Este documento descreve sete doenças que afetam o sorgo: 1) Antracnose, uma das mais importantes que causa danos às folhas, colmos e grãos; 2) Ferrugem, que pode reduzir a produção em 65%; 3) Helmintosporiose, favorecida por temperaturas úmidas; 4) Cercosporiose, amplamente distribuída; 5) Míldio do Sorgo, que reduz a produção acima de 50%; 6) Doença Açucarada do Sorgo, que reduz a quantidade
Este documento descreve sete doenças que afetam o sorgo: 1) Antracnose, uma das mais importantes que causa danos às folhas, colmos e grãos; 2) Ferrugem, que pode reduzir a produção em 65%; 3) Helmintosporiose, favorecida por temperaturas úmidas; 4) Cercosporiose, amplamente distribuída; 5) Míldio do Sorgo, que reduz a produção acima de 50%; 6) Doença Açucarada do Sorgo, que reduz a quantidade
Este documento descreve sete doenças que afetam o sorgo: 1) Antracnose, uma das mais importantes que causa danos às folhas, colmos e grãos; 2) Ferrugem, que pode reduzir a produção em 65%; 3) Helmintosporiose, favorecida por temperaturas úmidas; 4) Cercosporiose, amplamente distribuída; 5) Míldio do Sorgo, que reduz a produção acima de 50%; 6) Doença Açucarada do Sorgo, que reduz a quantidade
G. W. Wilson) uma das doenas mais importante na cultura do sorgo pela sua ampla distribuio geogrfica e pelos danos que ocasiona, constituindo-se, inclusive, em srio fator limitante da produo (PANIZZI & FERNANDES, 1997). O patgeno incide nas folhas, pednculo, colmo, pancula, gros e razes. Os sintomas aparecem, normalmente, durante o florescimento. Nas folhas, as leses so de circulares para ovais, pequenas ( 0,5 cm), de colorao avermelhada ou amarelada, dependendo da cultivar. O centro das leses pode tornar-se de cor escura, onde so observadas frutificaes do fungo. Nas nervuras, as leses so de forma elptica e de cor marrom avermelhada. No pednculo infectado, internamente, o tecido adquire colorao avermelhada com pontuaes brancas correspondentes aos pontos de penetrao do fungo. Nestes pontos, externamente, em condies de alta umidade e temperatura, h formao de uma massa de esporos de cor rosa. No colmo, os sintomas se assemelham aos do pednculo (FERREIRA et al., 1986). Os gros da pancula tambm so afetados, tendo como efeito direto a podrido seca dos mesmos, e, em casos de ataque moderado, a perda do poder germinativo em boa parte dos gros (MELO, 1981). O uso de variedades resistentes a forma ideal de controle. A rotao de cultura, a eliminao de gramneas hospedeiras do patgeno e o enterrio de restos de cultura so, tambm, medidas de controle recomendadas (FERREIRA et al., 1986). 2- Ferrugem Puccinia purpurea Cook A ferrugem ocorre em qualquer parte onde se cultiva o sorgo. Em condies favorveis doena, a produo de gros pode ter reduo de 65 %. A severidade maior em plantas prximas da maturidade, porm em cultivares suscetveis, pode ocorrer nos primeiros estdios de desenvolvimento das plantas (PANIZZI & FERNANDES, 1997). Ao lado da antracnose, uma das mais difundidas doenas do sorgo, segundo Lutrell (1950), citado por MELO (1981). Em variedades suscetveis, a coalescncia das leses pode provocar grandes reas necrticas no tecido foliar, ocasionando o aspecto de queima caracterstico da doena. O grande nmero de variedades atualmente conhecidas propicia a probabilidade da ocorrncia entre elas de material resistente. Desta forma, no se justifica a adoo de controle qumico, sem uma anterior pesquisa de fontes de resistncia doena (MELO, 1981). 3- Helmintosporiose Exserohilum turcicum (Pass) Leonard & Suggs (sin. Helmintosporium turcicum (Pass.) e Drechslera turcica (Pass.) Subram & Jain) A helmintosporiose uma doena que ocorre em todas as regies midas onde se cultiva o sorgo. Em cultivares suscetveis, sua ocorrncia antes da formao da pancula pode acarretar reduo na produo acima de 50 % e predispor as plantas a microrganismos causadores de podrides de colmos. No Brasil sua importncia maior
em sorgo vassoura e em certas variedades de sorgo forrageiro. A maioria dos hbridos
comerciais de sorgo granfero tem bom nvel de resistncia doena (PANIZZI & FERNANDES, 1997). Os sintomas aparecem nas folhas, em forma de leses elpticas, de 5 a 10 cm de comprimento, com bordos bem definidos e de colorao palha, tornando-se de cor acinzentada quando o fungo se frutifica (FERREIRA et al., 1986). O fungo sobrevive de um ano para outro nos restos de cultura e sementes na forma de miclio, condios ou clamidosporos. A principal via de disseminao dos condios so os ventos. A helmintosporiose favorecida por temperaturas moderadas (18 a 27 C) e alta umidade, principalmente na forma de orvalho. O controle da helmintosporiose feito pelo uso de cultivares resistentes. A rotao de cultura, enterrio dos restos de cultura e eliminao das plantas de sorgo remanescentes ajudam a reduzir o nvel de inculo primrio. 4- Cercosporiose Cercospora sorghi Ell. & Ev. A cercosporiose encontrada em reas onde predominam condies quentes e midas durante o ciclo da cultura. , provavelmente, a doena foliar de sorgo mais amplamente distribuda (PANIZZI & FEERNANDES, 1997). Os sintomas aparecem logo aps o florescimento. As leses nas folhas so limitadas pelas nervuras cuja cor varia de vermelhoescuro a amarelado, dependendo da cultivar atacada. O sintoma tpico consiste no aparecimento, no interior das leses, de pequenas reas necrosadas circulares, dandolhes a aparncia de um rosrio (FERREIRA et al., 1986). O controle feito atravs da utilizao de cultivares resistentes. 5- Mldio do Sorgo Peronosclerospora sorghi (Weston & Uppal) C.G. Shaw uma doena que ocorre apenas em alguns lugares onde o sorgo cultivado. No Brasil, esta doena j foi detectada nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paran e So Paulo. Plantas infectadas at os 40 dias de idade tornam-se completamente estreis e a reduo na produo pode atingir nveis acima de 50 % (FERREIRA et al., 1986). Segundo MELO(1981), dois tipos de sintomas podem ser observados sob o ataque deste patgeno: a) Sintomas foliares Provocados pela forma assexuada do fungo, traduzidos por manchas necrticas pardas, de tamanho varivel. b) Sintomas gerais A forma sexuada do fungo provoca alteraes no metabolismo da planta, em qualquer idade. Essas alteraes so principalmente nas folhas, na forma de cloroses internervais ou alteraes no formato do limbo, tomando um aspecto lanceolado ou de setas. O porte da planta tambm alterado, tornando-se mais altas do que o padro da variedade. Variedades resistentes at o momento tm-se constitudo na forma mais racional do controle dessa doena. Tambm pode ser utilizada a rotao de culturas e o tratamento de sementes com fungicidas base de Metalaxil.
6- Doena aucarada do sorgo (Ergot do sorgo) Claviceps africana Fredericksen,
Manthe & De Milliano (Sphacelia sorghi McRae) A doena aucarada do sorgo, tambm conhecida como secreo doce e ergot, foi relatada na ndia em 1915. Esta doena at bem pouco tempo estava restrita aos continentes africano e asitico sobretudo ndia. No Brasil, foi observada pela primeira vez em 1995, ocorrendo em alta incidncia e severidade nas culturas de sorgo nos municpios de Lavras, Sete Lagoas e Capinpolis (MG). A doena afeta os floretes individuais da pancula, causando uma reduo na quantidade de gros produzidos e limitando seu desenvolvimento. As perdas podem chegar a 60 %; em alguns casos pode ser total. Segundo SANTO & CARDOSO Jr (1997), o ergot ataca apenas o ovrio no fertilizado. As medidas de controle visam, principalmente, a proteo dos stios de infeco e a reduo das fontes de inculo. Os fungicidas tebuconazole, triadimenol e propiconazole devem ser aplicados a partir do incio da fase de florao. 7- Carvo da pancula Sporisorium reilianum (Khn) Langdon & Fullerton (sin. Sphacelotheca reiliana (Khn) Clinton) uma doena que ocorre na frica, sia, Austrlia, Europa e America do Norte. No Brasil sua ocorrncia foi observada em 1975 em um campo isolado de sorgo, no CNPMS. Os sintomas tornam-se evidentes no estdio de emborrachamento da pancula. Esta se altera, devido formao de uma grande galha coberta por uma membrana esbranquiada. O rompimento da membrana libera uma massa de esporos escuros, deixando mostra numerosos filamentos que so vasos lenhosos da pancula (FERREIRA et al., 1986). A utilizao de cultivares resistentes a medida de controle recomendada