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SÍNDROME DE BURNOT E O DOCENTE DE ENSINO

FUNDAMENTAL
Elion de Almeida
Emérico Arnaldo de Quadros
earnaldo@onda.com.br
Trabalho apresentado na 7ª semana pedagógica 2010 – Entre a educação e a inclusão e I
Encontro de Psicologia e Educação: Implicações no processo de ensino aprendizagem
(realizado pelo departamento de Educação da Fafipar, Paranaguá. ISSN 2177-546X

Diante das inúmeras responsabilidades que cercam o ser humano é comum


vermos pessoas que se queixam de irritabilidade, insônia, falta ou até mesmo
excesso de apetite e, principalmente falta de motivação pelo trabalho, levando
muitos a se afastarem temporária ou permanentemente do trabalho e de outras
atividades. Nesse meio, encontramos o profissional da educação, que diante dos
inúmeros compromissos diários, sejam eles de abrangência particular, familiar e
profissional, não está isento de chegar à exaustão tanto física como emocional.
Assim sendo, há uma preocupação de forma especial com esse
profissional, o que justifica a presente pesquisa, pois o mesmo está ligado a várias
pessoas diariamente levando ensino, motivação, despertando interesse pela vida
e por um futuro melhor. Como ele fará isso senão estiver bem consigo e com seu
ambiente? Portanto, sente-se uma necessidade de alertar esse profissional sobre
o perigo de chegar à exaustão, para que sua vida tanto pessoal, familiar
como profissional tenha uma melhor qualidade, que assim sendo resultará em um
melhor desempenho em todas as áreas.
Embora no decorrer do texto a seguir em alguns momentos possa parecer
que stress e “Burnout” são sinônimos, cabe observar que o stress esta relacionado
à vida em geral do sujeito, já o “Burnout” possui basicamente as mesmas
características só que associado à vida laborativa do individuo, implicando
portanto no seu desempenho e vivências profissionais.
Meleiro (2007) diz que nos tempos atuais vive-se constantemente no corre-
corre, os horários das pessoas são desrespeitados, perde-se horas de sono, as
pessoas alimentam-se mal e não reservam tempo para o lazer, sendo que o
resultados não pode ser outro: fadiga crônica ou estresse. Biologicamente o
estresse inicia-se quando a nossa reação de alarme, que deveria levar o
organismo de volta ao seu nível normal ou homeostase (equilíbrio) não funciona.
Tem-se então que sob estresse há liberação de adrenalina, que reduz o diâmetro
dos vasos coronários. Ocorre também liberação de aldosterona, hormônio que
diminui a diurese provocando aumento de plaquetas no sangue. Paralelo a isso,
sob estresse o organismo libera corticóides – cortisol e hidrocortisona que produz
um estado de hiperglicemia.
Ainda do ponto de vista biológico, Meleiro (2007), diz que o estágio de
esgotamento ocorre quando a ação do estressor, ao qual o organismo se adaptou,
permanece por um período longo, esgotando a energia da adaptação, sendo o
organismo atingido no plano biológico ou físico e no plano psicológico ou
emocional. O sujeito é agredido de maneira geral, e cada individuo tem propensão
para adoecer de acordo com o “locus de minor resistance”, ou seja o órgão-alvo
com maior fragilidade dentro de sua própria constituição e suas heranças
genéticas.
Segundo Tamayo (2002), estresse “não é necessariamente um fenômeno
negativo (...) o estresse pode ser considerado um mecanismo utilizado pelas
pessoas para se adaptarem às exigências do meio externo, ou para responderem
a metas que elas próprias se fixam”. O estresse é como que a preparação do
organismo ante as várias mudanças, transformações e experiências em que o ser
humano é submetido. Nesse sentido ele tem seu aspecto positivo, pois por ele o
individuo adapta-se aos novos desafios da vida e do trabalho. No entanto, tem seu
lago negativo quando a ele, o individuo, é exposto excessivamente e sem controle,
levando a resultados ou conseqüências destrutivas.
Cartwright e Cooper, citados por Tamayo (2002), consideram seis fontes
principais de estressores:
1. Os fatores intrínsecos (inerentes) ao trabalho, tais como: barulho, iluminação,
temperatura, numero de horas de trabalho, exposição a riscos e novas
tecnologias;
2. Os papéis organizacionais que podem apresentar disfunções, tais como:
ambigüidade, conflito, sobrecarga e excesso de responsabilidade;
3. As relações de trabalho que abrangem as relações com colegas, com gerentes
e com subordinados;
4. O desenvolvimento da carreira, com aspectos tão sensíveis como: insegurança
no trabalho, precariedade do contrato, risco de desemprego, promoções e
reconhecimento de mérito;
5. Fatores organizacionais, tais como: clima organizacional, estilo de liderança,
estrutura organizacional e nível de participação dos empregados na tomada de
decisões;
6. A interação trabalho-familia, acentuada pela diminuição progressiva da fronteira
entre o trabalho e a família.
A categoria dos professores vem sendo apontada como uma das que mais
estão expostas ao estresse devido a alta exigência de trabalho, tais como: tarefas
extra-classe; reuniões e atividades adicionais; problemas com alunos que chegam
até a ameaças verbais e físicas; pressão do tempo e outros. Colocando o
Magistério como uma das profissões de alto risco onde, muitos profissionais da
educação têm sido privados de uma melhor qualidade de vida devido ao estresse.
O professor nas séries iniciais além de ter que substituir muitas vezes as
figuras paternas de seus alunos, colocando-lhes limites e muitas vezes fazendo o
papel de família do aluno, ultimamente têm-se defrontado com um fator altamente
estressante nas escolas: as drogas. Segundo Meleiro (2007), essas são vendidas
nas proximidades dos estabelecimentos de ensino, e por vezes dentro dele, pelo
“aviãozinho” – adolescente que é treinado pelos traficantes para induzir os colegas
a experimentá-las gratuitamente, como algo prazeroso, sem problemas – e que
com o tempo criam dependência nos alunos. Se o professor não souber enfrentar
a situação em conjunto com a direção da escola, passará a sofrer pressões e
ameaças, além de perder o controle sobre estudantes na sua própria sala. Muitos
professores que enfrentam esse problema passam a apresentar alterações físicas
e emocionais de gravidade significante, tendo de ser afastados de suas atividades
profissionais.
Meira (2007) ao trabalhar com a questão do estresse nas séries iniciais diz
que escola hoje tem a tripla função: levar os alunos, no processo ensino-
aprendizagem a aprender a aprender, dar-lhes fundamentos acadêmicos e ao
mesmo tempo equalizar as enormes diferenças de repertório com que os alunos
chegam. Citando Lipp, Meira (2007) diz que todos podemos ter estresse, inclusive
as crianças, pois situações como doenças, fome, maus professores podem
desencadear esse quadro.
Pensando-se o estresse como agindo sobre o professor nas séries iniciais e
utilizando-se de perguntas abertas a dez professores Meira (2007) obteve que as
situações que mais levam o professor ao estresse são: falta de apoio e
participação dos pais, o próprio processo de alfabetização, ou seja, dificuldade de
se apropriar da metodologia da alfabetização; crianças altamente desinteressadas
para o aprendizado (desmotivadas); falta de apoio técnico especifico diante de
crianças com dificuldades de aprendizagem; classes numerosas.
Já Malagris (2007) diz que professores despreparados, sem uma formação
que possibilite atuação adequada podem tornar-se inseguros, intolerantes,
impróprios e, assim, virem a se constituir em mais uma fonte de estresse para
seus alunos. A autora ao trabalhar com professores aponta os estudos feitos por
De Shong (1981) sobre educação especial e que poderíamos generalizar para o
trabalho dos professor como um todo: Um primeiro ponto a ser colocado é que
trabalhar com educação especial é uma luta, onde tem-se então que o trabalho é
um suposto sofrimento, o produto final é mais importante que a experiência e fazer
e ter são mais importantes que ser. Outra crença é que não existe tempo para
fazer tudo: tem-se então que a quantidade é mais importante que a qualidade,
pessoas apressadas são mais importantes, o único caminho para obter sucesso
no trabalho é estar em constante estado de pressa. E um outro fator – outras
pessoas não são confiáveis (se quero fazer certo, tenho que fazer eu mesmo).
Ao trabalhar com situações envolvendo professores de pós-graduação Lipp
(2007) encontrou um estressor inesperado que é a modernização da tecnologia,
pois, professores muito capazes e inteligentes ainda lutam com grande dificuldade
com computadores, data shows e internet, o tecnostress. Os principais tipos de
estressores identificados em professores de pós-graduação foram: exigências
excessivas quanto à alta produtividade; necessidade de participar de inúmeros
congressos, bancas, concursos e as despesas que isso carreta, necessidade de
trabalhar à noite, feriados e finais de semana em trabalhos que exijam mais
atenção, reuniões longas demais; alunos mal preparados e com dificuldades em
atender os prazos de bolsas. Outras fontes de estresse, de caráter mais pessoal
mencionados foram: falta de reconhecimento e competição excessiva por parte
dos colegas, favoritismo por parte dos dirigentes; pressão psicológica para
aprovação de teses e dissertações nem sempre merecedoras de aprovação;
pressão para dar boas notas nas avaliações das teses.
Em breve levantamento em periódicos brasileiros observa-se que existe em
pesquisadores de língua portuguesa o interesse pelo recorte “estresse, burnot e
profissionais de ensino” (Borges dos Reis, Carvalho, Araújo, Porto e Silvany Neto,
2005; Pedro e Peixoto, 2006), é o caso também de Gasparini, Barreto e Assunção
(2006) que estudaram a prevalência de transtornos em professores de Belo
horizonte.
Já Gomes, Silva, Mourisco, Silva e Mota (2006) estudaram o estresse em
professores do 3º. Ciclo em Portugal, e Calais, Andrade e Lipp (2003) estudaram
as diferenças de sexo e escolaridade na manifestação de estresse em adultos
jovens, tendo em seus resultados uma correlação significativa entre sexo e nível
de estresse, onde mulheres apresentaram maior nível de estresse em todos os
grupos avaliados. Obtiveram também que o maior nível de estresse surgiu em
estudantes do curso pré-vestibular, seguido do terceiro ano do ensino médio. Os
sintomas mais prevalentes foram a sensibilidade emotiva excessiva para mulheres
e pensamento recorrente para os homens.
Como já foi mencionado, a princípio, o estresse não é prejudicial, mas sim
um mecanismo de adaptação e alerta para novos desafios, no entanto, se não for
tomado os devidos cuidados, pode-se chegar à exaustão, o que é muito mais
grave, cujas conseqüências são as mais desastrosas possíveis. Estamos falando
sobre a Síndrome de “Burnout”.
O problema que norteou a presente pesquisa foi: qual a relação que existe
entre o docente e a síndrome de “Burnout”?
O objetivo geral do trabalho foi realizar estudo sobre o tema: A síndrome de
“Burnout” e o docente do ensino fundamental, mostrando a importância da
realização de diagnostico precoce de modo a prevenir contratempos no seu
desempenho profissional, contribuindo para uma melhor qualidade de vida do
docente.
Já os objetivos específicos estavam ligados a:
• Identificar as possíveis causas da Síndrome de “Burnout” na vida do
docente.
• Fazer um levantamento das conseqüências da Síndrome de “Burnout”
na rotina do docente de ensino fundamental.
• Diagnosticar, por meio de testes e pesquisa de campo, o nível de
estresse e Síndrome de “Burnout” na vida do docente.
• Sugerir prevenção e tratamento da Síndrome de “Burnout”.
• Demonstrar, através da pesquisa, a necessidade de maior atenção por
parte do docente, da instituição escolar como um todo e das
instituições e órgãos competentes ligadas às condições de trabalho
profissional relacionados à educação.
• Gerar informações e conhecimentos que auxilie a sociedade em geral,
quanto à prevenção da Síndrome de “Burnout”.
A metodologia inicial da pesquisa que será apresentada, esta vinculada ao
trabalho de acompanhamento de situações de professores do ensino
fundamental em aconselhamento, sendo que a percepção deste pesquisador
aponta que o “burnot” atinge vários professores pelos motivos que serão
apresentados no levantamento teórico a seguir.
O termo Burnout vem da composição de duas palavras de origem inglesa:
Burn= queimar e Out= exterior e que, segundo Codo (1999, p.238) significa
“perder a energia”. Esse termo foi empregado pelo psicólogo clínico
Freudenberger, na década de 70, para descrever o estado físico e mental entre
jovens que trabalhavam numa clínica de desintoxicação (Ramos. 1999, p. 27) e
pode ser traduzido para o português como apagar-se ou queimar-se, referindo-se
àquilo que deixou de funcionar por absoluta falta de energia, lembrando uma vela
ou uma fogueira que lentamente vai se apagando.
“Burnout”, segundo Pereira (2002), “refere-se àquilo que deixou de
funcionar por absoluta falta de energia.” Caracterizada por um conjunto de
sintomas como: fadiga física e mental, falta de entusiasmo pelo trabalho e pela
vida, sentimento de impotência e inutilidade, baixa auto-estima; podendo levar o
profissional à depressão e até mesmo ao suicídio, a Síndrome de Burnout tem
arrebatado muitos profissionais, deixando-os inativos por um tempo indeterminado
ou mesmo de modo permanente.
“Burnout” é uma síndrome, fruto do estresse laboral crônico, que afeta os
profissionais em sua relação com o trabalho caracterizada por um conjunto de
sintomas como fadiga física e mental, falta de entusiasmo pelo trabalho e pela
vida, sentimento de impotência e inutilidade, baixa auto-estima; podendo levar o
profissional à depressão, à desmotivação pelo trabalho e até mesmo ao suicídio. A
Síndrome de Burnout tem arrebatado muitos profissionais, deixando-os inativos
por um tempo indeterminado ou mesmo de modo permanente, levando a uma
baixa rentabilidade profissional o que pode agravar ainda mais sua saúde, pois a
baixa produção pode trazer sentimentos de fracasso, impotência, limitação, entre
outros, gerando frustração. Reinhold (2007) define “Burnout” como : “um tipo de
stress ocupacional que se caracteriza por profundo sentimento de frustração e
exaustão em relação ao trabalho desempenhado, sentimento que ao poucos pode
estender-se a todas as áreas da vida de uma pessoa” (Reinhold, 2007, p.64)
A Síndrome de “Burnout” é então fruto do estresse laboral crônico,
conforme afirmam os profissionais da saúde, em especial, os psicólogos. Segundo
esses profissionais, o estresse não é necessariamente um fenômeno negativo. Ele
pode ser considerado um mecanismo utilizado pelas pessoas para se adaptarem
às exigências do meio externo, ou para responderem a metas que a elas se fixam.
O estresse é como que uma preparação do organismo ante as várias mudanças,
transformações e experiências em que o ser humano é submetido. Nesse sentido
ele tem seu aspecto positivo, pois por ele o individuo adapta-se aos novos
desafios da vida e do trabalho. No entanto, tem seu lado negativo quando a ele o
indivíduo é exposto excessivamente e sem controle, levando a resultados ou
conseqüências destrutivas. É nesse caso que pode desencadear a Síndrome de
Burnout.
Segundo os profissionais da área da saúde, o estresse não é
necessariamente um fenômeno negativo. Ele pode ser considerado um
mecanismo utilizado pelas pessoas para se adaptarem às exigências do meio
externo, ou para responderem a metas que a elas se fixam. O estresse é como
que uma preparação do organismo ante as várias mudanças, transformações e
experiências em que o ser humano é submetido. Nesse sentido ele tem seu
aspecto positivo, pois por ele o individuo adapta-se aos novos desafios da vida e
do trabalho. No entanto, tem seu lado negativo quando a ele o indivíduo é exposto
excessivamente e sem controle, levando a resultados ou conseqüências
destrutivas. É nesse caso que pode desencadear a Síndrome de “Burnout”. Sobre
isso, comenta Sobrinho (2007, p. 82):
“O stress ocupacional constitui-se em experiência individual, extremamente
desagradável, associada a sentimentos de hostilidade, tensão, ansiedade, frustração e
depressão, desencadeados por estressores localizados no ambiente de trabalho. Os fatores
contribuintes para a manifestação do stress ocupacional vão desde as características
individuais de cada trabalhador, passando pelo estilo de relacionamento social no ambiente
de trabalho e pelo clima organizacional até as condições gerais nas quais o trabalho é
executado.” (Sobrinho, 2007, p. 82).
O desencadeamento da Síndrome de “Burnout” se dá em três fases,
segundo os especialistas: A primeira fase é chamada de Alerta, que é
caracterizada pela identificação pelo organismo do indivíduo do evento estressor;
a segunda fase é a da Resistência, onde o agente ou evento estressor permanece
por tempo prolongado no individuo ou de grande dimensão, levando o organismo
a reagir de forma contrária, resistindo e a terceira fase, que é a da Exaustão.
Nesta fase o estresse ultrapassou a possibilidade do individuo conviver com ele e
está associado a vários problemas de saúde como: úlceras, gastrites, gengivites,
hipertensão arterial, depressão, ansiedade, disfunção sexual e outros. É nessa
fase que ocorre a Síndrome de “Burnout”. É quando o profissional está
literalmente queimado, sem nenhuma energia, com sentimento de desistir de tudo,
até mesmo da própria vida.
A Síndrome de “Burnout” é desenvolvida por três fatores, segundo
Maslach e Jackson, que são citadas por Pereira (2002):
a) Exaustão Emocional: sensação de esgotamento físico e mental;
b) Despersonalização: onde a pessoa torna-se sarcástica e fria em seus
relacionamentos;
c) Reduzida Realização Profissional: evidenciada pelo sentimento de
insatisfação com as atividades do trabalho que vem realizando,
levando o profissional a apresentar sentimento de abandonar o
emprego.
Todo profissional não está livre de ter de enfrentar o estresse, haja vista, a
dimensão das responsabilidades que encontra, no entanto, há certas classes de
profissionais que estão mais expostos devido à sua área de atuação,
principalmente os que lidam com pessoas, como por exemplo, a classe médica,
enfermeiros, bombeiros, policiais e os profissionais da educação, em especial os
professores que atuam diretamente em sala de aula.
Essa categoria, a dos professores, vem sendo apontada como uma das
que mais estão expostas ao estresse devido a alta exigência de trabalho, tais
como: tarefas extra-classe; reuniões e atividades adicionais; problemas com
alunos que chegam até a ameaças verbais e físicas; pressão do tempo e outros.
Colocando o Magistério como uma das profissões de alto risco onde, muitos
profissionais da educação têm sido privados de uma melhor qualidade de vida
devido ao estresse.
Portanto, faz-se necessário e de forma urgente que tais profissionais
tomem conhecimento do mal a que podem estar sendo expostos, para que não
venham sofrer e nem levar os que estão próximos a sofrerem os danos que
podem ser causados por essa Síndrome.
O professor pode manejar o stress de seus alunos pois seu contato é direto
e atualmente os professores acumulam inúmeras funções, até mesmo o de
substituir os pai de acordo com Tricoli (APUD: Lipp, 2007), sendo fatores
estressores dos professores a baixa remuneração (o que pode levar o professor a
um numero cada vez maior de horas-aula), as condições de trabalho, a falta de
colaboração e comunicação entre os colegas, fatores interpessoais (situações de
vida, momento, família, etc.), fatores administrativos.
É preciso que, conforme Lipp (2007) seja formulado um plano para controle
do estresse: o primeiro ponto é saber o que é estresse e identificar as causas do
mesmo (dos estressores internos - de cada pessoa - e os externos). Tentar
eliminar os estressores possíveis de serem eliminados e aceitar os estressores
inevitáveis. Aprender a reconhecer e respeitar os próprios limites. Buscar soluções
para as causas estressoras e não nas emoções geradas pelos estressores. Para
atenuar os sintomas: rir, brincar, fantasiar, usar senso de humor. Tirar férias
mentais, isto é desligar-se dos problemas por alguns minutos durante o dia. Usar
técnicas de relaxamento. Utilizar alimentos anti-estresse (verduras, legumes,
frutas) e praticar alguma atividade física.

IX- REFERÊNCIAS
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