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SARAMPO

Nomes: Emanuele Amanda Gauer


Gustavo
Josianne
Paula Alice Mallofré
Paula Zimmer
INTRODUÇÃO
Neste trabalho falaremos sobre o sarampo, que é uma doença viral, transmissível e uma das mais
contagiosas.
O sarampo ocorre muito na infância, sendo que, cerca de 90% dos indivíduos que atingem os vinte e um
anos

Sarampo
Doença exantemática viral, infecto-contagiosa (altamente contagiosa) e que no Brasil é uma das
principais causas de óbito em desnutridos, ou seja, atinge com mais severidade populações de baixo nível
sócio-econômico. Possui 4 fases distintas: o período de incubação (8 a 14 dias), período prodômico, período
eruptivo e o de convalescença.

Contágio:
O contágio acontece através de secreções respiratórias. Os indivíduos expostos podem adquirir as
infecções através de gotículas veiculadas por tosse ou espirro, por via aérea, podendo as partículas virais
permanecerem por tempo relativamente longo no meio ambiente

Transmissão:
A transmissão inicia-se antes do aparecimento da doença e
perdura até o 4o dia após o aparecimento da erupção.

 Antes da existência da vacina, o sarampo era considerado uma


doença incurável. O período de incubação, geralmente, é de 8 a 12
dias.

Quadro clínico:
O vírus se instala na mucosa do nariz e dos seios para se
reproduzir e depois para ir para a corrente sangüínea.
A indisposição que antecede a doença têm duração de 3 a 5 dias
e caracterizam-se por:
- febre alta;
- mal estar;
- coriza;
- conjuntivite;
- tosse;
- falta de apetite.
Nesse período podem ser observadas na face interna das
bochechas as manchas brancas (Koplik) que são características da
doença.
O exantema maculopapular (pinta na pele) inicia-se na região
retroauricular, espalhando-se para a face, pescoço, membros superiores,
tronco e membros inferiores. A febre persiste com o aparecimento do
exantema.
No 3º dia, o exantema tende a esmaecer, apresentando
descamação fina com desaparecimento da febre, sendo a sua persistência
sugestiva de complicação.
Presença de gânglios é manifestação comum do sarampo em região do pescoço e nuca. A diarréia é
ocorrência freqüente em crianças com baixo nível sócio-econômico.

Sarampo modificado:
Ocorre em crianças parcialmente imunizadas. Apresenta uma queda leve da doença. Pode ocorrer,
ocasionalmente, após a vacina contra o sarampo.

Diagnóstico:
O diagnóstico é clínico, pode ser realizada sorologia.

Complicações:
- Otite média aguda;
- Pneumonia bacteriana;
- Laringite e laringotraqueíte;
- Manifestações neurológicas raras;
- Cardíacas, miocardite, pericardite;
- Panencefalite esclerosante subaguda: complicação rara que acomete o sistema nervoso central após 7
anos da doença.

Tratamento:
É uma doença autolimitada, não existindo tratamento específico, requer cuidados especiais, tais
como:
- Repouso;
- Dieta líquida ou branda, conforme aceitação da criança;
- Antitérmicos e analgésicos devem ser utilizados quando houver febre elevada e/ou cefaléia;
- Oferecer líquidos à vontade;
- Limpeza das pálpebras com água morna para remoção de crostas ou secreções;
- Tratar com antibióticos as complicações bacterianas (otites, pneumonia, laringotraqueobronquite).

Prevenção:
Vacina específica, protege 97% dos vacinados. É indicada para todas as crianças que não tiveram a
doença ou para aquela com dúvidas a respeito. Ela pode ser vacinada após o 9º mês de vida.
As reações à vacina são: febre, coriza e/ou tosse leve e discreta, exantema entre o 4º e 12º dia pode
ocorrer em 20% dos vacinados.

Contra-indicações para vacinação:


- Mulheres grávidas.
- Transfusão de sangue, plasma ou gamaglobulina há menos de seis semanas. Aguardar 3 meses.
- Portadores de hipogamaglobulina, disgamaglobulina, comprovadas.
- Uso de ACTH, corticóides, irradiação, antimetabólitos e alquilantes.
- Febre alta e comprometimento geral importante.
- Portadores de leucose, linfoma e tumor maligno.

Prognóstico:
Para crianças bem nutridas é bom. No desnutrido e lactente jovem o prognóstico é pior.
ANEXOS
Relatório de investigação
Vol 2 / No 7 (Julho 1997)
Surto de sarampo em adultos no noroeste da Grécia
G. Mantzios, N. K. Akritidis
Departamento de Medicina Interna do Hospital Geral G Hatzikosta de Ionnina, Grécia

A incidência global do sarampo, na Grécia, diminuiu de forma notável após a introdução da vacinação (ainda que não
haja disponíveis dados precisos), mas ainda ocorrem surtos esporádicos. Em 1965, a vacina monovalente antisarampo
foi introduzida na Grécia e substituida em 1989 pela vacina tripla anti Sarampo, Parotidite, Rubéola (VASPR). A
infecção atinge quase sempre crianças mas também se encontram casos em adultos.
A 3 de Dezembro de 1995, uma surto de sarampo declarou-se no noroeste da Grécia. O diagnóstico do sarampo foi
estabelecido pela existência de eritema maculopapular generalizado persistente por pelo menos três dias, febre de pelo
menos 38,3ºC e ainda um dos seguintes sintomas: tosse, coriza ou conjuntivite. A 31 de Janeiro de 1996, identificámos,
de entre os 431 casos notificados, 126 (29%) adultos (>=15 anos), sendo 59 homens e 67 mulheres, dos quais 79
tiveram de ser internados devido à gravidade da doença. Os doentes tinham idades compreendidas entre 15 e 69 anos
(média de 20,2 anos) e a sua sintomatologia era característica de sarampo. Dois doentes foram seguidos em unidades de
cuidados intensivos devido a hipoxémia grave e uma doente estava grávida. Houve cura em todos os casos (a duração
média do internamento foi de 4 dias). Os laboratórios do nosso hospital confirmaram todos os casos, através da
detecção de anticorpos Ig M contra o vírus do sarampo no soro (método ELISA). Durante o período de doença, 32
doentes (25%) apresentaram um aumento dos enzimas hepáticos e 18 (14%) tiveram uma taxa de creatinaquinase mais
de 5 vezes superior ao limite máximo do normal. Cinquenta e oito casos (46%) sofreram de hipoxémia, de aumento do
gradiente alvéolo-capilar ou apresentaram infiltrações difusasa nas radiografias do tórax.
Os nossos resultados clínicos e serológicos sugerem que as pneumonias e hepatites associadas ao sarampo são mais
frequentes e mais graves nos adultos que nas crianças(1). Nas crianças as proporções foram de 8% para as complicações
hepáticas e de 28% para as manifestações pulmonares.
O estado vacinal de 92/126 casos em adultos era conhecido de forma fiável. Desses 92 casos, 76 (83%) tinham recebido
a vacina monovalente contra o sarampo antes da introdução da VASPR na Grécia e 16 nunca tinham sido vacinados.
Serão necessárias outras investigações para comparar estes dados com a utilização actual da VASPR administrada aos
15 meses de idade(2).

Referências
1. Wong RD, Goetz MB, Mathisen G, Henry D. Clinical and laboratory features of measles in hospitalized adults. Am J
Med 1993; 95: 377-83.
2. Preblud SR, Katz SL. Measles vaccine. In Plotkine SA, et al (editors): Vaccines. Philadelphia: WB Saunders; 1987:
182-202.

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