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Belém
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2010
Belém
2010
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Dalai-Lama
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SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO............................................................................................................
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raciais..........................................................................................................................
07
3. CONCLUSÃO ......................................................................................................
REFERÊNCIAS ........................................................................................................
APÊNDICES
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APRESENTAÇÃO
1.INTRODUÇÃO
Neste texto tem-se como objetivo inicial uma breve discussão a respeito
do processo de exclusão social e dentro desta perspectiva, tem-se a pretensão de
considerar o processo de inclusão/exclusão racial inserido na educação e tendo
uma análise sobre o sistema de cotas adotado no Brasil.
pública existe necessidade de se criar políticas como a de cotas para vedar essa
lacuna existente em nosso país.
Esta é uma questão já política, pois podemos supor que são uma forma
do governo esconder o problema educacional do país oferecendo cotas as classes
menos favorecidas.
Essa medida para muitos é uma forma de discriminação para com os
estudantes negros, carentes, indígenas, brancos e pardos, pois segundo o artigo 5º
da Constituição Federal Brasileira; “Todos somos iguais perante a lei, sem distinção
de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade”.
Entretanto, é preciso criar métodos para que esta igualdade realmente aconteça.
O sistema de cotas é muito polêmico devido às questões que surgem
em torno dele, uma vez que as opiniões divergem. Este é um assunto bastante
discutido academicamente, embora o intuito seja ter um consenso para diminuir a
desigualdade social.
Uma das controvérsias é como saber quem está incluído nas cotas.
Geralmente são os negros, ou pardos que se declaram negros, porém existem
grupos que se mobilizam contra. Contudo, o sistema de cotas não abre vagas
apenas para negros, pois apenas para aqueles que se auto afirmarem negros e de
escolas públicas podem entrar no sistema, ou seja, a questão está ligada mais à
educação pública que não tem condições suficientes de competir com alunos de
escolas particulares, mostrando assim, o governo “assinando um atestado” de não
ter investido o necessário na educação pública.
O primeiro passo dado para o inicio de uma “compensação” com o
objetivo de acabar com as desigualdades sociais existentes no Brasil foi à ratificação
da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação Racial, onde tratavam da questão da necessidade de se adotar
medidas para a ascensão de certos grupos sociais ou étnicos. Uma dessas ações foi
a polêmica política das cotas para negros, já citada acima, nas universidades
publicas de nosso país. Esta ação está baseada nos dados do IBGE que indicam
que os negros são desprivilegiados quando o assunto é educação, pois os negros
têm em media 2,2 anos a menos de escolaridade em comparação aos brancos,
mesmo sendo a maioria da população (cerca de 50,6%). Um fato que ratifica a
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oportunidade de seus acessos e seus níveis sociais que lhes permitia serem mais
instruídos. As cotas possuem papel importante na sociedade capitalista Brasileira,
pois é um país marcado pela herança da escravidão negra, onde os negros foram a
parcela mais explorada e os que realizaram os trabalhos mais mal remunerados.
Marx buscava criar propostas imediatas e viáveis para os problemas do
momento a respeito das medidas educacionais adequadas de sua época. Tendo em
vista o Brasil, o processo de reprodução de desigualdade entre as classes do
pensador Karl Marx é associado ao processo de representação da desigualdade
entre as raças.
Do ângulo do marxismo, não devemos partir dos próprios indivíduos vivos
e reais para pensar nas relações sociais do Brasil, deve-se analisar os interesses
em comum na sociedade. As cotas para alunos negros nas universidades compõem
medidas práticas e efetivas que levam o fim das desigualdades raciais na sociedade
brasileira.
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3.CONCLUSÃO
Concluímos que o sistema de cotas surgiu com base de uma “dívida” que
o Brasil entende ter com os negros pela história de escravidão e preconceito que foi
apresentado contra eles. Entretanto, existe por trás uma forma de esconder a
grande deficiência da escola pública usando esse sistema. A importância desse
tema para o curso de direito está com base nos grandes debates que surgem na
sociedade, que gera conflitos contra e a favor, e acaba gerando conceitos
diversificados que, para os estudantes, é uma forma de conhecer melhor o tema
proposto e formar opiniões mais embasadas na realidade.
REFERÊNCIAS
Cláudio Souto e Joaquim Falcão. Sociologia e Direito 2ª Edução Editora
Pioneira. São Paulo. 1999
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LOPES, José Reinaldo de Lima, 2ª Edição. Edutora Max Limonad, 2002, São
Paulo.