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Antropocentrismo (o homem no centro): É a valorização do homem como ser

racional. Para os renascentistas o homem era visto como a mais bela e perfeita obra da
natureza. Tem capacidade criadora e pode explicar os fenômenos à sua volta.
Não se tratava de opor o homem a Deus e medir suas forças. Deus continuou sendo
soberano diante do ser humano. Tratava-se na verdade de valorizar as pessoas em si,
encontrar nelas as qualidades e as virtudes negadas pelo pensamento católico medieval.
Nesse sentido, o “homem tornou-se a medida de todas as coisas”, ou seja. aquilo que
servia ao ser humano passou a ser visto como bom, o que não servia, como não bom.
Essa idéia de que o homem é a medi¬da de tudo foi criada pelos gregos e, como tudo o
que é oriundo daquela cultura, aplicava-se à elite. Na Europa renascentista, a situação
era a mesma.
Humanismo: Tem por base o neoplatonismo, que exalta os valores humanos e tenta dar
nova dimensão ao homem. O humanismo se expande a partir de 1460, com a fundação
de academias, bibliotecas e teatros em Roma, Florença, Nápoles, Paris e Londres. O
humanista era o indivíduo que traduzia e estudava os textos antigos, principalmente
gregos e romanos. Foi dessa inspiração clássica que nasceu a valorização do ser
humano. A escultura e a pintura redescobrem o corpo humano. A arquitetura retoma as
linhas clássicas e os palácios substituem os castelos. A música instrumental e vocal
polifônica se sobrepõe ao cantochão (monótico). Expandem-se a prosa e a poesia
literárias, a dramaturgia, a filosofia e a literatura política. Uma das características desses
humanistas era a não especialização. Seus conhecimentos eram abrangentes.
Racionalismo: Implica na convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do
homem, pela ciência, e na recusa em acreditar em algo que não tenha sido provado.
Através deste, tentava-se descobrir as leis que governam o mundo pela observação e
pela experiência, contrapondo-se o conhecimento baseado na autoridade, na tradição e
na inspiração de origem divina, características da cultura medieval. Essa característica
do renascimento fez com que o experimentalismo e a ciência se desenvolvessem
bastante.
Experimentalismo: Para os renascentistas, tudo poderia ser explicado pela razão e pela
ciência e tudo poderia ser provado por experiências científicas.
Individualismo: Não consistia no isolamento do homem, mas refletia a possibilidade
que cada um tinha de fazer opções, de manifestar-se sob diversos assuntos, de ser
responsável pela condução da própria vida.É também a afirmação do artista como
criador individual da obra de arte que se deu no Renascimento. O artista renascentista
assinava suas obras, tornando-se famoso.
Hedonismo: É a valorização dos prazeres sensoriais. Esta visão se opunha à idéia
medieval de associar o pecado aos bens e prazeres materiais. Surgido a partir do
epicurismo (doutrina da antiguidade grega que identifica o bem com o prazer), o
hedonismo representa o prazer como a finalidade da vida (“culto ao prazer”). No
Renascimento representa a capacidade do homem produzir o belo; gerar uma obra
apenas pelo prazer que ela possa dar, rompendo com o pragmatismo (gerar algo que
tenha utilidade ao homem, tenha valor pratico). Posteriormente o hedonismo deu origem
à filosofia que tem como principio obter o máximo com o mínimo de esforço.
Inspiração na antiguidade clássica: Os artistas renascentistas procuraram imitar a
estética dos antigos gregos e romanos. O próprio termo Renascimento foi cunhado pelos
contemporâneos do movimento, que pretendiam estar fazendo renascer aquela cultura,
desaparecida durante a “Idade das Trevas” (Idade Média).

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