Professional Documents
Culture Documents
RESUMO
"Temos no Brasil uma tradio literria moderna plena, anticonvencional, antitradicionalista,
relativamente crtica, mas que j no funciona". A partir desta constatao, a autora faz um
balano da poesia brasileira no sculo XX, tendo em vista as relaes que esta mantm com a
modernizao e o mito do progresso. Esse roteiro destaca trs momentos-chave (modernismo,
concretismo e "poesia marginal"), acompanhando os sentimentos diferentes e contraditrios
que, em cada momento, mobilizaram a confiana da poesia brasileira na lgica da modernidade. Por fim, destaca, no conjunto da produo potica atual, a transformao das tradies
modernas em conformismo mercadolgico quase sempre traduzido em falsas continuidades
ou superaes ps-modernas.
Palavras-chave: literatura brasileira; poesia contempornea; modernidade artstica; vanguarda.
SUMMARY
"In Brazil, we have a modern literary tradition that is solid, non-conventional, anti-traditional,
relatively critical, but which no longer works". Beginning with this statement, the author
reviews twentieth-century Brazilian poetry, taking into account its relation to modernization
and the myth of progress. The article distinguishes three key moments (modernism, concrete
poetry, and "marginal poetry"), examining the different and conflicting feelings that in each
moment mobilized Brazilian poetry's self-confidence within the logic of modernity. The article
finally focuses on current poetic output, where modern traditions are transformed into a
market-oriented conformity almost always translated as false continuities or as postmodern
advances.
Keywords: Brazilian literature; contemporary poetry; modernity in art; avant-garde.
As pessoas hoje querem apenas trs coisas: o novo, o moderno e o jovem. Ningum se
pergunta mais o que uma coisa boa de fato, que o que me interessa.
Vivienne Westwood, a O Estado de S. Paulo, 24/04/1999.
27
28
NOVOS ESTUDOS N. 55
NOVEMBRO DE 1999
29
30
NOVOS ESTUDOS N. 55
31
32
NOVOS ESTUDOS N. 55
NOVEMBRO DE 1999
33
34
NOVOS ESTUDOS N. 55
35
36
NOVOS ESTUDOS N. 55