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Contudo, como Meriam filha de pai muulmano, o Tribunal entendeu que ela
deveria ser muulmana e no uma crist. Ainda, o fato dela, ao dever ser
muulmana ter se casado com um cristo, considerado adultrio.
Ou seja, a falta de liberdade de culto e a corrupo do conceito de infidelidade
conjugal, movida por convices poltico-religiosas, criou esta aberrao
jurdica.
Tudo isso, exemplifica, claramente, o movimento de dio que o mundo
muulmano possui contra a parte crist da humanidade, em uma perpetuao
das animosidades, desde as cruzadas, realimentadas pela Guerra ao Terror, e
pela eleio dos novos inimigos do mundo, os muulmanos (rabes), em
substituio aos russos (comunistas), nos grandes filmes de Hollywood.
O grande inimigo no aquele que entende ao Poder, a Economia e o Estado
diferente de ns, como os antigos Soviticos, mas aquele que compreende o
caminho que leva a Deus (o mesmo para Judeus, Cristos e Muulmanos), de
uma forma diferente.
Ainda e mais gravemente, temos a desculpa esfarrapada de segurana contra
o terrorismo, dada pelo Governo Francs para impedir que mulheres
muulmanas usassem o vu, implicando em um pr-julgamento, de que todo
rabe um terrorista por princpio. Ningum gosta de ser apontado por algo
que no cometeu e o preconceito institucionalizado o pior dos atos que um
Estado pode praticar, principalmente quando diz ser fundado nos princpios da
liberdade, da igualdade, e da fraternidade.
Assim, as questes de dio so mais profundas e lidam, diretamente, com um
dos elementos basilares da formao da personalidade do ser. A forma como
concebe a vida, a morte, a si mesmo, e a divindade.
Fica claro que h uma diviso entre cristos e muulmanos, no mundo. E esta
diviso leva a uma animosidade escancarada, impulsionada pela mdia e pelos
governos de ambos os lados.