudo baseado numa amostra de educadores de infância e professores do ensino básico e do secundário e que João Ruivo considerou "marcante por não existir nenhum sobre a
matéria, com rigor científico, desde 1990", revela ainda que 61 por cento não sente que o seu trabalho seja reconhecido pela sociedade.

Para além disso, mais de 90 por cento revelam uma grande preocupação para com o seu futuro profissional e não estão satisfeitos com o pouco apoio pedagógico que o Ministério da
Educação lhes dá.

Dos resultados obtidos foi também possível concluir que "a maioria não está satisfeita com o interesse revelado pelos alunos nas questões de aprendizagem escolar, e também
apresenta insatisfação quanto às políticas educativas do Ministério da Educação, assim como com o trabalho desenvolvido pelos sindicatos".

Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes causam instabilidade profissional.

Segundo o presidente da ANP, o estudo, que culminou no lançamento do livro "Ser Professor: Satisfação Profissional e Papel das Organizações de Docentes", será enviado ao
ministério da educação "pela sua utilidade, importância e relevo".

"Há um caminho ainda a percorrer. Há que dar um novo sentido à forma como se olha para a construção da própria educação. E o Ministério da Educação tem falhado numa atitude
arrogante que vai levar a um isolamento com consequências que pela primeira vez vamos poder atribuir a alguém em concreto", disse João Grancho.

MZS

Lusa/fim
SOL

Educação
Quase metade dos professores não voltariam a escolher a sua profissão
Quase 44 por cento dos professores não escolheriam a sua profissão hoje em dia, revela um estudo, hoje
apresentado no Porto, realizado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional
de Professores (ANP)
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«O facto dos professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos alunos»,
disse João Ruivo, responsável pelo estudo realizado pelo Centro de Estudos e de Desenvolvimento Regional (CEDER), à margem do V
Encontro Luso-Espanhol sobre a profissão docente.

João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o estudo, «quase 80 por cento dos professores querem um sistema de auto-
regulação, uma Ordem dos Professores». «Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos (ANP) a criação de um
código deontológico para a profissão de docente, que é a única que trata da formação das pessoas que não tem um
código», afirmou.

«Uma larga maioria dos professores consideram importante o surgimento de uma entidade de auto-regulação, não só por
questões meramente corporativas mas porque entendem que essa é uma forma de reconfigurar a própria profissão de
docente, conceder-lhe um outro reconhecimento social e por outro lado contribuir para a melhoria da qualidade da
educação», salientou.
O estudo baseado numa amostra de educadores de infância e professores do ensino básico e do secundário e que João Ruivo considerou
«marcante por não existir nenhum sobre a matéria, com rigor científico, desde 1990», revela ainda que 61 por cento não sente
que o seu trabalho seja reconhecido pela sociedade.

Para além disso, mais de 90% revelam uma grande preocupação para com o seu futuro profissional e não estão satisfeitos com o pouco
apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá. Dos resultados obtidos foi também possível concluir que «a maioria não está
satisfeita com o interesse revelado pelos alunos nas questões de aprendizagem escolar, e também apresenta insatisfação
quanto às políticas educativas do Ministério da Educação, assim como com o trabalho desenvolvido pelos sindicatos».

Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes causam instabilidade profissional.
Segundo o presidente da ANP, o estudo, que culminou no lançamento do livro Ser Professor: Satisfação Profissional e Papel das
Organizações de Docentes, será enviado ao ministério da educação «pela sua utilidade, importância e relevo».

«Há um caminho ainda a percorrer. Há que dar um novo sentido à forma como se olha para a construção da própria
educação. E o Ministério da Educação tem falhado numa atitude arrogante que vai levar a um isolamento com
consequências que pela primeira vez vamos poder atribuir a alguém em concreto», disse João Grancho.

Lusa/SOL

VISÃO

Nacional
Educação: 44 por cento dos professores não escolheriam a sua profissão novamente - estudo
Porto, 16 Mai (Lusa) - Quase 44 por cento dos professores não escolheriam a sua profissão hoje em dia, revela um estudo, hoje
apresentado no Porto, realizado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de Professores
(ANP).

"O facto dos professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos alunos", disse João Ruivo,
responsável pelo estudo realizado pelo Centro de Estudos e de Desenvolvimento Regional (CEDER), à margem do V Encontro Luso-Espanhol
sobre a profissão docente.

João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o estudo, "quase 80 por cento dos professores querem um sistema de auto-regulação, uma
Ordem dos Professores".

"Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos (ANP) a criação de um código deontológico para a profissão de docente, que é a única
que trata da formação das pessoas que não tem um código", afirmou.

"Uma larga maioria dos professores consideram importante o surgimento de uma entidade de auto-regulação, não só por questões meramente
corporativas mas porque entendem que essa é uma forma de reconfigurar a própria profissão de docente, conceder-lhe um outro reconhecimento
social e por outro lado contribuir para a melhoria da qualidade da educação", salientou.

O estudo baseado numa amostra de educadores de infância e professores do ensino básico e do secundário e que João Ruivo considerou
"marcante por não existir nenhum sobre a matéria, com rigor científico, desde 1990", revela ainda que 61 por cento não sente que o seu trabalho
seja reconhecido pela sociedade.

Para além disso, mais de 90 por cento revelam uma grande preocupação para com o seu futuro profissional e não estão satisfeitos com o pouco
apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá.

Dos resultados obtidos foi também possível concluir que "a maioria não está satisfeita com o interesse revelado pelos alunos nas questões de
aprendizagem escolar, e também apresenta insatisfação quanto às políticas educativas do Ministério da Educação, assim como com o trabalho
desenvolvido pelos sindicatos".

Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes causam instabilidade profissional.
Segundo o presidente da ANP, o estudo, que culminou no lançamento do livro "Ser Professor: Satisfação Profissional e Papel das Organizações
de Docentes", será enviado ao ministério da educação "pela sua utilidade, importância e relevo".

"Há um caminho ainda a percorrer. Há que dar um novo sentido à forma como se olha para a construção da própria educação. E o Ministério da
Educação tem falhado numa atitude arrogante que vai levar a um isolamento com consequências que pela primeira vez vamos poder atribuir a
alguém em concreto", disse João Grancho.

MZS

Educação: 44% dos professores não voltaria a escolher essa profissão


Quase 44% dos professores não escolheriam a sua profissão hoje em dia, revela um estudo, hoje apresentado no Porto,
realizado pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de Professores (ANP).

"O facto dos professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos alunos",
afirmou João Ruivo, responsável pelo estudo realizado pelo Centro de Estudos e de Desenvolvimento Regional (CEDER).
De acordo com João Grancho, presidente da ANP, o estudo revela que "quase 80% dos professores querem um sistema de
auto-regulação, uma Ordem dos Professores".

"Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos a criação de um código deontológico para a profissão de docente,
que é a única que trata da formação das pessoas que não tem um código", acrescentou.

"Uma larga maioria dos professores consideram importante o surgimento de uma entidade de auto-regulação, não só por
questões meramente corporativas mas porque entendem que essa é uma forma de reconfigurar a própria profissão de
docente, conceder-lhe um outro reconhecimento social e por outro lado contribuir para a melhoria da qualidade da
educação", sublinhou o presidente da ANP.

O estudo, baseado numa amostra de educadores de infância e professores do ensino básico e do secundário, revela também que
61% dos docentes não sente que o seu trabalho seja reconhecido pela sociedade.

Outra conclusão do estudo revela que mais de 90% dos professores estão muito preocupados com o seu futuro profissional e não
estão satisfeitos com o pouco apoio pedagógico que o Ministério da Educação (ME) lhes dá.

E refere ainda que "a maioria não está satisfeita com o interesse revelado pelos alunos nas questões de aprendizagem
escolar e, também, apresenta insatisfação quanto às políticas educativas do ME, assim como com o trabalho
desenvolvido pelos sindicatos".

Segundo João Grancho, o estudo será enviado ao ministério da educação "pela sua utilidade, importância e relevo".

"Há um caminho ainda a percorrer. Há que dar um novo sentido à forma como se olha para a construção da própria
educação. E o ME tem falhado numa atitude arrogante que vai levar a um isolamento com consequências que, pela
primeira vez, vamos poder atribuir a alguém em concreto", concluiu o presidente da ANP.
Público (2ª edição)
Educação
Estudo diz que 44 por cento dos professores não
escolheriam a sua profissão novamente
18.05.2008 – 09h00 Lusa
Quase 44 por cento dos professores não escolheriam a sua profissão hoje em dia, revela um estudo realizado pelo Instituto
Politécnico de Castelo Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de Professores (ANP) e apresentado ontem no Porto.

"O facto de os professores estarem insatisfeitos com a sua condição tem um grave reflexo na aprendizagem dos alunos",
disse João Ruivo, responsável pelo estudo realizado pelo Centro de Estudos e de Desenvolvimento Regional (CEDER), à
margem do V Encontro Luso-Espanhol sobre a profissão docente.

João Grancho, presidente da ANP, disse que, segundo o estudo, "quase 80 por cento dos professores querem um sistema de
auto-regulação, uma Ordem dos Professores".

"Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos (ANP) a criação de um código deontológico para a profissão de
docente, que é a única que trata da formação das pessoas que não tem um código".

"Uma larga maioria dos professores consideram importante o surgimento de uma entidade de auto-regulação, não só por
questões meramente corporativas mas porque entendem que essa é uma forma de reconfigurar a própria profissão de
docente, conceder-lhe um outro reconhecimento social e por outro lado contribuir para a melhoria da qualidade da
educação".

O estudo baseado numa amostra de educadores de infância e professores do ensino básico e do secundário e que João Ruivo
considerou "marcante por não existir nenhum sobre a matéria, com rigor científico, desde 1990", revela ainda que 61 por
cento não sente que o seu trabalho seja reconhecido pela sociedade.

Mais de 90 por cento revelam uma grande preocupação para com o seu futuro profissional e não estão satisfeitos com o
pouco apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá.

Dos resultados obtidos foi também possível concluir que "a maioria não está satisfeita com o interesse revelado pelos alunos
nas questões de aprendizagem escolar, e também apresenta insatisfação quanto às políticas educativas do Ministério da
Educação, assim como com o trabalho desenvolvido pelos sindicatos".

Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes causam instabilidade
profissional.

Edição de 21-05-2008
SECÇÃO: Educação
IPCB faz estudo nacional

Professores insatisfeitos
Cerca de 44 por cento dos professores não escolheria, hoje, a sua profissão. Este é um dos resultados do estudo feito em todo o país pelo
Instituto Politécnico de Castelo Branco,a pedido da Associação Nacional de Professores. A maioria dos docentes reclama uma Ordem.

Quase 44 por cento (43,6) dos professores não escolheriam a sua profissão hoje em dia, revela um estudo realizado pelo Instituto Politécnico de Castelo
Branco (IPCB) a pedido da Associação Nacional de Professores (ANP) e apresentado, decorrer do encontro Luso-Espanhol, realizado no Porto, no final da
última semana, em que o Reconquista esteve presente.

O documento, que teve uma apresentação em Castelo Branco, ontem, terça-feira, altura em que já tínhamos a nossa edição fechada, revela ainda que 61
por cento dos docentes não sente que o seu trabalho seja reconhecido pela sociedade e que mais de 90 por cento revelam uma grande preocupação para
com o seu futuro profissional e não estão satisfeitos com o pouco apoio pedagógico que o Ministério da Educação lhes dá.

O estudo foi desenvolvido, entre Fevereiro e Maio de 2006, muitos antes da manifestação que juntou 100 mil docentes em Lisboa e antes do concurso de
professores titulares. “Os dados não são uma opinião de conjuntura. De qualquer modo revelam que na altura já existia um mau estar instalado junto os
professores. E referem ainda que se não houver uma política que atenda aos problemas que os professores aqui relevam que a bolha tende a inchar e a
rebentar outra vez”, explica João Ruivo, vice-presidente do IPCB, que com os investigadores João Sebastião, José Rafael, Paulo Afonso e Sara Nunes,
desenvolveram o estudo.

Dos resultados obtidos foi também possível concluir que "a maioria não está satisfeita com o interesse revelado pelos alunos nas questões de aprendizagem
escolar, e também apresenta insatisfação quanto às políticas educativas do Ministério da Educação, assim como com o trabalho desenvolvido pelos
sindicatos".

Os concursos profissionais são também alvo de críticas, revelando os professores inquiridos, que estes causam instabilidade profissional. Os docentes
mostram-se preocupados com o seu futuro profissional e a maioria considera que a carreira não é prestigiante e que precisa de ser revista.

Os inquiridos na sua maioria consideram que “os seus colegas reconhecem o seu trabalho, que se sentem bem com a profissão e que a formação científica
que possuem é adequada ao desempenho profissional”. Uma larga maioria diz-se ainda capaz de promover o sucesso escolar dos alunos e que as
condições de trabalho das suas escolas são boas.

João Grancho, presidente da ANP, recorda que "quase 80 por cento dos professores querem um sistema de auto-regulação, uma Ordem dos Professores.
Como ponto de partida para este sistema, enfatizamos (ANP) a criação de um código deontológico para a profissão de docente, que é a única que trata da
formação das pessoas que não tem um código".

"Uma larga maioria dos professores consideram importante o surgimento de uma entidade de auto-regulação, não só por questões meramente corporativas
mas porque entendem que essa é uma forma de reconfigurar a própria profissão de docente, conceder-lhe um outro reconhecimento social e por outro lado
contribuir para a melhoria da qualidade da educação".

Importância do estudo

O estudo agora publicado é o mais abrangente realizado em Portugal desde 1990, sobre o mundo interior dos professores e sobre o seu sentir relativos a um
conjunto de variáveis que implicam com a sua actividade profissional. Daí a sua importância, no entender de João Ruivo.
Aquele responsável lembra ainda que “estamos a falar de um estudo nacional, que abrange todas as regiões do país, com uma repartição proporcional de
todas as escolas”. A acrescer a tudo isso, diz João Ruivo, os dados agora publicados “têm credibilidade científica, já que o estudo foi feito pelo IPCB, através
do seu Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional (CEDER), com investigadores credíveis, que conseguiram para um universo de 148 mil docentes da
altura constituir uma amostra de 3252 docentes, o que muito representativo”. O estudo baseou-se num questionário enviado para os sujeitos, por correio, e
devolvido pela mesma via.

No entender de João Ruivo, este estudo “constitui uma referência teórica para os investigadores para que em sede de pós-graduações e mestrados tenham
uma baliza credível para citar qual o sentimento dos professores e qual é o seu mundo interior”.

Por: João Carrega

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