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4636 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.

o 203 — 2 de Setembro de 2000

2 — Poderá ser feito aos accionistas um adiantamento Assim:


sobre lucros no decurso do exercício sob proposta do Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da
conselho de administração, com o parecer favorável do Constituição, o Governo decreta o seguinte:
fiscal único.

CAPÍTULO VII CAPÍTULO I


Disposições gerais e finais Disposições gerais

Artigo 21.o Artigo 1.o


Caução e remuneração Objecto

1 — Os membros do conselho de administração são O presente diploma transpõe para a ordem jurídica
dispensados de caução. nacional a Directiva n.o 97/78/CE, do Conselho, de 18
2 — Os membros dos órgãos sociais serão remune- de Dezembro, que fixa os princípios relativos à orga-
rados ou não, conforme for deliberado em assembleia nização dos controlos veterinários dos produtos prove-
geral ou pela comissão de vencimentos por esta desig- nientes de países terceiros introduzidos no território
nada. comunitário.
Artigo 22.o Artigo 2.o
Duração do mandato Âmbito

1 — Os membros dos órgãos sociais exercem as suas Os controlos veterinários dos produtos provenientes
funções por períodos de três anos civis, renováveis, con- de países terceiros introduzidos no território nacional
tando-se como completo o ano civil da designação. serão efectuados em conformidade com o disposto no
2 — Os membros dos órgãos sociais consideram-se presente diploma.
empossados logo que tenham sido eleitos e permanecem Artigo 3.o
no exercício das suas funções até à eleição de quem
deva substituí-los. Competências

Artigo 23.o 1 — Compete a Direcção-Geral de Veteriná-


ria (DGV), na qualidade de autoridade sanitária vete-
Dissolução e liquidação rinária nacional e às direcções regionais de agricultura
1 — A Sociedade dissolve-se nos casos e nos termos (DRA), na qualidade de autoridade sanitária veterinária
regional, o controlo e aplicação da disciplina instituída
legais.
pelo presente diploma e suas disposições regulamen-
2 — A liquidação da Sociedade reger-se-á pelas dis- tares.
posições da lei e pelas deliberações da assembleia geral. 2 — Compete à DGV e às DRA assegurar a fisca-
lização do cumprimento das normas constantes do pre-
sente diploma, sem prejuízo das competências atribuídas
por lei a outras entidades.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,
DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS Artigo 4.o
Definições
Decreto-Lei n.o 210/2000
de 2 de Setembro
1 — Para efeitos do presente diploma, entende-se
por:
Desde a adopção da Directiva n.o 90/675/CEE, do
a) Produtos — os produtos de origem animal refe-
Conselho, de 10 de Dezembro, que fixa os princípios ridos no anexo IV, incluindo os subprodutos de
relativos a organização dos controlos veterinários dos origem animal não abrangidos pelo anexo II do
produtos provenientes de países terceiros introduzidos Tratado de Roma, bem como os produtos vege-
na Comunidade, registou-se uma evolução da aplicação tais contemplados no artigo 19.o do presente
da mesma e adquiriram-se novas experiências, pelo que diploma;
aquela directiva foi revogada pela Directiva b) Controlo documental — a verificação dos cer-
n.o 97/78/CE, do Conselho, de 18 de Dezembro. tificados ou documentos veterinários ou outros
Tendo a Directiva n.o 90/675/CEE, do Conselho, de documentos que acompanham uma remessa;
10 de Dezembro, sido transposta para o ordenamento c) Controlo de identidade — a verificação por ins-
jurídico nacional pelo Decreto-Lei n.o 111/93, de 10 de pecção visual da concordância entre os certi-
Abril, alterado pelo Decreto-Lei n.o 60/96, de 23 de ficados ou documentos veterinários ou outros
Maio, e pela Portaria n.o 774/93, de 3 de Setembro, documentos previstos na legislação veterinária
importa proceder à alteração daqueles normativos, de e o produto;
forma a transpor para a ordem jurídica interna a Direc- d) Controlo físico — a verificação do próprio pro-
tiva n.o 97/78/CE. duto, que pode incluir controlos da embalagem
Foram ouvidos os órgãos de governo próprios das e da temperatura, bem como a colheita de amos-
Regiões Autónomas. tras e ensaios laboratoriais;
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e) Interessado no carregamento — qualquer pes- mais das espécies referidas na secção II do


soa singular ou colectiva que, em conformidade anexo IV, que vise directa ou indirectamente
com as disposições aduaneiras do Regulamento assegurar o melhoramento das raças animais;
(CEE) n.o 2913/92, de 12 de Outubro de 1992, s) Exploração — o estabelecimento agrícola ou o
que estabelece o Código Aduaneiro Comuni- estábulo de negociante, situado no território
tário, seja responsável pelo desenrolar das dife- nacional, onde os animais, com excepção dos
rentes situações a que se refere esse Regula- equídeos, são mantidos ou criados de forma
mento e em que a remessa se possa ver envol- habitual, bem como o estabelecimento agrícola
vida, bem como o representante na acepção ou de treino, a cavalariça ou, de um modo geral,
daquele Regulamento e que assuma essa res- qualquer local ou instalação em que os equídeos
ponsabilidade no que se refere aos efeitos dos são mantidos ou criados da forma habitual, inde-
controlos previstos no presente diploma; pendentemente da sua utilização;
f) Remessa — uma quantidade de produtos da t) Centro ou organismo — qualquer empresa que
mesma natureza, abrangida pelos mesmos cer- proceda à produção, armazenamento, trata-
tificados ou documentos veterinários ou outros mento ou manipulação dos produtos referidos
documentos previstos na legislação veterinária, no artigo 1.o
transportada pelo mesmo meio de transporte
e proveniente do mesmo país terceiro ou parte
de país terceiro; CAPÍTULO II
g) Posto de inspecção fronteiriço (PIF) — qual-
Organização e sequência dos controlos
quer posto de inspecção designado e aprovado
em conformidade com o artigo 8.o para a rea-
lização dos controlos veterinários dos produtos Artigo 5.o
provenientes de países terceiros que cheguem Regras fundamentais
à fronteira de um dos territórios enumerados
no anexo I; 1 — Nenhuma remessa proveniente de um país ter-
h) Importação — a colocação e a intenção de colo- ceiro pode ser introduzida num dos territórios enume-
cação em livre prática dos produtos, na obser- rados no anexo I sem ter sido sujeita aos controlos vete-
vância das medidas em vigor de política comer- rinários exigidos pelo presente diploma.
cial, no cumprimento das formalidades previstas 2 — As remessas só podem ser introduzidas num dos
incluindo a aplicação dos direitos legalmente territórios constantes do anexo I através de um PIF.
devidos; 3 — Os interessados no carregamento têm de comu-
i) Destino aduaneiro — a sujeição de uma mer- nicar antecipadamente ao pessoal veterinário do PIF
cadoria a um regime aduaneiro, a sua colocação em que os produtos irão ser apresentados a remessa
numa zona franca ou num entreposto franco, a que se refere o n.o 1 do presente artigo, incluindo
a sua reexportação do território aduaneiro da os produtos referidos no artigo 11.o e no n.o 1 do
Comunidade, a sua inutilização ou o seu aban- artigo 19.o quer preenchendo as rubricas pertinentes
dono à fazenda pública; no certificado a que se refere o n.o 1 do artigo 7.o,
j) Regime aduaneiro — a introdução em livre prá- quer fornecendo uma descrição pormenorizada da
tica, o trânsito, o entreposto aduaneiro, o aper- remessa por escrito ou em qualquer suporte informático.
feiçoamento activo, a transformação sob con- 4 — O pessoal veterinário do PIF pode proceder ao
trolo aduaneiro, a importação temporária, o controlo dos manifestos dos barcos e dos aviões e veri-
aperfeiçoamento passivo e a exportação; ficar a sua concordância com as declarações e docu-
l) Condições de importação — as exigências vete- mentos referidos no número anterior.
rinárias aplicáveis aos produtos a importar con- 5 — As autoridades aduaneiras de que dependa geo-
forme definidas na legislação nacional e comu- graficamente o PIF não autorizarão o destino aduaneiro
nitária; previsto das remessas a não ser em conformidade com
m) Autoridade competente — a Direcção-Geral de as prescrições constantes do certificado referido no n.o 1
Veterinária (DGV) e as direcções regionais de do artigo 7.o
agricultura (DRA); 6 — As regras de execução do presente artigo, desig-
nadamente a lista dos produtos a submeter a inspecção
n) Controlo veterinário — qualquer controlo físico
veterinária serão adoptadas de acordo com o proce-
ou formalidade administrativa relativos aos pro-
dimento comunitariamente previsto.
dutos referidos no artigo 1.o e que vise, directa
ou indirectamente, assegurar a protecção da
saúde pública ou animal; Artigo 6.o
o) Comércio — as trocas comerciais entre os Esta- Execução
dos membros, de produtos deles originários ou
de produtos provenientes de países terceiros, 1 — Cada remessa deve ser submetida a controlos
que se encontrem em livre prática nos Estados veterinários efectuados no PIF pela autoridade com-
membros; petente, sob a responsabilidade do veterinário oficial
p) Estabelecimento — qualquer empresa que pro- e em obediência ao disposto no n.o 1, alínea b), do
ceda à produção, armazenamento ou trabalho artigo 8.o
dos produtos referidos no artigo 1.o; 2 — Para cada remessa, o veterinário oficial consul-
q) Veterinário oficial — o veterinário designado tará, com base nas informações referidas no n.o 3 do
pela autoridade competente; artigo 5.o, a base de dados relativa à reexpedição de
r) Controlo zootécnico — qualquer controlo físico lotes pelo veterinário oficial do PIF, no âmbito da infor-
ou formalidade administrativa relativos aos ani- matização dos procedimentos veterinários de importa-
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ção designada por projecto SHIFT, previsto na Decisão e se encontram num estado compatível
do Conselho n.o 92/438/CE, de 13 de Julho, devendo com as finalidades previstas no certifi-
além disso, relativamente a cada remessa apresentada cado ou documento de acompanha-
para importação num dos territórios enumerados no mento, devendo esses controlos ser efec-
anexo I, consultar, se necessário, a base de dados relativa tuados de acordo com os critérios defi-
às condições comunitárias de importação para a União nidos no anexo III;
Europeia de animais vivos e produtos no âmbito do ii) Proceder, segundo as frequências a fixar
projecto referido, velando ainda por que sejam efec- de acordo com o processo comunitaria-
tuadas todas as operações necessárias à actualização mente estabelecido, aos ensaios labora-
daquelas bases de dados. toriais a efectuar in loco, bem como à
3 — Cada remessa será submetida a um controlo recolha das amostras oficiais necessárias,
documental, independentemente do seu destino adua- mandando analisá-las o mais rapida-
neiro, a fim de determinar se:
mente possível.
a) As informações constantes dos certificados ou
documentos mencionados no n.o 1 do artigo 9.o
correspondem às informações previamente Artigo 7.o
comunicadas nos termos do n.o 3 do artigo 5.o; Emissão de certificados
b) Em caso de importação, os dados constantes
dos certificados ou documentos oferecem as 1 — Após a realização dos controlos veterinários
garantias exigidas. necessários, o veterinário oficial emitirá, para a remessa
de produtos em causa, um certificado atestando os resul-
4 — Com excepção dos casos específicos previstos nos tados dos referidos controlos segundo o modelo previsto
artigos 11.o a 16.o, o veterinário oficial deve efectuar: no anexo B da Decisão n.o 93/13/CEE.
2 — O certificado referido no n.o 1 deve acompanhar
a) Um controlo de identidade de cada remessa a remessa:
para verificar se os produtos correspondem aos
dados constantes dos certificados ou dos docu- a) Enquanto esta permanecer sob vigilância adua-
mentos que acompanham a remessa, salvo nos neira, devendo, neste caso, o referido docu-
casos dos produtos a granel previstos no Decre- mento fazer referência ao documento adua-
to-Lei n.o 18/95, de 27 de Janeiro, e Portaria neiro;
n.o 492/95, de 23 de Maio, que define as con- b) Até ao primeiro estabelecimento, em confor-
dições sanitárias e de polícia sanitária que regem midade com a Portaria n.o 576/93, de 4 de Junho,
o comércio e as importações na Comunidade ou até ao primeiro centro ou organização de
de produtos não sujeitos, no que respeita às destino, em conformidade com a Portaria
referidas condições, às regulamentações comu- n.o 575/93, de 4 de Junho, em caso de impor-
nitárias específicas referidas nos Decretos-Leis tação.
n.os 110/93, de 10 de Abril, 61/96, de 24 de Maio,
e Portarias n.os 576/93, de 4 de Junho, e 100/96,
de 1 de Abril, e no que respeita aos agentes 3 — Se a remessa for dividida em várias partes, o
patogénicos, à regulamentação referida no disposto nos n.os 1 e 2 será aplicável a cada uma das
Decreto-Lei n.o 69/93, de 10 de Março, e Por- partes.
taria n.o 575/93, de 4 de Junho; Artigo 8.o
b) A operação a que se refere a alínea anterior
compreende: Requisitos dos postos de inspecção fronteiriços

i) A verificação de que os selos apostos pelo O PIF deve:


veterinário oficial, ou pela autoridade
competente nos casos em que a legislação a) Estar situado na proximidade imediata do ponto
comunitária os exija, se encontram intac- de entrada de um dos territórios enumerados
tos e de que os dados que neles figuram do anexo I e numa zona designada ou aprovada
correspondem aos constantes dos certi- pelas autoridades aduaneiras quer seja uma
ficados ou dos documentos que acompa- estância aduaneira designada pela autoridade
nham a remessa, sempre que os produtos aduaneira ou a qualquer outro local designado
de origem animal sejam transportados ou autorizado por essas autoridades, podendo
em contentores; contudo aceitar-se, segundo o procedimento
ii) O controlo da presença das estampilhas, comunitariamente previsto, que o PIF esteja
marcas oficiais ou marcas de salubridade situado a uma certa distância do ponto de
que identificam o país e o estabeleci- entrada, caso o exijam as limitações geográficas
mento de origem, e da sua conformidade e, no caso de transporte por via férrea, na pri-
com as do certificado ou do documento meira estação designada pela autoridade com-
e adicionalmente, em relação aos produ- petente;
tos embalados ou acondicionados, o con- b) Estar sob a autoridade de um veterinário oficial
trolo da rotulagem específica prevista na que assuma efectivamente a responsabilidade
legislação veterinária, em todos os casos pelos controlos, podendo o veterinário oficial
não previstos na subalínea anterior, para ser coadjuvado por auxiliares formados espe-
todos os tipos de produtos. cialmente para esse efeito e deverá velar pela
actualização completa das bases de dados rela-
c) Um controlo físico de cada remessa para: tivas às importações para a UE de animais e
i) Verificar se os produtos correspondem produtos no âmbito do projecto SHIFT men-
às exigências da legislação comunitária cionado no n.o 2 do artigo 6.o
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Artigo 9.o introduzidos, aos controlos documental, de identidade


Importação
e físico previstos nos n.os 3 e 4 do artigo 6.o, a fim
de verificar, nomeadamente, se os produtos em causa
1 — Cada remessa destinada a ser importada para satisfazem a regulamentação aplicável.
um dos territórios enumerados no anexo I deve ser acom- 3 — Contudo, a carne de caça de pêlo importada com
panhada dos certificados ou documentos veterinários a pele será submetida a um controlo de identidade ou
originais ou de outros documentos originais exigidos na a um controlo físico, com excepção do controlo de salu-
legislação veterinária ficando os certificados ou docu- bridade e da pesquisa dos resíduos, que deverão ser
mentos originais arquivados no PIF. efectuados nos termos da legislação em vigor, no esta-
2 — Sem prejuízo do disposto no artigo 12.o, cada belecimento de destino para onde essa carne deverá
remessa de produtos proveniente de um país terceiro ser encaminhada sob vigilância aduaneira, de acordo
destinada à importação para um dos territórios enu- com o procedimento previsto no n.o 6, alínea a), do
merados no anexo I deve ser submetida ao controlo presente artigo, conjugado com o certificado previsto
de identidade e ao controlo físico previstos no n.o 4 no n.o 1 do artigo 7.o
do artigo 6.o 4 — O resultado dos controlos referidos no ponto
3 — As autoridades aduaneiras só autorizarão a anterior deverá ser comunicado à autoridade veterinária
importação de remessas de produtos se, sem prejuízo responsável pelo PIF de entrada desses produtos que,
das regulamentações aduaneiras e das disposições espe- em função dos resultados, aplicará as medidas previstas
ciais a adoptar em conformidade com os n.os 2 e 3 do no artigo 22.o
artigo 12.o, tiverem sido apresentadas provas de que 5 — No caso dos produtos referidos nas alíneas a)
foram efectuados os controlos veterinários adequados e c) do n.o 1, que sejam introduzidos num Estado mem-
com resultados satisfatórios e foi emitido o correspon- bro que não o de destino, deverão ser tomadas todas
dente certificado em conformidade com o n.o 1 do as medidas necessárias para garantir que a remessa em
artigo 7.o, e se a autoridade competente tiver a garantia questão chegue ao Estado membro de destino previsto.
de que foram ou serão pagas as despesas de inspecção 6 — Os produtos que, em conformidade com a legis-
referentes aos controlos veterinários aplicáveis ao lação comunitária, devem ser encaminhados sob vigi-
comércio intracomunitário de produtos de origem ani- lância desde o PIF de chegada até ao estabelecimento
mal na perspectiva do mercado interno, bem como no local de destino serão expedidos nas seguintes
daqueles provenientes de países terceiros. condições:
4 — Se a remessa satisfizer as condições de impor-
tação, o veterinário oficial fornecerá à pessoa interes- a) As remessas em causa serão transportadas entre
sada uma cópia autenticada dos certificados ou docu- o PIF de chegada e o estabelecimento do local
mentos originais e emitirá, em conformidade com o n.o 1 de destino sob o controlo das autoridades com-
do artigo 7.o, o certificado que atesta, com base nos petentes, em veículos ou contentores estanques
controlos veterinários efectuados no PIF, que a remessa por elas selados, devendo os produtos referidos
satisfaz as referidas condições. na alínea c) do n.o 1 ficar sob vigilância adua-
5 — O comércio dos produtos referidos nos Decre- neira até ao local de destino nos termos de pro-
tos-Leis n.os 110/93, de 10 de Abril, e 69/93, de 10 de cedimento T5 previsto no Regulamento (CEE)
Março, e nas Portarias n.os 576/93, de 4 de Junho, e n.o 2453/93 da Comissão, de 2 de Julho de 1993,
575/93, de 4 de Junho, e autorizados para importação, que fixa determinadas disposições de aplicação
nos termos do n.o 3 do presente artigo, para um dos do Regulamento (CEE) n.o 2913/92 do Con-
territórios enumerados do anexo I do presente diploma, selho que estabelece o Código Aduaneiro
será efectuado em conformidade com as regras esta- Comunitário, conjugado com certificado pre-
belecidas nos referidos diplomas. visto no n.o 1 do artigo 7.o, que indicará o destino
autorizado, incluindo também, se for caso disso,
a natureza da transformação prevista;
Artigo 10.o b) O veterinário oficial do PIF em causa comu-
Importações com condições específicas nicará à autoridade veterinária responsável do
estabelecimento do local de destino, através da
1 — Devem ser comunicadas informações suplemen- rede ANIMO, a origem do produto e o seu local
tares à autoridade competente do local de destino, atra- de destino;
vés da rede ANIMO prevista na Portaria n.o 575/93, c) Os produtos serão submetidos, no estabeleci-
de 4 de Junho, sempre que:
mento do local de destino, ao tratamento pre-
a) Os produtos se destinem a um Estado membro visto na legislação comunitária aplicável;
ou a uma região que tenha obtido exigências d) O veterinário oficial do local de destino ou, no
específicas no âmbito da legislação comunitária; caso previsto no capítulo 10, do anexo I da Por-
b) Tenham sido colhidas amostras mas os resul- taria n.o 492/95, de 23 de Maio, o veterinário
tados não sejam conhecidos no momento em oficial do entreposto intermediário, informado
que o meio de transporte abandona o PIF; pelo responsável do estabelecimento de destino
c) Se tratar de importações autorizadas para fins ou do entreposto intermediário, notificará num
específicos, nos casos previstos na legislação prazo de quinze dias a chegada do produto ao
comunitária. estabelecimento de destino ao veterinário oficial
do PIF que lhe notificou o envio e procederá
2 — Cada remessa constituída por produtos referidos a controlos regulares a fim de verificar, nomea-
nas alíneas a) e c) do n.o 1 e que se destine a outro damente mediante controlo dos registos de
Estado membro deve ser submetida, no PIF situado no entrada, se os referidos produtos chegaram ao
território do Estado membro em que os produtos são estabelecimento de destino.
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7 — Sem prejuízo do disposto no artigo 20.o e na Artigo 12.o


medida em que a autoridade competente do PIF de Trânsito de produtos entre dois países terceiros
introdução for apresentada prova de que os produtos
declarados como destinados a um estabelecimento apro- 1 — A autoridade competente só autorizará, em
vado nunca chegaram ao destino, essa autoridade nome de todos os Estados membros pelos quais os pro-
tomará para com o interessado no carregamento as dutos irão transitar, o trânsito de remessas de um país
medidas convenientes e, se for caso disso, as referidas terceiro para outro se:
no artigo 24.o a) Essas remessas provierem de um país terceiro
8 — Será apresentada à Comissão a lista dos esta- do qual não seja proibido introduzir os produtos
belecimentos aprovados contemplados nos n.os 5 e 6 num dos territórios enumerados no anexo I e
para os produtos em causa, nos termos da legislação se destinarem a outro país terceiro, podendo
comunitária pertinente. a autoridade competente conceder uma derro-
9 — Caso o estabelecimento não cumpra a obrigação gação a esta exigência nos casos de transbordo,
de notificação, poderá ser-lhe retirada a aprovação e em conformidade com o n.o 2, alínea a), do
aplicadas sanções em função da natureza do risco artigo 11.o, de uma remessa de um avião para
incorrido. outro ou de um navio para outro, dentro da
zona aduaneira de um mesmo porto ou aero-
Artigo 11.o porto, para reexpedição sem qualquer outra
Remessas destinadas a um posto de inspecção escala nos territórios enumerados no anexo I,
fronteiriço que não o de introdução segundo critérios gerais a fixar em conformidade
com o procedimento comunitariamente pre-
1 — As remessas que se destinem à importação para visto;
um dos territórios enumerados no anexo I, que cheguem b) Esse trânsito tiver sido previamente autorizado
a um PIF mas se destinem a ser importadas através pelo veterinário oficial do PIF do Estado mem-
de outro PIF situado no mesmo território ou situado bro em que a remessa entra pela primeira vez
no território de outro Estado membro, serão sujeitas num dos territórios enumerados no anexo I;
a um controlo de identidade e a um controlo físico no c) O interessado no carregamento tiver assumido
PIF de destino, desde que o transporte seja efectuado previamente o compromisso de tomar de novo
por via marítima ou aérea. posse da remessa, caso os produtos sejam recu-
2 — São os seguintes os procedimentos a seguir no sados, para lhes dar um destino de acordo com
PIF de introdução: o disposto no artigo 18.o
a) Caso a remessa seja objecto de transbordo de 2 — A autorização a que se refere o n.o 1 está sujeita
um avião para outro ou de um navio para outro ao cumprimento das seguintes condições:
dentro da zona aduaneira do mesmo porto ou
aeroporto, quer directamente quer após des- a) As remessas apresentadas em regime de trânsito
carga no cais ou terminal durante um lapso de no PIF devem ser acompanhadas dos certifi-
cados ou documentos referidos no n.o 1 do
tempo inferior ao período mínimo previsto na
artigo 9.o e, eventualmente, de traduções auten-
alínea b), a autoridade competente deve ser
ticadas;
informada do facto pelo interessado no carre- b) As remessas de produtos devem ser apresen-
gamento, podendo a título excepcional, por tadas no referido PIF para serem submetidas
motivos de perigo para a saúde animal e a saúde ao controlo documental e ao controlo de iden-
pública, efectuar um controlo documental dos tidade;
produtos com base no certificado ou no docu- c) A autoridade veterinária competente pode con-
mento veterinário de origem ou em qualquer ceder derrogações aos controlos documentais
outro documento original que acompanhe a e aos controlos de identidade para o transporte
remessa em causa ou em cópia autenticada des- marítimo ou aéreo caso as remessas:
ses documentos;
b) Nos casos de descarga não previstos na alínea i) Não sejam descarregadas, limitando-se
anterior, a remessa deve: neste caso o controlo documental, e sem
prejuízo do disposto no artigo 20.o, ao
i) Ser armazenada por um período máximo exame do manifesto de bordo;
e mínimo e em condições a determinar ii) Sejam objecto de transbordo, em confor-
segundo o processo comunitariamente midade com o n.o 2, alínea a), do
previsto, sob controlo da autoridade com- artigo 11.o, de um avião para outro ou
petente na zona aduaneira do porto ou de um navio para outro, dentro da zona
aeroporto, enquanto aguarda reexpedi- aduaneira do mesmo porto ou aeroporto.
ção para outro PIF por via marítima ou
aérea; d) Em casos excepcionais em que possa haver risco
ii) Ser sujeita a um controlo documental dos para a saúde pública ou animal, ou quando exis-
produtos relativamente aos documentos tam suspeitas de irregularidades, devem ser
referidos na alínea a); efectuados controlos físicos suplementares;
iii) Ser sujeita a um controlo de identidade e) Caso transitem pelos territórios enumerados no
e a um controlo físico, a título excep- anexo I por via rodoviária, ferroviária ou fluvial,
cional, caso haja risco de perigo para a as remessas:
saúde animal ou a saúde pública, sem pre- i) Serão expedidas, sob vigilância adua-
juízo do disposto no artigo 20.o neira, em conformidade com o procedi-
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mento T1 previsto no Regulamento mental, a um controlo de identidade e a um controlo


(CEE) n.o 2913/92, no ponto de saída da físico, a fim de verificar se tais produtos cumprem as
Comunidade, acompanhadas do docu- referidas condições de importação, não sendo exigido
mento exigido na alínea a) do n.o 2 do o controlo físico quando o controlo documental permitir
presente artigo e do certificado referido verificar que os produtos em causa cumprem as exi-
no n.o 1 do artigo 7.o certificando o PIF gências comunitárias, excepto no caso de suspeitas fun-
de saída da Comunidade; damentadas de riscos para a saúde pública ou para a
ii) Serão transportadas sem ruptura de car- saúde animal.
regamento nem fraccionamento depois 3 — As remessas mencionadas nos números anterio-
de terem abandonado o PIF de chegada, res devem ser acompanhadas dos documentos mencio-
em veículos ou contentores selados pelas nados no n.o 1 do artigo 9.o e, se necessário, deverão
autoridades, não sendo autorizada ser anexadas a estes documentos traduções autenticadas.
nenhuma manipulação durante o trans- 4 — Se por ocasião dos controlos mencionados no
porte; n.o 2 se verificar que as exigências comunitárias foram
iii) Sairão da Comunidade através de um PIF cumpridas, o veterinário oficial do PIF emite seguida-
no prazo máximo de trinta dias após a mente o certificado referido no n.o 1 do artigo 7.o con-
sua saída do PIF de introdução, salvo der- jugado com os documentos aduaneiros, autorizando as
rogação geral concedida segundo o pro- autoridades competentes veterinária, e aduaneira do
cedimento comunitariamente previsto, PIF a admissão num entreposto situado numa zona
para atender a situações de afastamento franca, num entreposto franco ou num entreposto adua-
geográfico devidamente fundamentadas; neiro, sendo estes produtos, do ponto de vista veterinário
declarados aptos à colocação ulterior em livre prática.
f) O veterinário oficial que autoriza o transporte 5 — Se por ocasião dos controlos mencionados no
informará o veterinário oficial do PIF de saída n.o 2 se verificar que os produtos não satisfazem as
através da rede ANIMO; exigências comunitárias, o veterinário oficial do PIF
g) O veterinário oficial do PIF de saída atestará emite em consequência o certificado referido no n.o 1
no certificado a que se refere o n.o 1 do artigo 7.o do artigo 7.o, conjugado com os documentos aduaneiros,
que as remessas em causa saíram da Comuni- só podendo as autoridades aduaneiras e veterinárias do
dade e remete, por fax ou qualquer outro meio, PIF autorizar a admissão num entreposto situado numa
cópia do documento ao PIF de entrada; zona franca, num entreposto franco ou num entreposto
h) Caso o veterinário oficial do PIF pelo qual aduaneiro se, sem prejuízo do disposto no artigo 17.o,
tenham sido introduzidas as remessas não seja estiverem reunidas as seguintes condições:
informado, no prazo previsto na alínea e), suba-
línea iii), da saída dos produtos dos territórios a) Os produtos não devem ser provenientes de um
da Comunidade, dará conhecimento do facto país terceiro objecto de uma proibição de
à autoridade aduaneira competente, que pro- acordo com o disposto na alínea a) do n.o 1,
cederá a todas as investigações necessárias para do artigo 12.o;
determinar o destino real dos produtos. b) Os entrepostos das zonas francas e os entre-
postos francos ou aduaneiros devem estar apro-
3 — Todas as despesas decorrentes da aplicação do vados pela autoridade competente para a arma-
presente artigo, incluindo as despesas da inspecção e zenagem dos produtos e, para serem aprovados,
dos controlos impostas pelo presente artigo, ficarão a devem satisfazer os seguintes requisitos:
cargo do interessado no carregamento ou do seu repre- i) Consistir num local fechado com pontos
sentante, sem direito a indemnização, em conformidade de entrada e saída sujeitos a um controlo
com os princípios decorrentes do artigo 2.o do Decre- permanente pelo responsável do entre-
to-Lei n.o 208/99, de 11 de Junho. posto;
ii) Fechar o conjunto da zona e estar colo-
Artigo 13.o cado sob controlo permanente da auto-
ridade aduaneira, no caso de entrepostos
Produtos destinados a uma zona franca,
entreposto franco e entreposto aduaneiro
situados numa zona franca;
iii) Corresponder às condições fixadas para
1 — As remessas de produtos provenientes de países aprovação dos entrepostos de armazena-
terceiros e destinadas a uma zona franca, entreposto gem do ou dos produtos em questão pela
franco ou entreposto aduaneiro, nos termos do Regu- legislação comunitária ou, na falta desta,
lamento (CEE) n.o 2913/92, só podem ser admitidas pela legislação nacional;
pela autoridade competente se o interessado no car- iv) Dispor de uma contabilidade diária de
regamento tiver previamente declarado que o destino todas as remessas que entram ou saem
final destes produtos e a colocação em livre prática num do entreposto, referindo a natureza e a
dos territórios enumerados no anexo I ou que se trata quantidade dos produtos por remessa e
de um outro destino final a especificar e que aqueles o nome e endereço do destinatário,
produtos cumprem as condições de importação, devendo essa contabilidade ser conser-
devendo, na ausência de uma menção exacta do destino vada durante três anos, pelo menos;
final, o produto ser considerado como destinado a ser v) Dispor de locais de armazenagem ou de
colocado em livre prática nos territórios enumerados refrigeração separados que permitam
no anexo I. armazenar os produtos não conformes
2 — As remessas mencionadas no n.o 1 serão sub- com a regulamentação veterinária,
metidas, no PIF de introdução, a um controlo docu- podendo, no entanto, a autoridade com-
4642 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 203 — 2 de Setembro de 2000

petente autorizar para os entrepostos 10 — As remessas em causa serão seguidamente expe-


existentes a armazenagem separada des- didas em condições tais que o transporte se faça sem
ses produtos num mesmo local caso os ruptura de carregamento, sob o controlo da autoridade
produtos que não cumpram as normas competente, em veículos ou contentores estanques por
comunitárias sejam depositados num elas selados não podendo ser objecto de transferência
recinto fechado à chave; entre os entrepostos contemplados no presente artigo.
vi) Dispor de instalações reservadas ao pes- 11 — Todas as despesas decorrentes da aplicação do
soal que efectua os controlos veteriná- presente artigo, incluindo as despesas de inspecção e
rios. os controlos por ele impostos, ficarão a cargo do inte-
ressado no carregamento ou do seu representante, sem
c) Se os controlos previstos no n.o 2 do presente direito a indemnização pelo Estado membro, de acordo
artigo demonstrarem que o interessado no car- com os princípios decorrentes do artigo 1.o do Decre-
regamento fez uma falsa declaração ao abrigo to-Lei n.o 208/99, de 11 de Junho.
do disposto no n.o 1 do presente artigo, este 12 — Em caso de incumprimento das condições refe-
deverá dar destino à remessa em conformidade ridas nos n.os 1 a 11, na medida em que estas se apliquem
com o disposto no artigo 18.o ao entreposto, a autoridade competente poderá retirar
a sua aprovação nos termos da alínea b) do n.o 5, infor-
6 — As autoridades competentes tomarão todas as mando desse facto a Comissão e os outros Estados
medidas necessárias para: membros.
a) Verificar se se mantêm as condições de apro- Artigo 14.o
vação dos entrepostos; Fornecimento a meios de transporte marítimos
b) Evitar que os produtos que não satisfazem as
exigências veterinárias comunitárias sejam 1 — Além de satisfazer os requisitos do n.o 1, do n.o 2,
armazenados nas mesmas instalações ou recin- da alínea a) do n.o 5, das subalíneas iii), iv) e v) da
tos que os produtos que são conformes àquelas alínea b) do n.o 5 e dos n.os 6, 7, 8 e 11, todos do
exigências; artigo 13.o, os operadores que forneçam directamente
c) Garantir um controlo eficaz das entradas e saí- aos meios de transporte marítimos produtos referidos
das do entreposto e, durante os horários de no n.o 5 do artigo 13.o, destinados a abastecimento da
acesso aos entrepostos ou zonas, a supervisão tripulação e dos passageiros, deverão:
pela autoridade veterinária não podendo os pro- a) Ser previamente aprovados pela autoridade
dutos não conformes às exigências comunitárias competente como operadores;
sair das instalações ou compartimentos sem o b) Abastecer-se de produtos que não podem ser
acordo da autoridade competente; objecto de qualquer transformação salvo se se
d) Realizar todos os controlos apropriados, a fim tratar de matérias-primas que satisfaçam os
de evitar qualquer alteração ou substituição dos requisitos comunitários;
produtos armazenados em entrepostos ou qual- c) Dispor de instalações fechadas cujas entradas
quer mudança de embalagem, de acondiciona- e saídas estejam sujeitas a um controlo perma-
mento ou qualquer transformação. nente do responsável do entreposto, aplican-
do-se, no caso dos entrepostos situados numa
7 — A admissão num entreposto aduaneiro, entre- zona franca, as exigências da subalínea ii) da
posto franco ou zona franca dos produtos que não cum- alínea a) do n.o 5 do artigo 13.o;
pram as condições fixadas pela legislação comunitária d) Comprometer-se a não entregar os produtos
poderá ser recusada por razões de saúde animal ou de mencionados na alínea b) para consumo num
saúde pública. dos territórios enumerados no anexo I;
8 — As remessas só poderão ser introduzidas nas e) Comunicar o mais depressa possível à autori-
zonas francas, nos entrepostos francos ou nos entre- dade competente a chegada dos referidos pro-
postos aduaneiros quando munidas de selos aduaneiros. dutos a um entreposto mencionado na alínea c).
9 — As remessas referidas no n.o 5 do presente artigo
só poderão sair de um entreposto franco, de um entre- 2 — Os operadores referidos no n.o 1 deverão:
posto aduaneiro ou de uma zona franca para serem
expedidas para um país terceiro ou para um entreposto a) Fazer entrega das remessas directamente a
mencionado no artigo 14.o, ou para serem destruídas, bordo dos meios de transporte marítimos ou
entendendo-se que: num entreposto especialmente aprovado para
esse efeito, situado no porto de destino, no pres-
a) A expedição para um país terceiro deve rea- suposto de que deverão ser tomadas medidas
lizar-se no respeito das exigências do n.o 1, alí- para que os produtos não possam, seja em que
nea d), e do n.o 2, alíneas a), e) e f), do circunstâncias for, sair da zona portuária rumo
artigo 12.o; a outro destino, devendo o transporte desde o
b) A transferência para um entreposto mencio- entreposto de origem até ao porto de destino
nado no artigo 14.o deve ser feita a coberto de ser efectuado sob vigilância aduaneira, nos ter-
um formulário de controlo aduaneiro T1, com mos do procedimento T1 previsto no Regula-
a menção, no certificado de acompanhamento mento (CEE) n.o 2913/92 e ser acompanhado
previsto no mesmo artigo, das coordenadas por um certificado veterinário segundo um
daquele entreposto; modelo a estabelecer de acordo com o proce-
c) O transporte para um lugar de destruição deve dimento previsto no n.o 6;
ser realizado após desnaturação dos produtos b) Comunicar antecipadamente à autoridade com-
postos em causa. petente da zona portuária do Estado membro
N.o 203 — 2 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 4643

de origem dos produtos e à autoridade com- c) A remessa seja reexpedida, nas condições pre-
petente da zona portuária do Estado membro vistas no n.o 5 do artigo 10.o, para o estabe-
de destino a data de expedição destes, com indi- lecimento de origem de Estado membro em que
cação do local de destino; foi emitido o certificado e, caso seja necessário
c) Apresentar uma prova oficial de que os produtos o trânsito por outro Estado membro, este tenha
chegaram ao seu destino final; sido previamente autorizado pelo veterinário
d) Manter durante três anos, pelo menos, um oficial do PIF do Estado membro em que a
registo das entradas e saídas, devendo este remessa tenha sido introduzida num dos ter-
registo permitir o controlo das partes de remes- ritórios enumerados no anexo I, em nome de
sas conservadas no entreposto. todos os Estados por cujo território a remessa
deverá transitar.
3 — Os operadores deverão zelar para que os navios
só sejam abastecidos em produtos que não satisfaçam 2 — Não pode ser recusada a reintrodução de uma
as exigências comunitárias caso se trate de garantir o remessa de produtos de origem comunitária rejeitada
abastecimento dos passageiros e do pessoal de bordo por um país terceiro se a autoridade competente que
fora das zonas costeiras, definidas pela legislação tiver emitido o certificado original tiver dado o seu
nacional. acordo para a readmissão da remessa e estiverem preen-
4 — A autoridade competente da zona portuária do chidas as condições previstas no n.o 1.
Estado membro de origem dos produtos notificará, atra- 3 — Nos casos previstos nos n.os 1 e 2, os produtos
vés da rede ANIMO, a autoridade competente da zona em questão serão expedidos em condições tais que o
portuária do Estado membro de destino, o mais tardar transporte seja efectuado até ao estabelecimento de ori-
no momento da expedição dos produtos, referindo o gem, segundo o procedimento previsto no n.o 5 do
local de destino dos mesmos. artigo 10.o, em meios de transporte estanques, iden-
5 — Em caso de não observância das condições pre- tificados e selados pela autoridade competente de modo
vistas no presente artigo, a autoridade competente reti- a que os selos se quebrem em caso de abertura do
rará a autorização prevista na alínea a) do n.o 1, infor- contentor.
mando desse facto a Comissão e os outros Estados 4 — O veterinário oficial que autorizar o transporte
membros. informará a autoridade competente do local de destino
através da rede ANIMO.
Artigo 15.o 5 — Todas as despesas decorrentes da aplicação do
Importação para determinados destinos aduaneiros presente artigo, incluindo as despesas de inspecção e
dos controlos por ele impostos, ficarão a cargo do inte-
Os produtos cujo destino aduaneiro referido nas alí- ressado no carregamento ou do seu representante, sem
neas i) e j) do artigo 4.o seja diferente dos previstos direito a indemnização, em conformidade com os prin-
no artigo 9.o e no n.o 3 do artigo 14.o do presente cípios decorrentes do artigo 2.o do Decreto-Lei
diploma, devem ser submetidos, excepto em caso de n.o 208/99, de 11 de Junho.
destruição ou recusa, a um controlo de identidade e
a um controlo físico, a fim de verificar a sua confor-
midade com as condições de importação. Artigo 17.o
Exclusão do âmbito de aplicação
Artigo 16.o
1 — O presente capítulo não é aplicável aos produtos
Reimportação que:
1 — É autorizada a reimportação de uma remessa a) Estejam contidos nas bagagens pessoais dos via-
de produtos de origem comunitária rejeitada por um jantes e se destinem a consumo próprio, desde
país terceiro desde que: que a quantidade não ultrapasse um valor a defi-
nir comunitariamente e sejam provenientes de
a) Os produtos sejam acompanhados:
um Estado membro ou de um país terceiro ou
i) Do certificado original ou de cópia auten- parte de um país terceiro que conste da lista
ticada pela autoridade competente que adoptada nos termos da legislação comunitária
emitiu o certificado que acompanha os e a partir do qual não sejam proibidas impor-
produtos referindo os motivos da recusa tações;
de entrada, dando a garantia de que b) Sejam enviados em pequenas embalagens diri-
foram respeitadas as condições de arma- gidas a particulares, desde que se trate de impor-
zenagem e de transporte dos produtos tações desprovidas de qualquer natureza comer-
e especificando que os produtos em ques- cial e que a quantidade expedida não ultrapasse
tão não foram submetidos a qualquer um valor a definir, e sob reserva de que sejam
manipulação; provenientes de um país terceiro ou parte de
ii) De um atestado do transportador certi- um país terceiro que conste da lista adoptada
ficando que o conteúdo não foi mani- nos termos da legislação comunitária e a partir
pulado ou descarregado, no caso de con- do qual não sejam proibidas importações;
tentores selados; c) Estejam a bordo de meios de transporte que
efectuem transportes internacionais e se des-
b) Os produtos em questão sejam submetidos ao tinem ao abastecimento da tripulação e passa-
controlo documental, a um controlo de iden- geiros, desde que não sejam introduzidos, no
tidade e, nos casos previstos no artigo 20.o, a território nacional, devendo, em caso de des-
um controlo físico; carga destes produtos ou respectivos desperdí-
4644 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 203 — 2 de Setembro de 2000

cios de cozinha, ser destruídos, não sendo, con- mesmo PIF e para um determinado destino
tudo, necessária a destruição de produtos que acordado com o interessado no carregamento,
sejam transferidos directamente de um meio de pelo mesmo meio de transporte, no prazo
transporte que efectue transportes internacio- máximo de 60 dias, quando os resultados da
nais para outro no mesmo porto, sob controlo inspecção veterinária e as exigências sanitárias
aduaneiro; ou de polícia sanitária a isso não se opuserem,
d) Tenham sido sujeitos a um processo de des- devendo, nesse caso, o veterinário oficial do PIF:
truição de microrganismos, através de trata-
mento pelo calor em recipiente hermeticamente i) Desencadear o processo de informação
fechado cujo tempo necessário (Fo) seja supe- nos casos de reexpedição de lotes, pelo
rior ou igual a 3,00 minutos, desde que a sua veterinário oficial de um PIF, nos termos
quantidade não exceda um valor a fixar comu- da informatização dos procedimentos
nitariamente, e: veterinários de importação designada por
projecto SHIFT;
i) Estejam incluídos nas bagagens pessoais ii) Invalidar os certificados ou documentos
dos viajantes e se destinem ao seu con- veterinários que acompanham os produ-
sumo pessoal; tos rejeitados, de modo a que os produtos
ii) Sejam objecto de pequenos envios des- postos em causa não possam ser intro-
tinados a particulares, desde que se trate duzidos através de outro PIF, nos termos
de importações desprovidas de qualquer das modalidades a serem definidas em
carácter comercial; conformidade com o procedimento
comunitariamente previsto;
e) Sejam expedidos como amostras comerciais ou
se destinem a exposições, desde que não se des- b) Ou, se a reexpedição não for possível, tiver expi-
tinem a ser comercializados e que tenham sido rado o prazo de sessenta dias previsto na alí-
previamente autorizados para os referidos fins nea a) ou se o interessado no carregamento der
pela autoridade competente; o seu acordo imediato, a destruição do produto
f) Se destinem a estudos especiais ou análises, na nas instalações previstas para o efeito, nos ter-
medida em que o controlo oficial permita garan- mos da Portaria n.o 965/92, de 10 de Outubro,
tir que os produtos não se destinam à alimen- que estabelece as normas sanitárias para a eli-
tação humana e que, uma vez terminados a minação e a transformação de subprodutos ani-
exposição, os estudos especiais ou as análises, mais, para a sua colocação no mercado e para
estes produtos, com excepção das quantidades a prevenção da presença de agentes patogénicos
utilizadas, sejam destruídos ou reexpedidos em nos alimentos para animais de origem animal
determinadas condições a serem fixadas pela ou à base de peixe e que se encontrem mais
autoridade competente; próximas do PIF;
c) Na pendência de reexpedição dos produtos refe-
2 — Nos casos contemplados nas alíneas e) e f) do ridos no presente número ou da confirmação
número anterior, os produtos em questão não podem dos motivos de rejeição, as autoridades com-
ter utilizações diferentes daquelas para que foram intro- petentes procederão ao armazenamento dos
duzidos no território nacional. produtos postos em causa sob o controlo, da
3 — O disposto no n.o 1 do presente artigo não afecta autoridade competente e a expensas do inte-
as disposições aplicáveis à carne fresca e aos produtos ressado no carregamento ou do seu represen-
à base de carne nos termos do n.o 2 do artigo 1.o do tante.
Decreto-Lei n.o 415/99, de 19 de Outubro, relativo a
problemas sanitários e de polícia sanitária na importação 3 — Quando nos controlos a que se referem os n.os 1
de animais das espécies bovina, suína, ovina e caprina e 2 do presente artigo se detectar a existência de infrac-
e de carnes frescas ou de produtos à base de carne ção grave ou infracções repetidas à legislação veterinária
provenientes de países terceiros. comunitária aplica-se o disposto nos artigos 22.o e 23.o
4 — O disposto no n.o 2 não será aplicável quando
Artigo 18.o a autoridade competente tiver concedido uma autori-
Produtos não conformes zação que permita a utilização dos produtos em con-
formidade com a Portaria n.o 965/92, de 10 de Outubro,
1 — As remessas introduzidas no território nacional desde que não exista qualquer risco para a saúde pública
sem terem sido apresentadas para controlo veterinário ou animal.
em conformidade com o disposto nos artigos 5.o e 6.o, 5 — As despesas decorrentes da reexpedição da
serão confiscadas e a autoridade competente decidirá remessa, da sua destruição ou da utilização do produto
quer a sua reexpedição em conformidade com a alínea a) para outros fins ficarão a cargo do interessado no car-
do n.o 2, quer a sua destruição em conformidade com regamento ou do seu representante.
a alínea b) do n.o 2. 6 — São aplicáveis as disposições relativas à infor-
2 — Quando os controlos referidos no presente matização dos procedimentos veterinários de importa-
diploma evidenciarem à autoridade competente que o ção designada por projecto SHIFT.
produto não satisfaz as condições de importação ou
quando revelarem uma irregularidade, aquela autori-
Artigo 19.o
dade, após consulta do interessado no carregamento ou
do seu representante, decidirá: Importação de produtos específicos

a) A reexpedição do produto para fora dos ter- 1 — Os produtos vegetais que, devido nomeadamente
ritórios enumerados no anexo I, a partir do ao seu destino posterior, possam constituir um risco de
N.o 203 — 2 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 4645

propagação de doenças infecciosas ou contagiosas para Artigo 20.o


os animais e devam, por esse facto, ser submetidos aos
controlos veterinários previstos no presente diploma e, Confirmação ou infirmação em caso de suspeita
em especial, aos referidos no artigo 6.o a fim de verificar
a origem e o destino previsto desses produtos vegetais, 1 — Sem prejuízo do disposto no presente capítulo,
constarão de lista a elaborar de acordo com o proce- o veterinário oficial ou a autoridade competente, pro-
dimento comunitariamente previsto. cederão a todos os controlos veterinários que conside-
2 — De acordo com o mesmo procedimento, serão rem adequados para confirmação ou infirmação de sus-
adoptadas as condições de polícia sanitária a observar, peita de não cumprimento da legislação veterinária ou
pelos países terceiros e as garantias a oferecer, nomea- de dúvidas quanto:
damente a natureza de um eventual tratamento a prever
a) À identidade ou ao destino real do produto;
em função da sua situação sanitária a lista dos países
b) À correspondência entre o produto e as garan-
terceiros que, em função dessas garantias, poderão ser
tias previstas na legislação para esse tipo de
autorizados a exportar para a Comunidade os produtos
produtos;
vegetais referidos no primeiro parágrafo e eventuais pro-
c) Ao cumprimento das garantias de saúde pública
cessos de controlo específicos, em especial no que se
ou animal estipuladas pela legislação comu-
refere às colheitas de amostras que se poderão aplicar
nitária.
a esses produtos, designadamente em caso de impor-
tação a granel.
3 — Os produtos da pesca frescos imediatamente 2 — Os produtos controlados devem permanecer sob
desembarcados de um navio de pesca que arvore pavi- controlo da autoridade competente até ao resultado dos
lhão de um país terceiro devem, em conformidade com controlos e, em caso de confirmação de suspeita, devem
o Regulamento (CE) n.o 1093/94, do Conselho, de 6 ser reforçados os controlos sobre os produtos da mesma
de Maio de 1994, que estabelece as condições em que origem, nos termos do n.o 3 do artigo 18.o
os navios de pesca de países terceiros podem desem-
barcar directamente e comercializar as suas capturas
nos portos da Comunidade, ser submetidos, antes de CAPÍTULO III
poderem ser importados para o território nacional, aos
controlos veterinários previstos para os produtos da Salvaguarda
pesca frescos imediatamente desembarcados de um
navio de pesca que arvore pavilhão de um Estado Artigo 21.o
membro.
Procedimentos
4 — No que se refere ao atum congelado e ultra-
congelado desembarcado directamente, sem ter sido 1 — Se no território de um país terceiro se manifestar
descabeçado nem eviscerado, de navios pertencentes a ou se desenvolver uma doença prevista na Portaria
sociedades mistas registadas em conformidade com as n.o 768/91, de 6 de Agosto, relativa à notificação de
disposições comunitárias pertinentes, poderá todavia, doenças dos animais na Comunidade uma zoonose ou
ser autorizada, por derrogação ao n.o 2 do artigo 5.o qualquer outra doença susceptível de constituir perigo
em conformidade com o procedimento comunitaria- grave para os animais ou a saúde humana, ou se qualquer
mente previsto, a execução dos controlos previstos no outra razão grave de polícia sanitária ou de protecção
presente diploma, desde que: da saúde pública o justificar, nomeadamente à luz das
verificações feitas pelos seus peritos veterinários ou
a) Os controlos sejam efectuados pela autoridade
durante os controlos efectuados num PIF, será adoptada
competente do PIF mais próximo, no estabe-
sem demora, e em função da gravidade da situação,
lecimento de destino aprovado para a transfor-
uma das seguintes medidas:
mação desses produtos;
b) O estabelecimento de transformação não diste a) Suspensão das importações provenientes da
mais de 75 km de um PIF; totalidade ou de parte do país terceiro em ques-
c) Os produtos sejam transferidos sob vigilância tão e, se for caso disso, do país terceiro de
aduaneira, nos termos do procedimento previsto trânsito;
na alínea a) do n.o 6 do artigo 10.o do ponto b) Fixação de condições especiais para os produtos
de desembarque até ao estabelecimento de provenientes da totalidade ou de parte do país
transformação. terceiro em questão;
c) Fixação, com base nas constatações efectiva-
5 — Em conformidade com o procedimento comu- mente feitas, de exigências de controlo adap-
nitariamente previsto podem ser concedidas derroga- tadas, em que se poderão incluir uma pesquisa
ções ao disposto no n.o 1 alínea b) do artigo 8.o, no específica dos riscos para a saúde pública ou
que se refere ao pessoal responsável pela realização dos animal e, em função do resultado desses con-
controlos e pela emissão de certificados, no n.o 1 do trolos, o aumento das frequências dos controlos
artigo 6.o e no n.o 1 do artigo 7.o, para os PIF onde físicos.
seja apresentado peixe, de acordo com o Decreto-Lei
n.o 375/98, de 24 de Novembro, que adopta as normas 2 — Se de um dos controlos previstos no presente
sanitárias relativas à produção e à colocação no mercado diploma ressaltar que uma remessa de produtos é sus-
dos produtos da pesca. ceptível de constituir um perigo para a saúde humana
4646 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 203 — 2 de Setembro de 2000

ou animal, a autoridade veterinária competente tomará ou de países terceiros que beneficiem de frequências
imediatamente as seguintes medidas: de controlos reduzidas, após inquérito junto das auto-
ridades competentes do país terceiro posto em causa,
a) Apreensão e destruição da remessa; a Comissão chegar à conclusão de que estas últimas
b) Comunicação imediata dos factos constatados faltaram às suas obrigações e às garantias dadas nos
e da origem dos produtos aos demais PIF e planos referidos no Decreto-Lei n.o 148/99, de 4 de
à Comissão, em conformidade com a Decisão
Maio, suspenderá, em relação a esse país, o benefício
n.o 92/438/CEE.
da redução das frequências de controlo relativamente
aos produtos postos em causa até que esse país terceiro
3 — No caso previsto no n.o 1 do presente artigo, apresente prova de que as irregularidades foram cor-
poderão ser tomadas medidas cautelares relativamente rigidas.
aos produtos abrangidos pelos artigos 12.o e 13.o 4 — Se necessário, tendo em vista o restabelecimento
4 — Na hipótese de ter sido informada oficialmente do benefício decorrente dos acordos, referidos no
a Comissão da necessidade de adoptar medidas de sal- número anterior, deslocar-se-á ao local, a expensas do
vaguarda e de esta não ter recorrido ao disposto nos
país terceiro em causa, uma missão comunitária com-
n.os 1 e 3, poderão ser adoptadas medidas cautelares
posta por peritos dos Estados membros, a fim de veri-
relativamente aos produtos em causa.
ficar in loco as medidas tomadas a esse respeito.
5 — Sempre que forem tomadas medidas cautelares
relativamente a um país terceiro ou a um estabeleci-
mento de um país terceiro nos termos do presente
número, serão informados desse facto os demais Estados CAPÍTULO V
membros e a Comissão. Regime sancionatório

CAPÍTULO IV Artigo 23.o

Inspecção e controlos Contra-ordenações

1 — Constituem contra-ordenações puníveis com


Artigo 22.o coima, cujo montante mínimo é de 50 000$ e máximo
Medidas em caso de infracção grave de 750 000$ ou 9 000 000$, consoante se trate de pessoas
ou repetida por parte de um país terceiro singulares ou colectivas:
1 — Quando os controlos previstos no presente a) A introdução e circulação no mercado dos pro-
diploma permitirem inferir infracção grave ou infracções dutos referidos no artigo 1.o sem terem sido
repetidas à legislação veterinária a autoridade compe- sujeitos aos controlos veterinários exigidos pelo
tente tomará as seguintes medidas em relação aos pro- presente diploma;
dutos abrangidos por essa utilização ou à origem desses b) O incumprimento das ordens e decisões da auto-
produtos: ridade competente e dos veterinários oficiais
tomadas no exercício das suas competências de
a) Informará a Comissão da natureza dos produtos
controlo veterinário nos termos deste diploma
e do lote postos em causa;
legal;
b) Serão reforçados os controlos sobre todas as
c) A recusa ou impedimento do exercício dos con-
remessas de produtos com a mesma origem e,
trolos veterinários pela autoridade competente
em especial, as dez remessas sucessivas prove-
e veterinário oficiais;
nientes da mesma origem deverão ser apreen-
didas, mediante depósito de uma provisão para d) A falta de correspondência entre os produtos
despesas de controlo, no PIF para aí serem sub- ou os lotes e as informações constantes dos cer-
metidas a um controlo físico que incluirá as tificados ou documentos que os acompanham,
colheitas de amostras e os ensaios de laboratório fornecidas ao abrigo do n.o 3 do artigo 5.o e
previstos no anexo II; dos n.os 2 e 3 do artigo 6.o;
c) Quando estes novos controlos permitirem con- e) A mudança do local de destino inicialmente pre-
firmar o não cumprimento da legislação comu- visto para os produtos;
nitária, as remessas ou partes de remessas postas f) A circulação dos produtos ou de lotes em des-
em causa devem receber o destino previsto no conformidade com o que constar dos documen-
n.o 2, alíneas a) e b) do artigo 18.o, informando tos que devem acompanhar os mesmos;
a Comissão do resultado dos controlos refor- g) A falta de apresentação dos produtos num PIF,
çados e, atendendo a essas informações, efec- nos termos previstos no presente diploma;
tuará todas as investigações necessárias para h) O incumprimento do pré-aviso a fazer ao pes-
determinar os motivos e a origem das infracções soal veterinário do PIF, indicando o local de
verificadas. apresentação dos produtos, a sua qualidade e
natureza, bem como do momento previsível da
2 — Sempre que os controlos revelarem que os limites sua chegada;
máximos de resíduos foram ultrapassados, recorrer-se-á i) A falta de notificação referida na alínea d) do
aos controlos referidos na alínea b) do n.o 1. n.o 6 do artigo 10.o
3 — Se, no caso de países terceiros que tenham cele-
brado acordos de equivalência com a União Europeia 2 — A negligência e a tentativa são sempre puníveis.
N.o 203 — 2 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 4647

Artigo 24.o Artigo 28.o


Sanções acessórias Revogação

São revogados os Decretos-Leis n.os 111/93, de 10


Consoante a gravidade da contra-ordenação e a culpa de Abril, 60/96, de 23 de Maio, e a Portaria n.o 774/93,
do agente, poderão ser aplicadas, simultaneamente com de 3 de Setembro.
a coima, as seguintes sanções acessórias:
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 20
a) Perda de objectos pertencentes ao agente; de Julho de 2000. — Jaime José Matos da Gama — Joa-
b) Interdição do exercício de uma profissão ou acti- quim Augusto Nunes Pina Moura — Joaquim Augusto
vidade cujo exercício dependa do título público Nunes Pina Moura — António Luís Santos Costa — Luís
ou de autorização ou homologação de autori- Manuel Capoulas Santos — Armando António Martins
dade pública; Vara.
c) Privação do direito a subsídio ou benefício
outorgado por entidades ou serviços públicos; Promulgado em 14 de Agosto de 2000.
d) Privação do direito de participar em feiras ou Publique-se.
mercados;
e) Privação do direito de participação em arrema- O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
tações ou concursos públicos que tenham por
Referendado em 24 de Agosto de 2000.
objecto a empreitada ou a concessão de obras
públicas, o fornecimento de bens e serviços, a O Primeiro-Ministro, em exercício, Jaime José Matos
concessão de serviços públicos e a atribuição da Gama.
de licenças ou alvarás;
f) Encerramento de estabelecimento cujo funcio- ANEXO I
namento esteja sujeito a autorização ou licença Territórios a que alude o artigo 1.o
de autoridade administrativa;
g) Suspensão de autorizações, licenças e alvarás. 1 — O território do Reino da Bélgica.
2 — O território do Reino da Dinamarca, com exclu-
são das ilhas Faroé e da Gronelândia.
Artigo 25.o 3 — O território da República Federal da Alemanha.
4 — O território do Reino de Espanha, com exclusão
Instrução e decisão dos processos de contra-ordenação de Ceuta e Melilha.
5 — O território da República Helénica.
1 — Compete à Inspecção-Geral das Actividades 6 — O território da República Francesa.
Económicas a instrução dos processos de contra-or- 7 — O território da Irlanda.
denação. 8 — O território da República Italiana.
2 — Compete ao director-geral de Veterinária a apli- 9 — O território do Grão-Ducado do Luxemburgo.
cação da coima e das sanções acessórias. 10 — O território do Reino dos Países Baixos.
11 — O território da República Portuguesa.
12 — O território do Reino Unido da Grã-Bretanha
Artigo 26.o e da Irlanda do Norte.
Afectação do produto das coimas 13 — O território da República da Áustria.
14 — O território da República da Finlândia.
A afectação do produto das coimas cobradas em apli- 15 — O território do Reino da Suécia.
cação do artigo 23.o far-se-á da seguinte forma:
ANEXO II
a) 10 % para a DGV; Condições de aprovação dos postos de inspecção fronteiriços
b) 10 % para a entidade que levantou o auto;
c) 20 % para a entidade que instruiu o processo: Para poderem obter a aprovação comunitária os PIF
d) 60 % para os cofres do Estado. devem dispor de:
1) Pessoal necessário para efectuar o controlo dos
documentos, nomeadamente certificado sanitá-
CAPÍTULO VI rio ou de salubridade ou qualquer outro docu-
mento previsto na legislação comunitária, que
Disposições finais acompanham os produtos;
2) Veterinários e auxiliares especialmente forma-
Artigo 27.o dos para efectuarem os controlos da correspon-
dência entre os produtos e os documentos de
Aplicação nas Regiões Autónomas acompanhamento, bem como os controlos físi-
cos sistemáticos de todas as remessas de pro-
Nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, dutos, em número suficiente para as quantida-
a execução administrativa do presente diploma cabe aos des de produtos tratados pelo PIF;
serviços competentes das respectivas administrações 3) Pessoal suficiente para colher e tratar as amos-
regionais, sem prejuízo das competências atribuídas à tras aleatórias das remessas de produtos apre-
DGV, na qualidade de autoridade veterinária sanitária sentadas num determinado PIF;
nacional, constituindo receita das Regiões Autónomas 4) Locais suficientemente amplos para o pessoal
o produto das coimas aí cobradas. encarregado das tarefas de controlo veterinário;
4648 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 203 — 2 de Setembro de 2000

5) Locais e instalações com condições higiénicas e em 1 % das peças ou embalagens da remessa,


adequadas que permitam a realização das aná- com um mínimo de duas e um máximo de dez,
lises de rotina e as colheitas de amostras pre- podendo contudo, em função dos produtos e
vistas no presente diploma; das circunstâncias, os serviços veterinários
6) Locais e instalações com condições higiénicas impor controlos mais alargados:
adequadas que permitam a colheita e o trata-
i) Para os produtos a granel, deverão
mento das amostras necessárias para os con-
colher-se, pelo menos, cinco amostras
trolos de rotina previstos na regulamentação repartidas pela remessa.
comunitária — normas microbiológicas —, dos
serviços de um laboratório especializado e que f) Quando os resultados dos ensaios de laboratório
esteja em condições de efectuar análises espe- efectuados por amostragem não ficarem ime-
ciais em amostras colhidas nesse posto; diatamente disponíveis e quando não houver
7) Locais e instalações frigoríficas que permitam qualquer risco imediato para a saúde pública
a armazenagem das partes de remessas colhidas ou animal, as remessas podem ser disponi-
para análise e dos produtos cuja colocação em bilizadas.
livre prática não tiver sido autorizada pelo res-
ponsável veterinário do PIF; i) Quando, no entanto, os ensaios de labo-
8) Equipamentos adequados que permitam trocas ratório forem efectuados por suspeita de
de informações rápidas, nomeadamente com os irregularidade ou quando ensaios ante-
outros PIF, através do sistema informatizado riores tiverem dado resultados positivos,
de ligação entre as autoridades competentes dos as remessas só serão disponibilizadas
Estados membros em que foram emitidos um depois de se verificar que os resultados
certificado ou documento sanitário e as do dos testes são negativos;
Estado membro de destino;
9) Serviços de um estabelecimento com capacidade g) Só se deve proceder ao descarregamento total
para proceder aos tratamentos previstos no do meio de transporte nos seguintes casos:
Decreto-Lei n.o 175/92, de 13 de Agosto, e nas i) A técnica de carregamento é tal que não
Portarias n.os 965/92, de 10 de Outubro, e 25/94, permite aceder à totalidade da remessa
de 8 de Janeiro. por um descarregamento parcial;
ii) O controlo por amostragem revelou algu-
ANEXO III mas irregularidades;
Controlo físico dos produtos iii) A remessa precedente apresentava algu-
mas irregularidades;
1 — O controlo físico dos produtos animais visa iv) O veterinário oficial tem suspeitas de
garantir que os produtos estejam sempre num estado irregularidades;
conforme com o destino mencionado no certificado ou
documento veterinário, havendo, pois, que verificar as h) Por último, terminado o controlo físico, a auto-
garantias de origem certificada pelo país terceiro, mas ridade competente deve atestar o seu controlo,
confirmar que o transporte subsequente não veio alterar fechando e selando oficialmente todas as emba-
as condições garantidas à partida através de: lagens abertas e voltando a selar todos os con-
a) Recurso aos exames sensoriais: nomeadamente, tentores com menção do número de selo no
cheiro, cor, consistência, sabor; documento de passagem na fronteira.
b) Ensaios físicos ou químicos simples: corte, des-
congelamento, cozedura; ANEXO IV
c) Contaminantes, de provas de deterioração. I — Legislação veterinária

2 — Seja qual for o tipo de produto, deve proceder-se a: 1 — Trocas intracomunitárias de animais das espécies
bovina e suína:
a) Evidenciar as insuficiências ou as rupturas da
cadeia de frio; Decreto-Lei n.o 157/98, de 9 de Junho;
b) Documento veterinário, se necessário recor- Decreto-Lei n.o 378/99, de 21 de Setembro.
rendo a pesagem da totalidade da remessa;
c) Uma verificação cuidadosa dos materiais de 2 — Trocas intracomunitárias e importação de sémen
embalagem bem como de todas as men- ultracongelado de animais de espécie bovina:
ções — estampilhas e rotulagem —, que neles Decreto-Lei n.o 353/90, de 10 de Novembro;
constem, de modo a comprovar a sua confor- Portaria n.o 245/95, de 29 de Março.
midade com a legislação comunitária;
d) Temperaturas exigidas pela legislação comu- 3 — Trocas intracomunitárias e importação de países
nitária; terceiros de embriões de animais de espécie bovina:
e) Exame de toda uma série de embalagens ou,
Decreto-Lei n.o 8/92, de 22 de Janeiro;
para os produtos a granel, colheita de amostras
Portaria n.o 144/92, de 5 de Março.
para a realização de exames sensoriais, bem
como de ensaios físico-químicos e de labora-
4 — Circulação e importação de equídeos provenien-
tório, devendo os testes incidir sobre uma série
tes de países terceiros:
de amostras repartidas pela totalidade da
remessa, se necessário após descarregamento Decreto-Lei n.o 32/93, de 12 de Fevereiro;
parcial que possibilite o acesso a toda a remessa Portaria n.o 331/93, de 20 de Março.
N.o 203 — 2 de Setembro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 4649

5 — Trocas intracomunitárias e importação de sémen Portaria n.o 1068/95, de 30 de Agosto;


de animais da espécie suína: Portaria n.o 56/96, de 22 de Fevereiro.
Decreto-Lei n.o 228/92, de 21 de Novembro;
Portaria n.o 1124/92, de 9 de Dezembro. 17 — Questões de ordem higiénica e sanitária res-
peitantes à produção e colocação no mercado de
6 — Trocas intracomunitárias e importações de aves ovoprodutos:
de capoeira e ovos de incubação provenientes de países Decreto-Lei n.o 234/92, de 22 de Outubro;
terceiros: Portaria n.o 1000/93, de 12 de Outubro;
Decreto-Lei n.o 141/98, de 16 de Maio. Portaria n.o 247/94, de 18 de Abril.

7 — Normas sanitárias relativas à eliminação e trans- 18 — Condições de polícia sanitária que regem a
formação de subprodutos animais para colocação no introdução no mercado de animais e produtos de
mercado e prevenção de presença de agentes patogé- aquicultura:
nicos em alimentos para animais de origem animal:
Decreto-Lei n.o 548/99, de 14 de Fevereiro.
Decreto-Lei n.o 175/92, de 13 de Agosto;
Portaria n.o 965/92, de 10 de Outubro; 19 — Normas sanitárias que regem a produção de
Portaria n.o 25/94, de 8 de Janeiro. colocação de moluscos bivalves vivos:
8 — Trocas intracomunitárias de ovinos e caprinos: Decreto-Lei n.o 112/95, de 23 de Maio;
o Decreto-Lei n.o 293/98, de 18 de Setembro.
Portaria n. 233/91, de 22 de Março;
Portaria n.o 427/91, de 24 de Maio;
Portaria n.o 1051/91, de 15 de Outubro. 20 — Normas sanitárias relativas à produção e colo-
cação no mercado de produtos da pesca:
9 — Comércio intracomunitário e importação de ani- Decreto-Lei n.o 375/98, de 24 de Novembro.
mais, sémen, óvulos e embriões não abrangidos pela
secção I do anexo do Decreto-Lei n.o 69/93, de 10 de 21 — Comércio intracomunitário e importação de
Março: países terceiros de carnes frescas de aves de capoeira:
Decreto-Lei n.o 216/95, de 26 de Agosto;
Portaria n.o 1077/95, de 1 de Setembro. Decreto-Lei n.o 112/93, de 10 de Abril;
Portaria n.o 323/94, de 26 de Maio;
10 — Protecção dos animais durante o transporte: Portaria n.o 1058/95, de 29 de Agosto.
Decreto-Lei n.o 294/98, de 18 de Setembro. 22 — Problemas de polícia sanitária relativos à pro-
dução e colocação no mercado de carnes de coelho e
11 — Problemas sanitários em matéria de comércio às carnes de caça de criação:
intracomunitário de carne fresca:
Decreto-Lei n.o 179/93, de 12 de Maio;
Decreto-Lei n.o 178/93, de 12 de Maio; Portaria n.o 1001/93, de 11 de Outubro.
Portaria n.o 971/94, de 29 de Outubro.

12 — Problemas sanitários em matéria de comércio 23 — Problemas sanitários e de polícia sanitária refe-


de carnes frescas de aves de capoeira: rentes ao abate de caça selvagem e à colocação no mer-
cado das respectivas carnes:
Decreto-Lei n.o 167/96, de 7 de Setembro.
Decreto-Lei n.o 44/96, de 10 de Maio;
13 — Problemas de polícia sanitária respeitantes a Decreto-Lei n.o 342/98, de 5 de Novembro.
trocas intracomunitárias de carnes frescas:
24 — Trocas intracomunitárias e importação de pro-
Decreto-Lei n.o 98/90 de 20 de Março; dutos não sujeitos às disposições do anexo I da Portaria
Portaria n.o 765/90, de 30 de Agosto. n.o 576/93, de 4 de Junho, e no que respeita aos agentes
patogénicos à secção I do anexo do Decreto-Lei
14 — Questões sanitárias em matéria de comércio
n.o 69/93, de 10 de Março:
intracomunitário de produtos à base de carne:
Decreto-Lei n.o 342/98, de 5 de Novembro; Decreto-Lei n.o 18/95, de 27 de Janeiro;
Decreto-Lei n.o 167/96, de 7 de Setembro; Portaria n.o 492/95, de 23 de Maio;
Portaria n.o 271/95, de 4 de Abril; Portaria n.o 412/98, de 14 de Junho.
Portaria n.o 683/95, de 28 de Junho.
II — Legislação zootécnica
15 — Produção e comércio de carne picada, em peda-
ços e preparados de carne: 1 — Animais reprodutores da espécie suína:

Decreto-Lei n.o 245/93, de 8 de Julho; Decreto-Lei n.o 176/93, de 12 de Maio;


Portaria n.o 1048/94, de 28 de Novembro. Portaria n.o 500/93, de 12 de Maio.

16 — Produção e comércio de leite crú, tratado ter- 2 — Animais reprodutores de raça pura de espécies
micamente, produtos à base de leite: ovina e caprina:
Decreto-Lei n.o 340/90, de 30 de Outubro; Decreto-Lei n.o 73/92, de 29 de Abril;
Portaria n.o 533/93, de 21 de Maio; Portaria n.o 370/92, de 29 de Abril.
4650 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 203 — 2 de Setembro de 2000

3 — Trocas intracomunitárias de equídeos, sémen, terrestres, bem como outras gorduras de origem animal
óvulos e embriões: que apenas poderão ser destinadas exclusivamente à ali-
mentação de não ruminantes, devendo todas as gorduras
Decreto-Lei n.o 40/92, de 31 de Março;
mencionadas ser produzidas de acordo com as condições
Portaria n.o 273/92, de 31 de Março.
definidas no anexo ao presente diploma.
5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .»
4 — Animais reprodutores bovinos de raça pura:
Decreto-Lei n.o 403/89, de 15 de Novembro; Artigo 3.o
Portaria n.o 1055/89, de 6 de Dezembro.
Ao Decreto-Lei n.o 393-B/98, de 4 de Dezembro, é
5 — Condições zootécnicas e genealógicas para a aditado o artigo 3.o-A, com a seguinte redacção:
comercialização de animais de raça:
Decreto-Lei n.o 226/92, de 21 de Outubro; «Artigo 3.o-A
Portaria n.o 119/94, de 24 de Fevereiro. Produção e colocação no mercado

Sem prejuízo do estipulado no Decreto-Lei n.o 181/99,


Decreto-Lei n.o 211/2000 de 22 de Maio, a banha de porco e a gordura de porco
de 2 de Setembro fundida só podem ser colocadas em circulação desde
o
que obedeçam às seguintes condições:
O Decreto-Lei n. 393-B/98, de 4 de Dezembro, que
adopta medidas de protecção respeitantes à encefalo- a) Sejam provenientes de estabelecimentos homo-
patia espongiforme dos bovinos (EEB), admite a uti- logados para o efeito;
lização de banha e gordura de porco fundidas na ali- b) Sejam acompanhadas de documento ou docu-
mentação animal, excluindo os ruminantes, desde que mentos emitidos pela autoridade veterinária ofi-
respeitadas as adequadas condições técnicas de pro- cial que ateste as condições de produção, bem
dução. como a identificação do produto.»
Os avanços técnicos e científicos verificados entre-
tanto, bem como a experiência acumulada, impõem a Artigo 4.o
reformulação do âmbito de aplicação da medida men-
Norma revogatória
cionada, alargando a autorização de utilização de banha
e gordura de porco fundidas na alimentação de rumi- É revogado o artigo 2.o do Decreto-Lei n.o 288/99,
nantes, desde que produzidas conforme o anexo do de 28 de Julho.
citado diploma legal.
Assim: Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 13
Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da de Julho de 2000. — António Manuel de Oliveira Guter-
Constituição, o Governo decreta o seguinte: res — Joaquim Augusto Nunes Pina Moura — Joaquim
Augusto Nunes Pina Moura — Luís Manuel Capoulas
Santos — Maria Manuela de Brito Arcanjo Marques da
Artigo 1.o Costa.
Ao artigo 2.o do Decreto-Lei n.o 393-B/98, de 4 de
Dezembro, são aditadas as alíneas o) e p), com a seguinte Promulgado em 14 de Agosto de 2000.
redacção: Publique-se.
«o) Banha de porco — gordura extraída por fusão O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
do tecido adiposo fresco, limpo e são do sus
scrofa domestica; Referendado em 24 de Agosto de 2000.
p) Gordura de porco fundida — gordura extraída
por fusão dos tecidos adiposos e dos ossos do O Primeiro-Ministro, em exercício, Jaime José Matos
sus scrofa domestica.» da Gama.

Artigo 2.o
O n.o 4 do artigo 3.o do Decreto-Lei n.o 393-B/98, MINISTÉRIO DA SAÚDE
de 4 de Dezembro, passa a ter a seguinte redacção:
Decreto-Lei n.o 212/2000
«Artigo 3.o de 2 de Setembro
[. . .]
A Directiva n.o 96/84/CE, do Parlamento Europeu
1— ......................................... e do Conselho, de 19 de Dezembro, introduziu alte-
2— ......................................... rações à Directiva n.o 89/398/CEE, do Conselho, de 3
3— ......................................... de Maio, que estabeleceu as regras respeitantes aos
4 — Excluem-se das interdições previstas nos n.os 1 géneros alimentícios destinados a uma alimentação
e 3, sem prejuízo do disposto no Decreto-Lei n.o 377/98, especial.
de 25 de Novembro, sobre a eliminação e destruição O n.o 1 do artigo 4.o da Directiva n.o 89/398/CEE
obrigatória dos materiais de risco específico, a banha dispõe que, por meio de directivas específicas, serão
de porco e a gordura de porco fundida, cuja utilização estabelecidas disposições aplicáveis a determinados gru-
em alimentação animal é autorizada em todos os animais pos de géneros alimentícios, pelo que, de acordo com

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