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Com isso iniciado devendo ser puro, humilde e doce, todos os seus esforços devem
tender à ultrapassar os numerosos obstáculos que poderão afastá-lo do caminho,
travando uma luta contra a sua própria personalidade, contra seus próprios interesses
e seus condicionamentos. Deve-se assegurar em si uma forma de espírito particular,
com um itinerário para pesquisa do mundo divino em si, da sacralidade de sua própria
vida e de tudo que o cerca. É necessário querer conhecer-se à qualquer preço, se
preparando para que o conhecimento se dê espontaneamente. É uma preparação para
o acontecimento que se faz com determinação, amor e espírito de sacrifício.
Preparação que conduzirá inicialmente à mentalidade tradicional e a transmutação da
personalidade profana e caótica em personalidade iniciática e ritmicamente ordenada,
e conseqüentemente, a lenta e contínua progressão para a luz.
OS GRAUS E A INICIAÇÃO
Nos graus 8º11º - o iniciado prova o caminho das águas. Podendo passar tanto pelo
ponto que une os dois rios, quanto também cair nas águas sem esperança.
Nos graus 12º17º - tendo vencido as águas ele pode afrontar a via alquímica, e nos
graus 18º30º a via astrológica e cabalística.
Pelo rito, o mundo superior é movido a partir do mundo inferior, e vice-versa. É dito na
Tábua de Esmeralda: " Sobe da terra para o céu e desce novamente à terra e recolhe a
força das coisas superiores e inferiores." De lá vem a indispensável presença junto ao
operador das qualificações originais de legitimidade e de autenticidade que garantem a
validade do rito e preservam à comunidade, dos prejuízos causados pela intervenção
de forças desconhecidas e não desejadas. O SAGRADO não pode ser manipulado
impunemente. A finalidade do rito é tanto a repetição das leis da natureza, quanto a
imitação da ordem cósmica, que consiste na reiteração dos mistérios da divinização do
homem, geração sobrenatural de um Deus em relação com a experiência da morte e
da ressurreição.
O GSA opera um Rito Egípcio feminino, que contrariamente à alguns casos, não é um
Rito "vazio", mas sim bem específico, formado por quatro graus, resolutamente
operativo, provavelmente um dos mais belos, e mais interessantes ritos maçônicos.
Os rituais são diretamente inspirados nos de Cagliostro. Os princípios que regem o Rito
são aqueles da iniciação feminina cujos traços encontramos no mundo antigo, onde: As
Vestias, Sibilas e outras sacerdotisas conheciam a importância do fogo inextinguível,
da taça divina, e a necessidade de sua eterna proteção. O Rito Egípcio feminino difere
dos ritos mistos que aplicam iniciação iguais tanto para homens como para mulheres,
apoiados sobre uma falsa interpretação do conceito de igualdade, este Rito considera
que no domínio iniciático, não existe a questão de igualdades ou desigualdades entre
dois seres, cada um, diante de toda manifestação possui seus próprios valores, sua
própria dignidade. A lei da manifestação, é a diversidade que não desponta para o
idêntico no qual as diferentes partes do todo tornam-se um na promiscuidade, mas
deseja que cada parte seja sempre cada vez mais ela mesma, exprimindo assim sua
própria maneira de ser. É esta especificidade reconhecida da mulher que fornece ao
Rito Egípcio Feminino todo seu valor. Assim a adoção do referido Rito pelo o APROMM
não constitui uma subordinação mas o signo de um elo comum com a Ordem Divina e
a Ordem Humana.
ARCANUM ARCANORUM
Os Arcanum Arcanorum, dos quais fizeram correr muita tinta em vão, nestes últimos
anos, gerando com isso um mito bastante inútil, constituem os quatros(as vezes três)
graus terminais dos legítimos ritos maçônicos egípcios , graus particulares e somente
presentes na Escala de Nápoles (do 87o ao 90o). Os AA estão presentes igualmente no
seio de algumas organizações pitagóricas, rosacrucianas, e em restritos colégios
hermetistas.
Dentro do ponto de vista maçônico, convém distinguir o sistema dos irmãos Bédarride
baseado na Cabala do Regime de Nápoles, que constituía o verdadeiro sistema dos AA.
Citemos Ragon que nos fala destes quatros graus: "Eles formam todo o sistema
filosófico do verdadeiro rito de Misraïm, que satisfaz a todo maçom instruído, haja
visto que os mesmos graus na maçonaria comum, são uma zombaria nascida da
ignorância..."
Os AA são definidos por Jean Pierre Giudicelli de Cresac Bachalerie, em seu livro "De la
Rose Rouge a la Croix d’Or" , editora Axis Mundi (Paris-1988), na pág. 67: " Este
ensinamento concerne a uma Teurgia, é a entrada em relação com os eons-guias que
devem tomar a direção para fazer compreender o processo iniciático, é também uma
via alquímica muito fechada, que é um Nei Dan, isto é, uma via interna."
Os sistemas completos dos AA ,cuja maçonaria egípcia detêm uma parte, comporta de
fato três disciplinas:
De modo geral, toda via real comporta simultaneamente uma magia natural (segundo
Giordano Bruno, a magia é a arte da memória e manipulação dos fantasmas, é o
domínio daquilo que certos teólogos denominam "o encantamento do mundo", uma
teurgia e uma alquimia, vetor de uma via de imortalidade.
A questão das imortalidades é difícil de tratar porque não pode se inserir com sucesso
em um modelo de mundo aristotélico, motivo pelo qual não é raro que a busca de uma
sobre-humanidade, de uma mais-que-humanidade ou de uma não-humanidade
conduza infelizmente à inumanidade. Mais ainda, podemos muito bem ter uma
excelente compreensão intelectual de modelos não-aristotélicos, como o são, o
Taoísmo, e o sistema de Gurdjieff, " sem haver Invertido os castiçais", para retomar a
fórmula de Meyrinck no Rosto Verde. A sobre-humanidade poderia ser simbolizada por
Hércules, indicando assim a via mágica do Herói, predispondo à mais-que-
humanidade, simbolizada pelo Cristo, ou ainda por Orfeu, ou à não-humanidade, esta
simbolizada por Osíris ou por Dionísio. Nós poderíamos encontrar outras referências,
tanto no Ocidente como nas tradições orientais, para tentar fazer apreender aquilo que
é efetivamente uma diferença de orientação. O Ser não é necessariamente orientado
em direção a um pólo único, o que explica vias reais diferentes, não conduzindo,
portanto, ao mesmo Lugar-Estado...
O GSA afirma sua própria jurisdição sobre todos os continentes dos dois hemisférios no
qual concerne ao APROMM.
O SGSA bastante conhecido dos cenáculos hermetistas mundo afora, se faz mais
largamente conhecido por suas lojas de pesquisa cujos trabalhos são extensamente
pesquisados e publicados. Como quase todas as obediências maçônicas egípcias, O
SGSA mantém relações estreitas com correntes martinistas.
Quase todos os homens são capazes de suportar as adversidades,mas se quizer por à prova o
caráter de um homem,dê-lhe o Poder.
Abraham Lincoln