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VLT. Nesta imagem composta de longa exposição, o disco da Via-Láctea forma um arco no céu noturno sobre o observatório de Paranal, onde está instalado o Very Large Telescope, do ESO
Herton Escobar Observatory(ESO),uma organi- clusivaaoEstado (maisinforma- para o ESO uma “irresponsabili- pesquisadores brasileiros já têm menores. Um grupo de trabalho
zação de 14 países europeus que ções nesta página). dade”. “A quatro meses de uma acesso a outros telescópios de formado por dois astrônomos e
A astronomia brasileira vive opera vários telescópios de pon- “O salto que daríamos seria gi- eleição, estão fazendo uma pro- grandeporte, como Subaru e Ke- um diplomata deverá apresen-
um momento histórico de eu- ta na Cordilheira dos Andes, em gantesco”, reforça Eduardo Ja- posta mirabolante, que não tere- ck,no Havaí. “Dizer que esses te- tar até o fim do mês uma análise
foria e turbulência. Uma co- parceria com o Chile. not Pacheco, presidente da So- mos condição de bancar de- lescópios atendem às necessida- das condições de uma eventual
missão de especialistas entre- Aísurgeumapolêmica, revela- ciedade Astronômica Brasileira pois”,diz ele,principalresponsá- des da ciência americana, mas participação do País no ESO. Ja-
gou no início deste mês ao mi- da pelo Estado no início do mês, e também professor do IAG. Se- vel pela participação brasileira não às do Brasil, é risível.” not, um dos integrantes, diz que,
nistro da Ciência e Tecnolo- tão forte que rachou lideranças gundoele,os observatóriosandi- no Soar (o País é dono de um O grande problema, diz Stei- como o ESO é uma organização
gia, Sergio Rezende, a primei- na principal escola de astrono- nos dos quais o Brasil participa terçodotelescópio) eno Gemini ner, é a relação custo-benefício, governamental, o dinheiro para
ra versão de um Plano Nacio- mia do País: o Instituto de Astro- atualmente, Soar e Gemini, são (no qual o País tem 5% do tempo que, segundo ele, seria ruim para a adesão sairia do orçamento da
nal de Astronomia (PNA), que nomia, Geofísica e Ciências At- insuficientes para atender às ne- de observação). o Brasil, já que o custo de partici- União, e não do Ministério da
deverá guiar a evolução dessa mosféricas(IAG)da Universida- cessidades de pesquisa do setor. Segundo Steiner, dificuldades pação no ESO é baseado no PIB Ciência e Tecnologia. Ou seja:
ciência no País pelos próxi- de de São Paulo. Muitos profes- “Ambos têm limitações grandes, técnicas são normais na fase ini- de cada país – e o Brasil tem um não competiria por recursos
mos cinco anos. sores, como a astrofísica Beatriz principalmenteeminstrumenta- cial de operação. “Todo telescó- PIB alto, porém uma comunida- com o resto da ciência.
As perspectivas gerais são po- Barbuy, acreditam que a adesão ção”,afirma. “Temoscompetên- pio tem problemas no início. To- de de astrônomos relativamente AversãopreliminardoPNAse-
sitivas, marcadas por declara- ao ESO é essencial para o avanço cia científica para competir, mas dotelescópio precisade um tem- pequena, comparada à de países rá discutida na 4.ª Conferência
ções de apoio do ministro ao de- da astronomia nacional. “Se qui- hoje estamos estrangulados tec- po de comissionamento. Isso é europeus.Ele calculaqueaparti- Nacional de Ciência, Tecnologia
senvolvimento da área. Uma das sermos crescer, precisamos ter nologicamente.” absolutamentenormal.” Eleres- cipação do País no ESO custaria e Inovação, que começa dia 26
propostas em pauta é a adesão acesso a essa infraestrutura de Outros, como o professor saltaque,graçasaacordosdetro- R$ 1,24 bilhão em 20 anos. em Brasília. A versão final deve
do Brasil ao European Southern ponta”, diz ela, em entrevista ex- João Steiner, consideram entrar ca de tempo no Gemini e Soar, Outros calculam valores bem ficar pronta em outubro.
ENTREVISTA
● Há um prazo para decisão? porque não conseguiu entregar munidade precisará se adaptar mente interessada nisso.
Beatriz Barbuy, Há prazo para decisão sobre a nenhuma das peças com que se ao estilo de competir com proje-
Professora titular do Instituto de Astronomia da USP entrada no E-ELT, neste ano. comprometeu. Nossa indústria tos de alta qualidade, entraría- ● A senhora disse em uma con-
Depois disso, ainda será possí- tem mesmo capacidade para par- mos com uma fração baixa de versa anterior que a participação
vel entrar, mas será mais difícil ticipar do projeto do E-ELT? tempo no início. brasileira no Soar e Gemini esta-
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DE OLHO NO CÉU
l Os Andes oferecem
condições ótimas para a
astronomia, com céu escuro
e limpo quase o ano todo
NOME E-ELT Apex* Alma NTT ESO 3.6 MPG/ESO 2.2 VLT Soar Gemini Sul
(European Extremely (Atacama (Atacama Large (New Technology (Very Large (Southern Astrophysical
CHILE Large Telescope) Pathfinder Millimeter/ Telescope) Telescope) Research Telescope)
Experiment) submillimeter Array)
ÁREA
AMPLIADA
SÓCIOS ESO ESO ESO ESO Max Planck ESO Brasil EUA, Reino Unido, Canadá, Chile,
2 e ESO e EUA Austrália, Brasil e Argentina
Chajnantor TAMANHO 50 antenas 4 telescópios
(diâmetro
1 Amazones do espelho
principal)
4
Paranal 42 m de 12 m 3,58 m 3,57 m 2,2 m de 8,2 m* 4,1 m 8,1 m
LOCALIZAÇÃO Cerro Amazones Planalto de Chajnantor La Silla La Silla La Silla Cerro Paranal Cerro Pachón Cerro Pachón
OCEANO
PACÍFICO
INÍCIO DE
OPERAÇÃO
2018 2005 (Apex) 2011 (Alma)
*O Apex é uma antena precursora/
1989 1976 1983 1998
*Podem funcionar como
2004 2000
CHILE
(previsto) experimental do grupo Alma um único espelho de 32 m
Santiago
0 km 150