Três filósofos foram importantes para incentivar o pensamento científico após a Idade Média: Francis Bacon, René Descartes e John Locke. A Renascença representa uma época de renovação no domínio das artes e das ciências. Louis Pasteur e Robert Koch criaram a microbiologia e demonstraram que muitas doenças são causadas por microrganismos.
Três filósofos foram importantes para incentivar o pensamento científico após a Idade Média: Francis Bacon, René Descartes e John Locke. A Renascença representa uma época de renovação no domínio das artes e das ciências. Louis Pasteur e Robert Koch criaram a microbiologia e demonstraram que muitas doenças são causadas por microrganismos.
Três filósofos foram importantes para incentivar o pensamento científico após a Idade Média: Francis Bacon, René Descartes e John Locke. A Renascença representa uma época de renovação no domínio das artes e das ciências. Louis Pasteur e Robert Koch criaram a microbiologia e demonstraram que muitas doenças são causadas por microrganismos.
IDIAS FILOSFICAS DO SCULOS XVI E XVII Trs filsofos foram importantes para incentivar o pensamento cientfico aps a Idade Mdia: Francis Bacon, Ren Descartes e John Locke.
Eles contriburam para instituir o iluminismo, que deslocou
o centro do interesse e das preocupaes com o destino da alma no outro mundo em direo melhoria das condies de vida no mundo em que vivemos.
A ARTE EMPRICA, MODERNA E
CONTEMPORNEA DE CURAR Prof. Esp. Sandra Araujo
A ARTE EMPRICA DE CURAR
IDIAS FILOSFICAS DO SCULOS XVI E XVII Francis Bacon, criador da frase Saber poder, teve no livro A promoo do saber a sua obra mais importante. Todo o fundamento de sua filosofia era prtico: por meio de descobertas e invenes cientficas a humanidade poderia dominar as foras da natureza e, a partir da, vir a ter uma vida melhor.
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IDIAS FILOSFICAS DO SCULOS XVI E XVII Ren Descartes, considerado o fundador da filosofia moderna, o autor da frase Penso, logo existo, primeiro princpio da sua filosofia. O conhecimento de nossos prprios pensamentos o nico fato verdadeiro. Este princpio enfraquece o que percebemos pelos sentidos quando comparado com o que captamos pelo raciocnio.
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IDIAS FILOSFICAS DO SCULOS XVI E XVII John Locke, um dos pioneiros do liberalismo filosfico, teve como uma de suas caractersticas marcantes a falta de dogmatismo. Segundo ele, a verdade difcil de ser averiguada e um homem prudente sempre defender suas opinies com uma certa medida de dvida, o que reflexo da influncia que as idias de Ren Descartes tiveram sobre ele.
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A RENASCENA O que caracteriza o perodo da histria posterior Idade Mdia a decrescente autoridade da Igreja e da cincia. Esta menor influncia da Igreja teve a contribuio de Martinho Lutero e de Calvino, que criaram uma nova religio, o protestantismo, logo disseminado por vrios pases europeus.
Nas artes, so expoentes da Renascena os italianos
Michelangelo, Leonardo da Vinci e Raphaello, os quais chegaram a dissecar dezenas de cadveres para melhor conhecer a anatomia humana e assim aperfeioar a sua tcnica, criando obras de extraordinria beleza.
05/06/2014
A ARTE EMPRICA DE CURAR
A RENASCENA Leonardo da Vinci deixou considervel acervo de obras com estudos anatmicos. , ainda hoje, tido como um dos maiores anatomistas de todos os tempos. No livro escrito sobre Leonardo, White apresenta vrios desenhos do artista, como estudos dos msculos das mos e do rosto, do brao e do ombro, do crebro, do olho.
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A RENASCENA A Renascena representa uma poca de renovao no domnio das artes e das cincias, sendo que o esprito de liberdade e crtica passa a se opor ao princpio da autoridade que era a regra at ento.
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A RENASCENA Andreas Vesalius no ano de 1543, publicou o monumental tratado de anatomia De Humanis corporis fabrica (sobre a construo do corpo humano), foi o primeiro texto compreensivo sobre o tema e que rompe com a tradio, demonstrando que Galeno estava errado em vrios aspectos, como quanto estrutura do corao, o trajeto das veias, o osso esterno, o fgado, o ducto biliar, o tero e outros aspectos da anatomia.
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A RENASCENA Os estudos do mdico grego foram feitos em animais, enquanto Vesalius tinha escrito seu livro sobre conhecimentos adquiridos atravs da dissecao de cadveres humanos.
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A RENASCENA
Girolamo Fracastoro, que, com sua teoria do contgio, em
1546, publica sua obra mais importante, onde frmula teorias que, de forma surpreendente, se aproximam bastante da moderna teoria dos germes causadores de infeces. Isto, em uma poca em que ainda no havia conhecimento dos micrbios, pode ser considerado como bastante significativo.
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A RENASCENA
Fracastoro distinguia trs tipos de contgio: um direto de
pessoa a pessoa; um segundo, atravs de objetos ou roupas contaminadas pelo doente; e um terceiro, que seria transmitido pelo ar. Ele dizia que os veculos destas doenas teriam o poder de rapidamente a reproduzirem. Suas teorias s vieram a ser confirmadas sculos depois, com Pasteur e Koch.
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A RENASCENA William Harvey, que decifrou, em 1628, a descoberta da circulao do sangue e permitiu que se compreendesse o corao como uma bomba pulstil que trabalha como um msculo qualquer, contraindo e relaxando. At ento, acreditava-se que ele era o centro do organismo e que nada ou quase nada tinha a ver com a circulao.
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A RENASCENA Duas concluses lgicas e fundamentais foram obtidas com a descoberta de Harvey: - A possibilidade de se injetar medicamentos por via venosa. - A possibilidade de repor sangue, por meio de transfuso venosa. Com Harvey surge a idia de que cada rgo tem uma funo a ser descoberta quanto sua forma de atuar e quanto s suas relaes com os outros rgos e o corpo como um todo.
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A RENASCENA Giovanni Batista Morgagni sua importncia reside na ligao entre as alteraes encontradas nos rgos doentes e as manifestaes clnicas das respectivas patologias. Notou as diferenas anatmicas entre o rgo normal e o doente, e demonstrou que, para cada anormalidade anatmica, correspondia uma alterao funcional.
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A RENASCENA Dizia que as necrpsias s seriam teis quando quem as realizasse tivesse profundo conhecimento da anatomia normal e de uma detalhada e precisa histria clnica do paciente. Para ele, o importante era procurar a origem da doena a partir das alteraes visveis que teria provocado no corpo.
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A RENASCENA
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A RENASCENA Anton Van Leewenhoek, que desenvolveu, lentes biconvexas que o levaram a descobrir o mundo microscpico. Foi quem, pela primeira vez, descreveu as formas bacterianas. Alm de, haver visualizado as bactrias, ele percebeu que o vinagre as eliminava. Hoje sabemos que o fato de haver cido actico no vinagre que o torna bactericida. Tambm verificou que o calor era capaz de matar os micrbios.
Se estas suas duas observaes tivessem merecido maior
ateno na poca, certamente a implantao da cirurgia assptica e a antissepsia teriam sido implantadas mais cedo, o que s veio a ocorrer no final do sculo XIX.
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A RENASCENA
Jenner, que fez a primeira vacinao controlada, em
1796, contra a varola humana, em um garoto de oito anos que nunca havia tido a doena, usando vrus da varola bovina, obtida de leses das mos de uma camponesa.
O experimento ocorreu conforme Jenner esperava: seis
semanas aps a vacina, o garoto recebeu doses considerveis de material da varola humana nos dois braos e mesmo assim no desenvolveu a doena Jenner demonstrou que uma doena poderia prevenir uma outra, mas ainda no se tinha conhecimento de como isto ocorria.
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A RENASCENA Tratava-se, na verdade, de uma reao cruzada entre os anticorpos produzidos contra a varola bovina, e que tambm conseguiam neutralizar os vrus da varola humana, devido s semelhanas existentes entre os dois tipos de vrus, em termos de constituio molecular, por pertencerem mesma famlia dos poxvrus.
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A RENASCENA
Philipp Semmelweis, que percebeu, ser a maioria das
infeces puerperais de pacientes internadas em seu hospital procedentes de alguma coisa trazida pelos mdicos das salas de necropsia. Estabeleceu as primeiras medidas de controle das infeces hospitalares. Todo mdico ou estudante, era obrigado a lavar as mos com soluo de cido clrico antes de entrar na clnica obsttrica, quando proveniente da sala de necrpsia.
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A RENASCENA Posteriormente, verificou que alm da doena ocorrer de mortos para vivos, acontecer entre pacientes vivos, atravs mdicos. Inaugurou uma nova fase determinando a mais rigorosa desinfeco cada exame.
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A RENASCENA Ambroise Par foi o introdutor da tcnica de ligadura das artrias para o controle das hemorragias, abandonando, o uso do calor para estancar as hemorragias. Tambm reintroduziu a correo cirrgica para lbio leporino, que estava esquecida desde os rabes. Aboliu a castrao para o tratamento rotineiro das hrnias masculinas.
transmisso da tambm podia das mos dos da sua luta, das mos, aps
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A RENASCENA Em 1561 publicou a obra Cirurgia Universal, onde apresentava novas tcnicas cirrgicas e instrumentos que havia desenvolvido ao longo de sua prtica profissional.
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A ARTE MODERNA DE CURAR
IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Nesse sculo, os filsofos que deram maior contribuio ao desenvolvimento das cincias da sade foram: Immanuel Kant, fundador do idealismo alemo e ardoroso defensor da liberdade; Georg Hegel, que acreditava ser a histria um movimento dialtico que impeliria o esprito humano em direo ao seu contnuo desenvolvimento. Movimento dialtico aquele que se faz segundo uma tese (afirmao), uma anttese (uma negao) e uma sntese. Auguste Comte, acreditava que haveria apenas trs mtodos de filosofar: o teolgico, o metafsico e o positivo. O primeiro seria o ponto de partida da inteligncia humana, o terceiro, seu estado perfeito, e o segundo serviria apenas como etapa de transio.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Louis Pasteur fez, ao lado de Robert Koch, a maior revoluo do pensamento mdico de todos os tempos. Criaram uma nova cincia, a Microbiologia. Antes deles, acreditava-se que as doenas eram causadas por miasmas ou ares contaminados. Em razo de seus estudos, passou se a verificar que boa parte das doenas era causada por seres vivos microscpicos, e cada infeco era produzida por um diferente tipo de micrbio.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Suas descobertas tiveram grandes desdobramentos, tanto na clnica como na cirurgia. A maneira de atuar da equipes mdica foi modificada. Antes, era comum os cirurgies operarem diversos pacientes com o mesmo bisturi, que limpavam em suas prprias roupas entre as operaes.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Enquanto assistia a uma espcie de show circense onde as pessoas inalavam o xido nitroso para provocar risos, o dentista Horace Wells percebeu que um dos que havia inalado o gs tinha machucado a perna, sem, no entanto, manifestar ter sentido qualquer tipo de dor. No dia seguinte, Wells, teve um dos seus prprios dentes extrado, por um assistente, sem dor. A partir da, Wells passou a transmitir a boa notcia pelo mundo afora. No entanto, em uma de suas demonstraes do poder anestsico do gs fracassou, provavelmente porque o tempo de induo da anestesia foi breve, ou porque a dose do anestsico foi pequena.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Um de seus alunos, William T. Morton, que presenciou a tentativa fracassada do mestre, aprendeu com Charles Jackson, um mdico e qumico, o poder anestsico do ter sulfrico. Depois de experiment-lo em animais, fez uma extrao dentria em um de seus clientes, sem dor. Logo o fato foi bastante divulgado e, Morton anestesiou, usando uma espcie de mscara inalatria rudimentar, a extrao de um tumor vascular do pescoo.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Charles Robert Darwin publicou, o clssico A origem das espcies. Sua teoria se baseia, na evidncia de que na batalha pela vida s os mais bem adaptados sobrevivem, o que o levou a desenvolver a tese da seleo natural. E, ainda, que o meio ambiente o principal estmulo para a seleo natural, ou seja, a superpopulao e a competio (alimentos, parceiro sexual, pela liderana do grupo.) conduziriam a uma seleo natural, onde os mais bem adaptados ao meio ambiente emergiriam como os vitoriosos da guerra da natureza.
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A ARTE MODERNA DE CURAR
IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Darwin constatou que a natureza vive em contnua transformao, que as espcies evoluem e que o aparecimento de novas espcies resulta de uma descendncia com modificaes.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX A Gentica, iniciada por Mendel, com suas primeiras leis, publicadas, em uma revista de pouca divulgao. Isso levou seus trabalhos a serem mais conhecidos s a partir do incio do sculo XX. Quando os botnicos Hugo de Vries, Carl Correns e Erik Tshermak, de forma independente, chegaram s mesmas concluses que Mendel. Entre 1912 e 1926, Thomas H. Morgan, promoveu grande desenvolvimento da gentica utilizando experincias de cruzamento com moscas de frutas.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Joseph Lister, com base nos primeiros estudos de Pasteur, desenvolveu os primeiros princpios de assepsia e de antissepsia em intervenes cirrgicas. O que Lister no tinha, assim como os demais mdicos de sua poca, era o conhecimento de que as bactrias causadoras das infeces cirrgicas, na maioria das vezes, eram da prpria microbiota normal da pele dos pacientes. O uso do fenol eliminava estes germes, atuando como antissptico, e por isso as infeces no se desenvolviam.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX A enfermeira Florence Nightingale foi responsvel pela criao da enfermagem moderna. Por solicitao do ministro da guerra ingls, Florence foi designada a comandar um corpo de 38 enfermeiras atuando em hospital improvisado onde se podiam acomodar mil soldados, mas onde se amontoavam quatro mil conseguiu promover grandes mudanas, que levaram a uma considervel melhoria da sobrevida dos feridos. Logo que chegou, encontrou um local com o piso sujo, coberto de poeira, com janelas sempre fechadas, onde no havia lavanderia e onde as portas, que se fechavam todas as noites, s eram abertas pela manh, para a retirada dos mortos.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Durante a noite ningum ficava de planto para cuidar dos doentes. Florence enfrentou de forma firme e decidida a burocracia militar e modificou por completo a situao que havia encontrado. Passou a administrar com mais eficincia as condies dos feridos, cuidando da melhoria da alimentao que lhes era servida e do vesturio, para proteg-los do frio, alm de outras necessidades bsicas de um hospital. O trabalho de Florence logo teve amplo reconhecimento e, na sua volta Inglaterra, fundou a escola de enfermeiras em Londres 1860.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Karl Landsteiner, com o descobrimento dos grupos ABO e, posteriormente, do fator Rh, permitiu que casse o ltimo inimigo do cirurgio, a hemorragia. Descobriu que o sangue humano dividido em quatro grupos (A, B, AB e O), e que os acidentes de transfuso poderiam ser evitados se o sangue do doador e do receptor fossem compatveis, ou se no houvesse na circulao anticorpos de um grupo contra o antgeno (protena que induz a formao de anticorpos) de outro grupo sangneo.
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A ARTE MODERNA DE CURAR
IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Konrad Roentgen, descobridor dos raios X, permitiu com isso o desenvolvimento do diagnstico por imagem. A primeira radiografia de Rntgen foi tirada da mo esquerda de sua mulher, onde se podiam ver os ossos e o anel de casamento. Era uma imagem pouco ntida, mas em que se percebiam nitidamente os ossos dos dedos.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Alexander Fleming descobriu que nas secrees, como muco nasal, saliva e lgrima havia uma enzima que destrua as bactrias, chamada por ele de lisozima. Em 1928, ao estudar variantes de uma bactria chamada estafilococo, aps deixar uma placa vrios dias sobre a bancada de seu laboratrio observou a presena de um fungo contaminante, da espcie Penicillium notatum.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX O fato interessante, que lhe chamou a ateno, era um halo de inibio do crescimento bacteriano ao redor da colnia do fungo.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Como o fungo pertencia ao gnero Penicillium, deu a esta substncia o nome de penicilina. Com o apoio dos pesquisadores Howard Florey e Ernst Chain foi possvel produzir a penicilina em sua forma mais purificada.
Pelos conhecimentos que adquirira estudando a
lisozima, Fleming acreditou que esta inibio seria conseqncia de algum tipo de substncia semelhante, produzida pelo Penicillium. Passou ento a trabalhar com o fungo em caldo de cultura, e pde verificar que ele produzia uma substncia que provocava uma forte inibio no crescimento de vrios micrbios.
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IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Oswaldo Cruz convidado pelo ministro da sade para, junto com Adolfo Lutz e Vital Brazil, investigar a origem de uma endemia de peste bubnica que estava ocorrendo em Santos, Rio de Janeiro, Niteri e outras cidades do pas.
As medidas tomadas por Oswaldo Cruz para o combate a
essa e outras endemias brasileiras foram apresentadas em um relato feito na 3 Conveno Sanitria Internacional, realizada na cidade do Mxico, em 1907, da seguinte forma:
A ARTE MODERNA DE CURAR
IDEIAS FILOSFICAS DO SCULO XIX Febre amarela - campanha contra o vetor (Aedes aegypti), por meio de uma fora constituda por um mdico inspetor, dez inspetores auxiliares, setenta e cinco estudantes de medicina e mil guardas sanitrios.
Peste bubnica desinfeco bactericida e parasiticida
por meio de fenis e cresis, visando a destruio do bacilo e da pulga transmissora, pela vigilncia dos domiclios ou por comunicao dos interessados.
Quanto varola, tentou implantar a vacinao obrigatria
no nosso pas, mas no conseguiu devido forte reao popular e forma como foi regulamentada a vacinao.
05/06/2014
A ARTE DE CURAR CONTEMPORNEA
Alm contribuies feitas no campo da microbiologia, outras informaes como as obtidas por novos avanos em fisiologia, bioqumica, imunologia e patologia trouxeram a convico de que era nas pesquisas desenvolvidas nos laboratrios que estaria a base do progresso das cincias da sade.
Verificou-se, ainda, a importncia da interao agentehospedeiro- ambiente no desenvolvimento da histria natural
das doenas. Alm de ficar claro que era na esfera da sade pblica que o Estado deveria priorizar seus investimentos para a melhoria da qualidade de vida da populao.
A ARTE DE CURAR CONTEMPORNEA
Mais importante que o ato mdico, a poltica sanitria demonstraria ser o principal vetor para alcanar melhor nvel de sade, especialmente entre os mais pobres.
A evoluo da gentica, com as descobertas de Watson e
Crick, alm da decifrao do cdigo gentico, propiciou nova mudana dos paradigmas das cincias da sade.
Novas barreiras esto sendo superadas e o futuro parece
bastante promissor para o controle de vrias doenas, ainda hoje responsveis por considervel morbidade e mortalidade.
A ARTE DE CURAR CONTEMPORNEA
A ARTE DE CURAR CONTEMPORNEA
A evoluo cientfica tem levado a atual civilizao a acreditar cada vez mais no conhecimento cientfico e na tecnologia, considerando-a at capaz de substituir ou mesmo superar a Deus.
As sociedades so sistemas de relaes entre seres
humanos, existindo uma relao entre o ser social e a conscincia. Assim, no podemos desenvolver um profissional de sade sem lhe dar uma formao apoiada nas cincias sociais. A importncia da falta desta viso pode ser exemplificada pelo descaso com que a sade pblica ainda tratada no Brasil.
Isso pode ser comprovado ao se observar doenas que
antes estavam aparentemente controladas, como a febre amarela, a clera, a lepra e a tuberculose, voltando novamente s manchetes dos jornais, alm do surgimento de novas endemias, como a dengue e a AIDS.
Esta situao pode ser atribuda a vrios fatores, mas
tambm ao esquecimento da histria sanitria da civilizao. O que foi prioridade no passado, passou a no ser mais no presente, como as campanhas desenvolvidas por Oswaldo Cruz para o combate ao vetor da febre amarela. As consequncias tm um alto custo econmico e social.
A ARTE DE CURAR CONTEMPORNEA
Sobre o potencial das naes, hoje no se valorizam tanto os recursos minerais como no passado, mas o capital humano, este sim o grande propulsor do desenvolvimento de um Estado.
Como pensar em grandes transformaes, se nosso povo
continua merc das mesmas doenas e limitaes, h muito abolidas nos pases desenvolvidos? Por outro lado, o sculo XX produziu grandes mudanas e inovaes tecnolgicas. Passamos a conviver com um grau de conforto, tecnologia e facilidades que nossos ancestrais jamais imaginaram.
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Mas ser que mudamos tanto mesmo? Hobsbawn nos ensina que, apesar de mais altos e pesados do que nossos antepassados, que viviam nas cavernas, biolgica e emocionalmente o homem quase o mesmo. Ainda somos egostas, invejosos e pouco propensos a pensar na humanidade como uma grande famlia.
Talvez possamos sonhar, no futuro, com um mundo sem
fronteiras, e com maior solidariedade, em que no haja fome, misria, guerra, doena ou qualquer outro tipo de sofrimento para todos os habitantes desse planeta azul, primeira morada do ser humano no universo infinito.