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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE INFECÇÕES


DE SÍTIO CIRÚRGICO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA
LITERATURA

Camila Araújo Santana1


Célia Gonzaga Estrela Oliveira1

RESUMO

Infecções em Sítio Cirúrgico (ISC) podem ser definidas como processo infeccioso que
acomete tecido, órgãos e cavidade abordada em procedimentos cirúrgicos, é considerada uma
complicação intrínseca ao ato cirúrgico sendo necessário um amplo empenho para mantê-la
sob controle, caracterizando-se como um dos parâmetros de controle da qualidade do serviço
prestado por uma instituição hospitalar. Objetivou-se com o presente artigo analisar as
evidências disponíveis na literatura sobre as intervenções prestadas por enfermeiros na
prevenção de ISC em paciente cirúrgico no período pré, trans e pós-operatório, apontando os
principais fatores de risco para o desenvolvimento das infecções de sítio cirúrgico,
descrevendo as principais medidas preventivas a fim de evitar o aparecimento das infecções
do sítio cirúrgico, determinando as ações que compete ao enfermeiro na prevenção das
mesmas. A revisão agregou onze artigos selecionados através das leituras exploratória,
seletiva, analítica e interpretativa, oriundo das bases de dados LILACS e SCIELO. A análise
permitiu congregar o que os autores levantaram como fatores de risco para o desenvolvimento
de Infecção do Sítio Cirúrgico dos mais diversos tipos, bem como as medidas de prevenção a
serem adotadas por toda equipe envolvida na assistência. Verificou-se a necessidade de
implementação de medidas educativas que alcancem todos os profissionais que atuam nesse
contexto, buscando não somente a conscientização, mas também o reconhecimento, bem
como a aplicação do conhecimento científico na prática profissional, fazendo disso um
artifício fundamental no combate à infecção.

DESCRITORES: enfermagem, infecção de ferida operatória, complicações pós-operatórias.

1
Bacharel em Enfermagem. E-mail:enf.araujoufrb@yahoo.com.br; celliaestrela@gmail.com
Artigo apresentado a Atualiza Cursos, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em
Enfermagem em Clinica Médica/Cirúrgica, sob a orientação do professor Max José Pimenta Lima . Salvador,
2013.
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1 INTRODUÇÃO

A pele e mucosa constituem a primeira linha de defesa do organismo, a barreira


mecânica, a qual uma vez ultrapassada dará início a uma complexa série de reações orgânicas
que constituem a resposta inflamatória. Quando o organismo humano encontra-se prejudicado
na presença de má perfusão e oxigenação teciduais, hipotermia, em doentes politransfundidos,
imunodeprimidos, diabéticos, desnutridos e no alcoolismo o rompimento da barreira inicial de
defesa torna-se mais fácil (ZILIOTTO, 2007). A partir da avaliação minuciosa dos
profissionais de saúde a percepção desses fatores torna-se crucial para o tratamento e
prevenção das infecções de modo geral.
Em meados dos séculos XV a XIX, o conhecimento cientifico começava a se
aperfeiçoar e as técnicas cirúrgicas davam os primeiros passos para a modernização. As
técnicas utilizadas na realização das cirurgias durante a antiguidade ocorriam de maneira
diferente daquelas que existem na atualidade. Índices elevados de infecção eram
constantemente encontrados tanto pelo ato cirúrgico quanto pelo método de cauterização da
incisão (MARGOTTA, 1998). Somente no século XIX, com o trabalho do obstetra Ignaz
Semmelweiss tornou-se possível identificar a importância e os princípios da anti-sepsia e
assepsia reduzindo o índice de infecções e mortalidade por complicações pós-cirúrgicas
(SANTANA; BRANDÃO, 2011). Atualmente, apesar do avanço da tecnologia e com a
descoberta de métodos para auxiliar na prevenção de infecções, frequentemente há ocorrência
desta como uma das complicações pós-operatórias, principalmente no sítio cirúrgico.
Infecções em Sítio Cirúrgico (ISC) pode ser definida como processo infeccioso que
acomete tecido, órgãos e cavidade abordada em procedimentos cirúrgicos, é considerada uma
complicação intrínseca ao ato cirúrgico sendo necessário um amplo empenho para mantê-la
sob controle, caracterizando-se como um dos parâmetros de controle da qualidade do serviço
prestado por uma instituição hospitalar (BRASIL, 1998).
Considerada uma das maiores fontes de morbidade e mortalidade entre os pacientes
submetidos a cirurgias (BRASIL, 1998), Santana e Brandão (2011) a descrevem como um
sério problema não só de retardo da cicatrização da ferida, como também, na demora no
internamento do paciente, sendo a segunda infecção mais frequente após cinco a sete dias da
cirurgia podendo ser limitada ao sítio cirúrgico ou afetar o paciente a nível sistêmico.
Fatores distintos, com etiologias diversas contribuem para o aumento da incidência de
ISC: tipos de cirurgias; paciente queimado; cirurgias realizadas em grandes hospitais,
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pacientes adultos em comparação com pediátricos; quantidade de inóculo bacteriano presente


no ato cirúrgico; idade; doenças pré-existentes (diabetes mellitus, obesidade), período longo
de hospitalização pré-operatória, desnutrição, assistência prestada relacionada ao
procedimento cirúrgico como, por exemplo, a tricotomia, a presença de drenos e a técnica
cirúrgica (SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2005).
As feridas cirúrgicas são classificadas segundo seu potencial de contaminação: feridas
limpas têm reduzido potencial de infecção, são realizadas em tecidos estéreis; feridas
potencialmente contaminadas afetam tecidos colonizados por flora microbiana controlada ou
em tecidos de difícil descontaminação, há penetração nos tratos digestivos ou urinário sem
contaminação significativa; feridas contaminadas são aquelas realizadas em tecidos
recentemente traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante; feridas
infectadas são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em
presença de processo infeccioso e/ou tecido necrótico (BRASIL, 1998).
“Clinicamente, a ferida cirúrgica é considerada infectada quando existe presença de
drenagem purulenta pela cicatriz, esta pode estar associada à presença de eritema, edema,
calor rubor, deiscência e abscesso. Nos casos de infecções superficiais de pele, o exame da
ferida é a principal fonte de informação” (SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE
SÃO PAULO, 2005).
O Centro de prevenção e controle de doenças (CDC) dos EUA recomenda que o termo
“infecção do sítio cirúrgico” deve ser utilizado em substituição a “infecção da ferida
cirúrgica”, já que nem toda infecção relacionada à manipulação cirúrgica ocorre na ferida
propriamente dita, mas também em órgãos ou espaços abordados durante a operação, e pode
desenvolver-se até 30 dias após a realização do procedimento cirúrgico e até um ano após, em
caso de implante de prótese ou a retirada da mesma (ZILIOTTO, 2007).
Podem ser divididas em infecção incisional superficial quando acomete apenas pele,
tecido subcutâneo do local da incisão ou em infecção incisional profunda ao envolver
estruturas profundas; infecção do órgão/espaço manipulado durante o procedimento cirúrgico
(POVEDA; GALVÃO; HAYASHIDA, 2003).
Dentre as infecções hospitalares no Brasil, a infecção de sitio cirúrgico (ISC) ocupa a
terceira posição entre os pacientes hospitalizados, cerca de 14% a 16% consumindo uma
parcela considerável de recursos designados à assistência à saúde, os quais estariam
destinados ao atendimento de novos pacientes no serviço hospitalar (BRASIL, 2008). A ISC,
especialmente aquela relacionada a órgãos ou cavidades profundas, é importante causa de
morbi-letalidade e da variação do custo do tratamento relacionado à necessidade da terapia
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antimicrobiana, ocasionais reintervenções cirúrgicas com aumento do tempo de permanência


e ainda a possibilidade de exposição a patógenos multirresistentes (OLIVEIRA; CIOSAK,
2004).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA elenca algumas medidas
preventivas a ser desenvolvida na ISC: tempo de internação pré-operatório menor que 24
horas em cirurgias eletivas; cirurgias com antibioticoprofilaxia por tempo menor que 24
horas; tricotomia com o uso de aparador ou tesoura no intervalo inferior a 2 horas da cirurgia;
antibioticoprofilaxia realizada até 1 hora antes da incisão; cirurgias eletivas com preparo
adequado do campo operatório; cirurgias cardíacas com glicemia horária a baixo de 200
mg/dl nas primeiras 6h do pós-operatório; normotermia durante toda a cirurgia (BRASIL,
2009).
Quando a equipe envolvida no atendimento primário ao paciente que irá submeter-se ao
procedimento e também aquela que irá prestar assistência durante e após o ato cirúrgico
identificam tais medidas como possíveis fatores preventivos, além da peculiaridade de cada
cirurgia e fatores predisponentes destas, a ocorrência da ISC como uma complicação pós-
cirúrgica diminui drasticamente. Vale ressaltar que as informações transmitidas ao paciente a
cerca dos cuidados necessários após a cirurgia contribuirão para a redução da mesma.
Diante do exposto com intuito de aprimorar o conhecimento a cerca da temática,
buscando evidências na literatura que possam instrumentalizar o leitor na identificação das
ações que competem aos enfermeiros na prevenção das ISC, propôs-se o presente trabalho
objetivando analisar as evidências disponíveis na literatura sobre as intervenções prestadas
por enfermeiros na prevenção de ISC em paciente cirúrgico no período pré, trans e pós-
operatório, apontando os principais fatores de risco para o desenvolvimento das infecções de
sítio cirúrgico, descrevendo as principais medidas preventivas a fim de evitar o aparecimento
das infecções do sítio cirúrgico, determinando as ações que compete ao enfermeiro na
prevenção das mesmas. Congregar-se-á as opiniões e achados experimentais dos autores dos
trabalhos selecionados para enfim apresentar um consenso da literatura com a temática
abordada.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica qualitativa descritiva exploratória tendo como
objeto de estudo uma pesquisa bibliográfica na forma de revisão da literatura integrativa.
Para a realização desta revisão bibliográfica foram seguidas algumas etapas:
estabelecimento do problema e objetivos da revisão integrativa; estabelecimento de critérios
de inclusão; definição das informações, os quais foram retirados dos artigos selecionados;
análise dos resultados; e por último, discussão e apresentação dos resultados encontrados.
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O levantamento bibliográfico foi realizado através da Biblioteca Virtual em Saúde


(BVS), sendo selecionados periódicos indexados no banco de dados Lilacs (Literatura Latino-
Americana em Ciências de Saúde) e Scielo (Scientific Electronic Library Online).
Para realização dessa revisão de literatura foram definidos alguns critérios de inclusão:
artigos publicados em periódicos nacionais; artigos que abordem procedimentos ou
intervenções na prevenção da ISC ou ainda fatores de risco da ISC dentro de todas as áreas de
interesse da enfermagem; periódicos indexados nos bancos de dados LILACS e SCIELO;
artigos publicados entre os anos de 2007 a 2012, na integra e na língua portuguesa.
Para o levantamento dos artigos, foram utilizados os descritores “enfermagem”,
“infecção de ferida operatória”, “complicações pós-operatórias”.
Inicialmente os artigos foram selecionados através da leitura exploratória (leitura do
resumo e exame da folha de rosto). Após a visão global dos trabalhos, foi feita a leitura
seletiva dos artigos com propósitos diferentes da temática de interesse. A soma dos artigos
sobreveio por uma leitura analítica que possibilitou a ordenação e sumarização das
informações contidas, possibilitando a obtenção de respostas para o problema de pesquisa.
Por fim, a leitura interpretativa permitiu relacionar o que os autores trazem a respeito da
temática, suas corroborações e divergências.
Para a coleta de dados dos artigos incluídos nesta revisão integrativa, foi desenvolvida
uma tabela com a síntese dos artigos segundo os critérios de inclusão, contemplando os
seguintes aspectos: base de dados, título do artigo, delineamento, periódico e o objeto de
estudo.
A apresentação dos resultados e discussão dos dados obtidos foi feita de forma
descritiva, possibilitando ao enfermeiro um maior conhecimento acerca da assistência aos
pacientes cirúrgicos e o reconhecimento dos fatores de risco associados ao desenvolvimento
de Infecções de Sítio Cirúrgico. As informações obtidas foram dispostas em três categorias
distintas: Fatores de risco para infecção do sítio cirúrgico; Medidas preventivas frente a
Infecção do Sítio cirúrgico; Contribuições da assistência de enfermagem na prevenção de
Infecções do Sítio Cirúrgico.

2 DESENVOLVIMENTO
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Na presente revisão integrativa, analisou-se onze artigos que atenderam aos critérios
de inclusão previamente estabelecidos e, a seguir, apresentar-se-á um panorama geral dos
artigos avaliados na Tabela 01.

Tabela 01: Apresentação dos artigos utilizados na análise do estudo “Assistência de enfermagem na
prevenção de infecções de sítio cirúrgico: uma revisão integrativa da literatura”, Salvador, 2013.

Base de Título do artigo Método Periódico Ano Objeto de estudo


dados
Scielo Fatores de risco para Estudo Rev. Bras. 2010 Registro do Serviço
mortalidade de quantitativo Geriatria de Controle de
idosos com infecção descritivo Gerontologia Infecção Hospitalar e
do sítio cirúrgico. transversal prontuários de 114
do tipo idosos com infecção
retrospectivo do sítio cirúrgico.
Lilacs Hipotermia como Estudo Revista mineira 2011 Análise do
fator de risco para descritivo de de enfermagem conhecimento do
infecção de sítio caráter profissional de
cirúrgico: exploratório enfermagem de nível
conhecimento dos médio sobre a relação
profissionais de do controle da
enfermagem de hipotermia para a
nível médio prevenção da
infecção de sitio
cirúrgico.
Scielo Infecção de sítio Estudo Rev. Esc. 2007 Pacientes em
cirúrgico em prospectivo Enferm.USP internação e após alta
hospital e descritivo
universitário:
vigilância pós-alta e
fatores de risco
Lilacs Incidência da Estudo Cienc Cuid 2007 Prontuários dos
infecção do sitio descritivo Saude pacientes, exames
cirúrgico em um microbiológicos e
hospital informações da
universitário. equipe assistencial.
Lilacs Predição de risco em Estudo Cienc Cuid 2007 Todos os pacientes
infecção do sitio prospectivo Saude submetidos à cirurgia
cirúrgico em digestiva em dois
pacientes hospitais de ensino de
Submetidos à São Paulo de agosto
cirurgia do aparelho de 2001 a março de
digestivo. 2002
Scielo Revisão Sistemática Revisão Rev. Esc. 2009 Estudos básicos de
sobre aventais Sistemática Enferm.USP intervenções que
cirúrgicos no investigaram a
controle da contaminação e ou
contaminação/infecç infecção do sítio
ão do sítio cirúrgico cirúrgico com uso de
aventais cirúrgicos.
Lilacs Orientações de Estudo Revista mineira 2010 Pacientes maiores de
enfermagem aos quantitativo de enfermagem 18 anos, submetidos a
pacientes sobre o descritivo de cirurgia cardíaca
autocuidado e os caráter reconstrutora em um
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sinais e sintomas de prospectivo hospital filantrópico


infecção de sítio
Cirúrgico para a
pós-alta hospitalar
de cirurgia cardíaca
Reconstrutora
Scielo 2011
Risco para infecção Coorte Rev. Latino- 3.543 pacientes
de sítio cirúrgico em histórica Am. submetidos a
pacientes Enfermagem cirurgias ortopédicas
submetidos a
cirurgias ortopédicas
Scielo Vigilância pós-alta e Estudo Rev Esc Enferm 2007 Grupos de pacientes:
o seu impacto na descritivo USP o primeiro submetido
incidência da a cirurgia do aparelho
infecção do sítio digestivo por
cirúrgico obesidade mórbida e
o segundo submetido
a cirurgia gástrica por
outras causas
em dois hospitais de
ensino, de cuidados
terciários, localizados
na cidade de São
Paulo
Scielo Assistência de Pesquisa 2009 Livros, sites e
enfermagem na bibliográfica revistas científicas
prevenção de ações de enfermagem
infecção do sítio na prevenção da ISC.
cirúrgico
Lilacs Estrutura e processo Estudo descr Online Brazilian 2009 Documentos instituci
assistencial itivo, Journal of onais e por
de enfermagem para observaciona Nursing meio da observação d
a prevenção de infe l e ireta da prática de enf
cção de sítio cirúrgic de análise do ermagem
o: estudo observacio cumental
nal

Todos os artigos analisados tiveram como autores enfermeiros (as). O ano em que
mais foram encontradas publicações voltadas à pesquisa em questão foi o ano de 2007 com
um total de quatro artigos, posteriormente em 2008 não foi encontrada nenhuma publicação
na íntegra, em português tendo como autor, um profissional de enfermagem, em 2009 obteve-
se três artigos, 2010 e 2011 foram encontradas duas publicações em cada ano. Dessa forma,
pode-se perceber a incipiência de artigos científicos publicados sobre a temática em estudo,
bem como o declínio da pesquisa cientifica em enfermagem nos últimos anos com relação a
prevenção de infecção de sítio cirúrgico.
Em relação ao delineamento ou tipo de estudos realizados observou-se que estes
variaram de acordo com o objetivo do estudo, prevalecendo o estudo descritivo o qual visa
observar fatos, registra-los, analisa-los, classifica-los e interpreta-los, sem interferência do
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pesquisador, utilizando técnicas padronizadas de coleta de dados, tendo como vantagens o


baixo custo e o tempo despendido para sua realização.
Dos artigos avaliados, todos tiveram como campo de pesquisa, instituições
hospitalares (observação clinica ou documental) apenas um teve como campo de estudo
livros, sites e revistas científicas que abordassem ações de enfermagem na prevenção da ISC.
Em relação ao tipo de revista nas quais foram publicados os artigos incluídos na revisão,
foram divulgados em revistas de enfermagem (Revista da Escola de Enfermagem da USP,
Revista mineira de enfermagem, Online Brazilian Journal of Nursing, Revista Latino-
Americana de Enfermagem) além de periódicos em revistas como, Ciência Cuidado e Saúde
Revista Brasileira de Geriatria Gerontologia.
A prevenção da Infecção do Sítio Cirúrgico constitui um desafio para toda equipe de
saúde envolvida na assistência a pacientes. Avaliar os fatores predisponentes e de riscos,
adotar medidas preventivas e educacionais para todos os sujeitos envolvidos, por meio de um
processo de sensibilização coletiva contribuem de igual maneira para diminuição da
ocorrência desta complicação pós-cirúrgica (FERRAZ et. al., 2001).
A partir dos artigos encontrados e na análise realizada foi possível congregar o que os
autores levantaram como fatores de risco para o desenvolvimento de Infecção do Sítio
Cirúrgico dos mais diversos tipos, bem como as medidas de prevenção para diminuir a
ocorrência de tal complicação a serem adotadas por toda equipe envolvida na assistência.
A partir da leitura analítica e interpretativa do material selecionado através da revisão
integrativa que tem como base a evidência, os resultados obtidos foram categorizados com a
finalidade de congregar as informações que os autores corroboram ou divergem a respeito do
tema. Comparando os artigos foi possível categoriza-los quanto à definição das infecções do
sítio cirúrgico, fatores de risco intrínsecos e extrínsecos para o desenvolvimento das ISC e as
principais medidas preventivas que competem aos profissionais enfermeiros relacionados aos
cuidados adotados durante a internação hospitalar e no período pós- alta.
Todos os artigos analisados convergem com relação à definição do termo infecção do
sítio cirúrgico e seus prejuízos tanto para o indivíduo acometido quanto para instituição
hospitalar.
Ribeiro e Longo (2011) apontam que infecção, define-se como o processo em que
ocorre a interação de um hospedeiro com microrganismos, caracterizando-se pela invasão e
colonização de tecidos íntegros. Dentre os principais achados clínicos para infecção encontra-
se a leucocitose, o aumento de proteína C-reativa (PCR) quantitativa e a velocidade de
hemossedimentação (VHS). Deste modo a infecção que acontece na incisão cirúrgica ou em
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tecidos e órgãos manipulados durante a cirurgia é definida como infecção de sitio cirúrgico
(ISC) e pode ser diagnosticada até trinta dias após a data do procedimento cirúrgico
(OLIVEIRA; CIOSAK; D’LORENZO, 2007).
Corroborando com as afirmações acima citadas Lenardt et. al.(2010) acrescentam
ainda que a infecção do sítio cirúrgico pode ser considerada superficial, profunda e de órgão
ou cavidade, sendo que conforme essa caracterização, dois terços das infecções correspondem
às superficiais e profundas e um terço às de órgão ou cavidade.
É considerada como um grave problema não só de retardo da cicatrização da ferida,
como também, na demora do internamento do paciente e elevação do custo hospitalar.
Oliveira e Ciosak (2007a) apontam a ISC como uma complicação relevante, por contribuir
para o aumento da mortalidade e morbidade dos pacientes pós-cirúrgicos, causando prejuízos
físicos e emocionais, como o afastamento do trabalho e do convívio social.
Além disso, eleva consideravelmente os custos com o tratamento, descontando-se
honorários médicos e de enfermagem, podem chegar a até três vezes o valor gasto com o
paciente que não adquire infecção, repercutindo também em uma maior permanência
hospitalar com aumento médio de 60 %. As repercussões nos pacientes mais importantes
referem-se aos impactos emocional e também financeiro, pois 18% das ISC invalidam o
paciente para o trabalho por até mais de seis meses (ROMANZINI et. al. 2010).
Para Oliveira, Ciosak, D’lorenzo (2007) e Santana, Brandão (2009) constituem o
primeiro ou segundo sitio de infecção mais frequente após cinco a sete dias da cirurgia
podendo ser limitada superficialmente (60 a 80%) ou afetar o paciente a nível sistêmico sendo
algumas vezes superada apenas pela infecção do trato urinário.
Em relação à estimativa da ocorrência da infecção de sítio cirúrgico os autores
avaliados não apresentam consenso, todavia unanimamente apontam como uma das infecções
mais incidentes entre os indivíduos submetidos a procedimentos cirúrgicos no Brasil e no
mundo. No Brasil, a ISC ocupa a terceira posição entre todas as infecções em serviços de
saúde e compreende de 14 a 16% das infecções em pacientes hospitalizados, com taxa de
incidência de 11% (OLIVEIRA, CIOSAK, 2007b; OLIVEIRA, BRAZ, RIBEIRO 2007;
ERCOLE et al., 2011). Comparando os dados nacionais em relação aos Estados Unidos,
temos a diminuição da taxa de incidência de ISC, onde anualmente 16 milhões de pacientes
são submetidos a procedimentos cirúrgicos, sendo que 2 a 5% adquirem infecção do sítio
cirúrgico.
Quanto aos fatores de riscos, tem-se como resultados obtidos e descritos pelos os
autores fatores de riscos intrínsecos e extrínsecos. Os primeiros se relacionam ao individuo:
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extremos de idade, hábitos de vida, patologia de base, patologias associadas. Os segundos se


referem aos procedimentos assistenciais e técnicas adotadas: técnica cirúrgica e materiais
utilizados, potencial de contaminação, preparo pré-operatório, ambiente cirúrgico,
paramentação cirúrgica, antibioticoprofilaxia, tempo do procedimento cirúrgico.
Em relação aos extremos de idade apenas Lenardt et al. (2010), traz como um dos
fatores de riscos associados com o surgimento de ISC, em função da imaturidade fisiológica e
imunológica das crianças bem como as alterações fisiológicas do envelhecimento, do declínio
da resposta imunológica que expõe os idosos e crianças ao risco aumentado de adquirir
infecção.
Ao contrário do fator idade, quando se fala em hábitos de vida e patologias associadas
à maioria dos autores apontam como fatores desencadeantes de infecções o tabagismo, a
diabetes, neoplasias e obesidade, sendo este último o mais apontado e relacionado com o
desenvolvimento das ISC.
O tabagismo é apontado como o principal fator de risco para a aparição de infecções
de sítio cirúrgico em cirurgias cardíacas por alterar condições de fluxo sanguíneo para área
que foi traumatizada durante o ato cirúrgico, porém novas pesquisas ainda necessitam ser
realizadas para averiguar a sua relação com as demais condições cirúrgicas (LENARDT et al.,
2010).
Pode-se inferir que pessoas que não apresentam patologias associadas têm risco
diminuído de evoluir para uma ISC quando comparado àqueles com algum tipo de patologia.
Sabe-se que doenças crônicas debilitantes podem ser fatores de risco para infecções de ferida
cirúrgica, devido à baixa resistência do hospedeiro (ERCOLE et al., 2011). O diabetes, a
obesidade e as neoplasias são fatores importantes a serem considerados na infecção do sítio
cirúrgico, Lenardt et al. (2010) apontam que as neoplasias sugerem fator de risco apenas
quando acompanhadas de déficit imunológico e os indivíduos que convivem com diabetes
apenas tem o risco conferido quando seus níveis glicêmicos e metabólicos não estão
controlados, sendo este um dos critérios averiguados para decidir sobre a ocorrência ou não
do procedimento.
A obesidade é um fator de risco reconhecido para ISC, pois a espessura do tecido
adiposo exerce influência direta e proporcional nas taxas de infecção (OLIVEIRA; BRAZ;
RIBEIRO, 2007). Esta forte associação, com a ocorrência da ISC segundo Ercole et al.
(2011), parece estar relacionada a condição de que o tecido adiposo é pouco vascularizado
levando a procedimentos cirúrgicos mais delongados e à maior facilidade de trauma da parede
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abdominal. Por estes fatores a exposição tecidual do paciente obeso é bem maior que o
paciente não obeso.
Em seu estudo Oliveira, Braz, Ribeiro (2007) demonstrou que em pacientes cuja
camada de tecido adiposo foi menor que 3 centímetros (cm) a taxa de infecção foi de 6,2% e,
naqueles cuja espessura de tecido adiposo foi maior que 3,5 cm, a taxa encontrada de ISC foi
de 20% pela condição já descrita, com maiores possibilidades de formação de espaço morto e
necessidades de utilização de suturas subcutâneas para fechá-los (ERCOLE et al, 2011).
Outros fatores descritos pelos autores são o tempo de internação pré-operatório e o uso
de antibioticoprofilaxia. É consenso que quanto maior o tempo de hospitalização pré-
operatória, maior será o risco do indivíduo em colonizar-se com a microbiota hospitalar, o que
contribui para o aumento de infecção do sítio cirúrgico (SANTANA; BRANDÃO, 2009). Foi
demonstrado por Lenardt et al. (2010) que o internamento pré-operatório acima de três dias
dobrou as taxas de infecção da ferida cirúrgica.
Já em relação à utilização profilática de antibióticos anteriormente ao ato cirúrgico
este foi descrito em alguns estudos como na pesquisa de Oliveira e Ciosak (2007a) e Lenardt
et al. (2010). O uso profilático de antibióticos em procedimentos cirúrgicos tem por objetivo
prevenir a infecção sistêmica ou da ferida operatória devendo ser administrado,
preferencialmente, de 30 minutos até duas horas antes do início da cirurgia. Dessa maneira, o
antibiótico atinge níveis teciduais no momento em que a incisão é realizada.
Quando avaliado o tipo de cirurgia não houve relatos aprofundados quanto a
associação com o surgimento de ISC, apenas a pesquisa de Lenardt et al. (2010)aponta que
nas cirurgias emergenciais quando comparadas com eletivas, não há tempo de realizar
avaliações clínicas pré-operatórias a fim de acompanhar as doenças de base e as técnicas
cirúrgicas e barreiras de antissepsia são anuladas com maior frequência,
Tem-se como os principais fatores de riscos extrínsecos encontrados na pesquisa o
potencial de contaminação e a duração do procedimento. Este primeiro é uma variável
importante por estimar o inoculo bacteriano presente na ferida operatória. Oliveira e Ciosak
(2007a) demonstraram que o potencial de contaminação em relação à ocorrência da ISC
apresentou um risco de 2,46 mais chances para a ocorrência de ISC em pacientes que
realizaram procedimentos potencialmente contaminados; 1,58 em procedimentos cirúrgicos
contaminados e 7,40 procedimentos cirúrgicos infectados.
Vale ressaltar que não se deve avalia-lo isoladamente, mas em relação direta com
outros fatores de risco que possam estar associados (presentes no risco intrínseco do paciente)
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e que atuam de forma simultânea e complexa, interagindo entre si para determinação da


presença ou não da ISC.
Em relação à duração do procedimento pode-se inferir que há uma maior possibilidade
de ocorrência da ISC quanto maior for à duração da cirurgia, pela maior exposição tecidual
(OLIVEIRA; CIOSAK, 2007a). Para Oliveira e Ciosak (2007b) o tempo de duração do
procedimento cirúrgico talvez seja a variável mais forte no que diz respeito à ocorrência das
ISC, afirmando que, o risco é proporcional à duração do ato cirúrgico em si, ou seja, quanto
maior a duração da cirurgia, maior a possibilidade da ocorrência.
Percebe-se que a duração da cirurgia está diretamente ligada à ocorrência de ISC. O
período cirúrgico superior a duas horas é fator de risco para a ocorrência de infecção por
aumento do tempo de exposição dos tecidos e fadiga da equipe, propiciando falhas técnicas e
diminuição das defesas sistêmicas do organismo (ERCOLE et al, 2011).
Em relação às medidas preventivas adotadas no âmbito hospitalar e no seguimento
pós-alta que são de competência dos enfermeiros tem-se como principal medida descrita a
correta higienização das mãos de profissionais antes de iniciar o ato cirúrgico, antissepsia
adequada do campo cirúrgico e seguimento dos pacientes pós-cirúrgicos até 30 dias. A
assistência de enfermagem segundo Santana e Brandão (2009) na prevenção de ISC, por
menor que seja o procedimento cirúrgico, promove rápida recuperação, evita infecção
hospitalar cruzada, poupa tempo, reduz gastos, preocupações, ameniza a dor e aumenta a
sobrevida do paciente.
De acordo com Ribeiro e Longo (2011) o indivíduo a ser cirurgiado deve ser
higienizado alguns instantes antes de ser conduzido ao centro cirúrgico sendo necessário
observar, se ele possui ferimentos e proceder aos cuidados indispensáveis para o preparo da
pele na área da cirurgia com antissépticos adequados para remoção da flora microbiana
transitória.
O preparo da equipe envolvida no procedimento cirúrgico e anestésico é de extrema
importância. A antissepsia das mãos deve ser rigorosa de acordo com as normas e a
paramentação deve ser completa (avental cirúrgico, luvas, máscara, gorro, propés). O material
deve estar adequadamente limpo e estéril, sem erros nas técnicas de empacotamento, o que
pode possibilitar a contaminação. Campos e aventais molhados devem ser considerados
contaminados bem como deve se dar preferência àqueles fabricados com materiais menos
porosos, para facilitar higienização e evitar contaminação durante o ato cirúrgico
(BURGATTI; LACERDA, 2009).
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Para Romanzini et al. ( 2010) a higienização das mãos é o meio mais simples e eficaz
de prevenir a transmissão de microorganismos de uma superfície para outra, por contato
direto, pele com pele; ou indireto, por meio de objetos. As recomendações sobre a
higienização das mãos esteve presente no estudo desenvolvido pelo autor supracitado na
maioria dos documentos pesquisados. Silva (2009) corrobora com a informação de que
atualmente a higienização das mãos é considerada a mais importante medida para prevenção
da disseminação de patógenos nos serviços de saúde. Além disso, a recomendação sobre
educar paciente e família sobre os cuidados apropriados com a incisão cirúrgica e drenos,
sobre sintomas de ISC e da necessidade de relatá-los ao médico foi também encontrada.
Frente ao exposto Silva et al (2009) aponta algumas medidas cabíveis ao enfermeiro
no controle e prevenção de ISC e que pode se adotada atualmente: recomenda-se revisar e
adequar a estrutura física para realização adequada da higienização das mãos para toda equipe
envolvida no ato cirúrgico, considerar a oferta de dispensadores de álcool gel nos consultórios
pós-operatórios, lixeiras com tampa acionada por pedal; definir local exclusivo para
degermação das mãos da equipe; fluxos de circulação unidirecional de instrumentais estéreis e
sujos; instituir avaliação sistematizada da ferida cirúrgica, com critérios definidos para
caracterização de ISC e treinar toda a equipe, estabelecer um espaço físico para consultas de
enfermagem pré e pós-operatórias e agenda que permita a avaliação de todos os pacientes.
Na unidade de internação, recomenda-se ainda a criação de áreas exclusivas para
expurgo e depósito de material de limpeza; sistematizar a realização dos curativos com pelo
menos 24h de pós-operatório; revisar os cuidados com o dreno com enfoque na manutenção
do sistema fechado de drenagem; sistematizar o processo educacional dos pacientes e
familiares, com definição do conteúdo mínimo, forma e momento em que as intervenções
educacionais serão realizadas; disponibilizar material educacional de apoio, sobre cuidados
com a ferida cirúrgica após alta, com informações relevantes e em linguagem adequada ao
grau de compreensão, para ser entregue aos pacientes (SILVA et al. 2009).
Implantar impresso de enfermagem que permita o registro das informações
importantes para o cuidado em todas as etapas (pré, trans e pós-operatório) a fim de facilitar a
análise e seguimento dos pacientes; estabelecer fóruns de discussão interdisciplinar, para
discussão dos casos complexos e com diagnóstico de ISC e, por fim, instituir a notificação
dos casos de ISC como evento adverso ao paciente, seguido de auditoria com coleta de dados
para melhor compreensão dos pontos frágeis do processo e monitoração dos casos (SILVA et
al. 2009).
13

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A infecção do sítio cirúrgico é hoje uma das principais complicações após


procedimentos cirúrgicos resultando em considerável morbidade, mortalidade e elevados
custos hospitalares. Portanto a aplicação de medidas preventivas para reduzir as ISC são ações
imprescindíveis realizadas pelas equipes de saúde.
Entende-se que dentro da equipe de saúde, o enfermeiro e sua equipe são os
profissionais que maior tempo permanece próximo ao paciente e possuem condições técnicas
e científicas para avaliar e prestar uma assistência adequada de acordo com a real necessidade
de cada paciente de modo a prevenir a ocorrência de complicações pós-cirúrgicas. A maioria
dos fatores de risco encontrados para o desenvolvimento da ISC aponta para a
responsabilidade da equipe assistencial que acompanha o paciente desde o momento pré-
cirúrgico até a alta hospitalar nas ações de cuidados prestadas ao mesmo. Grande parte destes
fatores é plausível de serem evitados, já que em sua maioria ocorrem pelo descumprimento de
ações de cuidados recomendadas e validadas.
Evidencia-se a necessidade de realizar novos estudos com base em evidências mais
fortes, para identificar fatores de risco relacionados às infecções de sítio cirúrgico, pois podem
trazer implicações diretas para a prática de enfermagem. Faz-se necessário a implementação
de medidas educativas que alcancem todos os profissionais que atuam nesse contexto,
buscando não somente a conscientização, mas também o reconhecimento, bem como a
aplicação do conhecimento científico na prática profissional, fazendo disso um artifício
fundamental no combate à infecção.
Quanto à prevenção e o controle da infecção do sitio cirúrgico, percebe-se que é
preciso envolver toda a equipe multiprofissional através de educações permanentes, estudos
de casos e discussões que permitam entender os fatores predisponentes à infecção, na
tentativa de minimizar os riscos inerentes ao paciente, evidenciados neste estudo.
Além disso, as orientações transmitidas aos pacientes para o seguimento pós-alta
através de um plano de cuidados conciso e objetivo, como o plano de alta, demonstra ser uma
medida eficaz na diminuição da ocorrência de ISC, pois através desta ação sistematizada tem-
se a garantia da continuação de condutas que melhor atenda as necessidades do paciente.
14

NURSING ASSISTANCE IN THE PREVENTION OF INFECTIONS OF SURGICAL


SITE: AN INTEGRATING REVIEW OF LITERATURE

ABSTRACT

Infections in Surgical Site (ISS) can be defined as an infectious process that attack tissue,
organs and the cavity boarded in surgical procedures, are considered as a complication
intrinsic to the surgical act, requiring an ample effort to maintain them under control,
characterizing as one of the parameters for quality control of the service rendered by a
hospital. The present article aims to analyze available evidences in literature about
interventions rendered by nurses in the prevention of (ISS) in surgical patients, during the pre,
trans and post-surgery, pointing out the main risk factors for the development of infections, so
as to avoid the appearance of infections in the surgical site, determining the actions to be
taken by the nurse to prevent them. The revision aggregated eleven articles selected though
exploratory, analytical, and interpretative reading taken from the LILACS and SCIELO data
base. The analysis allowed us to collect what authors considered as risk factors for the
development of Surgical Site Infection, of several types, as well as prevention measures to be
adopted by the whole staff involved in the attendance. The need for the implementation of
educational measures for all professionals who act under this context was taken into
consideration, looking for not only the awareness but also recognition and application of
scientific knowledge in the professional practice, and this should become a fundamental
device to combat infections.

KEY-WORDS: nursing, infection of the port-surgery wound, post-surgery complications


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