Em fevereiro de 2007 encerrei meus estágios na área de informática, em São
Paulo capital, e fui com minha família morar em Chapadão do Sul, MS, localizada no norte de Mato Grosso do Sul, próximo á divisa com Goiás. Região esta de lavoura e pecuária bovina de corte e leite. Na época tinha como objetivo a informatização da empresa rural para tornar o produtor rural mais competitivo no mercado. Passados três anos de tentativas, em 2000, percebi que não havia possibilidade de mudar a realidade dos produtores pois são muito avessos a novas tecnologias. Em contato com um produtor de leite da região, Álido Agilulfo Brum, tomei consciência da realidade da pecuária na região. Proposto um primeiro trabalho com o mesmo, fiquei muito motivado com os resultados alcançados. Os trabalhos viabilizaram a produção de leite a pasto, uma vez que, sou. Engenheiro Agrônomo, com especialização em fertilidade de solos sob vegetação de cerrado. Como no leite tudo era novidade para mim, passei a juntar material em pesquisas realizadas na biblioteca da Faculdade de Medicina Veterinária da UNESP de Araçatuba. SP para fazer palestras e divulgar os resultados alcançados. Algumas curiosidades deste período e que vale a pena serem citadas foram: São aproximadamente 14 sintomas de deficiência nutricional que os produtores tratam como doença no rebanho. O rebanho de leite não procura o cocho quando manejado em gramíneas fertilizadas, para complementação alimentar. O trabalho de controle sanitário, praticamente passa a ser feito apenas com as vacinações obrigatórias. O maior fantasma da produção de leite e que é a Mastite passa a ser solucionada com muito mais simplicidade. O consumo de sal mineral reduz-se a 5% do consumo tradicional. Tradicionalmente, na região, são necessários de 10 a 11 litros de leite para fazer um quilo de queijo tipo Minas. Após entrarem no manejo, com 9 litros faz-se o mesmo quilo de queijo. Paralelamente comecei a fazer estudos de viabilidade econômica para garantir lucros às propriedades. O trabalho do Sítio Brum ganhou em notoriedade e dele resultaram mais 20, a saber, 6 para produção de leite e 15 para engorda. Os números alcançados demonstram que, no leite, vacas produzindo 10 litros a pasto são o ideal para alcançar bons lucros. Conseguindo-se manter duas ordenhas (10 litros de manhã e 7 litros à tarde) a situação fica melhor ainda. A capacidade de suporte ideal é de 7 cabeças por hectare (10 mil metros quadrados). Na carne, conseguiu-se acabar fêmeas com 13 @ em17 meses e machos com 18 @ em 22 meses; atendendo a demanda atual do mercado para animais precoces e sem contaminação com aditivos químicos, tão presentes em animais acabados em confinamento. A capacidade de suporte está em 20 cabeças por hectare. Estamos esperando uma oportunidade para testar a possibilidade de se engordar até 30 cabeças por hectare. As 10 cabeças a a mais, atenderia um mercado específico da região. Com 10 cabeças por hertare atingiu-se 11% de lucro líquido, com 20 cabeças 27% de lucro líquido e com 30 cabeças 35% de lucro líquido (estimado). Preços de frigorífico.